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A Ludicidade na Educação Infantil

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A EDUCAÇÃO INFANTIL: A LUDICIDADE COMO FORMA DE ENSINO 
MENDES, Kassya dos Reis[footnoteRef:1] [1: ³ Graduando do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade do Estado do Pará-UEPA, email: wendys-nega@hotmail.com] 
Nivea[footnoteRef:2] [2: Nivea
] 
RESUMO
Este artigo objetiva relatar a prática do estágio supervisionado em Educação Infantil, realizado no 8° período do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, entre os dias 24 de agosto a 28 de outubro de 2017, na Associação Caminho de Emaús - Projeto Mirim. O presente estágio curricular é previsto na carga horária do curso, portanto obrigatório, com vistas a possibilitar aos acadêmicos refletir sobre a teoria e a prática. Teve como metodologia a realização e execução de um projeto de intervenção, observação das atividades desenvolvidas pelos professores e regência em sala de aula. Fundamentou-se em LEAL, que diz ser imprescindível enxergar com novos olhos o verdadeiro universo mágico e encantador do lúdico em sala de aula. Conclui-se que o estágio supervisionado em Educação Infantil foi uma experiência significativa, pois contribuiu para nosso aprendizado, uma vez que educação infantil é uma importante fase para evolução da criança, proporcionando condições de interação social, promovendo o desenvolvimento necessário para a sua inserção no ensino comum. É importante ressaltar que o lúdico é o companheiro diário do professor, já que desse modo às crianças se conhecem e se expressam melhor, adquirido conhecimento, conhecendo limites de maneira agradável e saudável.
Palavras-chaves: Educação Infantil, Lúdico, professor.
Abstract
This article aims to report the practice of supervised internship in Child Education, held in the 8th period of the Full Degree in Pedagogy, from August 24 to October 28, 2017, at the Emmaus Path Association - Mirim Project. The present curricular stage is predicted in the course schedule, and therefore obligatory, in order to enable academics to reflect on theory and practice. The methodology used was the execution and execution of an intervention project, observation of the activities carried out by teachers and classroom management. It was based on LEAL, which says that it is imperative to see with new eyes the true magical and enchanting universe of the ludic in the classroom. It is concluded that supervised internship in Early Childhood Education was a significant experience, since it contributed to our learning, since early childhood education is an important phase for the child's evolution, providing conditions for social interaction, promoting the development necessary for its insertion in the common teaching. It is important to emphasize that the playful is the daily companion of the teacher, since in this way the children know and express themselves better, acquired knowledge, knowing limits in a pleasant and healthy way.
Keywords: Early Childhood Education, Playful, teacher.
INTRODUÇÃO
Este artigo tem como objetivo relatar a prática do estágio supervisionado em educação infantil, que ocorreu no 8° período do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, entre os dias 24 de agosto a 28 de outubro de 2017, na instituição Associação Caminho de Emaús - Projeto Mirim. O presente estágio curricular é previsto na carga horária do curso, portanto obrigatório, com o objetivo de possibilitar aos acadêmicos refletir sobre a teoria e a prática. 
É notório que a Educação infantil tem um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo, sócio-interacional da criança; a educação infantil se destaca por ser um espaço lúdico, onde as crianças aprendem de forma mais prazerosa, é justamente através do brincar diferenciado e dirigido que a criança irá se desenvolver e aprender.
A Educação Infantil é considerada a primeira etapa da educação básica e seu atendimento deve ser oferecido às crianças de 0 a 3 anos, em creches, de 4 a 5 anos, em pré-escolas. As instituições de Educação Infantil são nos dias de hoje, reconhecidas por sua importância na vida das crianças em seus primeiros anos de vida. De acordo com a atualização da LDB 9394/96:
Art. 29.  A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Compreendendo como a criança se desenvolve e aprende, pode-se reconhecer que durante a Pré-escola muito pode ser trabalhado para proporcionar e ampliar tal desenvolvimento. Nessa fase que a criança demonstra desejo de explorar, experimentar, perguntar e que ainda aprendem depressa, percebe-se que deve dar a elas muita atenção e cuidados.
 É imprescindível falar de educação infantil sem se retratar a ludicidade, pois essa desempenha um importante papel para o desenvolvimento da criança, uma vez que a mesma aprende de forma prazerosa, através de jogos e brincadeiras dirigidas pelo professor. 
 Haja vista que infância é a idade das brincadeiras, onde por meio delas a criança se satisfaz em grande parte seus interesses, necessidades e desejos particulares, sendo um meio privilegiado de inserção da realidade, pois expressa a maneira que a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói, reconstrói o mundo. Sendo o Lúdico uma maneira de envolver o aluno na atividade, pois a brincadeira é algo inerente da criança.
Ao longo do estágio entende-se que a educação infantil vai muito além do ensinar, pois o professor tem que conhecer o mundo da criança e propiciar atividades lúdicas sem desprezar o brincar, e como foi visto na Associação Caminho de Emaús-Projeto Mirim o caráter sócio educativo e emocional da instituição junto às crianças.
CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL
O Brasil em seus primórdios sendo povoado por indígenas já registrava a educação infantil na qual ocorreria através dos jesuítas. Por volta do século XVIII, segundo Oliveira (2005) O atendimento a infância no Brasil acorria de forma mais efetiva na área rural devido a grande maioria da população residir nesse espaço geográfico. As crianças abandonadas ou órfãs eram cuidadas pelas famílias dos fazendeiros, enquanto que na zona rural bebês eram abandonados nas chamadas “rodas de expostos”. Galindo (2007, p.1) aborda que:
O nome roda se refere a um artefato de madeira fixado ao muro ou janela do hospital, no qual era depositada a criança, sendo que ao girar o artefato a criança era conduzida para dentro das dependências do mesmo, sem que a identidade de quem ali colocasse o bebe fosse revelada.
Essas rodas de expostos aconteciam principalmente nas Santas Casas de Misericórdia. As principais situavam-se em Salvador (1726), em Rio de Janeiro em 1738, no Recife em (1789) e em São Paulo (1825)
	A partir da segunda metade do século XIX, essa situação se altera em razão da abolição dos escravos, a proclamação da republica e o êxodo rural. Após a proclamação da republica, foram desenvolvidas algumas ações isoladas para proteção a infância, ações essas voltadas para combater as altas taxas de mortalidade infantil qual caracterizava aquele período. Com abolição da escravatura outro problema emergiu devido ao índice de crianças filhos de escravos abandonadas. Nesse período surgem as creches, os internatos e os asilos com intuito de cuidar das crianças pobres.
	Já no final do Século XIX, è fundado o jardim de infância no Brasil, para um atendimento caridoso aos mais necessitados. Porém a forma de atender as crianças gerou muitos debates entre políticos da época, onde criticavam os jardins de infância por verem essas instituições de forma semelhante aos asilos da França, que simplesmente guardavam crianças, outros, todavia já tinha outro olhar, por acreditarem que essas instituições infantis poderiam contribuir para o desenvolvimento da criança, já que as mesmas recebiam influencia de educadores escolanovistas OLIVEIRA (2005). Na concepção dos políticos os jardins de infância não deveriam ser mantidos pelo poder publico, devido os mesmos tivessemsido criados com objetivo de caridade e para população mais pobre.
Os primeiros jardins de infância foram criados em São Paulo e Rio de Janeiro, apesar de toda discussão essas intuições não foram criadas pelo governo, mas sim por intuições privadas, só depois de anos surgem jardins de infância publico, porem não era destinado aos mais pobres, somente eram destinados aos mais favorecidos financeiramente. (OLIVEIRA, 2005)
	Coforme a promulgação da republica em 1889 acorreu mudanças significativas para o enfrentamento das questões referentes à infância; ainda em 1889 fundou-se o Instituto de Assistência à Infância e em 1919, por iniciativa governamental foi criado o Departamento da Criança. A partir de então começaram a surgir varias escolas infantis e jardins de infância, muitos criados por imigrantes europeus preocupados com a educação de seus filhos.
	Com aceleração da urbanização e industrialização nos grandes centros do Brasil, nesse momento histórico a necessidade da oferta de atendimento aos filhos das mulheres operarias estava ligada necessariamente portanto, à situação imposta pela nova ordem econômica e social brasileira. Segundo Oliveira (2005), somente em 1923 é que aparece a primeira regulamentação a propósito do trabalho da mulher. Essa presumia a criação de creches e de salas de amamentação próximo ao recinto de trabalho. 
Ainda na década de 20, o Rio de Janeiro sediou o Primeiro Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, onde discutiram a educação moral e higiênica e o aprimoramento da raça, com ênfase na ação da mulher como cuidadora da criança pequena. Este evento foi essencial para regulamentação do atendimento de crianças pequenas em instituições maternais e jardins de infância.
No Brasil dos anos 40 baseavam-se em concepções higiênistas, filantrópicas e ligadas á Puericultura, as creches eram planejadas como se fosse uma instituição de saúde, com rotinas de triagem, lactário e pessoal auxiliar físico. “Suas ações visavam ao controle da vida das pessoas das classes populares” (OLIVEIRA, 2005).
Nos anos 50, existiam poucas creches que não eram mantidas pelas indústrias, sob responsabilidade organizacional de entidades filantrópicas laicas e também religiosas. Nessa época o caráter de atendimento nessas creches era simplesmente assistencial - protetorial.
Em 1967, com a influência do Fundo das Nações Unidas para Infância e Adolescência- UNICEF, o Departamento Nacional da Criança propõe a criação do Plano de assistência ao Pré-escolar. Nesse período sob a influencia tecnicista estabeleceram um modelo educativo sistematizado, ou seja, escolar. Nesse sentido Oliveira (2005, p. 108) ressalta que “a ideia de compensar carências de ordem orgânica ampliou-se para compensação de carências de ordem cultural, como garantia a diminuição de fracasso escolar”.
Ainda na década de 70 a elaboração de teorias educacionais estadunidenses e europeias contribuiu para explicar que o caos do fracasso escolar das crianças de baixa renda estava ligada á privação cultural por que elas passavam.
Outro marco importante na vida escolar das crianças pequenas foi na década de 90, com Promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente que reafirma os direitos da infância estabelecidos na constituição de 1998.
Muitos sindicatos e organizações não governamentais se uniram em defesa de um novo modelo da educação infantil, o que contribuiu para promulgação de em 1996 da Lei de Diretrizes e Bases nº 9,394 em que a Educação Infantil passa a ser considerada como a primeira etapa da educação básica. No final dos anos 90, dois importantes documentos são elaborados, o Referencial Curricular Nacional pelo Ministério da Educação e Cultura de Diretrizes Nacionais para Educação Infantil, pelo Conselho Nacional de Educação- CNE.
Recentemente, foi criada uma nova Lei Federal nº 11.114/ 2005 (Lei ordinária), que altera a Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 preconiza que: o Ensino Fundamental passa de 8 para 9 anos de duração, e o limite de idade para o ingresso no mesmo se dará, de forma a partir dos seis anos. Isso implica que a Educação Infantil passa atender crianças até os 5 anos de idade. De forma mais especifica, a organização da Educação Infantil fica assim estabelecida o atendimento de crianças de 0 a 3 anos em creches e de 4 a 5 anos em pré- escola.
	Cada um desses momentos foi um importante passo dado em direção de uma nova concepção sobre a infância, ou seja, aquela que considera as crianças como seres humanos com direito a uma educação adequada à sua faixa etária.
A IMPORTANCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Percebe-se que as crianças em idade da pré-escolar gostam de ser percebida por todos e mostra grande satisfação no que quer realizar, sentir orgulho de mostrar o que pode fazer a fim de ser retribuída com atenção e reconhecimento. O professor como uma peça fundamental em passar o conhecimento necessita conhecer o universo da criança afim de buscar praticas pedagógicas em que as crianças tenham um ensino aprendizagem satisfatório. Sendo o lúdico o companheiro diário, já que desse modo as crianças se conhecem e se expressam melhor, adquirido conhecimento, conhecendo limites de maneira agradável e saudável.
Sobre isso KISHIMOTO, 2003 ressalta que:
 A função lúdica na educação: o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente a função educativa, o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. O brincar e jogar e dotado de natureza livre típica de uns processos educativos. Como reunir dentro da mesma situação o brincar e o educar. Essa e a especificidade do brinquedo educativo. (KISHIMOTO, 2003, p.37).
A atividade lúdica é reconhecida como meio de fornecer um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades, além de trabalhar estas habilidades na criança, ajudará no desenvolvimento da criatividade, na inteligência verbal, linguística coordenação motora, dentre outras. Destacando ainda mais a importância do lúdico, Silva (2015) diz que o lúdico permite que as crianças explore a relação do corpo com o espaço, provoca possibilidades de deslocamento e velocidades, ou cria condições mentais para sair de enrascadas, ela vai então, assimilando e gastando tanto, que tal desenvolvimento a faz buscar e viver diferentes atividade fundamentais, não só no processo de desenvolvimento de sua personalidade e de seu caráter como também ao longo da construção de seu organismo cognitivo.
Sabe-se que a ludicidade é uma necessidade em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. Desse modo a educação vista pela vida da ludicidade uma nova postura existencial cujo paradigma é um novo sistema de aprender brincando, inspirando numa concepção de educação para além da instrução. E para que isso aconteça é preciso que os profissionais da educação reconhecem de fato o significado do lúdico para aplica-lo adequadamente, assim estabelecendo a relação entre o brincar e o aprender. Na visão de Hutim (2011) 
O educador ao tomar conhecimento o quanto o lúdico nós ajuda na formação das nossas crianças, compartilhando a aprendizagem de forma geral em todos os conteúdos escolares. Os educadores podem estar levando a ludicidade até as crianças de forma precisa de cada turma, que corresponde sua necessidade, com o mesmo objetivo de trabalhar a atividade lúdica com suas crianças com prazer para melhoria no seu desenvolvimento. (HUTIM, 2010, p. 18)
E nessa perspectiva o lúdico se torna de grande importância na escola. De acordo com o referencial curricular nacional para a educação infantil (1998) “ as atividades lúdicas, através das brincadeiras favorecem a autoestima das crianças ajudando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa”. Percebe-se que o lúdico na educação infantil permiti que as crianças tenham um desempenho frequente na sua educação ou seja satisfatório, pois auxilia as crianças no seu comportamento, desempenham papeis sociais nassuas representações, desenvolvem a imaginação, criatividade e capacidade motora de raciocínio.
E sobre isso Leal (2011) ressalta que 
É imprescindível enxergar com novos olhos o verdadeiro universo mágico e encantador do lúdico em sala de aula e consequentemente, entendendo-se aí toda a prática cotidiana do aluno, visto que, é na educação infantil que as crianças são capazes de construir a aprendizagem através do brincar, criando e imaginando situações de representações simbólicas entre o mundo real e o mundo a ser construído com base nas suas expectativas e anseios. (LEAL, 2011, P. 14) 
Deste modo, é através da atividade lúdica que as crianças se prepara -para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, a ele se integrando, adaptando-se as condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir, -cooperar com seus semelhantes e conviver como um ser social. Assim, os professores, na posição não de meros transmissores de informação e conhecimentos sistemáticos, mas como mediadores desses conhecimentos, devem oportunizar condições para que por meio do desenvolvimento dessas atividades lúdicas, as crianças construir de forma autônoma o seu próprio conhecimento. 
VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO
 O estagio supervisionado contribuiu para nós futuros pedagogos conhecer e vivenciar os espaços da sala de aula da educação infantil, sendo este uma das demandas da área de atuação do pedagogo, é um momento em que ocorreu uma relação entre teoria e pratica, no qual nos alunos temos a oportunidade de ter essa vivencia como educador em sala de aula.
 O estagio foi realizado na Associação Caminhos de Emaús (Projeto Mirim) Conceição do Araguaia, que é um projeto social onde e embasado na missão da entidade “Promoção da vida da igualdade e justiça social, alicerçados aos valores cristãos cidadãs’’ e com o principal objetivo de linha de atuação, de lutar contra exclusão social e evasão escolar, das escolas publicas partindo do principio que o ato de educar deve ser pensado muito além das salas de aula”.
 Numa educação que promova valores, comportamentos e estilo de vida voltada para um futuro sustentável, onde sem educação não há transformação social, e esta emancipação precisa ser programada a partir da família, escola e sociedade, a qual deve ser trabalhada em conjunto, em prol do crescimento integral das crianças, jovens e adolescentes principalmente daqueles alunos que vem de lares desestruturados, as margens e desprovidos dos direitos mínimos e fundamentais para viverem com dignidade.
 O projeto hoje atende a 80 crianças de 05 a 12 anos incompleto, contendo duas salas de aula, sendo duas funcionando pela manha e duas pela tarde, cada sala tem um professor, onde lá se e desenvolvido o ensino e aprendizagem por meio de reforço escolar para reduzir a evasão escolar, e as atividades ilícitas, onde se desenvolve também oficinas de contação de historia para desperta o interesse pela imaginação e trabalha valores como motivar para a importância do estudo formal e aprendizagem a partir do lúdico. 
 Durante o período que ficamos na instituição tiveram a oportunidade de observa e contribuir nas atribuições da escola. Objetivamos três momentos, o primeiro que foi de observação das aulas e o segundo da regência, e o terceiro de desenvolve um projeto e aplica na escola.
No primeiro momento de observação nos possibilitou ter um contato direto com a realidade da sala de aula e com o ambiente escolar, o projeto possui apenas uma sala de informática, e sobrevive de doações. Os alunos tem o momento de oração na capela, eles têm também aulas de violão uma vez na semana e catequese toda sexta, aulas de teatro, fantoches, brincadeiras e dinâmicas sócias educativas.
 Durante esse período que tivemos lá fizemos nossos planos de aula para se trabalha durante a regência, no decorrer das aulas propomos as crianças a aprende a canta a musica do ABC trabalhamos as inicias dos nomes, explicando que cada pessoa deve ser chamada pelo próprio nome. Fizemos varias atividades pra reforça isso, visto que alguns alunos ainda não conheciam o ABC completo.
 Propomos às crianças a produção de um cartaz com uma arvore que foi feita por eles mesmo com tinta, cada criança passava tinta na mão e colocavam o formato da mão no cartaz comemorando o dia da arvore, passamos vídeos educativos sobre a importância das arvores para nossa vida, entregamos uma mudinha de planta para cada criança, plantar em suas casas, os alunos gostaram muito.
Apresentamos vários momentos interessantes, proporcionamos aos alunos o incentivo a pratica da leitura, contando historinhas infantis onde foi feita a leitura da historinha da dona baratinha, os alunos aprenderam a historia e a musica, ensaiamos as crianças para apresenta a peça correspondente a historia, visto que foi realizado um sarau poético, sendo esse o projeto de intervenção criando por nos na escola, os alunos gostaram muito dessa ideia, teve o momento de confeccionarmos o material para a apresentação da peça como as mascaras e fantasias. 
 Foi muito interessante, foram vários dias de ensaio, para o tão esperado sarau, no dia juntamos as três turmas para poder compartilha esse momento, teve apresentação da peça teatral da dona baratinha, leitura de poemas e frases e par lendas, logo após teve um lanche que preparamos para as crianças, e a entrega de lembrancinhas que confeccionamos com muito carinho para eles.
 Quando estávamos em sala de aula frente a turma que percebemos o valor do planejamento, o que vamos passar aos alunos , quais conteúdo farão a diferença no aprendizado das criança foi uma troca de experiência muito boa, poder saber um pouco da vida de cada aluno, que vai deixando um aprendizado muito grande, para nos como futuros professores sabe lidar com diversas situações.
 O estagio contribuiu bastante para nosso aprendizado, os alunos são bastante carentes e receptivos, foi uma troca de experiência ótima, a equipe do projeto nos recebeu muito bem, temos a plena certeza que não sairmos de lá com o mesmo pensamento de quando entramos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer deste artigo procuramos nos remeter ao contexto histórico da Educação Infantil no Brasil, a importância das atividades lúdicas que é de extrema relevância para o desenvolvimento integral da criança bem como o relato da vivencia no estagio supervisionado.
A vivência permitiu-nos compreender que o lúdico é significativo para criança poder conhecer, compreender, construir seus conhecimentos, torna-se cidadã deste mundo, ser capaz de exercer sua cidadania com dignidade e competência. Suas contribuições também atentam para formação de cidadãos autônomos, capaz de pensar por conta própria, sabendo resolver problemas e compreendendo o mundo que exige diferentes conhecimentos e habilidades.
Deste modo é preciso que o professor assuma um papel de um facilitador, norteado por um currículo que privilegie as condições de aprendizagem. Sendo o lúdico essencial para uma escola que se nos proponha não somente ao sucesso pedagógico, mas também a formação do cidadão, pois a consequência imediata dessa ação educativa é a aprendizagem em todas as dimensões: social, cognitiva, emocional e pessoal.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação e Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. V1. Introdução.
GALLINDO,Jussara. Roda dos expostos. Disponível em: HTTP://www.histerbr.fae.unicamp.br/navegando/glosario/verb-c-roda-dos-espostos.htm. Acesso em 18 de setembro 2017
HUTIM, Marciley Maria. ENSINAR NUMA PERSPECTIVA LÚDICA A PARTIR DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL. APARECIDA DE GOIÂNIA, 2010. Disponível em: http://www.unifan.edu.br/files/pesquisa/. Acessado dia 23 de setembro de 2017.
LDB 9394/96:Art. 29. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acessado em 25 de setembro de 2017.
LEAL, Florência de lima. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. UniversidadeFederal (
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)do Piauí. 2011. Disponível em: http://leg.ufpi.br/subsiteFiles/picos/arquivos/files/Monografia%20%20Corrigida.pdf. Acessado dia 23 de setembro 2017. 
OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005.
SILVA, Marilene Pereira. A IMPORT (
2
)ÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Universidade Estadual da Paraíba. 2015. Disponível em: file:///C:/Users/Cliente/Desktop/PDF%20%20Marilene%20Pereira%20da%20Silva.pdf. Acessado dia 23 de setembro 2017.

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