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CCE0217 - HIDRÁULICA Professor: Paulo Vitor R. M. da Silva SUMÁRIO Ementa Avaliação Livros Recomendados Princípios Básicos Área de Atuação da Hidráulica Equipamentos do Laboratório Eventos Históricos Unidades Usuais Propriedades dos Fluidos EMENTA Hidrodinâmica Linhas de corrente e princípio da continuidade; Equação de Bernoulli e suas aplicações; Experimentos de linha de energia e linha piezométrica. Análise de condutos livres Análise e caracterização do escoamento em condutos livres; Medição e controle de vazão em condutos livres; Dimensionamento de canais. EMENTA Análise de condutos forçados Apresentação dos tipos de escoamento existentes e suas classificações segundo o critério de Reynolds; Experimento de Reynolds: fluxo laminar, intermediário e turbulento; Perdas de carga ao longo de um conduto; Experimento de perda de carga distribuída e localizada; Medição e controle de vazão em condutos forçados, como sifões e orifícios; Experimento de medição de vazão; Dimensionamento de condutos forçados. EMENTA Máquinas elevadoras de água Estudo de bombas hidráulicas: apresentação de dados técnicos e características de bombas hidráulicas; Estudo da potência de bombas hidráulicas e projeto de alturas manométricas; Experimento de potência de conjunto elevatório; Experimento de altura de elevação e altura manométrica; Apresentação de curvas características de bombas hidráulicas; Experimento de associação de bombas em série e em paralelo. EMENTA Estruturas hidráulicas Barragens: funções, classificações e estabilidade; Vertedouros: livres de lâmina aderente, de canais laterais e em sifão; Introdução à hidrologia AVALIAÇÃO Três avaliações AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização; AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina. Aprovação na disciplina Média aritmética de duas das três avaliações; Resultado igual ou superior a 6,0; Nota superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações; Frequência igual ou superior a 75%; LIVROS RECOMENDADOS LIVROS RECOMENDADOS LIVROS RECOMENDADOS LIVROS RECOMENDADOS LIVROS RECOMENDADOS PRINCÍPIOS BÁSICOS Hidráulica é uma palavra que vem do grego. Hydra + aulos Água Condução Uma parte da física que se dedica a estudar o comportamento dos líquidos em movimento e em repouso. PRINCÍPIOS BÁSICOS A hidráulica pode ser dividida em: Hidráulica Geral: aplicação dos conceitos da mecânica dos fluidos. Hidráulica Aplicada: aplicação concreta ou prática dos conceitos da mecânica dos fluídos. PRINCÍPIOS BÁSICOS A hidráulica geral se divide em: Hidrostática: trata dos fluidos em repouso ou em equilíbrio. Hidrocinemática: estuda velocidades e trajetórias, sem considerar forças e energia. Hidrodinâmica: refere-se às velocidades, às acelerações e às forças que atuam em fluidos em movimento. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA HIDRÁULICA Urbana: Sistemas de abastecimento de água; Sistemas de esgotamento sanitário; Sistemas de drenagem pluvial; Canais. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA HIDRÁULICA Rural: Sistemas de drenagem; Sistemas de irrigação; Sistemas de água potável e esgoto. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA HIDRÁULICA Instalações prediais: Industriais; Comerciais; Residenciais; Públicas. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA HIDRÁULICA Lazer e paisagismo Estradas (drenagem) Defesa contra inundações ÁREAS DE ATUAÇÃO DA HIDRÁULICA Geração de energia Navegação e obras marítimas e fluviais EQUIPAMENTOS LABORATÓRIO Destinados ao estudo da mecânica dos fluidos. EQUIPAMENTOS LABORATÓRIO Manômetros de tubo Tubo piezômetro Bombas hidráulicas Número de Reynolds EQUIPAMENTOS LABORATÓRIO Vazão (fluxo constante ou variável) Linhas de energia EQUIPAMENTOS LABORATÓRIO Perda de carga distribuída Perda de carga localizada (cotovelos, curvas, alargamentos, estreitamentos, etc.) EQUIPAMENTOS LABORATÓRIO Altura manométrica EQUIPAMENTOS LABORATÓRIO Tubulações em série e paralelo Associações de bombas em série e pararelo EVENTOS HISTÓRICOS Canais de irrigação foram construídos entre os rios Tigre e Eufrates e, na Babilônia, existiam coletores de esgoto desde 3.750 a.C. Importantes empreendimentos de irrigação também foram executados no Egito, 2.500 a.C. Entre os anos de 945 e 712 a.C. os egípcios realizaram importantes obras hidráulicas, inclusive o lago artificial de Méris, destinado a regularizar as águas do baixo Nilo. EVENTOS HISTÓRICOS Em 691 a.C., foi construído o primeiro sistema público de abastecimento de água de que se tem notícia, o aqueduto de Jerwan, na Assíria. Grandes aquedutos romanos foram construídos em várias partes do mundo, a partir de 312 a.C. No “Tratado Sobre Corpos Flutuantes, em 200 a.C., Arquimedes enunciou alguns princípios de Hidrostática. EVENTOS HISTÓRICOS Em 1643, na Itália, E. Torricelli inventou o barômetro. Em 1664 e 1827, respectivamente, a bomba centrífuga e a turbina hidráulica foram inventadas na França. A usina hidrelétrica foi inventada em 1882 nos EUA. Em 1917, foram inventados os tubos de ferro fundido centrifugado e, em 1947, os tubos de PVC. EVENTOS HISTÓRICOS NO BRASIL EVENTOS ANO CIDADE Primeiro sistema de abastecimento de água 1723 Rio de Janeiro Primeira cidade com rede de esgoto 1864 Rio de Janeiro Primeira hidrelétrica (mineração) 1883 Diamantina Primeira hidrelétrica (abastecimento público) 1889 Juiz de Fora UNIDADES USUAIS Sistema MKS (metro, quilograma, segundo). Em 1960, foi criado o Sistema Internacional de Unidades (SI), que é utilizado no Brasil e na maioria dos países do mundo. GRANDEZA UNIDADE SÍMBOLO Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Intensidade de corrente ampère A Temperatura termodinâmica kelvin K Intensidade luminosa candela cd Quantidade de matéria mol mol UNIDADES USUAIS GRANDEZA SÍMBOLO UNIDADE UNIDADE DIMENSIONAL Área m2 L2 Volume m3 L3 Velocidade m/s L T-1 Aceleração m/s2 L T-2 Massa específica kg/m3 M L-3 Frequência Hz hertz s-1 T-1 Força N newton kg.m/s2 M L T-2 Pressão Pa pascal N/m2 M L-1 T-2 Energia J joule N.m M L2 T-2 Potência W watt J/s M L2 T-3 Viscosidade dinâmica P poise 0,1N.s/m2 M L-1 T-1 Viscosidade cinemática St stokes 10-4.m2/s L2 T-1 Momento de inércia m4 L4 Tensão superficial N/m M T-2 Peso específico N/m3 M L-2 T-2 CONVERSÃO DE UNIDADES Tabela de conversão de unidades (comprimento) cm m km in ft 1 centímetro (cm) 1 0,01 0,00001 0,3937 0,0328 1 metro (m) 100 1 0,001 39,3 3,281 1 quilômetro (km) 100.000 1.000 1 39.370 3.281 1 polegada (in) 2,54 0,0254 0,0000254 1 0,08333 1 pé (ft) 30,48 0,3048 0,0003048 12 1 Tabela de conversão de unidades (massa) g kg ton 1 grama (g) 1 0,001 0,000001 1 quilograma (kg) 1.000 1 0,001 1 tonelada (ton) 1.000.000 1.000 1 CONVERSÃO DE UNIDADES Tabela de conversão de unidades (área) m² cm² ft² in² 1 metro quadrado (m²) 1 10.000 10,76 1.550 1 centímetro quadrado (cm²) 0,0001 1 0,001076 0,1550 1 pé quadrado (ft²) 0,0929 929 1 144 1 polegada quadrada (in²) 0,0006452 6,452 0,006944 1 Tabela de conversão de unidades (volume) m³ cm³ l ft³ in³ 1 metro cúbico (m³) 1 1.000.000 1.000 35,31 61.020 1 centímetro cúbico (cm³) 0,000001 1 0,001 0,00003531 0,06102 1 litro (l) 0,001 1.000 1 0,03531 61,02 1 pé cúbico (ft³) 0,02832 28.320 28,321 1728 1 polegada cúbica (in³) 0,00001639 16,39 0,01639 0,0005787 1 PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS São substâncias no estado líquido ou gasoso, que se deformam continuamente sob a ação de alguma força de mínima grandeza. Os líquidos são pouco compressíveis e resistem pouco a trações e muito pouco a esforços cortantes. Os gases são altamente compressíveis e de pequena densidade, relativamente aos líquidos. DIAGRAMA DE FASES DA ÁGUA PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS Densidade ou Massa Específica Peso Específico Relativo Tensão Superficial Capilaridade Viscosidade Tensão de Vapor DENSIDADE OU MASSA ESPECÍFICA g= DENSIDADE OU MASSA ESPECÍFICA A água líquida é a única substância comum que se expande quando congela. No gelo, cada molécula de água está rodeada por outras quatro, formando uma rede cristalina característica. A rede cristalina apresenta grandes espaços hexagonais, que explicam a baixa densidade do gelo. Água Líquida Água Sólida DENSIDADE OU MASSA ESPECÍFICA Duas fases : água e óleo Dois componentes: água e óleo PESO ESPECÍFICO RELATIVO Representa a relação entre o peso específico do fluido em estudo e o peso específico da água. Em condições de atmosfera padrão o peso específico da água é 10.000N/m³, e como o peso específico relativo é a relação entre dois pesos específicos, o mesmo é um número adimensional, ou seja não contempla unidades. EXEMPLO 1 Sabendo-se que 1.500kg de massa de uma determinada substância ocupa um volume de 2m³, determine a massa específica, o peso específico e o peso específico relativo dessa substância. Dados = 10.000 N/m³, g = 10 m/s² Massa Específica Peso Específico Peso Específico Relativo EXEMPLO 2 Um reservatório cilíndrico possui diâmetro de base igual a 2m e altura de 4m, sabendo-se que o mesmo está totalmente preenchido com gasolina, determine a massa de gasolina presente no reservatório. Dados: = 720 kg/m³. TENSÃO SUPERFICIAL A tensão superficial de um líquido é a quantidade de energia requerida para reduzir ao mínimo a sua área superficial. Ou seja, quando a superfície de um líquido entre em contato com o ar, é formada uma película elástica, pois a atração das moléculas do líquido é maior do que a atração exercida pelo ar. TENSÃO SUPERFICIAL O resultado da interação das forças só com as moléculas do lado de dentro, faz surgir uma tensão que exerce uma força sobre a camada da superfície, com a intenção de compensar essa tensão do lado de dentro do liquido. Essa “força” é a tensão superficial dos líquidos . TENSÃO SUPERFICIAL As gotas de água que se observam nas folhas ilustram bem a tensão superficial. As menores de todas constituem esferas perfeitas. As maiores são ovais, achatadas e as maiores de todas são muito pesadas para serem sustentadas pela tensão superficial e, por isso, espalham-se. VÍDEO CAPILARIDADE O fenômeno da capilaridade está relacionado com a tensão superficial: quando se introduz um tubo capilar em água, esta sobe espontaneamente pela parede do tubo, formando um filme fino e aderente. CAPILARIDADE A explicação da capilaridade baseia-se na existência de dois tipos de forças que competem entre si – forças intermoleculares de coesão entre moléculas iguais do líquido e forças intermoleculares de adesão entre moléculas do líquido e um outra superfície, como por exemplo a superfície do vidro. CAPILARIDADE A capilaridade é um dos fenômenos que explica por exemplo como a seiva sobe para alimentar as folhas de uma árvore, contra a ação da gravidade. A molécula do tubo que está imediatamente acima da superfície do líquido atrai o líquido que começa a subir alinhando-se a essa molécula que o atraiu. Quando isso acontece, a molécula imediatamente acima começa a atrair o líquido e o ciclo se repete. VISCOSIDADE De acordo com Newton, a viscosidade é a propriedade que tem os fluídos de resistirem ao cisalhamento (deformação). Quando um fluido escoa, verifica-se um movimento relativo entre as suas partículas, resultado em um atrito entre as mesmas. Isto é, fluidos com viscosidade apresentam fluidez e vice versa. Assim, óleos pesados escoam mais lentamente que a água ou o álcool. VISCOSIDADE A viscosidade dinâmica ou viscosidade (µ) é um coeficiente característico do fluído que varia bastante com a temperatura e pouco com a pressão. Pela facilidade de água ter a viscosidade igual à unidade nas CNTP (20oC e 1 atm), ela é usada como padrão de viscosidade, exprimindo-se a viscosidade de outros fluídos em relação à mesma. VISCOSIDADE Variação de “µ” da água doce com a temperatura Temperatura (oC) µ (N.s/m2) 10-6 Temperatura (oC) µ (N.s/m2) 10-6 0 1791 40 653 2 1674 50 549 4 1566 60 469 5 1517 70 407 10 1308 80 357 15 1144 90 317 20 1008 100 284 30 799 VISCOSIDADE VISCOSIDADE Temperatura (oC) Temperatura (oC) 0 1792 40 657 2 1673 50 556 4 1567 60 478 5 1519 70 416 10 1308 80 367 15 1146 90 328 20 1007 100 296 30 804 TENSÃO DE VAPOR Dependendo da pressão a que está submetido, um líquido entra em ebulição a determinada temperatura; variando a pressão, varia a temperatura de ebulição. Por exemplo, a água entra em ebulição à temperatura de 100 ºC quando a pressão é de 1,0332 kgf/cm² (1 atm), mas também pode ferver a temperaturas mais baixas se a pressão também for menor. Essa propriedade é fundamental na análise do fenômeno da cavitação, pois quando o líquido inicia a ebulição, inicia-se também a cavitação. TENSÃO DE VAPOR Temp. (ºC) Pressão de Vapor (kgf.cm-2) Temp. (ºC) Pressão de Vapor (kgf.cm-2) 15 0,0174 70 0,3175 20 0,0238 75 0,3929 25 0,0322 80 0,4828 30 0,0429 85 0,5894 35 0,0572 90 0,7149 40 0,0750 95 0,8620 45 0,0974 100 1,0333 50 0,1255 105 1,2320 55 0,1602 110 1,4609 60 0,2028 115 1,7260 65 0,2547 120 2,0270 OBRIGADO!!
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