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Questionário - Ordenamento Jurídico (Betioli)

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Coordenação do Curso de Direito
Disciplina: Teoria Geral do Direito - TGD
Professor: José Antonio Lira Bezerra
	
ATIVIDADE 3
ORDENAMENTO JURÍDICO
1. Que se entende por ordenamento jurídico? 
O ordenamento jurídico, segundo Miguel Reale, é o sistema de normas que compreende as fontes de direito e todos os seus conteúdos; é o conjunto de normas que abrange tanto regras explícitas quanto as criadas para suprir todas as lacunas.
2. O ordenamento jurídico se constitui de um sistema de leis ou de normas? Explique. 
O ordenamento jurídico não se constitui somente de leis, apesar do peso significativo que estas têm. O ordenamento jurídico se constitui por um sistema de normas legais e jurisdicionais, se relacionando de forma hierarquizada em um estado, pois a norma equivale à conduta que se espera/exige do cidadão, que se relaciona totalmente ao objetivo da existência de um ordenamento jurídico.
3. Que significa o princípio da plenitude do ordenamento jurídico? 
Consiste na possibilidade do ordenamento jurídico conter a solução para todas as questões que surgirem na vida de relação social, suprindo todas as lacunas existentes.
4. Como você explica a concepção lógico-normativa do ordenamento jurídico defendida por Kelsen?
Seguindo seu raciocínio, a realidade jurídica é como um sistema escalonado, gradiente, de normas, desde as legais até as judiciais. Estas normas subordinam-se entre si, como uma estrutura de pirâmide, em que a validade delas depende do que está disposto na vigente Constituição, não sendo de responsabilidade dos juristas averiguar as origens de determinado ordenamento. A validade jurídica é, portanto, formal e as normas se estruturam logicamente.
5. Como explica a validade do ordenamento jurídico a teoria histórico-cultural de Miguel Reale? 
Para Miguel Reale, todos os modelos jurídicos só podem ter vigência quando consentidos pelas normas constitucionais, sejam eles fundados ou derivados de outras normas. Segundo Reale, o que confere a realidade do ordenamento é uma “razão de ordem prática”, ou seja, uma exigência da razão em função da experiência histórica. A validade do ordenamento jurídico são qualidades imanentes ao sentido da experiência jurídica.
6. Se não houvesse uma interligação entre as normas jurídicas, quais as consequências? 
Se não fosse respeitado o princípio básico da fundamentação ou derivação das normas jurídicas, todo o ordenamento jurídico ruiria, pois esse é um princípio básico de sua constituição. As normas não teriam uma sustentação para que fossem observadas e seguidas, não representariam a força normativa que se espera delas dentro de um ordenamento jurídico sólido, pois é válido lembrar que todas as normas só valem quando estão em conformidade com as outras.
7. Você acha suficiente a demonstração da validade formal de ordenamento jurídico? Justifique. 
Não, porque obviamente que a existência e validade de uma estrutura formal do ordenamento jurídico é importante para sua constituição, mas não é o suficiente. O ordenamento jurídico deve ser a expressão social e histórica da sociedade que rege, constituído de complexos normativos diversos entre si, e relacionados. Todo ordenamento jurídico de um povo origina-se de valores, e deles recebe seu sentido e significado, ou seja, a formalidade não é tudo dentro do ordenamento.
8. Indique os elementos constitutivos do ordenamento jurídico. Que diferencia um “instituto” de uma “instituição jurídica”? Exemplifique
O ordenamento jurídico é constituído da norma, os modelos jurídicos, os institutos jurídicos, as instituições jurídicas e os vários sistemas. Os institutos jurídicos são normas da mesma natureza que se articulam em modelos, como, por exemplo, os institutos do penhor, da hipoteca, da falência e do usufruto. Já as instituições políticas são núcleos estáveis de normas que correspondem de forma mais acentuada a uma estrutura social que não oferece apenas uma configuração jurídica, mas se põe também como realidade distinta.
9. Explique por que há “normas” que se distinguem dos “modelos jurídicos” como elementos constitutivos do ordenamento jurídico. 
Norma e modelo jurídico não são sinônimos. Por mais que na maior parte dos casos as normas não existam sozinhas, ou seja, precisem de outras normas interligando-se para validar em algum caso, existem outras normas jurídicas dotadas de sentido pleno e acabado somente em si. 
10. Que significa a teoria da pluralidade dos ordenamentos internos? Exemplifique.
Em cada país existe um ordenamento jurídico, mas subordinados a ele podem formar-se “ordenamentos menores”, com menor grau de positividade. Apesar de terem regras próprias somente o Estado representa o ordenamento soberano; a isso se dá o nome de pluralidade dos ordenamentos internos. Exemplos de ordenamentos internos são as organizações esportivas, grupos sindicais etc. 
11. Que significa dizer que o ordenamento jurídico brasileiro é constitucionalista e federalista? 
Nosso ordenamento jurídico é constitucionalista uma vez que o sistema de legalidade brasileiro é do tipo em que a Constituição Federal preside a todo o ordenamento jurídico, isso significa que todas as normas devem estar de acordo com os seus preceitos sob o risco de inconstitucionalidade. Nosso ordenamento é também federalista, pois é a forma como o Estado se estrutura, assim, além do ordenamento federal ou nacional, os estados membros, municípios e o Distrito Federal têm seus próprios ordenamentos. Cada ordenamento deve respeitar hierarquicamente o ordenamento federal, dos estados e distrito federal e dos municípios.
12. Uma “sentença judicial” e um “negócio jurídico”, como o de compra e venda, pertencem ao nosso ordenamento jurídico? Por quê?
Sim, pois no ordenamento jurídico estão contempladas todas as fontes do direito, ou seja, legislativa e jurisdicional como atos originários do Estado e, fontes costumeiras e negociais em virtude dos atos praticados e cuja autonomia é reconhecida com validade jurídica. Assim o ordenamento jurídico cobre todas as lacunas possíveis de normas necessárias ao regulamento da vida social. 
13. Nas democracias contemporâneas, a soberania interna da ordem jurídica está intimamente associada:
(A) à norma fundamental do pensamento de Kelsen, tendo em vista 
 que toda democracia pressupõe universalidade de direitos. 
(B) às normas do direito internacional, donde derivam as formas pelas quais os regimes democráticos extraem a fundamentação de sua existência.
(C) às normas derivadas da ética do homem médio, fundamento de todo valor e de todo direito.
(D) às normas constitucionais, como base de regramento formal e material de todas as normas do sistema jurídico.
(E) às normas da burocracia de Estado, tendo em vista que o modelo de dominação legal-burocrático do Estado moderno pressupõe atribuição de toda estabilidade do poder à burocracia. (ENADE 2006)
Responda de forma justificada.
Nas democracias contemporâneas, a soberania interna da ordem jurídica está intimamente associada às normas constitucionais. A soberania interna da ordem jurídica diz respeito ao monopólio do Estado em julgar e utilizar a força sobre aqueles que cometam algum delito, desta forma, é vedado o uso destas forças pelos próprios cidadãos. Se trata, então, de um ponto que tem como base a legitimação do sistema jurídico do país por meio de toda a ordem constitucional.
· REFERÊNCIAS:
· (1)Betioli, Antonio Bento. Introdução ao direito. 14ed. Sao Paulo: Saraiva, 2015.

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