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Liderança nas Organizações

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Liderança: uma análise de um estudo de caso			Mariana Lemes19/06/2017
	
Este artigo foi elaborado a partir de dois vetores fundamentais, são eles: pesquisa do tipo exploratória bibliográfica e uma análise de um estudo de caso monográfico apresentado na UFRG, no que diz respeito ao assunto liderança. Nesse sentido, observou-se a importância da liderança no contexto organizacional e a figura do líder no sentido de motivar equipe, alcançar melhores resultados de desempenho e produtividade. Apresentou ainda, a diferença entre gerente e líder, mostrando que a figura do líder acaba extrapolando a estrutura hierárquica nas empresas.
1 INTRODUÇÃO
A forma de gerir pessoas nas organizações vem sofrendo grandes transformações. Na atualidade, existe uma grande tendência no sentido de repensar o papel das pessoas e das organizações nas relações de trabalho.
Dutra (2012) entende que os processos decisórios se encontram em função das exigências do mercado, necessitando nesse interim de pessoas extremamente comprometidas e envolvidas com o negócio e com uma postura relativamente autônoma e empreendedora.
Diante do contexto descrito pode-se inserir a figura do líder, que conduz um determinado grupo visando eficiência e eficácia nas organizações. Para Lacombe (2011, p.243) “uma empresa descapitalizada pode tomar dinheiro emprestado, uma em má localização pode ser mudada, mas uma que tenha falta de liderança tem pouca chance de sobreviver”.
Nanus (2000) compreende liderança como sendo a habilidade de inspirar pessoas, mostrando de forma sistêmica qual é a visão da empresa, seus objetivos e metas e, com isso, buscar maior comprometimento por parte dos colaboradores.
Diante do relato, surge a necessidade de se obter maiores informações a respeito do assunto. Para tanto, o artigo em questão tem como objetivo realizar uma análise de um estudo de caso no sentido de observar na prática questões ligadas com liderança organizacional.
Sendo assim, a pauta para o desenvolvimento do artigo segue a seguinte sequência: breve relato sobre a teoria que sustenta as questões pertinentes a liderança; uma análise sobre o caso a relação entre chefia e subordinados em três agências do Banco do Brasil localizadas no Estado de Santa Catarina. O caso foi extraído de um trabalho monográfico realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2007 pela autora Merilyn Wendling – Trabalho de conclusão de curso de Especialização pertencente ao Programa de Pós-Graduação em Administração.
No que diz respeito à metodologia escolhida, optou-se por uma análise bibliográfica do tipo exploratória. Buscando uma sustentação para a escolha, verifica-se que Gil (1996) entende que esse tipo de pesquisa é desenvolvido a partir de um material pré-elaborado e requer do pesquisador habilidade analítica para explorar sobre ideologias, ideias entre outras.
Discente do 4º ano do curso de Administração das Faculdades Integradas “Antonio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente. Mariana_negrizolli@unitoledo.br.
Docente do curso de Administração das Faculdades Integradas “Antonio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente. Mestre em Administração Estratégica pele UNIFECAP-SP e-mail mancinil@unitoledo.br Orientador do trabalho.
2 SINTESE TEÓRICA
O capitulo a seguir tem como objetivo nuclear entender de forma resumida alguns apontamentos teóricos que possam auxiliar na análise do caso escolhido.
2.1 Tipos de poder encontrados nas organizações
Adotando como fato embrionário, os lideres basicamente são influenciadores de pessoas em função do poder que possuem.
Lacombe (2011,p.243) faz um distinção entre três tipos de poder:
O poder legítimo: conferido pela posição ocupada na organização. Inclui, quase sempre, dois poderes que se complementam: o poder de recompensa e o coercitivo ou de punição, instrumentos para o exercício de poder legítimo.
O poder referente: influência exercida pelo líder em virtude da afeição e do respeito que as pessoas têm por ele, sua coragem, sua capacidade de agir e sua ousadia.
O poder do saber: baseado nos conhecimentos que as pessoas tem. Inclui os conhecimentos técnicos, a experiência e o poder da informação.
Com a estrutura formalizada sobre os tipos de poder, vale apontar que o poder do tipo legítimo sem o poder do tipo referente, pode gerar na equipe de trabalho certa apatia no que tange ao quesito desempenho, fundamental para um bom desenvolvimento organizacional.
Para Vergara (2012) realizar um bom trabalho numa dada organização não é o suficiente para se obter ou agregar poder. Nesse particular, o importante é adquirir visibilidade e reconhecimento. Nesse sentido, para a administração, liderar é acima de tudo conduzir pessoas, influenciando, inclusive, seus comportamentos e ações no sentido de atingir objetivos e metas inerentes ao grupo específico em função de ideias e princípios.
2.2 A figura do líder
Lideres são aqueles que defendem valores e anseios que estão ligados com a vontade e necessidade da maioria de seus liderados. Caso contrário, seria muito difícil promover mobilização de seus liderados. Porém, não é só isso. Lacombe (2011,p.245) entende que “a variedade dos tipos de lideranças torna difícil estabelecer com precisão o que faz um líder”.
O ato da liderança não deve ser definido como único e ideal para todos, como dito anteriormente, a liderança se faz através de diversos estilos, cada qual conduzido a sua necessidade de trabalho e objetivos.
De acordo com Maximiano, (2008, pg 254): “A liderança sempre está ligada a pessoas. É uma função, papel ou tarefa que qualquer pessoa desempenha, quando é responsável por um grupo”.
Maximiano, (2008, pg 254), diz ainda que:
Liderança é a realização de uma meta por meio da direção de colaboradores humanos. A pessoa que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar finalidades específicas é um líder. Um grande líder é aquele que tem essa capacidade dia pós dia, anos pós ano, numa grande variedade de situações.
Porém, um líder sob o ponto de vista da administração não seria necessariamente um gerente no sentido formal, mas um sujeito que pode fazer com que um grupo possa produzir com eficácia e gerar riqueza, quesito necessário para uma boa distribuição de renda nas organizações, com satisfação.
Lacombe (2011, p.246) indica quatro responsabilidades básicas de um líder:
O líder deve ter desenvolvido uma imagem mental de um estado futuro possível e desejável da organização; o líder deve comunicar a nova visão; o líder precisa criar confiança por meio do posicionamento; líderes são aprendizes perpétuos.
Diante do exposto cabe destacar que a figura do líder é crucial para as organizações provocando necessidades e desejos de seus seguidores, possui um forte poder de comunicação e convencimento, mostra-se um ser que apresenta um grau significativo de robustez energética e possui uma capacidade e vontade de grandes aprendizagens.
Vergara (2012) complementa afirmando que para se criar uma organização ou simplesmente transformá-la com sucesso relativo, a liderança deve possuir uma característica conhecida como “liderança carismática”. Deriva, certamente das necessidades emocionais das pessoas e dos eventos inerentes ao exercício da liderança, incluindo: atos de ousadia e inovação dado a ele, o líder, um perfil de pessoa carismática.
Chiavenato (2004), por sua vez alerta para os riscos que um líder deve efetivamente evitar que é justamente o isolamento.
Nesse sentido, surge a necessidade do líder ter a ser favor um bom e eficaz sistema de informação no sentido de facilitar as comunicações ditas frequentes, transparentes, honestas e sinceras.
2.3 Diferenças entre líder e administrador
De forma teórica, vários autores tentam estabelecer parâmetros para esclarecerem as diferenças entre um líder e um administrador.
Kotler (1998, p.37) relata: “a liderança complementa a administração, não visa substituí-la. Nem todos são bons administradores e líderes. Muitos líderes não são bons administradores e vice-versa”.
Nanus (1998, p.77) admite que: “em contraste, o administradoropera sobre os recursos físicos da organização sobre o seu capital, habilidades humanas, tecnologia, etc. O líder, por sua vez, inova, inspira confiança, etc”.
Nesse sentido, é premeditado afirmar que um líder é também aquele que motiva sua equipe, e torna o ambiente de trabalho um local agradável. Estudos realizados por Frederick Herzberg constatam que a verdadeira motivação vem dos fatores internos. Herzberg pôde apontar que onde o ambiente e clima organizacionais são agradáveis, os trabalhadores desenvolvem melhores resultados para a empresa.
Pois bem, é possível entender para o contexto descrito que administrar é lidar com as complexidades estratégicas, práticas e procedimentos de gestão. O líder é aquele cuja preocupação é com a eficácia, ou seja, o modo mais inteligente de fazer ou realizar.
Resumindo, liderar, segundo Lacombe (2011) é saber lidar com a mudança no seguinte sentido: tecnológico, complexidade, desregulamentação, globalização, envelhecimento da população e suas necessidades latentes e outras.
2.4 A análise do caso
Com base no estudo de caso sobre a relação de chefia e subordinados, que foi realizado em três agências do Banco do Brasil localizadas no Estado de Santa Catarina, extraído de um trabalho monográfico, podemos realizar uma breve análise através dos conceitos descritos em nosso artigo.
A pesquisa tem como finalidade estudar a relação entre chefes e subordinados, sendo coesivo ao que descrevemos durante o nosso estudo bibliográfico.
Obtidas dados finais das respostas de 47 entrevistados entre as três agencias do Banco do Brasil, identificamos que os funcionários das agências BB, se sentem motivados, apesar do trabalho em muitas ocasiões ser estressante. E que consideram seus gerentes bons líderes, pois apoiam e cooperam com o desenvolvimento de suas atividades. Logo, foi possível entender que ao fato de existir bons funcionários na agencias, as trocas de gerentes, de cargos são constantes.
Entre as respostas da pesquisa realizada, parte dos entrevistados caracterizou seu gerente como “participativo, orientador e democrático”. O que nos leva a teoria de que o gerenciamento das agencias BB, é conduzido através do poder legítimo e do poder referente. Poder legítimo é o poder dado através de uma hierarquia, conduzido de forma eficaz. E o poder referente surge do carisma, admiração e confiança que é transmitido aos subordinados. Justaposto os dois poderes formam um grande profissional, e um líder nato.
De forma geral, identificamos na pesquisa que os funcionários das agências BB se sentem motivados por seus líderes, e que mesmo com as trocas constantes, as adaptações acontecem rapidamente, mesmo porque o Banco do Brasil oferece muitos cursos de capacitação aos seus funcionários, permitindo que as promoções e trocas de cargos sejam feitas sem atrapalhar a qualidade dos serviços das agencias.
3. CONCLUSÃO
As reflexões apresentadas neste estudo sobre a liderança no clima organizacional, dialogadas com Vergara, Maximiano, Lacombe, Kloter, Nanus, Frederick Herzberg, Chiavenato, Dutra, com o auxilio do estudo de caso realizado por Merilyn Wendling, sobre a relação entre chefia e subordinados, viabilizou a concretização dos fatos apresentados.
Atribuídos à relação de motivação e liderança dentro das organizações, e suas consequências. Evidente nesse contexto que o líder que se posiciona a frente de uma organização influencia diretamente na produtividade positiva ou negativa dos funcionários de uma empresa.
O estudo é de suma importância, pois contribui apontando possíveis falhas dentro das empresas, indicando de maneira sutil o que cabe a um líder quando direcionamos o problema de rendimentos ao gerenciamento. Entretanto, é importante enfatizar, que o estudo possui limitações, com possíveis falhas de influencia na pesquisa, e de controvérsias entre outros autores não inclusos no estudo realizado para este artigo.
Finalmente, buscamos através deste estudo bibliográfico, acrescentar nossa percepção de um bom administrador, e buscar através de pesquisas um conhecimento vasto na referente área de estudo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: Modelos, Processos, Tendências e Perspectivas. São Paulo. Ed. Atlas – 2012.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo. Ed. Atlas, 3ª ed. – 1996.
LACOMBE, Francisco. Recursos Humanos: Princípios e Tendências. São Paulo. Ed. Saraiva, 2ª ed. – 2011.
NANUS. But. Liderança Visionária. São Paulo. Ed. Campus – 2000.
KOHER, Philip. Administração de Marketing. São Paulo. Ed. Prentice Hall, 12ª ed. – 1998.
VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de Pessoas. São Paulo. Ed. Atlas, 12ª ed. – 2012.
CENTRO UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO EUFRÁSIO DE TOLEDO DE PRESIDENTE PRUDENTE. Normalização de apresentação de monografias e trabalhos de conclusão de curso. 2007 – Presidente Prudente, 2007, 110p.

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