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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 MOTIVAÇÃO .............................................................................................. 5 3 TEORIAS DE MOTIVAÇÃO ........................................................................ 6 3.1 Teoria da Hierarquia das necessidades ............................................... 7 3.2 Teoria dos dois fatores ......................................................................... 8 3.3 Teoria de ERG ..................................................................................... 9 3.4 Teoria de McClelland............................................................................ 9 3.5 Teoria X e Y ....................................................................................... 10 3.6 Teoria do modelo contingencial de motivação de Vroom ................... 11 3.7 Teoria do estabelecimento de metas ................................................. 12 3.8 Teoria do fluxo .................................................................................... 12 3.9 Teoria da equidade ............................................................................ 13 4 LIDERANÇA ............................................................................................. 13 5 TEORIAS DA LIDERANÇA ....................................................................... 15 5.1 Teoria dos traços da personalidade ................................................... 16 5.2 Teoria sobre o estilo de liderança ...................................................... 16 5.3 Teoria situacional ............................................................................... 17 6 TIPOS DE LIDERANÇA ............................................................................ 17 6.1 Liderança Autocrática ......................................................................... 18 6.2 Liderança Democrática....................................................................... 19 6.3 Liderança Liberal ou laissez-faire ....................................................... 20 6.4 Liderança transacional ....................................................................... 20 6.5 Liderança transformacional ................................................................ 21 7 LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO .................................................................... 22 7.1 O papel da liderança no contexto da motivação ................................. 23 8 LÍDER ...................................................................................................... 25 8.1 Líder motivador .................................................................................. 26 8.2 Líder comunicativo ............................................................................. 27 8.3 Líder negociador ................................................................................ 28 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 31 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 MOTIVAÇÃO Fonte: pixabay.com A motivação é a força interior, que muda a cada momento da vida, guiando e fortalecendo objetivos pessoais. Portanto, quando dizemos que a motivação é uma coisa interna, ou seja, existe em todos de uma certa forma, diremos que é um erro alguém nos motivar ou dissuadir, porque ninguém pode fazê-lo. Algumas pessoas defendem a automotivação, mas esse termo tem sido mal utilizado, porque a motivação é uma força natural nossa. Robbins (2005, p. 132) define a motivação “como um processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta ou resultado”. Para Maximiano (2007), a palavra motivação deriva do latim motivos movere, que significa mover. É aquilo que é suscetível de mover o indivíduo, de levá-lo a agir para atingir algo e de lhe produzir um comportamento orientado. No ambiente organizacional, motivação é o processo de incentivar os funcionários a adotarem comportamentos que atendam às necessidades ou desejos individuais, mas que sejam coordenados com comportamentos ou objetivos específicos desejados pela organização. Para que uma pessoa se motive a buscar seus objetivos, suas necessidades devem ser atendidas. Fatores que envolvem senso de realização, crescimento pessoal e profissional e satisfação reconhecida são fatores positivos que sempre levarão ao aumento da produtividade pessoal total. 6 Segundo Chiavenato (2006), de modo geral, motivação é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou pelo menos, que dá origem a uma propensão a um comportamento específico, podendo este gerar um impulso à ação, provocado por um estímulo externo ou também ser gerado internamente nos processos mentais do indivíduo. 3 TEORIAS DE MOTIVAÇÃO Fonte: pixabay.com Para os atuais apoiadores da escola de relações humanas, o objetivo motivacional a ser perseguido pelos colaboradores no ambiente de trabalho leva estes a se sentirem importantes e benéficas. Portanto, é necessário satisfazer o desejo dos funcionários de se tornarem uma parte indispensável da organização. A motivação é uma forma de recompensa importante que substitui as recompensas em forma salário. Para Chiavenato, 2009, “A motivação constitui um importante campo do conhecimento da natureza humana e da explicação do comportamento humano. Para compreender-se o comportamento das pessoas torna-se necessário conhecer sua motivação”. (CHIAVENATO, 2009, p.121). Segundo Maximiano (2002), a motivação é “representada pela teoria das necessidades”. Ainda segundo o autor, “o comportamento humano é motivado por algum estado de carência, pessoas agem nas mais diferentes situações, para satisfazer suas necessidades”. 7 3.1 Teoria da Hierarquia das necessidades Existem várias teorias que definem os fatores motivacionais, elas são conhecidas pela hierarquia das necessidades, e a teoria dos dois fatores. Algumas empresas utilizam esses conceitos para explicar a motivação dos seus funcionários, (ROBBINS, 2002). O Psicólogo americano Maslow (1908-1970), orientou em uma pirâmide que os fatores de motivação humana são distribuídos em níveis hierárquicos. Conforme mostrado na Figura Maslow. Fonte:www.ebah.com.br De acordo com Maslow (1970 apud MAXIMIANO, 2000, p.350): As necessidades básicas estão na base da hierarquia. As pessoas procuram satisfazê-las antes de se preocupar com as de nível mais elevado. Uma necessidade em qualquer ponto da hierarquia precisa ser atendida antes que a necessidade de nível seguinte se manifeste. Se uma necessidade não for satisfeita, a pessoa ficará estacionada nesse nível de motivação. Uma vez atendida, uma necessidade deixa de se fazer sentir. A pessoa passa a ser motivada pela ordem seguintede necessidades. 8 Segundo Robbins (2005), do ponto de vista da motivação, esta teoria sugere que, embora jamais uma necessidade possa ser satisfeita completamente, uma necessidade substancialmente satisfeita extingue a motivação. De acordo com a Teoria de Maslow, a “realização de objetivos está de alguma forma ligada a busca de satisfação de necessidades humanas” (ROBBINS, 2008). 3.2 Teoria dos dois fatores Frederick Herzberg elaborou a teoria de dois fatores para explicar o comportamento das pessoas no ambiente de trabalho. Ele identificou os fatores que causaram a atitude positiva no trabalho, as pessoas com atitudes negativas são diferentes, ou seja, ele acha que é necessário distinguir os conceitos de motivação e satisfação. Na definição de Robbins (2008), esta teoria foi proposta pelo psicólogo Frederick Herzberg, com a “crença de que a relação de uma pessoa com o seu trabalho é básica e de que essa atitude pode determinar seu sucesso ou fracasso”. De acordo com Robbis (2008), para Herzber, os fatores que levam a satisfação no trabalho são diferentes e separados daqueles que levam insatisfação, assim, as condições em torno do trabalho, como a supervisão, a remuneração, as políticas da empresa, relacionamento com os colegas, são caracterizadas de fatores higiênicos. (ROBBINS, 2008). Para Herzberg, existem dois fatores que orientam o comportamento das pessoas no trabalho: Fatores motivacionais: fatores que são controlados pelos indivíduos porque estão relacionados ao seu comportamento e desempenho. Envolvem crescimento pessoal, reconhecimento profissional e sentimentos de autorrealização; Fatores higiênicos: fatores que são gerenciados e determinados pela empresa e estão além do controle das pessoas. 9 3.3 Teoria de ERG Esta é uma teoria mais moderna, uma reformulação da teoria da demanda de Maslow publicada pelo psicólogo americano Clayton Paul Alderfer em 1969. De acordo com Bergamini, 1997: As necessidades citadas por Maslow foram agrupadas em apenas três grupos. “O autor sugere que esses três objetivos existam também numa relação sequencial, vindo assim sucessivamente: necessidades de existência, as necessidades de relacionamento e finalmente as necessidades de crescimento”. (BERGAMINI, 1997, p. 75). Segundo o site: portaldagestao.com./artigos: Necessidades de Existência: incluem todos os desejos materiais e fisiológicos (ex. comida, água, ar, segurança, etc.). Correspondem aos primeiros dois níveis de Maslow; Necessidades de Relação: referem-se à motivação que as pessoas têm para manter relações interpessoais (envolvimento com família, amigos, colegas de trabalho e patrões). Esta categoria tem as mesmas características das necessidades sociais de Maslow (terceiro e quarto níveis da pirâmide de Maslow); Necessidades de Crescimento: refere-se ao desejo intrínseco de desenvolvimento pessoal, às necessidades de estima e auto-realização. Corresponde ao quinto nível (topo da pirâmide) de Maslow. 3.4 Teoria de McClelland Com base nos mesmos problemas de Maslow, o psicólogo americano David McClelland também estudou as necessidades e as dividiu em três categorias: realização, poder e associação. Na definição de Robbins (2002, p.138): Necessidade de realização: busca da excelência, de se realizar em determinados padrões, de lutar pelo sucesso. São pessoas que buscam realização pessoal, mais do que recompensa pelo sucesso em si. Necessidades de associação; desejo de relacionamentos próximos e amigáveis. Buscam a amizade, cooperação em vez de competição e 10 desejam relacionamentos que envolvam um alto grau de compreensão mútua. Necessidades de poder: Necessidade de fazer com que os outros se comportem de um modo que não fariam naturalmente. É o desejo de impactar, de ter influência e de controlar as outras pessoas. Gostam sempre de estar no comando. 3.5 Teoria X e Y Com base nas observações de como os executivos tratam os funcionários, Douglas McGregor concluiu que as opiniões dos executivos sobre a natureza das pessoas são baseadas em certos lugares e eles tendem a trabalhar com os funcionários para moldar seu próprio comportamento com base nessas premissas. Em 1960, McGregor se concentrou em distinguir dois estilos relativos de gestão administrativa, a saber, a teoria X e a teoria Y. Na teoria, X é um estilo chamado tradicional, mecânico e pragmático. Nesse estilo, as pessoas não gostam de trabalhar e precisam ser controladas e penalizadas para se esforçarem para atingir os objetivos organizacionais. Além de evitar responsabilidades, concentrar-se apenas na segurança pessoal e financeira. Segundo Marras, 2011, “um trabalhador X, ou um trabalhador visto por um gerente de visão X, não gosta de trabalhar e o faz somente quando é compelido. Não gosta de assumir responsabilidade, é pouco ou nada ambicioso e busca acima de tudo segurança”. (MARRAS, 2011, p. 29). Quando falamos na teoria Y, define se como um estilo totalmente oposto, envolvendo ideias modernas sobre o comportamento humano, tem fonte de contentamento ou punição dependendo do contexto da obra. As pessoas estão dispostas a aprender e suportar responsabilidade e uso de todo o seu potencial criativo. Marras 2011, afirma que: “um trabalhador Y, ou um trabalhador visto por um gerente de visão Y, é alguém que, pelo contrário, sente-se bem no trabalho e busca atingir os objetivos que lhe são colocados, é alguém criativo e com potencialidades que podem e devem ser exploradas” (MARRAS, 2011, p.30). Para Chiavenato (2003), a Teoria Y mostra um estilo aberto, dinâmico e democrático, por meio do qual administrar torna-se um processo de criar 11 oportunidades, liberar potenciais, remover obstáculos, encorajar o crescimento individual e proporcionar orientação quanto a objetivos específicos. 3.6 Teoria do modelo contingencial de motivação de Vroom De acordo com a teoria de Vroom, o esforço de uma pessoa para atingir um certo nível de desempenho depende de suas expectativas dos resultados que o desempenho trará. Resumindo, ela trabalhará muito com base em sua avaliação da recompensa. Victor H. Vroom defendeu essa teoria em 1995, que também é chamada de "teoria da expectativa" em alguns livros, ou seja, quando um indivíduo acredita que seus esforços são recompensados, eles ficarão motivados e compreenderão que a motivação é uma força de emoção e consciência. De acordo com Chiavenato, 2004, “a teoria de motivação de Victor H. Vroom restringe-se exclusivamente à motivação para produzir, rejeita noções preconcebidas e reconhece as diferenças individuais. ” (CHIAVENATO, 2004, p. 70). Chiavenato, 2009, define que Vroom traçou três forças básicas responsáveis pelo nível de produtividade do indivíduo e que atuam internamente: 1. Objetivos pessoais do indivíduo: que podem incluir dinheiro, segurança no cargo, aceitação social, reconhecimento, trabalho interessante, etc. Existem outros objetivos que a pessoa pode procurar satisfazer simultaneamente. 2. Relação percebida entre satisfação dos objetivos e da alta produtividade: Se um operário tem como importante objetivo ter um salário maior e se ele trabalha na base de remuneração por produção, poderá manter uma forte motivação para produzir mais. Porém, se sua necessidade de aceitação social pelos outros membros do grupo é mais importante, poderá produzir abaixo do nível que o grupo consagrou como padrão de produção informal, pois produzir mais poderá significar a rejeição do grupo. 3. Percepção de sua capacidade de influenciar sua produtividade: Se um empregado acredita que um grande volume de esforço despendido tem pouco efeito sobre o resultado, tenderá a não se esforçar muito, como é o caso de uma pessoa colocada em um cargo sem treinamento 12 adequado ou do operário colocado em uma linha de montagem de velocidadefixa (CHIAVENATO, 2009, p. 137). 3.7 Teoria do estabelecimento de metas A teoria de "definição de metas" de Edwin Locke (ou autoeficácia) acredita que as metas dos funcionários são claras e desafiadoras (mas alcançáveis), e com um retorno de informação sobre seu rendimento, atingem um melhor desempenho. De acordo com Locke e Latham (1990) a definição de metas, influência na motivação, pois ambos funcionam como referências claras, possibilitando à pessoa antecipar cognitivamente os resultados futuros a serem alcançados. 3.8 Teoria do fluxo A teoria do fluxo prevê que uma pessoa precisa permanecer desafiada enquanto usa suas melhores habilidades para alcançar um desempenho superior. Esta combinação permitirá obter satisfação interior na vida profissional ou pessoal. Gondim e Silva (2004) cita os principais fatores que levam ao estado de satisfação: Oferecer metas claras e atingíveis e "feedbacks" contínuos no processo de desenvolvimento da atividade; Permitir que a pessoa tenha controle do processo, ao reconhecer que suas habilidades e potencialidades estão sendo mobilizadas para o exercício da atividade; Minimizar os fatores de distração, de modo que haja intensa concentração no que se está fazendo, o que repercute na percepção subjetiva do tempo e na sensação de perda temporária dos limites do eu (ápice do estado de fluxo); e, Identificar as situações potenciais capazes de provocar na pessoa este estado de fluxo. (GONDIM; SILVA, 2004). 13 3.9 Teoria da equidade A teoria da equidade apresentada por Adams acredita que os indivíduos podem comparar seus próprios esforços de trabalho e as recompensas que recebem com os esforços de outros funcionários para reagir de uma forma que elimine a injustiça. Para ficar motivado, os funcionários acham que a remuneração que recebem é justa em comparação a de seus colegas. Segundo Davis e Newstrom, 2004, a maioria dos empregados está preocupada com alguma coisa a mais do que ter suas necessidades satisfeitas; eles também querem que o sistema de recompensas seja justo. [...] A teoria da equidade de J. Stacy Adams afirma que os empregados tendem a julgar a justiça comparando inputs contribuições relevantes no trabalho com as recompensas que recebem e também comparando essa relação para outras pessoas tomadas como parâmetro. De forma consistente com o contrato de trabalho, eles analisam a justiça do seu próprio "contrato" comparando, então, o seu próprio com o contrato de outros trabalhadores e ainda com aquele firmado com outros na comunidade e na sociedade. Ajustiça das recompensas pode até mesmo ser julgada em comparação com critérios relativamente arbitrários como idade. (DAVIS e NEWSTROM, 2004, p. 79). 4 LIDERANÇA Fonte: pixabay.com 14 De acordo com a etimologia da palavra, liderança vem do inglês leader, guia, chefe, do inglês arcaico laedan, guiar, chefiar. Liderança é a capacidade de uma pessoa liderar um grupo de pessoas, transformando-as em uma equipe capaz de produzir os resultados desejados pela empresa. Líderes são pessoas que podem inspirar e influenciar liderados, atuar de forma ética e positiva para que sejam voluntários e contribuam com entusiasmo para o alcance dos objetivos da equipe e da organização, sempre explorando as qualidades de seus integrantes. George Terry (2006, p.12) sintetiza a ideia central do conceito de liderança em apenas: "A liderança é a atividade de influenciar pessoas fazendo-as empenhar-se voluntariamente em objetivos de grupo”. Maximiano, explica que: A liderança é uma função, papel, tarefa ou responsabilidade que qualquer pessoa exerce, quando é responsável pelo desempenho de um grupo. Os líderes são essenciais para o desempenho, crescimento e gerenciamento de equipes dentro de uma organização, (MAXIMIANO, 2000). Hoje, a liderança tem sido considerada um fator fundamental e decisivo em uma organização, uma forma de aproveitar a produtividade e, assim, produzir resultados positivos. Porém, para isso, o líder desempenha um papel fundamental no direcionamento das atividades da equipe. De acordo com Chiavenato, 2004, o líder tem um papel fundamental na motivação das pessoas. Aliás, a motivação é uma das principais responsabilidades dele, a influência sobre os subordinados exige liderança eficaz e uma contínua motivação da equipe. A motivação funciona como um dinamizador, um impulsionador do comportamento humano. (CHIAVENATO, 2004, p. 172). Ram Charam, (2009, p. 19), define seis características essenciais da liderança: Honestidade e credibilidade; Capacidade de inspirar; Conexão em tempo real com a realidade; Realismo com uma pitada de otimismo; Administração com intensidade; Ousadia para se preparar para o futuro. Não há dúvida de que o desempenho da equipe reflete a gestão de seu líder. A liderança excelente pode não só trazer bom desempenho, mas também trabalhar em estreita colaboração com o desenvolvimento e evolução dos colaboradores. 15 Liderar não é uma tarefa fácil, pelo contrário, é uma tarefa complexa, difícil e prudente que exige muita análise e previsão. Para defender a visão de que liderança é a arte de inspirar, motivar ideias, pessoas e projetos, não podemos confundir liderança com chefia, pois o chefe está amarrado a uma hierarquia, com foco apenas em resultados, desconsiderando a questão da equipe de trabalho e a busca e incentivo pela melhora dos liderados, diferente de um líder que busca constantemente o aprimoramento e os resultados da equipe e objetivos comuns. Para implementar, desenvolver, liderar e gerenciar uma liderança eficaz, é necessário entendê-la, pois como diretriz, o líder vai liderar as demais partes da organização e obedecer às expectativas anteriores, na forma de metas, aprendizado ou objetivos. Portanto, pode-se dizer que, neste caso, a liderança é vista como uma forma clara de entendimento. 5 TEORIAS DA LIDERANÇA Fonte: pixabay.com As Teorias sobre Liderança, segundo Chiavenato (2000, p.89), podem ser classificadas em três grupos: Traços da personalidade; segundo esta teoria, o líder possui características marcantes de personalidade que o qualificam para uma função. Estilos de liderança: esta teoria aponta quatro estilos de liderança: autocrática, participativa, democrática e liberal. 16 Liderança situacional (teoria Contingencial): nesta teoria, o líder pode assumir diferentes padrões de liderança de acordo com a situação. 5.1 Teoria dos traços da personalidade O primeiro método considera a liderança como uma combinação de várias características, enfatizando as qualidades pessoais do líder, devendo este ter algumas características especiais de personalidade que contribuem para o desempenho do líder, esta teoria enfatiza as qualidades internas das pessoas. Robbins (2002), enfatiza que, a “teoria da liderança diferenciam líderes de não líderes com base nas qualidades e características pessoais”. O autor ainda acrescenta que, o fato de o indivíduo apresentar determinados traços e ser considerado um líder pelos demais não significa, necessariamente, que ele será bem-sucedido em liderar um grupo para o alcance dos objetivos, (ROBBINS, 2002, p.260). 5.2 Teoria sobre o estilo de liderança Ao contrário dos traços, essa teoria acredita que os comportamentos podem ser aprendidos, de modo que as pessoas que foram treinadas em comportamentos de liderança adequados, possam liderar com eficácia. De acordo Bergamini (1994, p.36), Liderança e suas características constituem como: “conjuntos de comportamentos que pudessem configurar aquilo que passa a ser chamado de habilidades de liderança”. Os tipos mais comuns de liderança são os seguintes: Liderança autocrática; Liderança Democrática; Liderança liberal ou laissez faire. Liderança transacional Liderança transformacional Chiavenato(1997), afirma que, o “líder deve utilizar os três estilos de liderança, autocrática, democrática e liberal de acordo com as pessoas, com a situação e com a tarefa a ser executada, como, mandam e cumprem ordens, como consulta os 17 subordinados antes de tomar uma decisão e delega algumas funções na realização das tarefas a serem executadas pelos colaboradores”. 5.3 Teoria situacional A teoria situacional visa determinar quais fatores situacionais são os mais importantes e prever o estilo de liderança mais eficaz em uma determinada situação. Segundo Robbins (2002), “Essa teoria reconhece a importância dos liderados na lógica que os líderes podem compensar as limitações e motivações de seus seguidores”. Cada tipo de comportamento está relacionado com o grau de autoridade utilizado pelo líder e o grau de liberdade disponível para os subordinados dentro dos padrões de liderança. O comportamento de liderança localizado do lado extremo esquerdo denota o administrador que mantém um alto grau de controle sobre os subordinados, enquanto que o lado extremo direito denota o administrador que permite ampla liberdade de ação para os subordinados, (CHIAVENATO, 2004, p. 126). 6 TIPOS DE LIDERANÇA Fonte: pixabay.com São muitos os estilos que marcam o líder com as mais diversas características, devendo este ter a capacidade de perceber que o mundo está em constante mudança e é preciso acompanhar o ritmo dos tempos. É preciso saber também que uma equipe 18 precisa de um ambiente de trabalho para obter felicidade e prazer, pois seriedade não é sinônimo de tristeza, é preciso criar um ambiente onde o reconhecimento, a alegria e a felicidade possam emergir. De acordo com Wright e Hunter, liderar é o ato e a capacidade de influenciar pessoas que estão a sua volta a exercerem atividades propostas, da melhor forma possível, garantindo assim a cooperação, bem como o alcance dos objetivos previamente estabelecidos (WRIGHT, 2011; HUNTER, 2004) Obviamente, a influência sobre os que são liderados também mudará de acordo como o tipo de líder. Os líderes precisam expressar clareza estratégica, estrutura organizacional, valores e princípios, compromisso com a adoção de práticas reconhecidas, remuneração e a saúde do clima organizacional. Os estilos de liderança dizem respeito ao comportamento do líder no exercício da sua função (MARQUES, 2010; WRIGHT, 2011). Há vários estilos de liderança, tais como: afetiva, autoritária, liberal, autocrática democrática, carismática, diretiva, participativa, transacional e transformacional entre outras. Cada um destes demonstra o tipo de comportamento do líder frente a seus subordinados dentro de uma organização. Sendo que aqui abordaremos o estilo transacional e o transformacional. (MAXIMIANO, 2010; MARQUES, 2010). A seguir, citaremos os tipos mais comuns de lideranças: 6.1 Liderança Autocrática A liderança autocrática é composta por um comandante autoritário que costuma concentrar tarefas e tomar decisões sem envolver a equipe. Ele é o líder que impõe regras e ordens sem diálogo. Toma sua própria decisão ignorando as opiniões dos seguidores, tem como adjetivos suas ações imprevisíveis para o grupo, individualidade dominante se destaca no elogio e nas críticas ao trabalho de cada membro. Seguindo este conceito Araújo afirma: No estilo autocrático ou autoritário: “o líder tem o comportamento regido pela tradição, não costumando ouvir e atender as reivindicações de seus seguidores. Esse estilo é adotado principalmente pelo sexo masculino nas organizações”. (ARAUJO, 2006, p.341). Segundo Chiavenato (2000), a teoria que explica a liderança por meio de estilos de comportamento, sem se preocupar com características pessoais de 19 personalidade do líder, refere-se àquela que divide a liderança em três grupos, ou seja, autocrática, democrática e liberal. Na liderança autocrática, o líder procura fixar as diretrizes, sem qualquer participação do grupo. Determina as providências para a execução das tarefas, cada uma por vez, à medida que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo. Também estabelece a tarefa que cada um deve executar e o seu companheiro de trabalho. O líder apresenta-se como dominador e é pessoal nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro. 6.2 Liderança Democrática Como o nome indica, o estilo democrático inclui as ideias e decisões da equipe. Nesse caso, o líder desempenha o papel de conselheiro e facilitador, ao mesmo tempo que estimula a equipe a assumir mais responsabilidades. Possuem uma liderança participativa com foco nas pessoas é particularmente proeminente. Todos os assuntos são debatidos em grupos, estimulados e auxiliados por lideranças, para que as tarefas ganhem novas perspectivas com o debate. São líderes objetivos, focados em fatos quando procuram criticar ou elogiar. Sobre o estilo democrático, Araújo defende: No estilo democrático ou participativo ao contrário do estilo autocrático o enfoque são as relações humanas e não a produção. Por conta disso, os objetivos e estratégias são definidos tanto pelo líder, quanto pelos colaboradores, de maneira totalmente democrática, característica presente em líderes femininas. (ARAUJO, 2006, p.341). Conforme Chiavenato (2000), na liderança democrática as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. A equipe esboça as providências para atingir o objetivo e pede aconselhamento ao líder, que sugere alternativas para escolha. Nesse estilo as tarefas ganham novas perspectivas com e qualidade com os debates. A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho. O líder procura ser um membro inserido no contexto do trabalho, é objetivo e limita-se aos fatos nas críticas e elogios. 20 6.3 Liderança Liberal ou laissez-faire Chiavenato (2000), afirma que a liderança liberal, tem como princípio a liberdade para as decisões tanto grupais quanto individuais, com mínima participação do líder. Esta é limitada, ficando o líder à disposição para o fornecimento de informações desde que solicitadas. Também, a divisão das tarefas e escolha dos colegas ficam totalmente a cargo do grupo, sem a contribuição do líder. O líder não avalia o grupo nem controla os acontecimentos, apenas comenta sobre as atividades quando perguntado. Os liderados têm maior liberdade na execução dos projetos, o que pode indicar que se trata de uma equipe madura, autodirigida, que não requer supervisão constante. No entanto, pode haver evidências de que a liderança é negligente e que o líder ignora falhas e erros deixando de fazer a correção. Araújo cita: O estilo laissez-faire é conhecido como os chamados líderes de rédea solta, contudo está liberdade oferecida por essas pessoas pode passar a impressão de que a liderança não existe, pois, não há um foco como nos estilos democrático e autoritário. (ARAUJO, 2006, p.342). Para Chiavenato (1994, P. 125) nesse tipo de liderança: “há liberdade total para as decisões grupais ou individuais, e mínima participação do líder” a definição das tarefas é feita pelo próprio grupo, mas é importante lembrar que para que esse tipo de liderança tenha sucesso é necessário ter um grupo com profissionais com alto grau de maturidade e responsabilidade. Portanto, os subordinados nem podem ser chamados dessa forma, porque têm responsabilidades de liderança e arcam com grandes responsabilidades. Eles tendem a agir e tomar decisões sem o consentimento do líder. Isso pode ter efeitos positivos, como melhor desempenho devido à satisfação no trabalho, e efeitos negativos pela falta de orientação, fazendo com que a equipe perca o foco nos objetivos da organização. 6.4 Liderança transacional A liderança transacional utiliza da autoridade dos cargos para intimidar os liderados. Suasdiretrizes são: delegar tarefas e remunerar os funcionários pela execução destas; o líder ordena, os funcionários obedecem sem direito a 21 questionamentos sobre o ambiente e a qualidade do serviço; os empregados não recebem incentivos ou promoção; os colaboradores em potencial passam despercebidos; e, o único foco é no aumento das vendas dos produtos ou serviços, além de serem alheios aos planos de negócios (WRIGHT, 2011). Dornelas (2007) e Chiavenato (2004), afirmam que em uma organização onde há centralização da gestão, não são aceitas sugestões e as responsabilidades são atribuídas a um pequeno grupo. 6.5 Liderança transformacional O estilo de liderança transformacional é um tipo de gerencia, onde o líder é capaz de influenciar no ambiente e os locais por onde passa. Além de estrategista, visionário e Comprometido com sua equipe, também possui a capacidade de para resolver problemas empresariais. Dornelas (2007) comenta que muitos dos líderes que hoje são sucesso, não fizeram plano de negócio, planejamento e nunca imaginaram que iriam alcançar este patamar, mas, realizaram análise de mercado, trabalharam em equipe e tiveram uma visão estratégica. Um estilo de liderança adequado é aquele que traça metas à serem alcançadas a partir do trabalho em equipe. Marques (2016), define que a liderança transformacional adota o seguinte perfil: Descentralização das funções - Cada cooperador recebe sua tarefa e pode tomar decisão em várias situações sem necessidade de recorrer ao líder. Percepção de competência dos colaboradores - Neste caso, este líder está sempre atento, à visão que os colaboradores têm a respeito da empresa, com isso, permite sua participação em reuniões coletivas e consideram suas ideias. Espírito motivador – O líder acredita que lutando por uma melhoria no ambiente de trabalho pode influenciar no resultado das atividades. Líderes com este perfil reconhecem que a motivação pode inspirar a equipe a alcançar os resultados previamente estabelecidos. De acordo com Wright (2011), no estilo de liderança transformacional o líder é aberto a novidades, incentiva seu cooperador a crescer, tendo como foco o 22 melhoramento da organização, procura a melhoria do ambiente de trabalho, motiva os colaboradores a não somente trabalhar pelo salário e sim a crescer junto com a organização, possui habilidade de conduzir os seus colaboradores melhoria do ambiente de trabalho, propiciando trabalhos mais eficientes e eficazes, oferece promoções aos que se destacam e reconhece que trabalhar com a mudança não é simples, mas que é inevitável. 7 LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO Fonte: pixabay.com No passado, as pessoas geralmente trabalhavam sozinhas em salas isoladas. Atualmente, é cada vez maior a necessidade de trabalho em equipe e integração entre os colaboradores. Além disso, o espaço de negócios também mudou. Eles se tornam mais abertos, amplos e mutuamente motivadores. Sendo assim o trabalho em equipe é essencial para qualquer organização, mas deve ser feito de maneira correta. Saber escolher o líder certo é crucial. Segundo Robbins (2002, p. 304), as organizações precisam de liderança forte e administração forte para atingir sua eficácia ótima. No mundo dinâmico de hoje, precisamos de líderes que desafiem o status que, criem visões de futuro e sejam capazes de inspirar os membros da organização a querer realizar essas visões. (ROBBINS, 2002, p.304). Se o líder tiver algum tipo de motivação, todos na equipe ficarão. O líder é o reflexo da organização, a partir do momento em que o gestor fornece a todos um 23 espaço para obter conhecimento sobre os objetivos da empresa, um ambiente de trabalho mais valioso e agradável é criado. Chandler e Richardson (2008, p.102) orientam que, se você é um líder positivo, com pensamentos positivos sobre o futuro e as pessoas que lidera, acrescenta algo a cada pessoa com quem conversa. Agrega algo de valor a cada comunicação. Até mesmo cada e-mail (que seja positivo) soma algo à vida da pessoa que o recebe. Porque o positivo (+) sempre acrescenta algo. (CHANDLER; RICHARDSON, 2008, P.102). Motivar os funcionários e manter a motivação é um desafio que os gestores de qualquer organização enfrentam todos os dias, porém, para os líderes que lideram uma equipe, conhecimentos e habilidades são necessários para determinar os pontos fortes, fracos e oportunidades de cada funcionário ou equipe. Cada pessoa tem sua forma de pensar, de se comportar e de se expressar, portanto, vários são os fatores que afetam o estado físico, mental de um indivíduo, o desempenho no trabalho e o resultado final do grupo. Quando alguém se sente motivado, estimulado e percebe que é apoiado pelo líder, será capaz de enfrentar suas limitações e atingir os objetivos traçados, não apenas cumprindo os objetivos organizacionais, mas também alcançando objetivos próprios elevados. Como a liderança é uma forma de influência, mesmo que o líder conheça a motivação intrínseca de todos, este tem a responsabilidade de modificar ou provocar o comportamento dos subordinados, sendo responsável por melhorar a satisfação profissional dos funcionários da organização. Na relação entre empresa e colaborador e vice-versa, a motivação é um dos pontos principais a se considerar, e é aí que entra a figura do líder como fator de desempenho com influência decisiva no resultado da organização. Os líderes são cruciais no processo de motivação. Quando o líder está motivado, ele transmite credibilidade, força e coragem aos que são liderados, e faz com que todos na equipe desempenhem suas tarefas de forma mais satisfatória. 7.1 O papel da liderança no contexto da motivação Em todas as organizações, especialmente em empresas com grandes estruturas funcionais, a liderança é necessária. Saber liderar é a base de todas as 24 funções de gestão. Onde há várias pessoas com objetivos comuns, os líderes são necessários para liderar, portanto, é necessário entender a natureza das pessoas para entender os melhores métodos para os líderes. Freitas e Rodrigues (2008) enfatizam em sua pesquisa que a liderança é um processo chave em todas as organizações, tendo como enfoque principal a figura do gestor, e seu posicionamento de liderança na organização, seja junto aos seus colaboradores ou a equipe de trabalho. De acordo com silva, 2003: A liderança nas organizações nunca foi tão necessária no mundo contemporâneo, principalmente relativo ao avanço tecnológico e a alta competitividade no mercado de trabalho cada vez mais exigente, e apresenta uma importante característica comum na literatura, à habilidade de atuação do líder em relação aos seus subordinados nas organizações, com intuito motivacional no alcance das metas estabelecidas (SILVA, 2003). Liderança é a influência interpessoal exercida em uma situação, atingindo objetivos específicos sob a orientação da comunicação interpessoal. A influência é uma força psicológica que pode mudar o comportamento das pessoas. Porém, o fato de poder obter de cada pessoa as condições para o desempenho de suas funções não o torna um gestor, supervisor ou líder, pois as características da liderança são uma combinação de variáveis ou elementos. Os líderes influenciam as pessoas por meio de seu poder e podem mobilizar seus seguidores para realizar as ações que desejam ou inibir suas ações. A fonte mais comumente usada são: Poder legítimo: este poder é conferido pelo líder na hierarquia da empresa; Poder de referência: o líder influência as pessoas por seus sentimentos e respeito por ele; Poder de competência: habilidade baseada no conhecimento humano, como conhecimento técnico, experiência e propriedade de informações. Freitas e Rodrigues (2008), assim como para Noce, (2006), destacam várias características de personalidade do líder, como qualidades diferenciadase específicas da liderança, entre elas a credibilidade que possuem em si mesmos e a competência administrativa podem ser apreciadas como uma das mais importantes. Sua credibilidade parte por de si mesmo, seja em sua auto avalição, em sua 25 capacidade de convencimento de suas ideias seguido de uma realização a contento no trabalho cumprindo e objetivos estabelecidos nas organizações. Com isso, o posicionamento emocional do líder em relação a sua equipe de trabalho é fundamental, devendo jamais deixar dúvidas junto aos seus colaboradores. Já quanto à competência administrativa refere-se a uma liderança reconhecida, por suas realizações, pela sua total competência requerida e individual. A liderança pode motivar ou desmotivar uma equipe através de sua comunicação e estratégias utilizadas. O líder deve possuir a competência de esclarecer os caminhos e os objetivos no âmbito organizacional de forma a trazer benefícios para sua empresa (BERGAMINI, 1994; CHIAVENATO, 2009). Um líder que sabe como motivar seus funcionários demonstra técnica e competência em explorar o comportamento humano a favor da equipe ampliando a produtividade e lucro de sua empresa. Sabemos que manter a motivação é um grande desafio e para isso é preciso conhecer o que provoca as sensações de bem-estar de cada um (CHIAVENATO, 1994; MAXIMIANO, 2004). 8 LÍDER Fonte: pixabay.com No mundo dos negócios, constata-se que muitas empresas não possuem líderes, e sim colaboradores responsáveis, que podem conduzir as empresas em qualquer direção. A maior diferença é que os líderes empresariais possuem uma combinação de adjetivos, como: sangue-frio, prevenido, futurista, e com coragem e 26 capacidade de pensar e agir. A liderança empresarial eficaz requer alguém com essas qualidades, e não apenas somente uma pessoa no comando. No entendimento de Motta (1999, p.210) “o líder é o indivíduo capaz de canalizar a atenção dos participantes e dirigi-la para ideias comuns”, condizendo assim com a confiança e a admiração que as pessoas depositam no seu líder para realizar sua tarefa com eficiência. Na visão de Bergamini (1997) um líder é autorizado a seguir o seu poder quando seus seguidores reconhecem sua sensibilidade interpessoal, e terá uma percepção positiva a medida que ele não só conheça suas expectativas, mas também seja quem ajuda os seguidores a atingir aquilo que por eles é desejado. Ademais, é necessário esclarecer que o líder é diferente do chefe. O chefe tende a ter características como adotar o autoritarismo, temido pelos colaboradores, não motiva os profissionais visa somente o lucro. O líder além de ser o oposto em adjetivos que foram citados no chefe, também busca ter participação em projetos, visando o melhor desempenho da equipe, dando destaque a corrigindo e minimizando os erros encontrados na equipe, a fim de atingir um objetivo. 8.1 Líder motivador Os colaboradores precisam de referência, um profissional em que possam se espelhar. Um líder que pode entregar resultados sem castigar a equipe; responsável por seus erros; percebe suas fraquezas e desenvolve todos como equipe. Este é o líder motivacional que eles esperam. Este colaborador busca trazer resultados efetivos para a organização. De acordo com e Silva (2001); Motivação é alguma força direcionada dentro dos indivíduos, pela qual eles tentam alcançar uma meta, a fim de preencher uma necessidade ou expectativa SILVA (2001). Motta (1999) afirma que a motivação se busca através de apelos à emoção das pessoas ou na iniciação de tarefas e métodos novos, assim traria entusiasmo, dedicação, cooperação e produtividade dos colaboradores, trazendo bons resultados para a empresa. 27 No entender de Bowditch e Buono (2000) para motivação das pessoas existem três áreas de interesse, aprofundadas em três grandes classificações de teorias motivacionais: Teorias de conteúdo estático: que observam as diversas variáveis que energizam o comportamento humano; Teorias de processo da motivação: que analisam os fatores que dirigem o comportamento; Teorias da motivação baseada no ambiente: tratam a motivação como uma variável predominantemente independente, ou seja, considerando que uma necessidade ou meta especifica é a causa de um desejo particular, o qual resulta em certos tipos de comportamento. Bergamini (1997), afirma que um dos objetivos motivacionais perseguidos em situações de trabalho orientavam as pessoas a se sentirem uteis e importantes. Com isso, se faz necessário também satisfazer o desejo natural dos trabalhadores de se considerarem parte integrante de um grupo social, sem que seja esquecido o reconhecimento individual de cada um deles. O trabalho representa um valor importante, exerce uma influência considerável sobre a motivação dos trabalhadores e também sobre sua satisfação (MORIN, 2002). Vale a pena, então, tentar compreender o sentido do trabalho hoje e determinar as características que ele deveria apresentar a fim de que tenha um sentido para aqueles que o realizam (MORIN, 2002). 8.2 Líder comunicativo Em um ambiente organizacional, a comunicação é um fator importante para atingir metas e resultados. Uma comunicação de qualidade entre as equipes colabora com o andamento correto das atividades, e os líderes de comunicadores possuem maior facilidade para manter uma equipe estruturada e eficiente na busca por resultados positivos em ambiente empresarial. De acordo com Maximiano (2004); A comunicação deve ser um objetivo básico dos administradores e das pessoas de uma forma geral. O processo de comunicação compreende a transmissão de informação e significado MAXIMIANO (2004). 28 Bowditch e Buono (2000) acreditam que para um comunicador eficaz é importante compreender os processos de comunicação e as diversas barreiras que podem distorcer e frustrar esforços de comunicação. Gil (2001, p.71) ainda explica que existe uma grande diferença entre informar e comunicar, “ informar é um ato unilateral que envolve uma pessoa que tem uma informação a dar. Já comunicar implica tornar algo comum, fazer-se entender, provocar reações no interlocutor. ” Motta (1999) destaca que a comunicação é o meio de se aproximar das pessoas, compartilhar ideias e visões, aprimorando a compreensão de trabalho de cada um, monitorar desempenho e conhecer alternativas de futuro. Entende-se que é através da comunicação que o dirigente na perspectiva de líder aprende a respeito de seus colaboradores e os informa sobre novas possibilidades, criando laços e fazendo- os sentirem-se parte de uma equipe onde todos são essenciais. Maximiano (2004) ainda acrescenta que existem dois tipos principais de comunicação: a oral e escrita. Mas as duas podem utilizar recursos visuais, como gráficos, fotografias, mapas ou objetos, e linguagem corporal que deve ser também considerada como um meio de comunicação. A comunicação nas organizações tem a função de promover e coordenar o trabalho Individuais ou em conjunto, fazendo com que todos os profissionais entendam as metas e objetivos empresariais, nesse sentido o líder comunicador consegue expor com clareza que pretende atingir e como será programado os passos para chegar a realização destes. 8.3 Líder negociador Conflitos organizacionais sempre existiram no ambiente de trabalho. Tais conflitos são inevitáveis e ajudam a atingir os objetivos da empresa. Se não forem bem geridos, também podem ter efeitos negativos. Portanto, a importância da gestão de conflitos como suporte entre os choques culturais referente a missão empresarial e a missão de cada colaborador. No entender de Moscovici (1994) o conflito possui algumas funções positiva, tais como: rompe o equilíbrio da rotina, desvenda problemas escondidos, aguça a percepção e o raciocino, ainda excita a imaginação e estimula a criatividade para soluções originais.29 De acordo com Montana e Charnov, 1998, o conflito pode ser entendido como um desacordo no ambiente organizacional entre duas ou mais partes, ou entre duas ou mais posições, sobre como melhor atingir as metas da organização. Importante considerar que o conflito dentro da organização pode se dar em qualquer nível (MONTANA e CHARNOV, 1998). Em empresas tradicionais com características culturais mais claras, ou em empresas emergentes, sempre há duas situações possíveis: os novos integrantes da organização se adaptam totalmente à equipe ou não são aceitos e, portanto, são excluídos do círculo de relacionamento de trabalho. Segundo Motta (1999) existem três correntes de pensamento que tratam de conflitos, uma delas como sendo de interesses existentes externamente e trazidos para dentro da organização, refletindo nas formas de relacionamento, nas decisões tomadas pela direção e até mesmo na distribuição de poder. A segunda delas é resultante de adaptações sociais da organização, muitas vezes geradas por pressões externas cuja responsabilidade recai sobre a pessoa que exerce o papel de gerência, o que pode ser entendido pelo fato de que o conflito é produto da necessidade de criar sistemas de controle ou de obter consentimento individual ou coletivo. E a terceira corrente como sendo a de personalidade e de percepção da individualidade ou de pequenos grupos organizacionais, sendo revelada a existência de deficiências econômicas e psicossociológicas dentro da estrutura interna. Montana e Charnov (1998) destacam alguns tipos de conflitos dentro da organização, primeiramente o conflito interno, em que muitas vezes os valores do indivíduo não condizem com a cultura da organização, podendo assumir dimensões de riscos de vida. Outro tipo de conflito é o conflito entre indivíduos, que são vistos basicamente como diferenças de personalidades. Outro conflito é entre indivíduo e grupos, o qual se trata do ajustamento entre o comportamento do grupo e do indivíduo, se um não concorda haverá o conflito. Ainda existe o conflito entre grupos, que se dá por competição por recursos escassos e os diferentes estilos gerenciais. E por fim o conflito entre organizações que ocorre devido a luta por competitividade do mercado. O conflito sem esteve e estará presente dentro das organizações e de acordo com Montana e Charnov, (1998), as melhores técnicas para gerenciamento destes conflitos são: 30 Abrandamento: busca alcançar a harmonia entre as partes, inclui tratamento superficial do problema, rejeição de sua importância para a organização, ou até, de sua distância; Afastamento: estratégia de administrar o conflito que inclui desconsiderar ou criação de uma separação total ou parcial das partes para possibilitar uma interação limitada entre elas; Dominação ou intervenção do poder: tem como característica a determinação de uma solução pela administração superior. Essa é uma resolução rápida, porem pode deixar resíduos de ressentimento nos funcionários; Meio-termo: tem a característica de tentar satisfazer pelo menos parcialmente cada parte. Mas não deixa nenhuma parte completamente satisfeita, e também não trata da causa do conflito; Confronto: considera a causa do conflito e enfatiza a organização como um todo e não só as metas individuais ou grupais. Para o gestor líder é indispensável desenvolver e aprimorar as técnicas de resolução de conflitos que possam surgir no ambiente de trabalho e no entender de Montana e Charnov (1998) é através da administração e das habilidades do gerente e do compromisso da organização com os métodos de gerenciamento de conflitos que se determinará o impacto que este terá sobre a empresa. 31 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAUJO, L.C. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2006. BERGAMINI, C. W. Liderança: Administração do sentido. São Paulo, Atlas, 1994. BERGAMINI, C. W. Motivação nas Organizações. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1997. BERGAMINI, Cecilia W. Motivação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1997. _________. Liderança: a administração do sentido. 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