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PCC DE CURRICULO TEORIA E PRATICA - CEL 0374

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1 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA 
PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 
 
 
 
 
 
 
 
ALINE SANTIAGO CAVALCANTE DO NASCIMENTO 
MATRÍCULA 201801270341 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza 
2019 
2 
 
 
 
ALINE SANTIAGO CAVALCANTE DO NASCIMENTO 
MATRÍCULA 201801270341 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA 
PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório exigido como parte dos 
requisitos para conclusão da disciplina 
Currículo: Teoria e Prática, sob a 
orientação da Professora Marta Teixeira 
do Amaral Montes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 4 
1. PILARES DA EDUCAÇÃO ................................................................................... 5 
2. BNCC NA EDUCAÇÃO INFANTIL ....................................................................... 6 
3. COMPETÊNCIAS.................................................................................................. 7 
4. SIGNIFICADO DA BNCC NA EDUCAÇÃO INFANTIL ....................................... 9 
5. BNCC NÃO É CURRÍCULO ................................................................................. 9 
6. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA ..................................................................... 10 
7. RESULTADOS E CONCLUSÕES ....................................................................... 11 
7.1 SOBRE O DEVER DE CASA ...................................................................... 12 
7.2 SOBRE A OBSERVAÇÃO .......................................................................... 12 
7.3 SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE ..................................... 12 
7.4 SOBRE O DEVER DE CASA ...................................................................... 12 
7.5 SOBRE A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA ................................................... 13 
7.6 SOBRE O ALINHAMENTO COM AS DIRETRIZES DA BNCC .................. 13 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 É sabido que dentro do conjunto dos direitos humanos fundamentais, está o 
direito à educação básica, estruturado como um dever compartilhado entre Estado, 
família e sociedade. O Estado passou formalmente a ter a obrigação de garantir 
educação de qualidade a todos os brasileiros depois de consagrado esse direito em 
nossa Constituição Federal de 1988 como um direito social (artigo 6º da CF/88). 
na escola, na sociedade, na empresa, em espaços formais ou não formais, 
escolares ou não escolares, estamos constantemente aprendendo e 
ensinando. Assim, como não há forma única nem modelo exclusivo de 
educação, a escola não é o único em que ela acontece e, talvez, nem seja o 
mais importante. As transformações contemporâneas contribuíram para 
consolidar o entendimento da educação como fenômeno multifacetado, que 
ocorre em muitos lugares, institucionais ou não, sob várias modalidades. 
(FRISON, 2004, p. 88). 
 Segundo Brandão (1988, p. 7), “Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, 
na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da 
vida com ela: (...). Para ser, para fazer, para saber, ou para conviver, todos os dias 
misturamos a vida com a educação”. 
 Uma educação de qualidade amplia e garante os demais direitos humanos e é 
através da educação que nos tornamos seres melhores, com maiores aspirações e 
possibilidades, todavia a sociedade tem vivido um contínuo processo de 
transformação em decorrência das suas necessidades e impulsionou o surgimento 
de demandas de reorganização em todos os seus âmbitos, inclusive no âmbito 
educacional. Uma destas reorganizações foi a homologação da Base Nacional 
Curricular Comum em 20 de novembro de 2017. 
 Para fundamentar este relatório foram lidos conteúdos sobre: os pilares da 
educação, a BNCC, as 10 competências gerais da BNCC, o significado da BNCC na 
Educação Infantil, BNCC não é currículo e aprendizagem significativa. 
 Considerando a relevância do desenvolvimento previsto em currículo escolar das 
dez competências gerais da Educação Básica, este relatório objetiva discorrer sobre 
a reflexão realizada a partir da observação da resolução das atividades de casa da 
aluna do 1º ano do ensino fundamental da Escola Creche Universo Infantil, 
localizada na Rua Melo César, 61, no bairro Cidade dos Funcionários, Fortaleza-CE, 
Alícia Cavalcante do Nascimento, levando em conta o currículo proposto pela escola 
e avaliando a metodologia de ensino aplicada, a fim de perceber o alinhamento com 
os direcionamentos da BNCC. 
5 
 
 
 
1 PILARES DA EDUCAÇÃO 
 A Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada 
por Jacques Delors, através de um relatório à UNESCO, publicado no Brasil em 
1998, propõe que a educação ao longo da vida se firma sob quatro pilares: aprender 
a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. 
• Aprender a conhecer, ou seja, aprender a aprender para beneficiar-se das 
oportunidades oferecidas pela educação ao longo da vida. 
• Aprender a fazer, a fim de adquirir não só uma qualificação profissional, mas, de 
uma maneira mais abrangente, a competência que torna a pessoa apta a enfrentar 
diversas situações e a trabalhar em equipe. 
• Aprender a conviver, desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das 
interdependências, realizar projetos comuns e preparar-se para gerenciar conflitos, 
no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz. 
.• Aprender a ser, para desenvolver, o melhor possível, a personalidade e estar em 
condições de agir a cada dia com mais autonomia, discernimento e responsabilidade 
pessoal. 
 Os quatro pilares contemplam questões cognitivas e do relacionamento humano, 
fundamentam o que Delors aponta, a necessidade de uma aprendizagem ao longo 
de toda vida. 
 Juntando as exigências desse novo século a forma como os alunos aprendem 
não ser mais como antes, é possível chegar ao entendimento da importância de 
entregar aos alunos uma formação completa, que os molde como cidadãos e os 
prepare não só para o mercado de trabalho, mas também para a vida em sociedade 
utilizando as habilidades cognitivas adquiridas na escola como base. E é justamente 
nesses pilares que essa formação terá início. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Delors
6 
 
 
 
2 BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM (BNCC) 
 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que define as 
principais diretrizes da educação básica brasileira de modo a promover o 
desenvolvimento global dos alunos, capacitando-os a contribuir com a formação de 
uma sociedade igualitária, ética e sustentável. 
 De caráter normativo, o documento orienta na construção de novos currículos e 
Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) de redes, escolas e instituições de educação. 
 
 
2.1 A TRAJETÓRIA 
 Muitas instituições ainda utilizam o Referencial Curricular para a Educação 
Infantil (RCNEI) de 1998, que foi uma grande conquista para a Educação Infantil 
devido a apontar o que deveria ser ensinado na educação infantil, ao considerar a 
criança como alguém que responde ao estímulo do adulto, no caso da escola, o 
professor. O foco era desenvolvimento integral da criança e a estrutura era 
organizada de forma a integrar identidade e autonomia, movimento, natureza e 
sociedade, linguagem oral-escrita, matemática, artes visuais e música 
 Depois do Referencial, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação 
Infantil (DCNEI) de 2009, indicam um avanço quando ampliam o olhar sobre a 
criança. Consideram a brincadeirae as interações sociais como condições para a 
aprendizagem, reconhecem a educação Infantil a partir dos princípios éticos, 
estéticos e políticos. A criança está no foco em toda sua potência. 
 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) Traz a criança como protagonista em 
todos os contextos de que faz parte: ela não apenas interage, mas cria e modifica a 
cultura e a sociedade. Traz um avanço no entendimento de como a criança aprende, 
oferece referências para a construção de um currículo baseadas em direitos de 
desenvolvimento e aprendizagem bem definidos. Considera que as diversas áreas 
de conhecimento e as diferentes linguagens se integram por meio dos campos de 
experiência. Parte-se do pressuposto de que a criança aprende por meio das 
experiências vividas no contexto escolar. 
 
 
 
7 
 
 
 
3 COMPETENCIAS 
 Em outros tempos anteriormente a ideia de competência estava voltada para as 
instituições, isto é, se as mesmas seriam ou não capazes de realizar determinada 
tarefa ou atribuição. 
 Objetivando entender o que seriam competências, fez-se necessário partir do seu 
conceito mais básico, encontrado no dicionário como: 
Competências: s.f. (do latim Competentia) 1. Atribuição, jurídica ou 
legal, de desempenhar certos encargos ou apreciar ou julgar de 
terminados assuntos. 2.Capacidade decorrente de profundo 
conhecimento que alguém tem sobre um assunto, aptidão, habilidade 
(DICIONÁRIO AURÉRLIO, 1999). 
 Perrenoud (1999, p. 19) destaca que: “Competência é a faculdade de mobilizar 
um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações, etc) para 
solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações”. 
 Para Lê Botef (1997), competência é um saber-agir, isto é, um saber integrar, 
mobilizar e transferir um conjunto de recursos (conhecimentos, saberes, aptidões, 
raciocínio, etc) em um contexto para encarar os diferentes problemas encontrados 
para realizar uma tarefa. 
 Ser competente, então, é ter “[...] criatividade, disponibilidade para mobilizar 
recursos, envolver os pais, a comunidade, a igreja, o bairro, as crianças e os colegas 
nas atividades escolares, apesar de todas as limitações. É saber mobilizar e 
mobilizar-se em favor de uma meta, de um desejo” (MACEDO, 2005, p. 78). 
 Perrenoud (1999, p. 4) ao referir-se ao papel da educação nesta situação 
comenta que: 
A educação funciona baseada numa espécie de ‘ divisão do trabalho’ 
à escola cabe fornecer os recursos (saberes e habilidades básicas) à 
ida ou à habilitações profissionais cabe desenvolver competências. A 
maioria dos conhecimentos acumulados na escola permanece inútil 
na vida quotidiana, não porque careça de pertinência, mas porque os 
alunos não treinaram para os utilizar em situações concretas. 
 
 Para a BNCC, referência para a construção dos currículos de todas as escolas do 
país, competências assumem um enfoque mais democrático, à medida que parte do 
pressuposto de que todos são essencialmente competentes, criativos e ativos na 
construção do mundo, são capazes de se autorregular, querendo dizer que todos os 
8 
 
 
 
Indivíduos dominam um dado conhecimento em função de contextos específicos. 
 A BNCC define competências como é mobilização de conhecimentos (conceitos 
e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e 
valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da 
cidadania e do mundo do trabalho. 
 A BNCC estabelece 10 competências gerais que irão nortear o trabalho das 
escolas e dos professores em todos os anos e componentes curriculares, as antigas 
disciplinas, da Educação Básica, a serem trabalhadas da educação infantil ao ensino 
médio, objetivando que as escolas deixem de ser apenas transmissoras de 
conteúdos e auxiliem o aluno a lidar com questões de cunho emocional, cultural, 
tecnológica, socioambiental, responsabilidades, criatividade, entre outros. 
 As 10 competências definidas na BNCC são: conhecimento, pensamento 
científico, crítico e criativo, repertório cultural, comunicação, cultura digital, trabalho e 
projeto de vida, argumentação, autoconhecimento e autocuidado, empatia e 
cooperação e responsabilidade e cidadania 
 Cada competência definida pelo BNCC contribui significativamente para o 
aprendizado e aspectos específicos que o estudante deve desenvolver nessa 
competência, devendo o esforço para aplicação das tais não partir somente das 
instituições de ensino, mas da união de diferentes atores, como os gestores 
escolares, professores, os próprios alunos, famílias, secretarias de educação e a 
sociedade em geral. O objetivo é proporcionar uma transformação colossal na 
educação para que as escolas possam se adequar as novas demandas e problemas 
da sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
4 O SIGNIFICADO DA BNCC NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 Significa uma mudança histórica de grande importância na Educação Infantil 
Brasileira porque, pela primeira vez, um documento apresenta uma proposta de 
estrutura curricular que organiza os direitos e os objetivos de aprendizagem a partir 
dos campos de experiências, garantindo a todas as crianças, inclusive os bebês, o 
direito de aprender durante toda a trajetória escolar, respeitando o tempo de 
desenvolvimento de cada um. 
 Sendo assim, a Educação Infantil passou a não ser vista como etapa preparatória 
para o ensino fundamental, ela tem especificidades e um fim em si. 
 
 
 
5 BNCC NÃO É CURRÍCULO 
 A BNCC é um documento de referência, ela não é o currículo. Nesse sentido, a 
BNCC deve ser estudada e discutida como um documento orientador, voltado para 
nortear a construção de um currículo próprio para os Estados e municípios, e para 
guiar o Projeto Político Pedagógico de cada instituição de Educação Infantil em todo 
o Brasil. 
 A BNCC estabelece o que todos os currículos, de todas as redes, devem 
contemplar. Porém, cada rede poderá incluir, além do que determina o documento, 
os conhecimentos regionais que julgarem pertinentes. 
 O currículo é algo mais abrangente se comparado à BNCC. A Base apresenta 
apenas o que ensinar para cada ano. O currículo deve apresentar, além dos 
princípios da rede, o como ensinar, ou seja, quais as estratégias metodológicas mais 
adequadas para o desenvolvimento do que está sendo proposto na BNCC. Para que 
a construção do currículo seja legítima e todos se sintam representados, é 
importante contar com a participação de todos os representantes da rede. 
 Durante o ano de 2018, As secretarias de Educação estaduais e municipais se 
uniram para produzir em regime de colaboração os currículos alinhados à Base. 
 Em síntese, a base não é o currículo, a base é o rumo. É aonde queremos 
chegar. Os currículos são os caminhos. 
 
 
10 
 
 
 
6 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA 
 Bem afirma Freire (1992): “[...] ensinar é uma forma de intervenção no mundo”. 
Neste sentido, Soares (1998, p. 3) elabora a seguinte afirmação: 
A educação deve possibilitar o desenvolvimento da autonomia, trabalhando 
o ser humano integralmente para que ele possa não só atender aos 
requisitos do mercado, mas também atuar como cidadão no mundo 
globalizado. Somente indivíduos autônomos conseguem manejar 
ferramentas dinâmicas, como o conhecimento, a criatividade, a tomada de 
decisão e a comunicação 
. 
 Fica claro, no entanto, que através da tomada de consciência de uma autonomia, 
os alunos serão capazes de exercer a cidadania para bem ser e estar no mundo. 
Assim, o objetivo maior do ensino não é só transmitir conteúdos, mas preparar todos 
para a vida na sociedade moderna. 
 Rey (2002) comenta que uma verdadeira aprendizagem é uma mudança 
estrutural, ou seja, uma mudança na qual os novos elementos modificam os 
elementos preexistentes e compõem com estes uma nova organização. Para uma 
leitura crítica domundo contemporâneo, considera-se fundamental a 
problematização de construções históricas realizadas sobre a atividade científico-
tecnológica (FREIRE, 1995). 
 Cabe ressaltar que uma aprendizagem é muito mais significativa à medida que o 
novo conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire 
significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, 
ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa 
incorporação e atribuição de significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado 
isoladamente ou por meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva. 
 De acordo com Pelizzari et al. (2002), para que a aprendizagem significativa 
ocorra é preciso entendê-la como um processo de modificação do conhecimento, em 
vez de comportamento em um sentido externo e observável, e reconhecer a 
importância que os processos mentais têm nesse desenvolvimento. 
 Segundo Ausubel (1982), para haver aprendizagem significativa são necessárias 
duas condições: primeiro o aluno precisa ter disposição para aprender, segundo o 
conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente significativo. Cada 
aprendiz avalia que conteúdos que têm significado ou não para si próprio. Com esse 
duplo marco de referência, as proposições do autor partem da consideração de que 
os indivíduos apresentam uma organização cognitiva interna baseada em 
11 
 
 
 
conhecimentos de caráter conceitual, sendo que a sua complexidade depende muito 
mais das relações que esses conceitos estabelecem em si que do número de 
conceitos presentes. 
 Elkind (1982) enfatiza que é habilidade fundamental ao trabalho e sucesso 
escolar o aluno ser capaz de pensar e de aprender. Segundo o autor, os professores 
teriam de estar preparados para ensinar os alunos a aprender, a pensar, a conhecer 
e a resolver problemas reais, pois favorecer a aquisição e a destreza de tais 
habilidades cognitivas é fundamental para o processo ensino-aprendizagem. 
. 
 
7 RESULTADOS E CONCLUSÕES 
 Observar uma criança é essencial para entender e acompanhar seu o 
desenvolvimento e identificar possíveis dificuldades. Nesta atividade a proposta foi 
de observação da resolução de uma atividade escolar de casa da aluna do 1º ano da 
Escola Creche Universo Infantil, Alícia Cavalcante do Nascimento, de 6 anos e 11 
meses. 
 
7.1 SOBRE O DEVER DE CASA 
 O dever de casa é aqui considerado como toda atividade pedagógica elaborada e 
proposta por professores, destinada ao trabalho dos alunos fora do período regular 
de aulas (Franco, 2002). Por outro lado, como tarefa a ser realizada geralmente em 
casa, ele permeia também o cotidiano das famílias, redefinindo, em certa medida, o 
lar como uma extensão da sala de aula e constituindo, para alguns autores, o 
principal meio de interação família-escola (Carvalho, 2001). 
 
7.2 SOBRE A OBSERVAÇÃO 
 A observação aconteceu como um todo. Foram observados aspectos pessoais da 
aluna como a forma de falar, de se movimentar, de interagir, de se relacionar com a 
família, bem como seu temperamento, e do pai, que atuava como facilitador da 
atividade, as mesmas características. Foram observados também os aspectos 
físicos do ambiente como iluminação, e estrutura da mesa onde seria feita a 
atividade e a disponibilidade do material necessário à resolução da atividade, já 
solicitado pela professora via agenda no dia anterior. 
12 
 
 
 
 
7.3 SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE 
 A atividade era de desenho livre feito junto com a família. O material solicitado via 
agenda fora cartolina e giz de cera e havia sido providenciado pelo pai. A aluna 
mostrou-se entusiasmada para a resolução da atividade, e ao ser questionada 
quanto o motivo de entusiasmo, respondeu que a gostava de fazer o que proposto 
pela professora naquele tipo de atividade. 
 Juntos à mesa, pai, mãe e irmã mais velha, conversaram e decidiram o que seria 
desenhado e colorido. As conversas aconteciam olhando nos olhos, a decisão 
quanto o tema e as cores a serem utilizadas foi tomada de forma democrática e 
participativa. Havia movimento, agitação, interação, sorrisos, observação nos traços 
do outro, identificação com o estilo e compartilhamento do material. 
 
 
7.4 SOBRE O DEVER DE CASA 
 Estava evidente a diversidade dos campos de experiências e habilidades 
desenvolvidas na atividade. 
 Campos de experiências desenvolvidos na atividade: 
1. O eu, o outro, o nós; 
2. Escuta, fala, pensamento e imaginação; 
3. Corpo, gestos e movimentos; 
4. Traços, sons, cores e formas 
 
 Habilidades desenvolvidas na atividade: 
1. Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de cooperação; 
2. Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências por meio da 
linguagem oral e escuta espontânea; 
3. Coordenar as habilidades manuais; 
4. Expressar-se livremente através do desenho e da pintura; 
5. Planejamento e construção em colaboração; 
 
 
 
 
13 
 
 
 
7.5 SOBRE A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA 
 Fora evidente também a atuação do pai e da irmã como mediadores da atividade, 
e não como direcionadores. O trajeto foi traçado pela aluna e a família o percorreu. A 
atividade aconteceu de forma igualitária e relacional. 
 O papel desempenhando pela família com muita propriedade fez total diferença no 
maior aproveitamento da experiência proporcionada a criança, mesmo não tendo 
sido orientada pela escola sobre como proceder com a resolução da atividade. As 
características das personalidades e a estrutura emocional dos membros da família 
em questão atuaram como agentes de influência positiva. 
 
 
 
7.6 SOBRE O ALINHAMENTO COM AS DIRETRIZES DA BNCC 
 A atividade proposta pela escola mostrou total relevância na construção e troca 
de conhecimentos e alinhamento com os direcionamentos da BNCC, quanto à 
interpenetração dos campos e o respeito aos conhecimentos da aluna, capacidades 
e limitações. 
 Não é possível afirmar que o currículo desenvolvido na escola está em 
concordância com as diretrizes da BNCC, uma vez que apenas a resolução de uma 
atividade foi observa. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Comissão Internacional de Educação para o Século XXI . (julho de 1996). 
Educação: um tesouro para descobrir, relatório para a UNESCO da Comissão 
Internacional sobre Educação para o Século XXI. p. 31. 
 
DO HOMEM, Declaração Universal dos Direitos. Disponível em: http://www. fpce. 
up. pt/sae/pdfs. Decl_Univ_Direitos_Homem. pdf, 1948. 
AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São 
Paulo: 
Moraes, 1982. 
DICIONÁRIO ELECTRÓNICO AURÉLIO BUARQUE DE HOLLANDA (1999). Século 
XXI, versão 3.0. 
14 
 
 
 
 
Elkind, D. Crianças e adolescentes. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982. 
PELIZZARI, A. et al. Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. Rev. 
PEC, 
Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002 
 
PERRENOUD, P.. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1999. 
 
 
PERRENOUD, P.. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 2000. 
 
GADOTTI, Moacir e ROMÃO, José E (orgs.). Autonomia da Escola: princípios e 
propostas. São Paulo: Cortez Editora, 2004. 
REY, B. As competências transversais em questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 
2002. 
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília/DF, 2009. 
LE BOTEF, G. Construir as competências individuais e colectivas: respostas a 
80 questões. Lisboa: Edições Asa, 2005. 
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, 
DICEI, 2013 
 
FRANCO, O. C. M. Práticas familiares em relação ao dever de casa: um estudo junto 
às camadas médias de Belo Horizonte. Belo Horizonte: Faculdade de Educação da 
UFMG, 2002. Dissertação de Mestrado. 
BRANDÃO,Carlos Rodrigues. O Que é Educação. 21ª Ed. São Paulo: Editora 
Brasiliense, 1988. 
FREIRE, P.. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 
1992. 
 
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. 
 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 
São Paulo: Paz e Terra, 2002. [Livro on-line].

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