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1 Isabella Piffer CLINICA DE PEQUENOS 1 DERMATOPATIAS FÚNGICAS Micose – doença causada por fungos. Podem ser superficiais (cutâneas) ou profundas. Vai depender do grau de acometimento da pele. As superficiais tem tropismo pela camada córnea, pelos e unhas. Exemplo: fungos dermatofitos e a malasseziose. A dermatofitose e a malasseziose afetam a camada superficial da pele. A malasseziose vai afetar a seborreia da pele. Os dermatofitos vai afetar principalmente a região de pelos e unhas e a camada córnea bem superficial. A micose subcutânea – invasão das camadas mais profundas e dos folículos pilosos. Exemplo: Esporotricose, é uma zoonose, tem característica de ser mais profunda. Micoses sistêmicas acometem órgãos internos, podendo ocorrer às apresentações cutâneas (disseminação hematogena). Principal letalidade é por ser sistêmica. No caso das superficiais vai ser local e não sistêmica. Exemplo: Criptococose, blastomicose. Dentre as superficiais tem a dermatofitose e dermatomicose. - Dermatofitose o fungo tem afinidade pela pele, unhas e pelos –dermatofitos. Os principais são os microsporum, trichophyton e epidermophyton. - Dermatomicose causada infecção da pele, unhas e pelos causada por outros fungos (ou leveduras). Dermatofitose mais tropismo por pelo e unha. E as leveduras mais tropismo pela gordura da pele, seborreia. MALASSEZIOSE Dermato É uma levedura comensal e comumente coloniza a camada superficial da pele, já ta presente na pele do animal. É lipofílica, saprófita e não formadora de micélio. Frequentemente encontrada nos lábios, orelhas, axilas, parte ventral do pescoço, virilhas, pele interdigital, região perianal e regiões de dobras intertriginosas. São locais úmidos, com bastante sebo. Se tiver uma disbiose a lesão vai ser maior nessas regiões. Essas leveduras podem ser isoladas em animais de até 3D de idade. 2 Isabella Piffer Essa levedura não invade os tecidos, so fica na região superficial se alimentando do sebo. A lesão de pele que o animal tem é uma reação de hipersensibilidade do microrganismo que vao fazer com que o animal tenha inflamação ou lesão por conta da presença da levedura. Tem uma forma de ser facilmente diagnosticada, tem forma de pantufas/pegadas de sapato. O mais importante diagnosticar a malasseziose é fácil, é saber que existem causas primarias. Assim como a piodermite superficial tem causas primarias que vão predispor a infecção a malassezia também. As causas primarias vão fazer com que ocorra um rompimento da barreira epidérmica, deixa ela mais sensível e isso faz com que o metabolismo do fungo aumente e comece a inflamação na pele, e por isso precisa sempre investigar a causa base (geralmente imunossupressora, fazendo com que o ambiente fique propicio para o desenvolvimento da malassezia). PESQUISAR SEMPRE A CAUSA BASE. Em cães os achados clínicos: - Eritroderma esfoliativa – animal tem conjunto de sinais que compreende eritema, pele seborreica ou cerosa (seborreia seca ou cerosa/úmida/oleosa), descamação (escamas amareladas ou cinzentas) e crostas. Sinal clássico de malasseziose. Mais de 70% dos cães vai ter outras dermatoses concomitantes (alergias, distúrbios da queratinização, endocrinopatias, piodermites bacterianas – que também é secundaria e então a malasseziose nesse caso é terciaria). Odor forte, de ranço ou fermento. Crônica: liquenificação e hiperpigmentação. Placas escamosas focais e maculas e manchas eritematosas. Paroníquia: inflamação ao redor da unha. Agente etiológico mais frequente nas otites caninas, então paciente que tem atopia ou HÁ a causa mais comum de otite é malassezia por causa da predisposição, causa primaria – alérgica, levando a malassezia. Foto interdigito – coleta com swab ou fita de acetato. Faz a citologia para avaliar a disbiose. Otite causada por malassezia é algo comum na rotina de cães. Da o mesmo odor rançoso, cerume parecido com borra de café. GATOS Menos comum nessa espécie. Otite negra e descamativa. Acne felina não responsiva junto com malassezia. Dermatite facial com áreas escurecidas, gato vai ter muitas lesões na face e pescoço. 3 Isabella Piffer Podem ter foliculopatias e paroníquias refratárias. Podem ter dermatite eritematosa e descamativa com característica cerosa. Mais comuns em Sphinx e Devon Rex. Sarna otodecica causa também secreção enegrecida então também é um diferencial. Pododermatite e paroníquias. DIAGNÓSTICO Citologia – imprint, esfregaço por swab, raspado superficial (corar). Fita de acetato. Cultura – fácil (comensal, valor diagnostico discutível porem útil), já tem malassezia na pele, tem que saber correlacionar se ela é patogênica ou comensal da pele do animal. Normalmente faz citologia e encontra grande quantidade, correlaciona com a clinica (achados de exame físico, pesquisa da causa de base, lesoes) e faz o diagnostico terapêutico. TRATAMENTO Sempre que tratar sistêmico associar ao tópico. Pode fazer tratamento so tópico em lesoes localizadas. Dobras – antifúngicos em locao, cremes, pomadas ou sprays. Otite – fez um swab otológico no animal e viu que so tem malassezia sem bactérias, então não precisa associar ATB porque não faz sentido, utiliza so antifúngico nesse caso. Pode usar o miconazol loção (dactarim, usa pra frieira pode usar no ouvido), ou pode mandar manipular o miconazol em forma de locao a 2% e aplicar na orelha do animal. Forma generalizada – tratamento combinado de tópico e sistêmico utiliza shampoo ( base de clorexidine + miconazol – cloresten, e cloreximicol), clorexidine acima de 2,5% pega fungo (geralmente usa 3%), pode fazer um shampoo manipulado com clorexidine e miconazol ou so miconazol ou so cetoconazol. Pode usar ceratolíticos (vao eliminar a seborreia seca, tirar as crotas, parte mais seca então os debris celulares) e ceratoplasticos (para retirar o sebo, gordura). É importante utiliza-los porque a malassezia se aproveita disso, é comensal da pele, se usar o produto que tira o sebo tira o substrato da malassezia. Pode utilizar uma semana o shampoo com miconazol e clorexidine e na outra semana usar o ceratolitico ou ceratoplastico. 15D antifúngico e 15D o ceratolitico e ceratoplastico (peroxido de benzoila, ureia – mais ceratoplastico do que ceratolitica, acido salicílico, alcatrão – bastante ceratoplastico, seca muito a pele do animal e tem que fazer hidratante junto). 4 Isabella Piffer Usa numa semana um e na outra semana o outro, dessa forma vai intercalando. É importante porque tira o substrato da levedura. Dose de clorexidine muito alta coloque ele no condicionador, do mesmo jeito que manipula shampoo coloca ele no condicionador. Ex: clorexidine 2%. Passa shampoo neutro normal e depois o condicionador agindo por 10min e tira. Dessa forma não seca e nem irrita a pele, tem melhor penetração que o shampoo (bom em animal de pelo longo). Tratamento VO – forma generalizada -Itraconazol 10mg/kg/dia (SID) ou dividir a dose e ser BID. -Cetoconazol professor não curte muito. -Fluconazol é mais potente, não usa porque deixa pra um tratamento mais agressivo. Dose cães 2,5 a 5mg/kg/dia(SID ou BID). Gatos 5 a 10mg/kg/dia (SID ou BID). Sempre associar tratamento VO com tratamento tópico. Se for otológico usa miconazol loção. Por ser uma doença superficial os animais podem ter a pele/pelo normais novamente. Se o animal tiver problema so de hiperqueratose ele vai voltar depois. Termo dermatofitose – infecção de tecidos queratinizados (pele, unhas e pelos). Dermatomicose infecção da pele unhas e pelos causadas por outros fungos ou leveduras – malassezia e cândida. DERMATOFITOSE Tem tropismo pela camada mais superficial – pele e pelos. Agentes etiológicos mais frequentes em cães e gatos: Microsoporum canis é o mais comum. Microsporum gypseum e trichophyton mentagrophytes. O microsporum canis é de longe o mais comum em cães e gatos. Foto 1 – macroconideos. Microsporum é mais alongado, tem de 8 a 9 celulas. Foto 2 – microsporum gypseum – formado de canoa, mais achatado. Foto 3 – trichophyton é mais alongado, parece um charuto. Lembrar que todos esses fungos tem potencial zoonotico, podem ser passados pro homem e causar lesão. Essa transmissão pode acontecer de 18 a 81%, varia de acordo com o humano, status imunológico, então não é todo animal que tem fungo que vai passar pro humano. 5 Isabella Piffer Não há predileção sexual. Tantos machos e femeas tem a mesma chance de desenvolver a doença. Em animais imunossuprimidos tem chance maior, cães jovens (filhotes) e idosos (neoplasia, doença crônica) e ambientes coletivos. Animais de pelagem longa – animais de pelo longo tem predileção maior a desenvolver dermatofitose, por causa da temperatura e umidade. A raça é importante – Yorkshire e persa tem as chances de desenvolver infecção crônica e grave, tem a doença de uma forma mais grave que é um fator predisponente racial. Microsporum canis = é zoofilico, tem tropismo por animais. Habita o pelo, escamas e parte córnea dos animais. Mais comum em pequenos animais. Felinos tem importância grande 98% de incidência nos gatos. Se for chutar o agente que pode ta causando isso nos gatos de origem fungica grandes chances de ser microsporum canis. Gatos de pelos longos como persa podem ser portadores inaparentes. Alem de ter a doença crônica e agressiva, eles também pode portar o fungo e não ter sinal clinico nenhum, é portador inaparente ou sã. Animal tem fungo e ta disseminando pro ambiente e outros animais mas não tem SC nenhum, esse é o animal pior de todos porque não consegue identificar quem é ele. Animal que tem o fungo no pelo no caso de gatos/persas e que não tem doença clinica precisa tratar do mesmo jeito porque é fonte de disseminação da doença pra outros animais. Microsporum gypseum – Geofilico, tem tropismo pela queratina no solo (desmacao e pelos que estão no solo). Principalmente animais errantes e semidomiciliado – animais com bastante contato com o ambiente contaminado. Por ser menos adaptado ao pelo e pele dos animais acaba causando inflamação muito maior. Animais que tem infecção pelo M. gypseum tem lesão mais inchada e inflamada do que o M. canis, porque ele é mais adaptado naquela região e causa uma menor inflamação. As áreas mais afetadas são as que tem mais contato com o solo. Trichophyton mentagrophytes – Zoofilico, também tem tropismo por animais. Mais comum em roedores e lagomorfos. Gatos que cacam tem mais predisposição a desenvolver esse tipo de fungo. Se encontrar essa infecção em um animal que é semidomiciliado provavelmente esse animal adquiriu a doença cacando algum roedor porque esse fungo é comum nesses tipos de animais. Cães – sinais clínicos As lesões clássicas de dermatofitose – área de alopecia e desmacacao circular, com o centro podendo estar integro e com pelos. Tem crescimento centrifugo (do centro pra fora). Normalmente as bordas são escamativas, 6 Isabella Piffer tem crostas e são avermelhadas. É comum a borda ser avermelhada e o centro não ter tanta inflamação, porque o fungo começa a se alimentar do pelo e a região central já não tem mais pelo pra ele, então começa a causar na periferia da lesão. Lesao circunscrita e alopecica. Sinais clínicos gerais – alopecia e descamação. Pelos quebradiços, pápulas, pústulas, exsudação, formação de crostas e o prurido é variável (no caso de dermatofitose é variado, depende da infecção e etc. se tiver parasita associado, se tiver infecção bacteriana, reações alérgicas, infecção secundarias. Vai depender do que tiver junto com a dermatofitose, ela por si so não causa prurido – nota 3 em média. A gravidade da doença vai depender da idade do animal – jovens e idosos tem mais predisposição a ter a doença generalizada. A imunocompetencia – adulto de 3 anos mas por exemplo fêmea no cio e baixa a imunidade, doença concomitante e faz com que a imunidade diminua. A espécie fúngica – a M. g. é mais agressivo pois não é adaptado. Quérion – lesão nodular elevada e arredondada, normalmente leva a ruptura folicular, furunculose e inflamação piogranulomatosa. É uma lesão circunscrita, nodular e aumentada. É quando a dermatofitose se torna mais profunda, porque rompe folículo e tem furunculose. É uma piodermite profunda. Causada por microsporum ou dermatofito (??). Sinais clínicos em cães – dermatofitose generalizada. É menos comum, so nos casos de idade, sistema imunológico e agressividade fúngica. Quando acontece observa alopecia e seborreia generalizada com ou sem prurido – depende da infecção secundaria. Algumas lesoes focais pode existir junto, pode ter lesoes generalizadas mas pode ter umas lesoes circunscritas e alopécicas. Em cães adultos associa-se a imunossupressão ou doença sistêmica. TEM QUE FALAR QUE VAI PROCURAR A CAUSA BASE/DE IMUNOSSUPRESSAO DA DOENCA. 99% DOS CASOS DE DERMATOFITOSE EM ANIMAIS ADULTOS TEM CAUSA DE IMUNOSSUPRESSAO DE BASE. ALGUNS CASOS O ANIMAL TEM IMUNOSSUPRESSAO FISIOLOGICA, INDIVIDUAL DO ANIMAL MAS ISSO É RARO. Foto – lesão circunscrita, tem inflamação na região alopecica, então não é totalmente lisa, crostas. Os quérions são mais comuns na face mas pode acontecer em qualquer região do corpo. Lesão característica de dermatofitose – lesão circunscrita, delimitada, alopecica e vai crescendo do meio pra periferia. 7 Isabella Piffer Diagnósticos diferenciais – demodex pode causar esse tipo de lesão, não é comum ser tao delimitada, mas também pode fazer lesão delimitada. Piodermites superficiais também entram como diagnostico diferencial porque as lesoes podem ser circunscritas, faz isso porque a pústula estoura e forma o colarete epidérmico, e acaba comprometendo a raiz do pelo e cai o pelo, e o animal tem lesão circunscrita semelhante a causada pelo demodex. Yorkshire é mais predisposto. Dermatofitose generalizada – não tem delimitação da lesão. Por ser normal na raca não tem fator de predisposição pra doença e sim fator racial. Foto dálmata – rarefação pilosa generalizada chamada de hipotricose, tem áreas alopecicas e eritema onde a pele não é pigmentada e isso é sinal de inflamação. Ele tinha imunossupressão de base – erlichiose crônica. Dermatofitose crônica – relato de caso Poodle cinza, dermatofitose crônica a anos. Animal tinha uma predisposição dele. Foto do animal – crostas amareladas na orelha, crostas no pescoço, região alopecica no dorso e pescoço. Mas não cocava tanto porque não tinha infecçãobacteriana/parasitaria secundaria. Diagnóstico – lâmpada de wood. Brilha a base do pelo. Se nao brilhar não significa que é fungo. Foto pata cao – área de eritema, hipotricose e presença de secreção. As vezes não vai ter uma alopecia e sim uma hipotricose. Ele se manifesta de varias formas, a alopecica e circunscrita é mais clássica. Foto cao sentado – Borda alopecica e o centro tem pelo porque o fungo começa parasitar o pelo, mata e depois o pelo do meio onde ele começou a parasitar volta a crescer, então por isso pode encontrar lesoes que tem pelo no meio. Foto cadela face – plano nasal, lado direito lesão circunscrita, pelo no centro que lembrava dermatofitose. Tinha outras lesoes pelo corpo também que tinha até infecção secundaria por bactéria – piodermite profunda. Felinos Podem ter 3 apresentações: - Inaparente, subclínica ou clinica. Inaparente ou portador sã, que tem o fungo mas não manifesta o SC. Subclinica onde o animal tem lesoes muito discretas quase imperceptíveis. Clinica que é a clássica, o animal tem lesão de pele, alopecia e etc. Gatos de pelo longo – poucas ou nenhuma lesão, acabam sendo animais portadores são. Isso é ruim porque dissemina a doença. 8 Isabella Piffer A grande maioria dos gatos não manifesta sinais clínicos diferente do cão. Alguns gatos podem desenvolver lesoes crostosas – alopecia com a presença de crostas. Quando os animais desenvolvem quadro clinica - Dermatite miliar – varias foliculites – animal tem apresentação de foliculite. Tem inflamação de folículo piloso generalizada. É uma apresentação de gatos que tem infecção fungica na forma clinica. São foliculites superficiais generalizadas. - Alopecia simétrica e bilateral – podem ter alopecia simétrica e bilateral por conta do fungo, sem presença de crosta ou com presença de crosta. - Pseudomicetomia (granuloma de Majocchi) – é um granuloma causado pela infecção do M. canis no tecido subcutâneo e na derme, na região mais profunda da pele dos gatos. Mais comuns em gatos persas – predisposição maior a desenvolver doença grave. Maioria dos casos é em gato persa. Fungo é sequestrado na derme levando a uma dermatite nodular ulcerante – granuloma. A invasão tecidual pode levar a recidivas e trajetos drenantes caracterizam as lesoes. Foto dermatofitose felina – lâmpada de wood. Lesao alopecica, circunscrita. Tem que brilhar a base do pelo. Na região da cabeça também observa lesão alopecica que também tem florescência. Ele parasita as crostas também, o problema é que todas as crostas brilham, por isso desconsidera as crostas quando brilham. Apresentação conjunta com a dermatofitose - ONICOMICOSE – Dermatofitose ungueal. É observada tanto em cães quanto em gatos. É comumente causada por T. mentagrophytes porem pode ser causada pelos outros. Animais apresentam unhas secas, rachadas, quebradiças e frequentemente deformadas. Pode haver inflamação da dobra ungueal – paroniquea é a inflamação da dobra ungueal. Pode acontecer também na dermatofitose e malassezia. Tambem pode haver inflamação dos coxins. Diagnósticos diferenciais pra dermatofitose Em cães e gatos: - Dermatoses parasitarias, dermatopatias alérgicas, distúrbios da queratinização, seborreias (principalmente seca), doenças autoimunes, piodermites bacterianas (forma o colarete epidérmico). Em ordem de importância – Dermatoses parasitarias e piodermite bacteriana. As outras podem ser concomitantes a doença fúngica. 9 Isabella Piffer Em gatos mesmas causas + - qualquer causa de dermatite miliar (foliculite generalizada) e alopecia simétrica bilateral. Carcinoma de células escamosas – lesões em plano nasal, orelhas, mas não se assemelham tanto. Diagnóstico Anamnese – levar em conta o histórico (do que o animal já usou de fármacos, as vezes os animais tomam ATB, acaricida..) Existência de doenças sistêmicas – principalmente idosos, se toma remédio imunossupressor, se tem neoplasia. Perguntar se outros animais tem a doença, perguntar pro tutor também se ele tem alguma lesão. Lâmpada de Wood – método de triagem, onde acontece a florescência verde maça. Exame microscópio direto dos pelos (tricograma) – pra encontrar os Artroconídios – ECTOTHRIX ou ENDOTHRIX. Raspado cutâneo – Buscar por hifas e artroconídios. Cultura fungica – pode ser do pelo, das unhas. Exemplo: lâmpada de wood positiva, o local positivo é onde vai coletar o material pra cultura e etc. Diagnóstico de escolha Tricograma – estruturas amarelas – artroconídios, quando observa essa estrutura no pelo é um indicativo de pelo, não é fácil de encontrar. Cultura bacteriana – pode fazer quando o animal tem infecção bacteriana secundaria, pode fazer citologia e imprint também. Biopsia cutânea – vai ser importante se não encontrar nada na cultura fúngica e tricograma porque pode dar negativo e o animal ter a doença, e visam diagnosticar e também descartar doenças que compartilhem dos mesmos sinais clínicos. Foto pelo normal – cutícula lisa, superfície homogênea. Coleta o pelo e faz analise – ectothrix – parece microbolhas. O pelo vai ter a perda da integridade da cutícula, parece que foi comida/parasitaria. Tem descontinuidade. O pelo fica destruído. Bolinhas na periferia – ectothrix. Bolinhas na medula do pelo – endothrix. Destruição de todo pelo – destruição por artroconídios. Cultura fúngica M. canis – cultura esbranquiçada. M. gypseum – cultura mais amarelada. 10 Isabella Piffer T. mentagrophytes – cultura esbranquiçada. Se colocar na lamina e não observar as estruturas adultas acha as hifas – menos de 8 dias. Tratamento No shampoo coloca o miconazol ou cetoconazol junto com clorexidine. Intraconazol sistêmico VO se o animal tiver doença concomitante. Em forma de shampoo – cetoconazol 2%/Miconazol 2-2,5% - a cada 3 a 5 dias. Clorexidine acima de 3% tem acao pra fungo – a cada 3 a 5 dias (não é a melhor escolha). Iodopovina – a cada 5 dias (não para gatos, intoxicação). Banhos de imersão – Antifúngicos, clorexidine, iodopovidona ou hipoclorito de sódio – diluição de 1 pra 20 a cada 5 dias. O banho de imersão é colocar o animal dentro de uma bacia com a substancia e deixar o animal por um tempo nessa bacia. Depois lavar o animal normal. Pode fazer o banho de imersão e depois usar o shampoo pra potencializar nos casos mais graves. Associar um hidratante depois. Mais opções de tratamento tópico – pomada, loção, gel ou sprays. Clotrimazol, cetoconazol, tiabendazol ou miconazol. Frequência – a cada 12H. OBS: daktarin – exemplo otite malassezia e so tem ela, é de humanos mas pode usar no cão e gato que tem otite so por malassezia. Banho a cada 3 a 5 dias, se for só o banho tem que fazer de 3 em 3 dias. Banho + antifúngico oral pode fazer de 3 a 5 dias. Animal com infecção secundaria – não é bom fazer banho de imersão com iodo e hipoclorito por que são cáusticos, irrita a pele e a lesão piora. Como não é tão comum na dermatofitose esse tipo de apresentação na maioria das vezes vai poder usar. Antifúngicos sistêmicos: Griseofulvina 15 a 25mg/kg/dia (administrar BID). Cetoconazol 10mg/kg/dia (SID OU BID). Itraconazol 10mg/kg/dia (SID OU BID). Todos são metabolizados pelo fígado. Sempre de preferencia pro medicamente comercial. O tempo de utilização depende. Tem retornodo animal a cada 30D, repetir cultura fúngica, lâmpada de wood e tricograma pra ver como ta sendo a evolução do paciente. 11 Isabella Piffer Normalmente são tratamentos longos – 2 meses a 3 meses. Acaba estendendo o tratamento após 30D da cura clinica. Os portadores são – exemplo cão com a doença e gato que não tem nada. Tem que tratar todos os animais. Faz o tratamento tópico com antifúngico, se não se tornam portador são e vao disseminando a doença e a chance de recidiva é alta. Todos os animais da casa devem ser tratados independente de terem lesão ou não. Tratados de forma tópica (shampoo e banho de imersão ou forma tópica + oral. Exemplo gato que não toma banho – da o medicamento via oral. Vacinação Vacina chamada biocan-M. É contra o M. canis e pode induzir a proteção parcial contra outros dermatofitos. Tem que fazer a cultura pra saber se é o M canis. Pode usar como prevenção e tratamento. Exemplo não pode tomar medicamento VO, então pode dar pra potencializar o tratamento tópico. Dose cães – 1 mL (IM) Gatos – 1 mL (IM ou SC). Em primo-vacinação (animal sem sinal clinico, preventiva) – reforço após 14 a 21D. Com fim terapêutico – administrar a 3ª dose 21 dias após a segunda. Vai fazer com que o animal crie anticorpos contra o M. canis, tem combate maior do sistema imunológico pro fungo. Tem que ter reforço anual independente se for primo-vacinação ou com fim terapêutico. Repetir 1 dose anualmente. Animais com dermatofitose recente é legal vacinar pra evitar recidiva. Com o fim terapêutico faz a primo-vacinação, mas o animal que precisa ser tratado faz a 3ª dose. Controle/profilaxia e controle ambiental Fungo que é zoonose. É resistente e podem permanecer viáveis por até 1 ano no ambiente. Aspirar estofados e tapetes. Limpar superfícies com solução de 1:10 de hipoclorito de sódio. Descartar escovas, pentes, rasqueadeiras e panos ou aspirar e deixar de molho na solução de hipoclorito de sódio – ou então jogar fora, não usar em outros animais. Lavar bem as mãos após manipular animais infectados. Identificar outros animais ou seres humanos infectados e trata-los de forma tópica ou sistêmica.
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