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CP1 DERMATOPATIAS FÚNGICAS

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1 Isabella Piffer
 
CLINICA DE PEQUENOS 1 
DERMATOPATIAS FÚNGICAS 
Micose – doença causada por fungos. 
Podem ser superficiais (cutâneas) ou profundas. Vai depender do grau de acometimento da 
pele. 
As superficiais tem tropismo pela camada córnea, pelos e unhas. 
Exemplo: fungos dermatofitos e a malasseziose. 
A dermatofitose e a malasseziose afetam a camada superficial da pele. 
A malasseziose vai afetar a seborreia da pele. 
Os dermatofitos vai afetar principalmente a região de pelos e unhas e a camada córnea 
bem superficial. 
A micose subcutânea – invasão das camadas mais profundas e dos folículos pilosos. 
Exemplo: Esporotricose, é uma zoonose, tem característica de ser mais profunda. 
Micoses sistêmicas acometem órgãos internos, podendo ocorrer às apresentações cutâneas 
(disseminação hematogena). 
Principal letalidade é por ser sistêmica. No caso das superficiais vai ser local e não 
sistêmica. 
Exemplo: Criptococose, blastomicose. 
Dentre as superficiais tem a dermatofitose e dermatomicose. 
- Dermatofitose o fungo tem afinidade pela pele, unhas e pelos –dermatofitos. 
Os principais são os microsporum, trichophyton e epidermophyton. 
- Dermatomicose causada infecção da pele, unhas e pelos causada por outros fungos (ou 
leveduras). 
Dermatofitose mais tropismo por pelo e unha. E as leveduras mais tropismo pela gordura 
da pele, seborreia. 
MALASSEZIOSE 
Dermato 
É uma levedura comensal e comumente coloniza a camada superficial da pele, já ta 
presente na pele do animal. 
É lipofílica, saprófita e não formadora de micélio. 
Frequentemente encontrada nos lábios, orelhas, axilas, parte ventral do pescoço, virilhas, 
pele interdigital, região perianal e regiões de dobras intertriginosas. São locais úmidos, com 
bastante sebo. Se tiver uma disbiose a lesão vai ser maior nessas regiões. Essas leveduras 
podem ser isoladas em animais de até 3D de idade. 
 2 Isabella Piffer
 
Essa levedura não invade os tecidos, so fica na região superficial se alimentando do sebo. A 
lesão de pele que o animal tem é uma reação de hipersensibilidade do microrganismo que 
vao fazer com que o animal tenha inflamação ou lesão por conta da presença da levedura. 
Tem uma forma de ser facilmente diagnosticada, tem forma de pantufas/pegadas de 
sapato. 
O mais importante diagnosticar a malasseziose é fácil, é saber que existem causas 
primarias. Assim como a piodermite superficial tem causas primarias que vão predispor a 
infecção a malassezia também. As causas primarias vão fazer com que ocorra um 
rompimento da barreira epidérmica, deixa ela mais sensível e isso faz com que o 
metabolismo do fungo aumente e comece a inflamação na pele, e por isso precisa sempre 
investigar a causa base (geralmente imunossupressora, fazendo com que o ambiente fique 
propicio para o desenvolvimento da malassezia). 
PESQUISAR SEMPRE A CAUSA BASE. 
Em cães os achados clínicos: 
- Eritroderma esfoliativa – animal tem conjunto de sinais que compreende eritema, pele 
seborreica ou cerosa (seborreia seca ou cerosa/úmida/oleosa), descamação (escamas 
amareladas ou cinzentas) e crostas. 
Sinal clássico de malasseziose. Mais de 70% dos cães vai ter outras dermatoses 
concomitantes (alergias, distúrbios da queratinização, endocrinopatias, piodermites 
bacterianas – que também é secundaria e então a malasseziose nesse caso é terciaria). 
Odor forte, de ranço ou fermento. 
Crônica: liquenificação e hiperpigmentação. 
Placas escamosas focais e maculas e manchas eritematosas. 
Paroníquia: inflamação ao redor da unha. 
Agente etiológico mais frequente nas otites caninas, então paciente que tem atopia ou HÁ 
a causa mais comum de otite é malassezia por causa da predisposição, causa primaria – 
alérgica, levando a malassezia. 
Foto interdigito – coleta com swab ou fita de acetato. Faz a citologia para avaliar a disbiose. 
Otite causada por malassezia é algo comum na rotina de cães. Da o mesmo odor rançoso, 
cerume parecido com borra de café. 
GATOS 
Menos comum nessa espécie. 
Otite negra e descamativa. 
Acne felina não responsiva junto com malassezia. 
Dermatite facial com áreas escurecidas, gato vai ter muitas lesões na face e pescoço. 
 3 Isabella Piffer
 
Podem ter foliculopatias e paroníquias refratárias. 
Podem ter dermatite eritematosa e descamativa com característica cerosa. 
Mais comuns em Sphinx e Devon Rex. 
Sarna otodecica causa também secreção enegrecida então também é um diferencial. 
Pododermatite e paroníquias. 
DIAGNÓSTICO 
Citologia – imprint, esfregaço por swab, raspado superficial (corar). 
Fita de acetato. 
Cultura – fácil (comensal, valor diagnostico discutível porem útil), já tem malassezia na pele, 
tem que saber correlacionar se ela é patogênica ou comensal da pele do animal. 
Normalmente faz citologia e encontra grande quantidade, correlaciona com a clinica 
(achados de exame físico, pesquisa da causa de base, lesoes) e faz o diagnostico 
terapêutico. 
TRATAMENTO 
Sempre que tratar sistêmico associar ao tópico. Pode fazer tratamento so tópico em lesoes 
localizadas. 
Dobras – antifúngicos em locao, cremes, pomadas ou sprays. 
Otite – fez um swab otológico no animal e viu que so tem malassezia sem bactérias, então 
não precisa associar ATB porque não faz sentido, utiliza so antifúngico nesse caso. Pode 
usar o miconazol loção (dactarim, usa pra frieira pode usar no ouvido), ou pode mandar 
manipular o miconazol em forma de locao a 2% e aplicar na orelha do animal. 
Forma generalizada – tratamento combinado de tópico e sistêmico utiliza shampoo ( base 
de clorexidine + miconazol – cloresten, e cloreximicol), clorexidine acima de 2,5% pega 
fungo (geralmente usa 3%), pode fazer um shampoo manipulado com clorexidine e 
miconazol ou so miconazol ou so cetoconazol. 
Pode usar ceratolíticos (vao eliminar a seborreia seca, tirar as crotas, parte mais seca então 
os debris celulares) e ceratoplasticos (para retirar o sebo, gordura). É importante utiliza-los 
porque a malassezia se aproveita disso, é comensal da pele, se usar o produto que tira o 
sebo tira o substrato da malassezia. 
Pode utilizar uma semana o shampoo com miconazol e clorexidine e na outra semana usar 
o ceratolitico ou ceratoplastico. 15D antifúngico e 15D o ceratolitico e ceratoplastico 
(peroxido de benzoila, ureia – mais ceratoplastico do que ceratolitica, acido salicílico, 
alcatrão – bastante ceratoplastico, seca muito a pele do animal e tem que fazer hidratante 
junto). 
 4 Isabella Piffer
 
Usa numa semana um e na outra semana o outro, dessa forma vai intercalando. 
É importante porque tira o substrato da levedura. 
Dose de clorexidine muito alta coloque ele no condicionador, do mesmo jeito que manipula 
shampoo coloca ele no condicionador. Ex: clorexidine 2%. Passa shampoo neutro normal e 
depois o condicionador agindo por 10min e tira. Dessa forma não seca e nem irrita a pele, 
tem melhor penetração que o shampoo (bom em animal de pelo longo). 
Tratamento VO – forma generalizada 
-Itraconazol 10mg/kg/dia (SID) ou dividir a dose e ser BID. 
-Cetoconazol professor não curte muito. 
-Fluconazol é mais potente, não usa porque deixa pra um tratamento mais agressivo. Dose 
cães 2,5 a 5mg/kg/dia(SID ou BID). 
Gatos 5 a 10mg/kg/dia (SID ou BID). 
Sempre associar tratamento VO com tratamento tópico. 
Se for otológico usa miconazol loção. 
Por ser uma doença superficial os animais podem ter a pele/pelo normais novamente. Se o 
animal tiver problema so de hiperqueratose ele vai voltar depois. 
Termo dermatofitose – infecção de tecidos queratinizados (pele, unhas e pelos). 
Dermatomicose infecção da pele unhas e pelos causadas por outros fungos ou leveduras – 
malassezia e cândida. 
DERMATOFITOSE 
Tem tropismo pela camada mais superficial – pele e pelos. 
Agentes etiológicos mais frequentes em cães e gatos: 
Microsoporum canis é o mais comum. Microsporum gypseum e trichophyton 
mentagrophytes. O microsporum canis é de longe o mais comum em cães e gatos. 
Foto 1 – macroconideos. 
Microsporum é mais alongado, tem de 8 a 9 celulas. 
Foto 2 – microsporum gypseum – formado de canoa, mais achatado. 
Foto 3 – trichophyton é mais alongado, parece um charuto. 
Lembrar que todos esses fungos tem potencial zoonotico, podem ser passados pro homem 
e causar lesão. Essa transmissão pode acontecer de 18 a 81%, varia de acordo com o 
humano, status imunológico, então não é todo animal que tem fungo que vai passar pro 
humano. 
 5 Isabella Piffer
 
Não há predileção sexual. Tantos machos e femeas tem a mesma chance de desenvolver a 
doença. Em animais imunossuprimidos tem chance maior, cães jovens (filhotes) e idosos 
(neoplasia, doença crônica) e ambientes coletivos. 
Animais de pelagem longa – animais de pelo longo tem predileção maior a desenvolver 
dermatofitose, por causa da temperatura e umidade. A raça é importante – Yorkshire e 
persa tem as chances de desenvolver infecção crônica e grave, tem a doença de uma forma 
mais grave que é um fator predisponente racial. 
Microsporum canis = é zoofilico, tem tropismo por animais. Habita o pelo, escamas e parte 
córnea dos animais. Mais comum em pequenos animais. 
Felinos tem importância grande 98% de incidência nos gatos. Se for chutar o agente que 
pode ta causando isso nos gatos de origem fungica grandes chances de ser microsporum 
canis. 
Gatos de pelos longos como persa podem ser portadores inaparentes. Alem de ter a 
doença crônica e agressiva, eles também pode portar o fungo e não ter sinal clinico 
nenhum, é portador inaparente ou sã. 
Animal tem fungo e ta disseminando pro ambiente e outros animais mas não tem SC 
nenhum, esse é o animal pior de todos porque não consegue identificar quem é ele. Animal 
que tem o fungo no pelo no caso de gatos/persas e que não tem doença clinica precisa 
tratar do mesmo jeito porque é fonte de disseminação da doença pra outros animais. 
Microsporum gypseum – Geofilico, tem tropismo pela queratina no solo (desmacao e pelos 
que estão no solo). Principalmente animais errantes e semidomiciliado – animais com 
bastante contato com o ambiente contaminado. 
Por ser menos adaptado ao pelo e pele dos animais acaba causando inflamação muito 
maior. Animais que tem infecção pelo M. gypseum tem lesão mais inchada e inflamada do 
que o M. canis, porque ele é mais adaptado naquela região e causa uma menor inflamação. 
As áreas mais afetadas são as que tem mais contato com o solo. 
Trichophyton mentagrophytes – Zoofilico, também tem tropismo por animais. Mais comum 
em roedores e lagomorfos. Gatos que cacam tem mais predisposição a desenvolver esse 
tipo de fungo. Se encontrar essa infecção em um animal que é semidomiciliado 
provavelmente esse animal adquiriu a doença cacando algum roedor porque esse fungo é 
comum nesses tipos de animais. 
Cães – sinais clínicos 
As lesões clássicas de dermatofitose – área de alopecia e desmacacao circular, com o centro 
podendo estar integro e com pelos. 
Tem crescimento centrifugo (do centro pra fora). Normalmente as bordas são escamativas, 
 6 Isabella Piffer
 
tem crostas e são avermelhadas. É comum a borda ser avermelhada e o centro não ter 
tanta inflamação, porque o fungo começa a se alimentar do pelo e a região central já não 
tem mais pelo pra ele, então começa a causar na periferia da lesão. 
Lesao circunscrita e alopecica. 
Sinais clínicos gerais – alopecia e descamação. 
Pelos quebradiços, pápulas, pústulas, exsudação, formação de crostas e o prurido é variável 
(no caso de dermatofitose é variado, depende da infecção e etc. se tiver parasita associado, 
se tiver infecção bacteriana, reações alérgicas, infecção secundarias. Vai depender do que 
tiver junto com a dermatofitose, ela por si so não causa prurido – nota 3 em média. 
A gravidade da doença vai depender da idade do animal – jovens e idosos tem mais 
predisposição a ter a doença generalizada. 
A imunocompetencia – adulto de 3 anos mas por exemplo fêmea no cio e baixa a 
imunidade, doença concomitante e faz com que a imunidade diminua. 
A espécie fúngica – a M. g. é mais agressivo pois não é adaptado. 
Quérion – lesão nodular elevada e arredondada, normalmente leva a ruptura folicular, 
furunculose e inflamação piogranulomatosa. É uma lesão circunscrita, nodular e 
aumentada. É quando a dermatofitose se torna mais profunda, porque rompe folículo e 
tem furunculose. É uma piodermite profunda. Causada por microsporum ou dermatofito 
(??). 
Sinais clínicos em cães – dermatofitose generalizada. 
É menos comum, so nos casos de idade, sistema imunológico e agressividade fúngica. 
Quando acontece observa alopecia e seborreia generalizada com ou sem prurido – 
depende da infecção secundaria. 
Algumas lesoes focais pode existir junto, pode ter lesoes generalizadas mas pode ter umas 
lesoes circunscritas e alopécicas. 
Em cães adultos associa-se a imunossupressão ou doença sistêmica. TEM QUE FALAR QUE 
VAI PROCURAR A CAUSA BASE/DE IMUNOSSUPRESSAO DA DOENCA. 99% DOS CASOS DE 
DERMATOFITOSE EM ANIMAIS ADULTOS TEM CAUSA DE IMUNOSSUPRESSAO DE BASE. 
ALGUNS CASOS O ANIMAL TEM IMUNOSSUPRESSAO FISIOLOGICA, INDIVIDUAL DO ANIMAL 
MAS ISSO É RARO. 
Foto – lesão circunscrita, tem inflamação na região alopecica, então não é totalmente lisa, 
crostas. 
Os quérions são mais comuns na face mas pode acontecer em qualquer região do corpo. 
Lesão característica de dermatofitose – lesão circunscrita, delimitada, alopecica e vai 
crescendo do meio pra periferia. 
 7 Isabella Piffer
 
Diagnósticos diferenciais – demodex pode causar esse tipo de lesão, não é comum ser tao 
delimitada, mas também pode fazer lesão delimitada. Piodermites superficiais também 
entram como diagnostico diferencial porque as lesoes podem ser circunscritas, faz isso 
porque a pústula estoura e forma o colarete epidérmico, e acaba comprometendo a raiz do 
pelo e cai o pelo, e o animal tem lesão circunscrita semelhante a causada pelo demodex. 
Yorkshire é mais predisposto. Dermatofitose generalizada – não tem delimitação da lesão. 
Por ser normal na raca não tem fator de predisposição pra doença e sim fator racial. 
Foto dálmata – rarefação pilosa generalizada chamada de hipotricose, tem áreas alopecicas 
e eritema onde a pele não é pigmentada e isso é sinal de inflamação. Ele tinha 
imunossupressão de base – erlichiose crônica. 
Dermatofitose crônica – relato de caso 
Poodle cinza, dermatofitose crônica a anos. Animal tinha uma predisposição dele. 
Foto do animal – crostas amareladas na orelha, crostas no pescoço, região alopecica no 
dorso e pescoço. Mas não cocava tanto porque não tinha infecçãobacteriana/parasitaria 
secundaria. 
Diagnóstico – lâmpada de wood. Brilha a base do pelo. 
Se nao brilhar não significa que é fungo. 
Foto pata cao – área de eritema, hipotricose e presença de secreção. As vezes não vai ter 
uma alopecia e sim uma hipotricose. Ele se manifesta de varias formas, a alopecica e 
circunscrita é mais clássica. 
Foto cao sentado – Borda alopecica e o centro tem pelo porque o fungo começa parasitar o 
pelo, mata e depois o pelo do meio onde ele começou a parasitar volta a crescer, então por 
isso pode encontrar lesoes que tem pelo no meio. 
Foto cadela face – plano nasal, lado direito lesão circunscrita, pelo no centro que lembrava 
dermatofitose. Tinha outras lesoes pelo corpo também que tinha até infecção secundaria 
por bactéria – piodermite profunda. 
Felinos 
Podem ter 3 apresentações: 
- Inaparente, subclínica ou clinica. 
Inaparente ou portador sã, que tem o fungo mas não manifesta o SC. 
Subclinica onde o animal tem lesoes muito discretas quase imperceptíveis. 
Clinica que é a clássica, o animal tem lesão de pele, alopecia e etc. 
Gatos de pelo longo – poucas ou nenhuma lesão, acabam sendo animais portadores são. 
Isso é ruim porque dissemina a doença. 
 8 Isabella Piffer
 
A grande maioria dos gatos não manifesta sinais clínicos diferente do cão. 
Alguns gatos podem desenvolver lesoes crostosas – alopecia com a presença de crostas. 
Quando os animais desenvolvem quadro clinica 
- Dermatite miliar – varias foliculites – animal tem apresentação de foliculite. Tem 
inflamação de folículo piloso generalizada. É uma apresentação de gatos que tem infecção 
fungica na forma clinica. 
São foliculites superficiais generalizadas. 
- Alopecia simétrica e bilateral – podem ter alopecia simétrica e bilateral por conta do 
fungo, sem presença de crosta ou com presença de crosta. 
- Pseudomicetomia (granuloma de Majocchi) – é um granuloma causado pela infecção do 
M. canis no tecido subcutâneo e na derme, na região mais profunda da pele dos gatos. Mais 
comuns em gatos persas – predisposição maior a desenvolver doença grave. Maioria dos 
casos é em gato persa. 
Fungo é sequestrado na derme levando a uma dermatite nodular ulcerante – granuloma. 
A invasão tecidual pode levar a recidivas e trajetos drenantes caracterizam as lesoes. 
Foto dermatofitose felina – lâmpada de wood. Lesao alopecica, circunscrita. Tem que 
brilhar a base do pelo. Na região da cabeça também observa lesão alopecica que também 
tem florescência. Ele parasita as crostas também, o problema é que todas as crostas 
brilham, por isso desconsidera as crostas quando brilham. 
Apresentação conjunta com a dermatofitose 
- ONICOMICOSE – Dermatofitose ungueal. 
É observada tanto em cães quanto em gatos. É comumente causada por T. mentagrophytes 
porem pode ser causada pelos outros. 
Animais apresentam unhas secas, rachadas, quebradiças e frequentemente deformadas. 
Pode haver inflamação da dobra ungueal – paroniquea é a inflamação da dobra ungueal. 
Pode acontecer também na dermatofitose e malassezia. 
Tambem pode haver inflamação dos coxins. 
Diagnósticos diferenciais pra dermatofitose 
Em cães e gatos: 
- Dermatoses parasitarias, dermatopatias alérgicas, distúrbios da queratinização, seborreias 
(principalmente seca), doenças autoimunes, piodermites bacterianas (forma o colarete 
epidérmico). 
Em ordem de importância – Dermatoses parasitarias e piodermite bacteriana. As outras 
podem ser concomitantes a doença fúngica. 
 9 Isabella Piffer
 
Em gatos mesmas causas + - qualquer causa de dermatite miliar (foliculite generalizada) e 
alopecia simétrica bilateral. 
Carcinoma de células escamosas – lesões em plano nasal, orelhas, mas não se assemelham 
tanto. 
Diagnóstico 
Anamnese – levar em conta o histórico (do que o animal já usou de fármacos, as vezes os 
animais tomam ATB, acaricida..) Existência de doenças sistêmicas – principalmente idosos, 
se toma remédio imunossupressor, se tem neoplasia. 
Perguntar se outros animais tem a doença, perguntar pro tutor também se ele tem alguma 
lesão. 
Lâmpada de Wood – método de triagem, onde acontece a florescência verde maça. 
Exame microscópio direto dos pelos (tricograma) – pra encontrar os Artroconídios – 
ECTOTHRIX ou ENDOTHRIX. 
Raspado cutâneo – Buscar por hifas e artroconídios. 
Cultura fungica – pode ser do pelo, das unhas. 
Exemplo: lâmpada de wood positiva, o local positivo é onde vai coletar o material pra 
cultura e etc. 
Diagnóstico de escolha 
Tricograma – estruturas amarelas – artroconídios, quando observa essa estrutura no pelo é 
um indicativo de pelo, não é fácil de encontrar. 
Cultura bacteriana – pode fazer quando o animal tem infecção bacteriana secundaria, pode 
fazer citologia e imprint também. 
Biopsia cutânea – vai ser importante se não encontrar nada na cultura fúngica e tricograma 
porque pode dar negativo e o animal ter a doença, e visam diagnosticar e também 
descartar doenças que compartilhem dos mesmos sinais clínicos. 
Foto pelo normal – cutícula lisa, superfície homogênea. 
Coleta o pelo e faz analise – ectothrix – parece microbolhas. O pelo vai ter a perda da 
integridade da cutícula, parece que foi comida/parasitaria. Tem descontinuidade. 
O pelo fica destruído. 
Bolinhas na periferia – ectothrix. 
Bolinhas na medula do pelo – endothrix. 
Destruição de todo pelo – destruição por artroconídios. 
Cultura fúngica 
M. canis – cultura esbranquiçada. 
M. gypseum – cultura mais amarelada. 
 10 Isabella 
 Piffer
 
T. mentagrophytes – cultura esbranquiçada. 
Se colocar na lamina e não observar as estruturas adultas acha as hifas – menos de 8 dias. 
Tratamento 
No shampoo coloca o miconazol ou cetoconazol junto com clorexidine. 
Intraconazol sistêmico VO se o animal tiver doença concomitante. 
Em forma de shampoo – cetoconazol 2%/Miconazol 2-2,5% - a cada 3 a 5 dias. 
Clorexidine acima de 3% tem acao pra fungo – a cada 3 a 5 dias (não é a melhor escolha). 
Iodopovina – a cada 5 dias (não para gatos, intoxicação). 
Banhos de imersão – Antifúngicos, clorexidine, iodopovidona ou hipoclorito de sódio – 
diluição de 1 pra 20 a cada 5 dias. 
O banho de imersão é colocar o animal dentro de uma bacia com a substancia e deixar o 
animal por um tempo nessa bacia. Depois lavar o animal normal. 
Pode fazer o banho de imersão e depois usar o shampoo pra potencializar nos casos mais 
graves. 
Associar um hidratante depois. 
Mais opções de tratamento tópico – pomada, loção, gel ou sprays. 
Clotrimazol, cetoconazol, tiabendazol ou miconazol. 
Frequência – a cada 12H. 
OBS: daktarin – exemplo otite malassezia e so tem ela, é de humanos mas pode usar no cão 
e gato que tem otite so por malassezia. 
Banho a cada 3 a 5 dias, se for só o banho tem que fazer de 3 em 3 dias. Banho + 
antifúngico oral pode fazer de 3 a 5 dias. 
Animal com infecção secundaria – não é bom fazer banho de imersão com iodo e 
hipoclorito por que são cáusticos, irrita a pele e a lesão piora. Como não é tão comum na 
dermatofitose esse tipo de apresentação na maioria das vezes vai poder usar. 
Antifúngicos sistêmicos: 
Griseofulvina 15 a 25mg/kg/dia (administrar BID). 
Cetoconazol 10mg/kg/dia (SID OU BID). 
Itraconazol 10mg/kg/dia (SID OU BID). 
Todos são metabolizados pelo fígado. 
Sempre de preferencia pro medicamente comercial. 
O tempo de utilização depende. Tem retornodo animal a cada 30D, repetir cultura fúngica, 
lâmpada de wood e tricograma pra ver como ta sendo a evolução do paciente. 
 11 Isabella 
 Piffer
 
Normalmente são tratamentos longos – 2 meses a 3 meses. Acaba estendendo o 
tratamento após 30D da cura clinica. 
Os portadores são – exemplo cão com a doença e gato que não tem nada. Tem que tratar 
todos os animais. Faz o tratamento tópico com antifúngico, se não se tornam portador são 
e vao disseminando a doença e a chance de recidiva é alta. Todos os animais da casa devem 
ser tratados independente de terem lesão ou não. Tratados de forma tópica (shampoo e 
banho de imersão ou forma tópica + oral. Exemplo gato que não toma banho – da o 
medicamento via oral. 
Vacinação 
Vacina chamada biocan-M. É contra o M. canis e pode induzir a proteção parcial contra 
outros dermatofitos. Tem que fazer a cultura pra saber se é o M canis. 
Pode usar como prevenção e tratamento. Exemplo não pode tomar medicamento VO, 
então pode dar pra potencializar o tratamento tópico. 
Dose cães – 1 mL (IM) 
Gatos – 1 mL (IM ou SC). 
Em primo-vacinação (animal sem sinal clinico, preventiva) – reforço após 14 a 21D. 
Com fim terapêutico – administrar a 3ª dose 21 dias após a segunda. 
Vai fazer com que o animal crie anticorpos contra o M. canis, tem combate maior do 
sistema imunológico pro fungo. 
Tem que ter reforço anual independente se for primo-vacinação ou com fim terapêutico. 
Repetir 1 dose anualmente. 
Animais com dermatofitose recente é legal vacinar pra evitar recidiva. 
Com o fim terapêutico faz a primo-vacinação, mas o animal que precisa ser tratado faz a 3ª 
dose. 
Controle/profilaxia e controle ambiental 
Fungo que é zoonose. É resistente e podem permanecer viáveis por até 1 ano no ambiente. 
Aspirar estofados e tapetes. Limpar superfícies com solução de 1:10 de hipoclorito de 
sódio. 
Descartar escovas, pentes, rasqueadeiras e panos ou aspirar e deixar de molho na solução 
de hipoclorito de sódio – ou então jogar fora, não usar em outros animais. 
Lavar bem as mãos após manipular animais infectados. Identificar outros animais ou seres 
humanos infectados e trata-los de forma tópica ou sistêmica.

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