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Dermatofitose Doença de potencial zoonótico Microsporum canis (cães, gatos e humanos) Microsporum gypseum (solo – saprófito) Trichophyton mentagrophytes (várias espécies e vários hospedeiros) 1. Sinais clínicos Vibriças e pelos quebradiços Crostas na pele e alopecia Unhas de crescimento regular, tortas e fracas Prurido baixa 2. Diagnóstico É feito pela combinação de meios diagnósticos Observação sob lâmpada de Wood M. canis pteridina (se alimenta de secreções da pele, como os aminoácidos e a Pteridina fica no M. canis) Não confirma o diagnóstico, apenas orienta de onde coletar material Leite e crostas ficam esverdeadas Segue acompanhando o paciente com a lâmpada nos retornos Tricograma O comprimento do pelo fica dilatado A cutícula fica irregular Pegar pelo do meio ou da borda, pelo fungo ter crescimento para as bordas Cultura fúngica Positiva para Microsporum canis no 8º dia de cultivo Dá o diagnóstico Dermatobac – específico para M. canis, se vende em lojas de material humano. o Coleta com raspado, coloca em uma gaze e passa álcool 70, depois coloca no gel e avalia por 21 a 28 dias, o gel fica vermelho e tem crescimento de fungos. Para fazer a leitura, pega o “algodão” com uma fita adesiva, e coloca em uma lâmina e cora com azul de metileno. Biopsia cutânea Solicitar colorações especiais – na solicitação colocar suspeita de dermatofitose o PAS (coloração ácido periódico + reativo de Schiff) o GMS (coloração de metenamina de prata de Grocott) 3. Tratamento Tópica Reduzir o risco de transmissão e contaminação ambiental Shampoo 2x na semana por 10 minutos (pode manipular) Clorexidine 2% + Miconazol 2% Clorexidine 0,4 – 4% Clorexidine 2% + Cetoconazol 1% Cremes/Geis*/Loções tópicas** (precisa de tempo de contato longo para ter ação) Clotrimazol Miconazol Enilconazol * O gel e o mouse têm ação mais rápida, então pode manipular ** Não recomendado como terapia única Sistêmico Atua na infecção ativa e na proliferação dos fungos hospedeiros Itraconazol* 5 – 10 mg/kg VO SID-BID Terbinafina* 30 – 40 mg/kg VO SID Griseofulvina* 25 – 50 mg/kg VO SID * Administrar com alimento e evitar inibidores de bomba (se apresentar êmese, parar o tratamento e começar o antiemético, se não resolver, avaliar para gastrite) Ambiental Minimizar risco de transmissão para pessoas e outros animais e contaminação de fômites Ferver roupas Lavagem na máquina (30-60ºC – 2 ciclos) com ou sem hipoclorito de sódio Camas com fronhas que devem ser lavadas todos os dias em temperatura de fervura Hipoclorito de sódio Desinfetantes – Hysteril Tosa/tricotomia – evitar em chow-chow, akita e spitz (alopecia pós-tosa) Descarte de arranhador, brinquedos de madeira e corda 4. Acompanhamento Consulta mensal Após desaparecimento de lesões, tratar por mais 20 dias Alta depois que os exames estiverem negativos Em filhotes menores de 3 meses, deve acompanhar com exames hepáticos Malasseziose Malassezia pachydermatis 1. Sinais clínicos Prurido no ouvido, alta produção de cerúmen (proteção) Prurido no interdigito, podal e base a unha Pele pregueada e escura processo crônico Pele oleosa (cheiro rançoso) Tem doença alérgica, malasseziose não é a doença primária Pode causar flebarite, 2. Diagnóstico Imprints Pele seca – direto com fita adesiva Pele oleosa – com swab ou direto com a lâmina Microbiota da pele e da mucosa do cão, também do gato, e possibilidade de outras espécies Citologia Da o diagnóstico Fita adesiva Biopsia Cultura 3. Tratamento Investigar a causa base, é uma doença secundária e oportunista – pode estar associado a hipertireoidismo Quando há otite, é uma alergia, tendo que ser tratada Tópico Shampoo Clorexidine 2% + Miconazol 2% Clorexidine 3% Para seborreia (pele oleosa) – Sebolytic, Sebocalm Sistêmico Itraconazol* (alergopata deve se cuidar para malasseziose, então é utilizado como pulsoterapia) Cães: 5 mg/kg VO SID ou 2 dias seguidos na semana (pulsoterapia) Gatos: 5 – 10 mg/kg VO SID ou tratamento por 7 dias e interromper 7 dias, sucessivamente *Administrar com alimento
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