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PCC Educação Especial

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PCC DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
Pesquisa e análise de práticas pedagógicas na escola inclusiva
Docente: Gabriela Maffei Moreira Malagolli
Curso: EDUCAÇÃO ESPECIAL (CEL0249) GRAD
Turma: EDUCAÇÃO ESPECIAL (CEL0249) 9010
Discente: Lidiane Silva de Menezes Souza
Matrícula: 201902333055/Pedagogia – 2º Período
Pesquisa e análise de práticas pedagógicas na escola inclusiva
Através de estudos e pesquisas ao longo da história podemos perceber como o comportamento das pessoas foram mudando em relação a pessoas com deficiência.
Nos tempos primitivos as pessoas deficientes eram vistos como loucos, doentes mentais e perigosos, pelo fato de seus comportamentos diferentes, por isso eram afastados do convívio social de pessoas tidas como sãs, os nascidos com deformidades também eram alvo de morte, abandono e exclusão.
Na antiguidade acreditavam que esses indivíduos estavam sob o domínio dos maus espíritos, tendo inicialmente como tratamento o exorcismo, ainda na antiguidade as cidades gregas exterminavam crianças nascidas com deformidades físicas, não se fazia conhecer o paradeiro dessas crianças, isso ocorria tanto na Grécia como em Roma e Esparta. Hoje esse tipo de atitude seria reconhecido como infanticídio, crime segundo as leis atuais, mas pela ignorância da época era aceita como parte da cultura local.
No final da antiguidade os mosteiros eram utilizados como locais de refúgio e de reclusão para indivíduos com deficiência mental e outras anomalias, cabendo aos padres seu tratamento e acolhimento.
O Renascimento vai trazer perspectivas mais humanitárias para essas pessoas.
Na idade moderna, prédios que serviam como prisões foram modificadas para atender como hospitais, onde essas pessoas doentes eram tratadas mais como animais do que como seres humanos.
Com podemos observar, a luta dos deficientes por aceitação e pelo reconhecimento de sua identidade como cidadão se prolonga até os dias de hoje.
“A diversidade se refere à multiplicidade de diferenças individuais na sociedade e na escola...” (PINTOR, Nelma Alves Marques – Educação Inclusiva, 2017, pg 46).
Em 1994, em Salamanca, na Espanha foi elaborado um documento na Conferência Mundial sobre Educação Especial, ela consolidou a educação inclusiva com objetivo de formular e reformular políticas e sistemas educacionais ao movimento de inclusão social, “ tendo como princípio fundamental da escola 
Inclusiva é o de que todas as crianças deveriam aprender juntas, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter. (...) Dentro das escolas inclusivas, as crianças com necessidades educacionais especiais deveriam receber qualquer apoio extra que possam precisar, para que se lhes assegure uma educação efetiva (...)”. ( MENEZES, Ebenezer Takuno -01/01/2001-educabrasil.com.br).
Ao fazer uma visita a escola Municipalizada Odilon Bernardes uma escola inclusiva, que se encontra no município de Itaboraí, no dia 18 de novembro de 2019, estive na turma 301 de período integral (oito horas- entrada e dezesseis horas-saída), com professora da turma que é a Luciene. Pude observar que os alunos possuem uma rotina de acolhimento, roda da conversa, aula de literatura com a professora Rainel (a professora Luciene informou que a cada dia da semana, professores com diferentes atividades participam da aula neste horário), lanche, atividade, almoço/recreio, atividade, lanche/recreio, atividades finais, saída. Nesta turma pude conhecer três alunos que possui deficiência, mas apenas um possui mediadora, conheci o aluno de 10 anos o João Paulo com deficiência intelectual que apesar de interagir bem com os demais alunos não consegue acompanhar os demais em suas atividades, devido a sua deficiência a professora Luciene lhe passa uma atividade diferenciada, a professora Luciene informou que a escola da todo o suporte possível para o aprendizado desses alunos, mas não tem o mesmo de alguns dos pais, isso dificulta um pouco seu trabalho, já que esses alunos precisam de suportes além da escola. Observei também a aluna de 9 anos a Laís que é autista e interage menos com os outros alunos, ela é mais tímida, mas consegue acompanhar algumas atividades com os demais alunos. O terceiro aluno é o aluno de 10 anos o Samuel que é autista e tem como mediadora a professora Kelen, formada em Pedagogia UniRio e pós graduando em Neuro-psicopedagogia, ao conversar com a professora kelen ela relatou que o aluno Samuel é autista e possui necessidade de acompanhamento pois não tem autonomia para realizar suas atividades sozinho, assim como se deslocar pela escola, informou que o aluno é capaz de acompanhar a maioria das atividades da turma, sendo que devido sua deficiência intelectual, os conteúdos são adaptados, ele é capaz de escrever o cabeçalho em seu caderno, a rotina também é escrita pelo aluno, como estratégia para deixá-lo menos ansioso, também relatou que o aluno após dois anos na escola já consegue interagir com a turma nas diversas atividades, gosta de estar com os amigos, e isso facilita o trabalho, a família do aluno está sempre presente na escola, e todo trabalho realizado é acompanhado pela equipe diretiva. Nesta mesma escola existem outras turmas com alunos que possuem outros tipos de deficiência, tais como: cadeirantes, deficiência mental, deficiência auditiva e síndrome de kabuki/autista, onde percebi que a escola procura fazer o melhor por seus alunos, independentemente de qualquer dificuldade ou diferença que a criança possua. 
Após a pesquisa de campo feita, como educadores podemos compreender melhor o trabalho de inclusão à alunos com deficiência em escolas regulares, visualizando a importância da socialização feita entre a criança com deficiência e a que não possui deficiência, percebendo que é possível a inclusão social dos alunos com necessidades especiais e procurando ajudar na construção de práticas pedagógicas com suportes necessários, com adaptações ao currículo de modo que todos os alunos tenham direito a uma educação de qualidade independentemente de suas características ou necessidades.
Referências
http://estacio.webaula.com.br/ead/meu-painel#disciplinas- Educação Especial
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete Declaração de Salamanca. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em: <https://www.educabrasil.com.br/declaracao-de-salamanca/>. Acesso em: 11 de nov. 2019.
Pintor, Nelma Alves Marques Educação inclusiva. / Nelma Alves Marques Pintor. Rio de Janeiro: SESES, 2017.

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