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Camila Zanetti Turma 8 HISTOLOGIA: SISTEMA RESPIRATÓRIO • Porção condutora (entrada e saída de ar; limpar umedecer e aquecer o ar inspirado para proteger o revestimento dos alvéolos pulmonares); constituída por cartilagem, tecido conjuntivo e tecido muscular liso (suporte estrutural, flexibilidade e extensibilidade); mucosa revestida por epitélio respiratório; • Porção respiratória (troca de gases): bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos; • Epitélio respiratório (ciliado pseudoestratificado colunar, com muitas células caliciformes) possui: a. Célula colunar ciliada (transporte de muco); b. Células caliciformes (secretoras de muco); c. Células em escova (brush cells – microvilos em sua superfície apical; são receptores sensoriais); d. Células basais (células tronco – stem cells – que se multiplicam continuamente por mitose e originam as células do epitélio respiratório); e. Célula granular (parece a célula basal; contém grânulos; pertencem ao sistema neuroendócrino difuso); • Epitélio estratificado pavimentoso (encontrado em regiões diretamente expostas ao fluxo de ar e à possibilidade de abrasão – oferece maior proteção ao atrito); • Fossas nasais (vestíbulo, área respiratória e área olfatória); • Vestíbulo: Vibrissas (pelos curtos) e a secreção de glândulas sebáceas e sudoríparas – barreira à penetração de partículas grosseiras nas vias respiratórias; • Área respiratória: mucosa recoberta de epitélio pseudoestratificado colunar ciliado, com muitas células caliciformes; lâmina própria contém glândulas mistas (serosas e mucosas); • Área olfatória: revestida por epitélio olfatório (quimiorreceptores de olfação); • Epitélio olfatório (neuroepitélio colunar pseudoestratificado) formado por: a. Células de sustentação (prismáticas, possuem microvilos que se projetam para dentro da camada de muco que recobre o epitélio, possuem pigmento acastanhado); b. Células basais (pequenas e arredondadas, região basal do epitélio entre as células olfatórias e de sustentação, são células tronco – stem cells – do epitélio olfatório); c. Células olfatórias (neurônios bipolares, seus dendritos apresentam dilatações de onde partem cílios sem mobilidade que são quimiorreceptores excitáveis); a existência de cílios aumenta a superfície receptora; • Glândulas de Bowman (serosas): seus ductos levam a secreção para a superfície epitelial, criando uma corrente que limpa os cílios das células olfatórias (facilitar o acesso de novas substâncias odoríferas); • Seios paranasais: cavidades em alguns ossos do crânio revestidas por epitélio respiratório; o muco produzido nessas cavidades é drenado pela atividade das células epiteliais ciliadas; • Laringe: contém peças cartilaginosas irregulares unidas por tecido conjuntivo fibroelástico; cartilagens maiores (tireoide, cricoide e maior parte das aritenoides) – tipo hialino; demais cartilagens são do tipo elástico; • Par de pregas na mucosa da laringe: a. Falsas cordas vocais (pregas vestibulares – primeiro par, superior): lâmina própria é frouxa e contém numerosas glândulas; b. Cordas vocais verdadeiras (segundo par, inferior): eixo de tecido conjuntivo muito elástico, ao qual se seguem, externamente, os músculos intrínsecos da laringe (podem se contrair quando o ar passa através da laringe, modificando a abertura das cordas vocais – produção de sons com diferentes tonalidades); • Regiões que o epitélio está sujeito a atrito e desgaste – tipo estratificado pavimentoso e não queratinizado; demais regiões – epitélio respiratório (cílios que vibram na região da faringe); Camila Zanetti Turma 8 • Lâmina própria rica em fibras elásticas e com pequenas glândulas mistas (serosas e mucosas; não são encontradas nas cordas vocais verdadeiras); • Laringe não possui uma submucosa bem definida; • Traqueia: tubo revestido internamente por epitélio respiratório; lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas; contém glândulas seromucosas com ductos que se abrem no lúmen; • Secreção (glândulas e células caliciformes) forma um tubo viscoso que é levado em direção a faringe pelos batimentos ciliares – remoção de partículas de pó; • Barreira linfocitária de função imunitária: linfócitos isolados e acúmulos linfocitários ricos em plasmócitos; • Possui de 16 a 20 cartilagens hialinas em forma de C (extremidade livre voltada para o lado posterior); • Ligamentos fibroelásticos e feixes de músculo liso prendem-se ao pericôndrio e unem as porções abertas das peças cartilaginosas em forma de C; os ligamentos impedem a distensão excessiva do lúmen; feixes musculares possibilitam regulação da distensão do lúmen (contração do músculo causa redução do lúmen – reflexo da tosse); • Traqueia é revestida externamente por tecido conjuntivo frouxo (camada adventícia – liga o órgão a tecidos adjacentes); • Árvore brônquica: traqueia → 2 brônquios (primários – entram no pulmão através do hilo); Hilo: também entram artérias e saem vasos linfáticos e veias; estruturas revestidas por tecido conjuntivo denso; conjunto conhecido como raiz do pulmão; • Brônquios primários → 3 brônquios no pulmão direito e 2 brônquios no pulmão esquerdo; cada brônquio supre um lobo pulmonar; • Bronquíolos: cada um penetra um lóbulo pulmonar, formando de 5 a 7 bronquíolos terminais; • Lóbulos têm forma piramidal com ápice voltado para o hilo e base para a superfície pulmonar; delimitação é dada por septos conjuntivos delgados (fácil visualização no feto; incompletos no adulto – mal delimitados, com exceção à pleura); • Pleura: grande deposição de partículas de carvão nos macrófagos dos septos interlobulares; • Cada bronquíolo terminal origina um bronquíolo respiratório (marcam a transição para a porção respiratória – ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos); • Brônquios: mucosa idêntica a da traqueia em ramos maiores; epitélio cilíndrico simples ciliado em ramos menores; lâmina própria rica em fibras elásticas; camada muscular lisa formada por feixes musculares em espiral segue a mucosa e circundam o brônquio; • Externamente a camada muscular existem glândulas seromucosas cujos ductos se abrem no lúmen; • Peças cartilaginosas envolvidas por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas (camada adventícia); • Acúmulo de linfócitos na mucosa e na adventícia; • Pontos de ramificação da árvore brônquica: existência de nódulos linfáticos; • Bronquíolos: segmentos intralobulares; não apresentam cartilagem, glândulas ou nódulos linfáticos; epitélio simples ciliado (porção inicial) → epitélio cúbico simples (ciliado ou não – porção final); • Menor número de células caliciformes, podendo não haver; • Corpos neuroepiteliais: regiões especializadas do epitélio dos bronquíolos que contém células com grânulos de secreção e que recebem terminações nervosas colinérgicas (quimiorreceptores que reagem a alterações na composição dos gases que penetram o pulmão); sua secreção tem ação local; • Lâmina própria delgada e rica em fibras elásticas; Camila Zanetti Turma 8 • Camada muscular lisa com células que se entrelaçam com as fibras elásticas e se estendem para fora, continuando com a estrutura esponjosa do parênquima pulmonar; • Musculatura dos bronquíolos é mais desenvolvida que a dos brônquios (crise asmática); • Bronquíolos terminais: últimas porções da árvore brônquica; semelhantes aos bronquíolos, tendo a parede mais delgada, revestida internamente por epitélio colunar baixo ou cúbico, com células ciliadas ou não; • Células de Clara: não ciliadas, apresentam grânulos secretores em suas porções apicais; secretam proteínas que protegem o revestimento bronquiolar contra poluentes do ar inspirado e contra inflamações; • Bronquíolo terminal → 2 ou mais bronquíolos respiratórios (transição entre a porção condutora e a respiratória); • Bronquíolo respiratório: semelhante ao bronquíolo terminal,exceto pela existência de numerosas expansões saculiformes constituídas pelos alvéolos (onde ocorrem trocas de gases); • Porções dos bronquíolos respiratórios não ocupadas pelos alvéolos são revestidas por epitélio simples (colunar baixo ou cuboide), podendo apresentar cílios na porção inicial; esse epitélio simples contém células de Clara; • Músculo liso e as fibras elásticas formam uma camada mais delgada do que a do bronquíolo terminal; • Ductos alveolares (e alvéolos): revestidos por epitélio simples plano, com células extremamente delgadas; • Lâmina própria na borda dos alvéolos apresenta feixes de músculo liso; ductos alveolares mais distais não apresentam músculo liso; • Matriz rica em fibras elásticas (distensão e contração durante a respiração) e fibras reticulares (suporte para capilares sanguíneos interalveolares e para a parede dos alvéolos, impedindo sua distensão excessiva) constitui o suporte para os ductos e alvéolos; • Alvéolos: ducto alveolar termina em um alvéolo único ou em sacos alveolares (vários alvéolos); constituem as últimas porções da árvore brônquica, sendo responsáveis pela estrutura esponjosa do parênquima pulmonar; • Parede constituída por uma camada epitelial fina que se apoia em tecido conjuntivo delicado (rede de capilares sanguíneos); • Septo interalveolar contém a rede capilar mais rica do organismo; • Ar alveolar é separado do sangue capilar por: citoplasma do pneumócito tipo I, lâmina basal dessa célula, lâmina basal do capilar e citoplasma da célula endotelial (geralmente as duas lâminas basais se fundem); • Liberação do CO2 a partir de H2CO3 é catalisada pela enzima anidrase carbônica existente nas hemácias; • Parede interalveolar é formada por 3 tipos celulares: a. Células endoteliais dos capilares: mais numerosas e com núcleo mais alongado que dos pneumócitos; endotélio contínuo (não fenestrado); b. Pneumócito tipo I (célula alveolar pavimentosa): núcleo achatado, fazendo uma saliência para o interior do alvéolo; citoplasma extenso e delgado, núcleos muito separados; apresenta desmossomos ligando células adjacentes; apresentam zônulas de oclusão que impedem a passagem de fluidos do espaço tecidual (interstício) para o interior dos alvéolos; Função: constituem uma barreira de espessura mínima para possibilitar a troca de gases e impedir a passagem de líquido; c. Pneumócitos tipo II (células septais): localizam-se entre os pneumócitos tipo I e formam desmossomos e junções unitivas com eles; são células arredondadas que ficam sobre a membrana basal do epitélio alveolar; aparecem em grupo nos pontos que as paredes alveolares se tocam; núcleo maior e mais vesicular; apresentam retículo endoplasmático granuloso desenvolvido e microvilos em sua superfície livre; possui corpos lamelares Camila Zanetti Turma 8 (originam o material que se espalha sobre a superfície dos alvéolos; esse material forma uma camada extracelular nos alvéolos – surfactante pulmonar); • Camada surfactante: hipofase aquosa e proteica, coberta por uma camada monomolecular de fosfolipídios, composta por dipalmitoilfosfatidilcolina e fosfatidilglicerol; Função: reduz a tensão superficial dos alvéolos, reduzindo a força necessária para a inspiração, facilitando a respiração; evita que os alvéolos entrem em colapso durante a expiração; • A camada surfactante não é estática (é renovada constantemente); moléculas lipoproteicas são removidas pelos pneumócitos por pinocitose e pelos macrófagos alveolares; • Fluido alveolar é removido para a porção condutora por movimento ciliar (corrente de líquido); esse líquido se mistura com o muco dos brônquios, formando o líquido broncoalveolar (auxilia a remoção de particular e substâncias prejudiciais que possam penetrar com o ar inspirado); • Poros alveolares: poros no septo interalveolar que comunicam dois alvéolos adjacentes; equalizam a pressão do ar e possibilitam sua circulação colateral quando um bronquíolo é obstruído; • Macrófagos alveolares (células de poeira): encontrados no interior dos septos interalveolares e na superfície dos alvéolos; os macrófagos alveolares localizados na camada surfactante que limpam a superfície do epitélio alveolar são transportados para a faringe, onde são deglutidos; • Vasos sanguíneos dos pulmões: vasos nutridores (sistêmicos) e vasos funcionais (pulmonares); • Circulação funcional: artérias e veias pulmonares; • Artérias pulmonares são do tipo elástico e de paredes delgadas (baixa pressão sanguínea); transportam sangue venoso para ser oxigenado nos alvéolos pulmonares; • Vênulas originam-se da rede capilar e correm isoladas pelo parênquima pulmonar, afastadas dos ductos condutores de ar; após saírem dos lóbulos, as veias contendo sangue oxigenado dirige- se ao hilo; • Vasos nutridores: artérias e veias brônquicas que levam o sangue com nutrientes e oxigênio para todo parênquima pulmonar; • Vasos linfáticos dos pulmões: a. Rede profunda: acompanham os brônquios e os vasos pulmonares, encontrados também nos septos interlobulares – dirigem-se todos para os linfonodos da região do hilo; b. Rede superficial: linfáticos da pleura visceral; • Pleura: serosa que envolve o pulmão; folheto visceral e parietal (contínuos na região do hilo); ambos folhetos são formados por mesotélio e fina camada de tecido conjuntivo que contém fibras colágenas e elásticas; • Os folhetos formam uma cavidade pleural virtual que contém apenas uma película de líquido (lubrificante);
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