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Simulado prática trabalhista - OAB

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA __ VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE MANAUS/AM
HEITOR SAMUEL SANTOS, brasileiro, solteiro, desempregado, data de nascimento, filho de Isaura Santos, portador da carteira de identidade n. 559, expedida pelo XXX, inscrito no CPF sob o n. 202, com CTPS sob o n. XXX, série XXX, PIS n. XXX, residente e domiciliado na Rua Sete de Setembro, casa 18 – Manaus/AM, CEP 999, endereço eletrônico: XXX, por sua advogada infra-assinada (procuração em anexo), com endereço profissional XXX e endereço eletrônico XXX, vem à presença de V.Exa., com fulcro no Art. 840, § 1º, da CLT c/c Art. 319 do CPC, aplicado subsidiária e supletivamente ao Processo do Trabalho, por força do Art. 769 da CLT e 15 do CPC, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA c/c TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
 Pelo procedimento ordinário, em face de FÁBRICA DE COMPONENTES ELETRÔNICOS NIMBUS S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n. XXX situada na Rua Leonardo Malcher, 7.070 – Manaus – Amazonas, sob o nº de CEP 210, pelos fundamentos de fato e de direito que passa a expor.
1) DOS FATOS:
 O reclamante trabalhou na fábrica da reclamada de 10/10/2012 a 02/07/2014, sendo dispensado sem justa causa, recebendo corretamente sua indenização. O reclamante é portador de deficiência e soube que, após a sua dispensa, não houve contratação de um substituto em condição semelhante.
 O e-mail pessoal do reclamante era monitorado pela empresa devido a um problema na plataforma institucional, algo acordado entre a reclamada e os empregadores. Em razão disso, a reclamada teve acesso a diversos escritos e fotos particulares do reclamante, inclusive conteúdo que ele não desejava expor a terceiros.
 Durante o contrato, o reclamante sofreu descontos a título de contribuição sindical e confederativa, mesmo não sendo sindicalizado. 
 O mesmo teve a CTPS assinada como assistente de estoque, mas, em parte do horário de trabalho, também realizava as tarefas de um analista de compras e trabalhava de 2ª a 6ª feira das 8:00 às 16:45, com intervalo de 45 minutos para refeição, e aos sábados das 8:00 às 12:00, sem intervalo.
 
2) FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA:
2.1) DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA – REINTEGRAÇÃO:
 O reclamante foi dispensado no dia 02/07/2014 sem justa causa e recebeu, corretamente, sua indenização. Ocorre que o Reclamante é portador de deficiência e soube que, após a sua dispensa, não houve contratação de um substituto em condição semelhante.
 Acontece que tal situação viola o que dispõe o Art. 36, § 1º, do Decreto 3.298/99, que determina que a dispensa imotivada de pessoa com deficiência em contrato por prazo indeterminado somente poderá ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência, algo que não ocorreu no caso em questão.
 Em razão disso, o reclamante deve ser reintegrado no emprego, e, subsidiariamente receber uma indenização correspondente, inclusive com o pagamento de todos os salários até o momento da reintegração.
 Ademais, estão presentes os requisitos para o deferimento da reintegração imediata do reclamante, já que o direito se apresenta como provável, e há perigo de dano, pois o reclamante está sem receber salário já que desempregado. Em razão disso, deve ser deferida a tutela provisória, nos termos do Art. 300 do CPC, para imediata reintegração do reclamante.
2.2) DANO MORAL:
 O e-mail pessoal do reclamante era monitorado pela empresa e, em razão disso, o empregador teve acesso indevido a diversos escritos e fotos particulares do depoente, inclusive conteúdo que o reclamante não desejava expor a terceiros.
 O monitoramento do e-mail pessoal do trabalhador pela empresa é ilícito, como observado no Art. 5º, X, da CRFB/88, visto que fere a sua intimidade. Acrescentando também os Arts. 223-B e 223-C da CLT, no que tange a ofensa na esfera moral, a honra, a imagem e a intimidade do reclamante.
 Razão pela qual querer a condenação da reclamada ao pagamento de danos morais no valor de R$ XXX, nos termos do Art. 223-G, § 1º e incisos, da CLT.
2.3) DEVOLUÇÃO DOS DESCONTOS:
 O reclamante sofreu descontos a título de contribuição sindical e confederativa, mesmo não sendo sindicalizado, ou seja, sem sua prévia e expressa autorização.
 A reclamada violou expressamente o disposto nos Arts. 579 e 582 da CLT, pois o desconto de contribuição está vinculado a prévia e expressa autorização, algo que não ocorreu por parte do reclamante.
 Razão pela qual requer a condenação da reclamada a devolução dos valores descontados indevidamente a título de contribuição sindical e confederativa no valor de R$ XXX.
2.4) ACÚMULO FUNCIONAL:
 O reclamante teve a CTPS assinada como assistente de estoque, mas, em parte do horário de trabalho, também realizava as tarefas de um analista de compras, violando, dessa forma, o que dispõe o Art. 468 da CLT.
 Dessa forma, o reclamante faz jus as diferenças salariais em virtude do acúmulo de função, razão pela qual requer o pagamento das diferenças salariais e reflexos. 
 Requer ainda a reedificação da CTPS quanto ao cargo e ao salário, na forma do Art. 29 da CLT.
2.5) HORAS EXTRAS:
 O reclamante trabalhava de 2ª a 6ª feira das 8:00 às 16:45, com intervalo de 45 minutos para refeição, e aos sábados das 8:00 às 12:00, sem intervalo. 
 A reclamada desrespeitou o direito ao intervalo de uma hora intrajornada do reclamante visto que a duração de seu trabalho contínuo excede 6 horas, como é previsto no Art. 71, caput da CLT.
 Dessa maneira, requer a condenação da reclamada ao pagamento de 15 minutos diários como hora extra, acrescidos de 50% no valor de R$ XXX, em virtude da não concessão do intervalo intrajornada mínimo para repouso e alimentação, previsto no Art. 71, § 4º, da CLT.
3) HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS:
 Requer o reclamante a condenação da reclamada em honorários advocatícios de 5% a 15% sobre o valor da condenação, de acordo com o Art. 791-A da CLT.
4) PEDIDOS: 
Ante o exposto requer:
Em face do exposto requer:
a) A citação da reclamada para, querendo, apresentar resposta à reclamatória trabalhista, sob pena de revelia;
b) A reintegração do reclamante ao emprego pois a dispensa do portador de deficiência não se fez acompanhar da contratação de outro em condição semelhante;
c) O pagamento de R$ XXX à título de danos morais em virtude do monitoramento indevido do reclamante;
d) A devolução da quantia de R$ XXX correspondente ao desconto efetuado à título de contribuição confederativa, pois o reclamante não era sindicalizado;
e) Acréscimo salarial de R$ XXX pelo exercício e função estranha ao seu mister;
f) A condenação da reclamada ao pagamento do intervalo intrajornada que não foi respeitado, pois suprimido 15 min de intervalo, com adicional de 50%, totalizando o valor de R$ XXX;
k) A condenação da reclamada ao pagamento dos honorários advocatícios.
5) PROVAS:
 Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, em especial, o depoimento pessoal do preposto da reclamada, documental e testemunhal, conforme Art. 319, VI, do CPC. 
6) VALOR DA CAUSA:
Dar-se-á o valor da causa em R$ XXX.
Nestes Termos, 
pede deferimento.
Local e data
Advogada
OAB

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