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Profª Ethel Santos Introdução a nutrição funcional Histórico DCNT, Ministério da Saúde do Brasil - políticas de enfrentamento com destaque para a alimentação saudável, através do incentivo ao aleitamento materno ao lado do Guia de Alimentação Saudável, da rotulagem dos alimentos e dos acordos com as indústrias para a eliminação das gorduras trans, e recentemente, para a redução de sal nos alimentos. HISTÓRICO Nesse contexto, surgem “os alimentos funcionais”, lançado no Japão através de um programa de governo que tinha como objetivo desenvolver alimentos saudáveis para uma população que envelhecia e apresentava uma grande expectativa de vida (Colli, 1998). HISTÓRICO O reconhecimento oficial dos alimentos funcionais, no Brasil, ocorreu em 1999, quando a regulamentação técnica para análise de novos alimentos e ingredientes foi proposta e aprovada pela vigilância Sanitária/ MS (IMeN, 2009) CONCEITO São usados na alimentação normal, porem demonstram benefícios fisiológicos ou reduzem os riscos de doenças crônicas (HASLER, 1998). Os alimentos e ingredientes funcionais podem ser classificados de acordo a fonte podendo ser de origem vegetal ou animal e também quanto ao benefício que oferece a saúde, atuando no sistema gastrointestinal, no sistema cardiovascular, no metabolismo de substrato, no crescimento e desenvolvimento e diferenciação celular, no comportamento das funções fisiológicas e como antioxidante (SOUZA, 2003; CÂNDIDO, 2005). CONCEITO O termo funcional aplicado aos alimentos tem adotado uma conotação diferente que é a de proporcionar um benefício fisiológico adicional, além de satisfazer as necessidades nutricionais básicas (ADA, 2004). CLASSIFICAÇÃO De acordo com ANVISA a alegação de propriedade funcional é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento e na manutenção do organismo. Já a alegação de propriedade de saúde é aquela que sugere ou implica a relação entre alimento ou ingrediente e a doença ou condição relacionada à saúde (BRASIL, 1999). PROPRIEDADES PROPRIEDADES SAÚDE: “É aquela que afirma, sugere ou implica a existência de relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde” Tabela 1- Alegações de propriedades funcionais e de saúde aprovadas pela ANVISA Componente Alegação Ácidos graxos ômega 3 manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos Licopeno ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Luteína ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Beta Glucana (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de colesterol. Componente Alegação Frutooligossacarídeos (FOS) contribuem para o equilíbrio da flora intestinal Inulina Contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Lactulose auxilia o funcionamento do intestino. Psyllium (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de gordura. Quitosana auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol. Fitoesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Probióticos O (indicar a espécie do microrganismo) (probiótico) contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Bifidobacterium lactis contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Bifidobacterium animallis O Bifidobacterium animallis (probiótico) auxilia o funcionamento do intestino. Proteína de soja O consumo diário de no mínimo 25 g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol. LEGISLAÇÃO Em 1999 a Anvisa aprovou uma regulamentação com diretrizes básicas para avaliação do risco e segurança dos alimentos, Resolução n° 17/99, de procedimentos para registro de alimentos e novos ingredientes, Resolução n° 16/99, das diretrizes básicas para análise e comprovação de alegação de propriedade funcional ou de saúde utilizadas em rotulagem de alimentos, Resolução n °19/99; e dos procedimentos para registro de alimento com alegação de propriedades funcionais ou de saúde, Resolução n°19/99 (STRINGHETA et al, p. 183, 2007). LEGISLAÇÃO Um produto não necessita deste registro para ter em sua composição um nutriente “funcional” – proteína de soja, fibras alimentares ou outros – este registro é necessário para que uma empresa alegue – na embalagem de um produto ou em campanhas publicitárias – que seu produto contém propriedades funcionais – dizeres como fonte de fibras ou auxilia na redução do colesterol, por exemplo. LEGISLAÇÃO Os critérios para avaliação das alegações de propriedade funcionais ou de saúde nos alimentos seguem as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira, de acordo com a Política Nacional de Alimentação e Saúde, alicerce da política pública de saúde do Brasil específica para a área de alimentação e nutrição (STRINGHETA, 2007, p.182). LEGISLAÇÃO E NORMAS O relatório técnico-científico (RTC) exigido pela Anvisa (1999) - através da Resolução nº 18/1999 - requer: a) Consumo previsto ou recomendado pelo fabricante b) Finalidade, condições de uso e valor nutricional c) Evidências científicas aplicáveis à comprovação da eficácia da alegação de propriedade funcional ou de saúde LEGISLAÇÃO E NORMAS São evidências científicas aplicáveis, conforme o caso: a) Descrição científica dos ingredientes do produto b) Composição química com caracterização molecular c) Ensaios bioquímicos, clínicos, nutricionais, fisiológicos e toxicológicos d) Estudos epidemiológicos e) Ensaios clínicos f) Evidências abrangentes da literatura científica, organismos internacionais de saúde e legislação internacionalmente reconhecida sobre as LEGISLAÇÃO g) Comprovação de uso tradicional, observado na população, sem associação de danos à saúde. h) Informações documentadas sobre a aprovação de uso do alimento ou ingrediente em outros países, blocos econômicos, Codex Alimentarius e outros organismos internacionalmente conhecidos. LEGISLAÇÃO A ANVISA reconhece até o momento, as seguintes alegações: a) Ácidos graxos– Ômega-3 b) Carotenóides – Licopeno, Luteína,e a xantina c) Fibras Alimentares – Fibras Alimentares, Dextrina Resistente, Frutooligossacarídeo, Goma Guar Parcialmente Hidrolisada, Inulina, Lactulose, Polidextrose, Beta Glucana, Psillium, d) Fitoesteróis – Trata-se de uma substância com estrutura molecular próxima a do colesterol LEGISLAÇÃO capacidade de reduzir os níveis de colesterol “ruim”. Encontrado em pequenas quantidades nos produtos in natura; recomenda-se o uso de produtos artificialmente enriquecidos com a substância, como margarinas, para a obtenção de melhores resultados. e) Proteína de Soja – De acordo com a ANVISA seu consumo pode ajudar a reduzir o colesterol. LEGISLAÇÃO f) Quitosana – Uma fibra extraída da casca de animais marinhos como o camarão e a lagosta, ela possuí propriedades místicas de absorção de gordura que possibilitam a perda de até 250 calorias por dia e 5 quilos em um mês. A ANVISA afirma que seu consumo auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol quando associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. LEGISLAÇÃO g) Polióis – Manitol, Xilitol, Sorbitol – Um tipo de açúcar que atua no controle da acidez. Além de ser utilizado para procedimentos cirúrgicos como endoscopia, a ANVISA libera o seu uso em chicletes sem açúcar. h) Probióticos – Uma lista de dez microorganismos que supostamenteproporcionam um melhor funcionamento do intestino. LEGISLAÇÃO Foram modificadas algumas das regras para registro, proibindo-se neste momento, conforme informa Stringheta (2007, p.184) as seguintes alegações anteriormente aprovadas: a) Cafeína b) Sorbitol, xilitol e manitol c) Estearato de sódio d) Bicarbonato de sódio e) Ômega 6 LEGISLAÇÃO f) Ácidos graxos monoinsaturados e poliinsaturados (em óleos vegetais) g) Em compostos líquidos prontos para consumo A entrada dos alimentos funcionais no Brasil Necessidade econômica e a demanda por alimentos com propriedades benéficas ao organismo. Inovação tecnológica: desenvolvimento e/ou adequação de produtos e processos guiados pelas novas tendências do mercado consumidor final REGULAMENTAÇÃO Ao aplicar essas classificações ao objeto deste estudo, observa-se que quando surgiram na década de 1990, os alimentos funcionais encontraram diversos obstáculos como a questão de segurança alimentar (regulamentação), custos de análises clínicas para novos produtos, custos de pesquisa e desenvolvimento, falta de conhecimento dos consumidores, tempo necessário para colocar o produto no mercado e incerteza quanto ao melhor design e preço para ele. Empresas e produtos funcionais EMPRESA PRODUTO/MARCA CARACTERÍSTICAS UNILEVER Linha Ades: sucos de soja. Linhas Becel: margarina, óleo de girassol, molho cremoso, creme vegetal Pro-activ, margarina, azeite de oliva, creme vegetal sabor manteiga. Óleos vegetais com gorduras poli- insaturadas, fitoesteróis, folic B. Extrato de soja líquido nas versões original adoçado com açúcar e light Combatem o mau colesterol, doenças do coração. NESTLÉ Linha Molico: iogurte light, cereal matinal Nesfil Actifibras. Linha Zero: Tentação zero, Chocolate classic zero, NUTREN® Active. Natural e mel, Flocos de trigo integrais, arroz e milho. Contém 25 vitaminas e minerais, possui Prebio 1, que contribui com a saúde do sistema digestivo ITAMBÉ Iogurte Plenus Contém o Bifidobacterium lactis e o Lactobacillus acidophilus contribuem para o equilíbrio da flora intestinal e auxiliam no bom funcionamento do intestino DANONE Iogurte Activia Linha Actimel Iogurte Danacol Alimento probiótico, fermento lácteo que ajuda a reforçar e defender o organismo. Contém, além dos fermentos lácticos cativos, adições de esteróis vegetais, ajudando a diminuir o colesterol de forma natural. SADIA Linha Soja Vita e Qualy fibras margarina. Produto formulado com proteína isolada de soja e proteína concentrada de soja. PERDIGÃO Linha light & elegant, linhas à base de soja: salsicha vegetal, hambúrguer vegetal, mini kibe vegetal, cordon verde vegetal recheado com creme, champignon e patitas vegetal. Carne de peru com baixo teor de sódio. Produtos da linha vegetal à base de soja. BATAVO Linha Pense Light: Iogurte Bio Fibras Batavo. Lactobacilos funcionais, 0% de gordura e colesterol e enriquecida com fibras. MERCADO DE FUNCIONAIS NO BRASIL Em 2009, dados da Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) já apontavam que o mercado de alimentos funcionais movimentaria um montante de R$ 565 milhões. MERCADO DE FUNCIONAIS NO BRASIL Esse estímulo comercial da área de Alimentos Funcionais pode ter várias explicações (HASLER, 1998): Avanços científicos que demonstram claramente a relação entre dieta e saúde; interesse crescente dos consumidores pela saúde e bem- estar; despesas cada vez mais altas com saúde (remédios, custos hospitalares); envelhecimento da população; avanços tecnológicos que permitem o desenvolvimento de produtos especiais na indústria de alimentos; mudança na regulamentação, com ambiente atual mais favorável à aprovação de produtos voltados à saúde. ROTULAGEM A maneira mais indicada e cientificamente correta de rotular e comercializar um alimento funcional deve ser tomar por base as alegações de saúde aprovadas pela FDA nos termos do Nutrition Labeling and Education Act (NLEA, 1994). Essas alegações de saúde autorizadas segundo o NLEA são pareceres que descrevem a relação entre uma substância alimentícia e uma doença ou outra condição de saúde (isto é, uma relação de “redução de risco”). PROPRIEDADES Dentre os principais benefícios gerados por esse tipo de produto, destacam-se: reforço dos mecanismos de defesa imunológicos, prevenção ou tratamento de alguma doença ou disfunção, melhoria das condições físicas e mentais, do estado geral de saúde e retardam em todo processo de envelhecimento orgânico ( BUTTRISS, 2000). A COMERCIALIZAÇÃO O conjunto de alimentos diet & light e funcionais representa cerca de 6% da produção nacional da indústria de alimentação. Atualmente, existem cinco segmentos de mercado onde pode-se encontrar alimentos funcionais: bebidas, produtos lácteos, produtos de confeitaria, produtos de panificação e cereais matinais. ALIMENTOS FUNCIONAIS NO EXERCÍCIO FÍSICO E NA ESTÉTICA Saúde do sistema muscular e esquelético: Os alimentos deste segmento apresentam funcionalidades de regeneração e desenvolvimento muscular e manutenção de ossos e juntas (tendões). Controle do peso: Os alimentos para controle do peso apresentam características de reduzir a absorção de certas substâncias principalmente gordura e promover aaceleração do metabolismo aumentando a queima de calorias. Nutrição Funcional Estuda a individualidade bioquímica do paciente e mapeia os desequilíbrios nutricionais. Para isso são levados em consideração as interconexões metabólicas, que envolvem interações neuroendócrinas, processos de detoxificação hepática, ecologia gastrointestinal, estresse oxidativo, sistema imunológico e interações corpo e mente. A Nutrição das células de forma equilibrada e funcional, favorece o equilíbrio metabólico, levando a melhora dos objetivos esperados pelo tratamento. Princípios da Nutrição Funcional 1-Individualidade bioquímica 2-Tratamento centrado no paciente (sintomas e suas origens) e não só na doença . 3-Equilíbrio nutricional dentro das células (Nutrição Celular). 4-Favorecer uma adequada Biodisponibilidade dos Nutrientes (Ingestão, Digestão, Absorção, Transporte, Utilização e Excreção de forma correta). 5-Saúde (Equilíbrio Físico, Mental e Emocional) Mecanismo de ação e efeitos biológicos dependentes de enzimas Vias bioquímicas e fisiológicas pelas quais interagem com os componentes celulares e teciduais para realizar um efeito biológico. As enzimas de fase I, que incluem as enzimas da família do citocromo P-450 dependentes de monoxigenases são chamadas de ativadoras. E as enzimas de fase II, como as glutationas, quinona redutase, UDP-glucuronosil transferase, dentre outras, como glutationa, ácido glucurônico, formando produtos não tóxicos, são chamadas de destoxificadoras Alimentos Funcionais Aminoácidos, proteínas, lipídios polinsaturados, fibras, probióticos,vitaminas e minerais, entre outros compostos bioativos são utilizados como ingredientes funcionais na elaboração de novos alimentos para grupos específicos na população. Alimentos Funcionais no Esporte Diferentes modalidades esportivas, diferentes vias metabólicas – seleção específica Até 2009 : repositores hidroeletrolíticos ou isotônicos, repositor energético, suplemento energético para atletas, compensador para atletas, alimento proteico para atletas e bebida energética. Alimento para atleta (ANVISA/2010)Desenvolvimento de alimentos funcionais Etapas 1ª - dieta, alimento, hábito alimentar + disfunção específica população 2ª - ingrediente funcional + população alvo +foco no alimento 3ª - definição da dosagem do ingrediente funcional (consumo médio diário do alimento) 4ª - comprovação científica da eficiência 5ª MS e/ou MA – registro e autorização para comercialização Alimento Funcional Alimentos Funcionais No desenvolvimento de alimentos funcionais levar em consideração a necessidade do cliente , o benefício para sua saúde e a biodisponibilidade do nutriente AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA Hemograma completo Glicemia (controle glicêmico- HbA1c, insulina) Lipidograma Minerais: sódio, potássio, cálcio, fósforo Função renal Função hepática Ferritina e ferro sérico Transferrina IL-1 e IL-6, TNF, Proteína C reativa (marcadores inflamatórios) Vitaminas do complexo B e as lipossolúveis Biomarcadores do alimento Os biomarcadores são ferramentas capazes de detectar agressão ao alimento por substâncias químicas. Os biomarcadores são indicadores bioquímicos, fisiológicos ou histológicos de exposição, em níveis suborgânico e orgânico. Para se determinar a relevância e a validade dos biomarcadores, é preciso avaliar três tipos de correlações: exposição-dose, efeito biológico-doença e suscetibilidade- doença. Biodisponibilidade dos compostos bioativos Fatores: vitaminas e minerais Temperatura, ph, umidade, processos Saúde intestinal Composição do alimento Forma de apresentação Interações Biodisponibilidade do composto bioativo Liberação dos compostos da matriz do alimento, a extensão da absorção e o seu papel real no organismo: a distribuição; o metabolismo, e, portanto, mais suscetíveis à última etapa, que é a excreção pelas vias renal, biliar ou pulmonar. Biodisponibilidade dos Polifenóis Diversidade estrutural, que influencia em sua biodisponibilidade. Ácidos fenólicos são facilmente absorvidos pelo intestino. Entretanto alguns flavonóides de alto peso molecular, como as proantocianidinas, são pouco absorvidos. As formas agliconas (livres de açúcar) podem ser diretamente absorvidas pelo intestino delgado. Aqueles na forma de ésteres e glicosídios ou, ainda, polímeros que não podem ser absorvidos em sua forma nativa. Proteínas e polissacarídios interferem na absorção CONSUMO DE POLIFENÓIS Ingestão mínima de 1g/dia Flavonóides os mais comuns -1/3 da ingestão A ingestão dietética de flavonóides pela população brasileira é de 60 a 106 mg/dia Biodisponibilidade dos Glicosinolatos Constituem um grupo de compostos biologicamente inativos que deve ser hidrolisado para exercer atividade biológica tanto nas plantas quanto nos seres humanos. Fontes: couve, o repolho, o brócolis, a couve-flor e a couve de Bruxelas. Fatores que afetam sua biodisponibilidade : a espécie e o cultivar da planta em questão, o tipo de tecido, a idade fisiológica e a saúde da planta, os fatores ambientais (como as práticas agronômicas, os defensivos agrícolas, as condições climáticas) e o ataque de insetos e de microorganismos; estocagem e processamento. Biodisponibilidade dos Carotenóides A presença de fibras na dieta, particularmente as pectinas, falta de lipídios e inadequada produção de bile. Estão associados a proteínas, fibras e polissacarídios. Biodisponibilidade de 10 a 50% Toxicidade Consumo de suplementos e alimentos fortificados. CODEX Alimentarius – padrão de qualidade Deficiências – vitaminas e minerais Os modismos COMPLEMENTANDO Concentração e consumo de FOS em alimentos Consumo diário de alimento (g/kg/dia) Consumo diário médio de FOS em peso úmido Alimento Umidade Peso seco Peso úmido FOS em peso seco (%) g/kg/dia mg/dia Banana 76 0.224 0.933 0.30 2.80*10 -3 164.95 Cevada 11 0.057 0.064 0.15 9.66*10 -5 5.69 Alho 61 0.001 0.002 0.60 1.17*10 -5 0.69 Mel 17 0.015 0.018 0.75 1.38*10 -4 8.11 Cebola 89 0.002 0.018 0.23 4.00*10 -5 2.36 Arroz 11 0.004 0.005 0.50 2.26*10 -5 1.33 Açúcar mascavo 2 0.011 0.011 0.30 3.22*10 -5 1.90 Tomate 93 0.492 7.029 0.15 1.05*10 -2 620.99 Total 1.37*10 -2 806.02 Fitoquímicos Função antioxidante Flavonóides Polifenólicos: Antocianinas, catequinas,isoflavonas, quercitina, hesperidina , naringina entre outros. Algumas fontes: couve,cenoura, uva, morango,repolho, berinjela, alho,linhaça, maçã, nozes, pimenta, chás entre outros FITOQUÍMICOS Flavonóides Licopeno Limoneno Esteróis Capsaicina Alimentos:castanha do pará, azeite de oliva, pimenta,aveia,cenoura, aveia,, peixe, tomate, chá verde, soja, uva, berinjela, beterraba, hortelã, gengibre, maracujá, manjericão LEVEDURA DE CERVEJA Proteínas de fácil digestão – aminoácidos essenciais 17 sais minerais Vitaminas do complexo B, Vitamina D PELE GÉRMEN DE TRIGO Ferro, magnésio, vitaminas B e E Funções:digestão, função intestinal,sistema nervoso Contraindicado: hipertensão QUITOSANA CRUSTÁCEOS Controle do peso absorção da gordura intestinal Alimento Funcional “ Qualquer alimento que produza um impacto positivo na saúde, performance física ou comportamental dos indivíduos, além de contribuir com seu valor nutricional.” SER UM ALIMENTO SER CONSUMIDO COMO PARTE DA DIETA DIÁRIA TER UMA FUNÇÃO ESPECÍFICA Nutracêuticos: Têm o mesmo potencial que os funcionais, no entanto são substâncias isoladas dos alimentos e que se comercializam para dosagem. critérios para que um alimento seja funcional: Exercer efeito metabólico ou fisiológico que contribua para a saúde física e para a redução do risco de desenvolvimento de doenças crônicas; Fazer parte de uma alimentação usual; Os efeitos positivos devem ser obtidos com qts não tóxicas e devem persistir mesmo após suspensão de sua ingestão; Os alimentos funcionais não são destinados a tratar ou curar doenças. • composição química; • ensaios clínicos e bioquímicos; • ensaios nutricionais e/ou fisiológicos e/ou toxicológicos; • estudos epidemiológicos; • evidência na literatura ou comprovação de uso tradicional; • aprovação em outros países. Critérios para comprovação de propriedades funcionais • Consumo previsto ou recomendado pelo fabricante. • Evidências científicas aplicáveis. Aquela que afirma, sugere ou implica a existência de relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde Aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADE FUNCIONAL ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADE DE SAÚDE Portarias nº 18 e 19 de 1999 da ANVISA ALIMENTOS FUNCIONAIS Exemplos de princípios bioativos em alimentos funcionais Soja Muitas classes de anticarcinogênicos têm sido identificados na soja: inibidores protease, fitosteróis, saponinas, ácidos fenólicos, ácido fítico, isoflavonas. Ação terapêutica em doenças cardiovasculares, câncer, osteoporose, alívio dos sintomas da menopausa. 25 g/ dia proteína de soja reduz em média 9,5% colesterol total, 12,5% LDL e 10,5% triglicerídeos Exemplos de princípios bioativos em alimentos Aveia Contém fibras solúveis -glucanas reduzem o colesterol total e o LDL 3 gramas de -glucana (~60 g flocos de aveia/ dia) para reduzir 5% colesterol Frutas cítricas Fonte de Vitamina C e limoneno é anticancerígenoC Intestino FIBRAS DIETÉTICAS PROBIÓTICOS PREBIÓTICOS Principais Nutrientes utilizados como funcionais PUFA’s OUTROS VITAMINAS MINERAIS OXIDAÇÃO FITOQUÍMICOS FITOESTERÓIS AA POLIFENÓIS BACTÉRIAS LÁCTICAS INULINA FIBRAS Alimentos Componentes alimentares Benefícios para a saúde Brócolis, couve de bruxelas, repolho, couve-flor, rabanete Sulfurafane e outros isotiocinatos Prevenção do câncer Chá verde Epigalocatecina e galato Redução do câncer e dçs do coração Tomate, cenoura, espinafre, batata-doce, frutas cítricas, inhame e melão Carotenóides Redução de doenças do coração e câncer leite Lactoferrina Estímulo do sistema imune, agente antimicrobiano e restabelec. Das feridas gastrointestinais Produtos lácteos Ácido linoléico conjugado Prevenção do câncer e da arterioesclerose Soja e seus derivados Genisteína, daidzeína e outras isoflavonas Redução dos sintomas da menopausa, osteoporose, câncer e dçs do coração Cebola e alho Alicina e dissulfido dialil Prevenção do câncer, estímulo da função imune, varredor de radicais livres, reduz o colesterol e os TGC séricos Alho, aspargo e chicória Oligossacarídeos não digeríveis Estímulo da função imune, inibição da tumorigênese e redução do colesterol sérico Algas e peixes Ácidos graxos ômega 3 Redução do colesterol sérico e de dçs do coração e possui atividade imunossupressora Vegetais e frutas cítricas Cumarinas Redução da coagulação sgn e atividade anticancerígena Principal fonte : AVEIA Outras fontes : Cevada LDL- COL do plasma -GLUCANOS ingestão de -glucanos da aveia integral Menor risco de DCV Alegação comprovada pelo FDA RDA para DCV = 3g/d de fibra solúvel derivada da aveia integral 1º produto aprovado no Brasil como alimento funcional “Ajuda a promover níveis saudáveis de colesterol” Alimentos Funcionais Aprovados FITOESTERÓIS VINHO TINTO “Ajuda a diminuir o pH reduzindo a placa bacteriana” Alimentos Funcionais Aprovados A alegação deve estar associada a uma frase que recomende bons hábitos de higiene bucal e alimentar. GOMA DE MASCAR CONTENDO XYLITOL “Neutraliza os ácidos que danificam os dentes”. “Especificamente desenvolvido para períodos de maior desgaste.” Alimentos Funcionais Aprovados COMPOSTO LÍQUIDO A BASE DE TAURINA, CAFEÍNA, INOSITOL E GLUCORONOLACTONA “Melhora capacidade de concentração”. “Aumenta a velocidade de reação.” A C E B6 fólico B12 B1 Zn Fe Outros Alimentos Funcionais Aprovados QUITOSANA OU FIBRA DE CRUSTÁCEO FRUTOOLIGOSSACARÍDEOS E INULINA PSILIUM (PLANTAGO OVATAE) AZEITE DE OLIVA FIBRA DE TRIGO GUARANÁ AVEIA (- GLUCANA) Aveia – beta-D-glucana – (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. É um tipo de fibra solúvel que, além da redução do colesterol, parece ter um possível efeito protetor no desenvolvimento do câncer de cólon e diminuição da absorção da glicose em diabéticos. (40g de farelo de aveia ou 60g de farinha de aveia fornecem quantidades de beta- D-glucana com ação efetiva.) Soja – Isoflavona Redução do risco de doença cardiovascular: reduz o LDL (colesterol ruim) e aumenta o HDL (colesterol bom). Outras ações estão sendo investigadas, como redução no risco de alguns tipos de câncer, principalmente os que são “alimentados” por hormônios. Parece contribuir para atenuar os sintomas da menopausa. Tomate – Licopeno O licopeno tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Age como “varredor” de radicais livres. Os tomates mais vermelhos, que apresentam maior concentração da substância. Peixes de água profunda e linhaça – Omega 3 – O consumo de ácidos graxos ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos. É um tipo de gordura que faz parte da membrana das células. Além da diminuição de triglicérides e consequente redução do risco de doenças cardiovasculares, também é importante para o desenvolvimento do cérebro e visão do feto e está sendo investigada em doenças de caráter inflamatório, como artrite ou auto-imune. Hortaliças – Luteína –A luteína tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Protege principalmente a visão contra a ação dos radicais livres, especialmente na redução do risco de desenvolvimento de catarata e degeneração macular. Chocolate amargo - Polifenóis - O chocolate com alto teor de cacau (mínimo de 70%) é rico em substâncias de ação antioxidante – epicatequinas e catequinas. O poder antioxidante neutraliza os efeitos de danos celulares causados pelos radicais livres, que estão ligados a processos degenerativos como o câncer e o envelhecimento. O chocolate amargo pode conter até 3.600 microgramas de polifenóis do cacau e o chocolate ao leite 100 microgramas (por 100 gramas de chocolate). SIMBIÓTICOS Probióticos + prebióticos São alimentos funcionais que em geral devem conter um componente prebiótico que favoreça o efeito do probiótico associado. Exemplos de alimentos simbióticos: Bifidobactérias com galactoologossacarídeos Bifidobactérias com frutooligossacarídeos Lactobacilli com lactilol Fator muiltiplicativo: ação com maior eficiência Critérios para seleção de probióticos (Fooks, 1999): Probióticos “ microorganismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio microbiano intestinal produzindo efeitos benéficos a saúde do individuo ” (Fuller,1989 e Guarner, 2000) Probióticos I) origem humana II) resistência ao suco gástrico IV) resistência à bile V) resistência à lisozima IV) o produto deverá conter números elevados do microrganismo: resistir condições de processamento. III)capacidade de aderência à mucosa Prebióticos • Ingrediente alimentar não digerível e seletivo. • Não hidrolisados nem absorvidos no intestino delgado • No intestino grosso são fonte de Carbono para bactérias bífidas FATORES BIFIDOGÊNICOS Nutrientes que afetam beneficamente o organismo, estimulando seletivamente o crescimento de um número limitado de bactérias probióticas do trato intestinal, beneficiando a saúde Características de um prebiótico: Antagonista do crescimento de patogênicos. Impedem reabsorção de compostos aminados indesejáveis Desconjugação de ácidos biliares Recuperação mais rápida nas crises de Crohn:melhora da permeabilidade intestinal Efeito positivo em câncer, diminuição de doenças coronárias Efeitos nutricionais Estimulação do sistema imunológico Atividade antimutagênica Benefícios dos prebióticos Benefícios dos Probióticos e Prebióticos Benefícios dos probióticos Fonte de carbono de baixa cariogenicidade Aumento de bifidobactérias Aumento da produção de ácidos graxos voláteis Redução do colesterol e triglicerídeos no sangue Balanceamento da microbiota intestinal saúdavel OLIGOSSACARÍDEOS PREBIÓTICOS: modificam propriedades Modificação no “flavour” Características físico-químicas Aplicação em alimentos Oligossacarídeos mais conhecidos Inulina Galactooligossacarídeos Transgalactooligossacarídeos Isso-maltooligossacarídeos Lactulosa Lactilol Frutooligossacarídeos Rafinose e estaquiose (soja) OBRIGADA !
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