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Resenha_Crítica - Avaliação de Empresas, Fusões e Aquisições (André Luiz de Almeida Albuquerque)

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Resenha Crítica de Caso 
André Luiz de Almeida Albuquerque
Trabalho da disciplina de Avaliação de Empresas, Fusões e Aquisições
Tutor: Prof. Katia Pinto Da Silva
Campo Grade, Ms
2020
1
AVALIAÇÃO DE EMPRESAS E CUSTO DE CAPITAL
Referência: 
LUEHRMAN, Timothy A. Economia Financeira do Custo de Capital. Harvard Business School, novembro 20, 2011. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/downloadArquivo.asp?CodAnexo=46734&NomeArquivoSistema=Biblioteca_46734&NomeArquivo=Caso%20Harvard%20Avaliando%20Empresas.docx&IdCurso=POS683.
O presente caso concreto remete as três formas de análise de como calcular o custo de capital, com vistas a avaliação de uma empresa, já que se trata de um senso comum entre os analistas, a mera observância do desconto dos fluxos de caixa da mesma.
A primeira forma de análise é inerente a economia financeira do custo de capital, a qual refere-se à taxa de desconto que é aplicada ao se avaliar o fluxo de caixa que é descontado de uma empresa, cujo mesmo, denota o custo de oportunidade de fundos relacionados a entidade comercial ora avaliada, sendo este o rendimento esperado sobre o eventual investimento alternativo, só que com risco idêntico.
Uma vez definido o custo de capital como o de oportunidade, estes não devem ser definidos pelo tesoureiro da empresa, como um custo completo de fundos, para fins de comparação de fontes alternativas de financiamento, visto que os mercados de capital sempre serão os mais importantes em um contexto de avaliação e captação de financiamento, devendo tal profissional levar em consideração que há entidades que se autofinanciam e que utilizam os recursos de terceiros como a ultima das alternativas, já que o mercado em questão, representa em grande parte a seara de atuação dos investidores como oportunidades de investimentos competitivos, já que o mesmo apresenta oportunidade genuína de compra e venda de todos os tipos de ativos.
O custo de oportunidade é composto pelo valor cronológico e o prêmio de risco, cujo primeiro remete aos investidores conservadores, que buscam remuneração a longo prazo e sem correr riscos. Já o prêmio ora citado refere-se ao incremento no ganho pela submissão a elevação do grau de risco que o mercado oferece ao se investir, ou seja, quanto mais arriscado for o ativo, maior será o prêmio, cuja fixação do seu preço se dá pelo CAPM – Capital Asset Pricing Model, que normatiza o prêmio, em termos de retorno, como não diversificável ou sistemático.
A segunda forma de análise, remete as considerações práticas quanto ao cálculo do custo de capital da empresa que está sendo avaliada, a qual já conta com tempo de atividade no mercado e com as suas atividades em pleno andamento, portanto, tal análise deverá ser observado o valor de mercado da dívida e não somente a verificação em livros do estabelecimento, visto que o mesmo pode possuir distorções que resultem em informações não fidedignas as que representam similaridade com o valor de mercado. Já o custo da dívida da empresa ora avaliada, deve ser dimensionada com base no rendimento esperado sobre a obrigação que foi negociada à taxa fixa, bem como a longo prazo, já que estima-se que a entidade objeto da análise está com as atividades em pleno andamento e que possuirá longevidade em seus negócios.
No que concerne ao custo de capital, este é estimado em termos práticos, através da tomada de rendimento em contrapartida ao vencimento sobre o bônus do Tesouro, também à longo prazo, ou seja, o mesmo é adotado como uma taxa sem risco.
Finalizando, a terceira análise fundamenta-se em vertentes e aprendizados práticos, inerentes a variáveis e aspectos de mercado como a alavancagem e modelos de cálculos pré-programados usados por corporações, consultores, avaliadores, auditores e outros conselheiros. No que se refere a alavancagem, ao se elevar a mesma, o custo de dívida e de capital também aumentam, já quanto aos modelos pré-programados, estes devem ser observados com cautela, visto que os mesmos por serem baseados em folhas eletrônicas de trabalho, ajustam parte de suas variáveis pelo efeito dos escudos fiscais por juros, desconsiderando as demais variáveis, inclusive os devidos ajustes com base em custos de dificuldades financeiras.
Desta forma, o custo de capital não alavancado é uma referencia útil, por ter menos tendência ao erro que os chamados cálculos-padrão podem apresentar, visto que há poucas partes móveis, restando assim, apenas uma variável específica de projeto, como sendo, a variável beta de ativos, o qual mede o risco sistemático do mercado de capital.
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