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TEORIA DE TRANSIÇÃO Mary Parker Follett (1868-1933) Mary Follett pertenceu à era da administração científica; filósófica e intelectuamente, ela foi menbro da era do ser social. Em 1920, Mary Follett publicou um livro chamado: The New State, onde apresentou a seguinte teoria: ' Nós encontramos o homem verdadeiro somente na organização do grupo. As potencialidades do indivíduo permanecem até que elas sejam liberadas pela vida do grupo.' O principio do grupo: Estava em ser a nova psicologia e foi desenvolvida para substituir as velhas idéias de que o indivíduo pensa, sente e age independentemente. De acordo com o principio do grupo, Follett concluiu que "a verdade individual é a ve rdade do grupo" e que "o homem não pode ter direitos fora da sociedade ou independente da sociedade ou contra a sociedade". Segundo ela, os problemas enfrentados pelos gerentes das industrias eram os mesmos dos administtadores do serviço público: poder, controle, participação e conflito. Mary Follett foi a primeira estudiosa a analisar a motivação humana, partindo de valores individuais e sociais. A administração precisa compreender as pessoas, os grupos e a comunidade. O objetivo da ação administrativa é conseguir a interação das pessoas e a coordenação das suas atividades. Na sua opinião, a coordenação era o núcleo central da administração, e ela chamou a atenção disto por meio de quatro principios: 1. coordenação pelo contato direto - entre os diversos níveis na organização; 2. coordenação do processo de planejamento - que deve envolver os participantes desde o início do processo; 3. coordenação pelos relacionamentos recíprocos - em que todas as partes influenciam e são influenciadas por outras partes; 4. coordenação como um processo contínuo - que não deve ter fim, como função administrativa nas organizações. A Lei da Situação Um dos aspectos mais originais concebidos por Follett foi a Lei da situação. Para ela, a situação concreta é que governa as ordens a serem dadas e a atenção que as pessoas darão a estas ordens. Deviam ser afastados as pessoas subjetivas que são da vontade do chefe, deixando que a situação determine o que é certo e o que é errado. Essa lei produziria a unidade e a integração do trabalho (uma pessoa não deve dar ordens a outra pessoa, mas ambas devem concordar em receber ordens da situação). Essa idéia modificou o pesamente tradicional de lideranças; o líder precisa estar consciente do grupo no qual trabalha e deve se preocupar em obter a melhor contribuição pissivel de cada um. O líder deve fortalecer a coesão do grupo mais do que exprimir o seu poder pessoas. "O verdadeiro líder não tem seguidores, mas pessoas trabalhando com ele", disse Follett. Mary Follett tinha grande preocupação com o modo em que as organizações resolviam seus problemas. Ela estabeleceu a hipótese de que qualquer conflito de interesses poderia ser resolvido de uma dentre quatro maneiras: 1. a submissão voluntária de um dos lados; 2. a luta e a vitória de um lado sobre o outro; 3. um acordo entre as partes; 4. a integração dos objetivos/interesses. Em resumo, os aspectos relevantes da filosofia de Mary Follett que têm sido explorados são: A redução do conflito, através de uma interação de itneresses; A obediência à lei da situação, para a interação do trabalho; A elaboração de processos psicológicos básicos, para a interação dos individuos no grupo de trabalho; Chester Irving Barnard (1886-1961) Chester Barnard foi um sociólogo de organizações sem portfólio, que por mais de 30 anos trabalhou na American Telephone and Telegraph (AT & T). Atuou também, dentre outras organizações, na Rockfeller Foundation, que presidiu por quatro anos. Inspirado nas obras de Mayo, Follett e outros, o trabalho de Barnard consistiu na análise lógica da estrutura da organização e na aplicação de conceitos sociológicos da administração. A Natureza do Sistema Social Cooperativo O trabalho mais importante de Chester Barnard foi a publiscação de livro The Functions of he Executive, em 1938, que tinha uma dupla finalidade Formular uma teoria de organização e cooperação, e Apresentar uma descrição do processo executivo. Barnard desenvolveu estudos e teorias de organizações cujo propósito era estimular o exame da natureza dos sistemas cooperativos. Certa vez comentou: "falhas sociais no decorrer da história se deveram a falhas em prover cooperação humana nas organizações firmais". Disse também que: "a organização formal é aquele tipo de cooperação entre homens que é consciente, deliberado e com propósito". Pelo exame da organização formal é possivel prover cooperação e realizar três metas básicas: a) garantir a sobrevivência da organização pela manutenção de um equilibrio de carácter complexo, num ambiente interno, de contínua flutuação de elementos e forças físicas, biológicas e sociais; b) examinas as forças externas patra as quais tais ajustes devem ser feitos; c) analisar as funções de executivos em todos os níveis da administração e controle das organizações formais. A disparidade entre motivos pessoais e organizacionais levou Barnard à dicotomia eficácia/eficiêcia. Ex: Um sistema é eficaz se a cooperação requerida por ele provocas alcance da meta. Ex: Eficiência é o grau no qual os objetivos individuais estejam sendo satisfeitos. Somente os indivíduos poderiam determinar se suas condições estavam sendo alcançadas ou não. A cooperação dentro das organizações formais permite possibilidades de expansão do poder do grupo, além do que o indivóduo poderia realizar sozinho. Pessoas cooperam para fazer o que não poderiam fazer sozinhas. Uma organização não pode existir sem pessoas. Na visão de Barnard, o desejo de cooperar é o primeiro elemento universal; o segundo elemento, o propósito comum, isto é, o objetivo da organização. O processo pelo qual os dois elementos universais de Barnard se tornam dinânmicos é a comunicação. Toda a atividade é baseada na comunicação, e Barnard desenvolveu alguns princípios relativos a isto, tais como: · canais de comunicação deveriam ser definitivamente conhecidos - para que todos soubessem os níveis de responsabilidade e autoridade na organização; · a autoridade objetiva requer um canal formal definido de comunicação para cada membro da organização - cada um deve se reportar ou ser subordinado a alguém; · a linha de comunicação deve ser tão direta ou curta quando possível - para acelerar o processo e evitar distorções causadas por muitos canais. Outro elemento importante para a existência da organização, para Barnard, era a lealdade, ou seja, a dominação pela personalidade da organização, para que os outros elementos pudessem prover os recursos e resultados mais adequados possiveis. Uma das idéias de barnard mais incomuns foi a sua teoria da aceitação da autoridade. Ele definiu autoridade como "o caráter de uma comunicação (transmissão de ordens) numa organização formal, em virtude do que é aceito por um participante da empresa, como determinador da ação que realiza". De acordo com esta definição, a autoridade tem dois aspectos: a) o pessoal - aceitação subjetiva da comunicação como sendo autoritária, ditatorial, e b) o objetivo - caráter formal da comunicação. As Funções do Executivo Na análise de Barnard, os executivos operavam como centros de interconexão num sistema de comunicações, e procuravam manter a coordenação para o esforço cooperativo. Barnard postulou três funções que o executivo deveria realizar: 1. prover um sistema de comunicação - para manter a organização em funcionamento eficaz; 2. promover a garantia dos esforços pessoais - para estabelecer uma relação cooperativa; 3. formular e definir objetivos da organização - para aordenação dos travalhos necessários. Barnard definiu os conceitos de estrutura e de dinâmica da organização: São conceitos estruturais: o indivíduo, os sistema cooperativo, a organização formal e a organização informal. São conceitos dinâmicos: a vontade, a cooperação, a comunicação, a autoridade e o processo decisório. Para ele a organização deveria vikver sob equilíbrio dinâmico.
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