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Psicologo Pesquisador PCP

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2
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
ANA BEATRIZ R. O. BENEDICTO – F218IE-9
CAROLINA SANTOS TEIXEIRA – F280DJ-0
FELIPE FREITAS SILVA – F284GF-5
FERNANDA HANADA DE CASTRO – F207AB-4
PATRÍCIA ADRIELEN DE CARVALHO – N583AF-4
Psicologia, Ciência e Profissão
O PSICÓLOGO PESQUISADOR
São José dos Campos – SP
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	2
2 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO	3
2.1 O PSICÓLOGO PESQUISADOR	3
2.2. A FUNÇÃO SOCIAL DA PESQUISA	3
2.3. PESQUISA CIENTÍFICA	5
2.3.1. Métodos e técnicas de pesquisa	5
2.3.2. Sujeitos da pesquisa	6
2.3.3. Pesquisas Interdisciplinares ou Multidisciplinares	6
2.3.4. Publicidade da Pesquisa	7
2.4. FORMAÇÃO PROFISSIONAL NECESSÁRIA	7
2.5. MERCADO DE TRABALHO	8
3 CONCLUSÃO	10
REFERÊNCIAS	11
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa da disciplina de Psicologia, Ciência e Profissão tem o objetivo de analisar a atuação do psicólogo pesquisador, sendo tanto o profissional que dentro de sua área de atuação utiliza-se de pesquisas; como aquele que segue carreira, dedicando-se a produção de pesquisas voltadas à Psicologia enquanto ciência.
A pesquisa ora apresentada desenvolveu-se a partir do levantamento bibliográfico e da análise dos dados por este obtido.
Ademais, pretende-se ao longo do texto apresentar a caracterização do campo de atuação do pesquisador, caracterizar quem podem ser o sujeitos da pesquisa, apresentar a função social das pesquisas na área de Psicologia, citar os diferentes métodos de pesquisa a serem escolhidos, averiguar qual a formação profissional necessária para se tornar pesquisador e, por fim, situar o leitor no mercado de trabalho desta atividade.
Assim, almeja-se elaborar um texto em que seja possível ao leitor criar um panorama geral da importante atividade do Psicólogo Pesquisador.
2 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
2.1 O PSICÓLOGO PESQUISADOR
A formação no curso de psicologia possibilita ao psicólogo conhecimento necessário para realizar pesquisas, podendo utilizá-las como instrumentos dentro de sua área de atuação, seja clínica ou organizacional, por exemplo; ou ainda poderá o psicólogo seguir carreira de pesquisador dedicando-se à produção de estudos científicos com vistas a contribuir para o desenvolvimento da Psicologia.
Assim, o psicólogo pesquisador é o Psicólogo que no seio de sua área de atuação realiza pesquisas e aplica testes, a fim de gerar conhecimento e aprofundar a sua prática profissional; é também o mestrando, doutorando que ao desenvolver suas teses realiza pesquisas científicas; e também o professor universitário que leciona e conduz diversas pesquisas científicas em sua área de especialização, por vezes orientando alunos.
No Brasil, ainda que existam pesquisas em instituições privadas e institutos governamentais, a pesquisa com o rigor científico propriamente dita é realizada por excelência dentro das Universidade, pois, segundo a professora Carolina Martuscelli Bori (apud BOTOMÉ, 2007), esta é agência definida para dominar o conhecimento existente e torná-lo acessível à sociedade. Mesmo nos países desenvolvidos, onde empresas realizam pesquisas e existem maior número de institutos voltados a esta atividade, “grande parte da produção de conhecimento é feita nas universidades ou com a colaboração e participação delas” (BORI apud BOTOMÉ, 2007).
2.2. A FUNÇÃO SOCIAL DA PESQUISA 
De acordo com Ades (2010, p. 269): 
“A psicologia, como qualquer ciência, parte da descrição e análise, estrutura-se em torno da pesquisa, tem de buscar um consenso em torno de suas conclusões principais, tem regras para estabelecer o rigor de suas afirmações, busca um conhecimento valido a respeito de algo que existe.”
Neste sentido, a pesquisa foi fundamental para a surgimento e estruturação da Psicologia.
E foi com o alemão Wilhelni Wundt que a Psicologia se tornou uma disciplina acadêmica formal, tendo sido ele o primeiro na história da Psicologia a ser designado como psicólogo. E nesta condição, Wundt fundou o primeiro laboratório, editou a primeira revista e deu início à psicologia experimental como ciência (SCHULTZ; SCHULTZ, 2011, p. 72)
A disseminação da psicologia como disciplina e, posteriormente, curso acadêmico foi possibilitou o desenvolvimento de teorias, técnicas e conhecimentos hoje aplicados nas diversas áreas da psicologia.
A psicologia busca desenvolver teorias, pesquisas psicológicas no intuito de entender o comportamento humano, os processos mentais, para, assim, conseguir respostas que possam ajudar os indivíduos e a sociedade (SHAUGHNESSY; et al, 2012, p. 20).
A pesquisa psicológica tem relevo para a sociedade, existindo uma relação recíproca entre estas, de forma que “a pesquisa afeta e é afetada pela sociedade” (SHAUGHNESSY; et al, 2012, p. 27).
Pode-se afirmar que são os valores sociais e culturais de afetam a forma como as pessoas recebem a pesquisa psicológica em sua sociedade, e a depender do momento histórico e de como a pesquisa é vista, pode culminar em um debate público sobre a questão, que por sua vez, pode implicar resultados positivos como o desenvolvimento de políticas públicas de cunho social (SHAUGHNESSY; et al, 2012 p. 27).
Um exemplo da atuação dos psicólogos que impactaram a sociedade, foi com relação as pesquisas envolvendo abusos sexuais na infância, neste sentido:
A sensibilidade dos psicólogos às preocupações da sociedade, como o abuso sexual na infância, é uma das razões por que a psicologia não evoluiu estritamente como uma ciência laboratorial. Embora a investigação de laboratório permaneça no coração da pesquisa psicológica, os psicólogos e outros cientistas comportamentais fazem pesquisa em escolas, clínicas, empresas, hospitais e outros ambientes não laboratoriais, incluindo a internet. .(SHAUGHNESSY; et al., 2012, p. 28)
Não há, portanto, dúvida de que a pesquisa científica se relaciona diretamente com o desenvolvimento social. Tendo em vista que o Brasil se trata de um país em desenvolvimento, com inúmeros problemas e desigualdades sociais, é possível concluir que cabe os pesquisadores também muito desenvolver pesquisas para buscar solucionar tais problemas e dificuldades. (BORI apud BOTOMÉ, 2007).
Segundo Bori, ainda, a pesquisa na Psicologia dever ser um serviço à população, em todos os seus segmentos:
As opções pela pesquisa e as escolhas do que pesquisar não são feitas, ou não devem ser feitas, porque os cientistas são diferentes do resto da população. Elas devem ser realizadas como uma opção de serviço.
Elas devem ocorrer assim porque a população precisa de ajuda. Inclusive, porque a população precisa ser auxiliada para poder acompanhar os cientistas e estar junto com eles. E essa é uma tarefa enorme e desafiadora que o cientista tem neste País: ele não pode continuar a falar sozinho ou para seus pares, ele precisa aprender a falar também para as pessoas dos mais diferentes segmentos da população (BORI apud BOTOMÉ, 2007).
2.3. PESQUISA CIENTÍFICA 
Conforme destacam Marconi e Lakatos (apud Webster’s International Dictionary, 2018), pode-se conceituar a pesquisa como:
uma indagação minuciosa ou exame crítico e exaustivo na procura de fatos e princípios; uma diligente busca para averiguar algo. Pesquisar não é apenas procurar a verdade; é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos.” 
Assim, para serem efetivos em suas pesquisas se faz necessário que sejam bem planejadas e executadas, por isso, a necessidade do método científico (SHAUGHNESSY; et al, 2012, p. 23).
Para Marconi e Lakatos (2018) o projeto de pesquisa compreende o desenvolvimento dos seguintes passos:
a)Seleção do tema ou problema para a investigação.
b)Definição e diferenciação do problema.
c)Levantamento de hipóteses de trabalho.
d)Coleta, sistematização e classificação dos dados.
e)Análise e interpretação dos dados.
f)Relatório do resultado da pesquisa.
2.3.1. Métodos e técnicas de pesquisa
Várias são as terminologias e classificações quanto às formas de pesquisas científicas, no livro de Marconi e Lakatos, em seu capítulo 3, as autoras apresentama divisão em duas formas de pesquisa: uma por meio de documentação indireta; e outra via documentação direta. 
A documentação indireta compreende a pesquisa documental e bibliográfica, enquanto a documentação direta, a pesquisa de campo, experimental, de ação-participativa e a de laboratório (MARCONI; LAKATOS, 2018).
É possível notar, portanto, que a pesquisa indireta se dá por documentos previamente produzidos, sejam na forma de textos ou mídias, enquanto a pesquisa direta se dá pelo contato com os sujeitos ou objetos da pesquisa (Marconi; Lakatos, 2018).
Destacam as autoras que na pesquisa que se dá por documentação direta pode o pesquisador utilizar-se de diferentes técnicas de pesquisa para obtenção de dados, tais como: a observação, a entrevista, os testes, a sociometria, a análise de conteúdo e a história de vida (MARCONI; LAKATOS, 2018).
2.3.2. Sujeitos da pesquisa
Neste ponto, destaca-se, sobretudo, que nas pesquisas de documentação direta envolvem a participação dos que serão os sujeitos da pesquisa científica.
É possível assumir que a pesquisa na Psicologia seja realizada com seres humanos, afinal o objeto desta ciência é conhecer e entender, como mencionado anteriormente, os comportamentos e processos mentais humanos. Do que é possível inferir que os sujeitos da pesquisa podem ser, ainda, de diferentes faixas etárias, sexos, etnias e etc, 
 As pesquisas com enfoque em experimento com animais também são possíveis dentro da Psicologia, conforme ocorreu com a abordagem behaviorista, que buscava desenvolver teorias sobre aprendizagem (SHAUGHNESSY; et al, 2012, p. 24).
2.3.3. Pesquisas Interdisciplinares ou Multidisciplinares
Cada vez mais a pesquisa na psicologia se desenvolve de forma interdisciplinar e até mesmo multidisciplinar.
Isto porque, atualmente, a fim de ajudar a compreender a complexidade do comportamento e dos processos mentais, nota-se que os psicólogos conduzem pesquisas nas mais diversas áreas, como na psicologia clínica, social, organizacional, cognitiva, educacional, do desenvolvimento e da saúde (SHAUGHNESSY; et al, 2012, p. 25), e, por isso, é possível inferir que acabam trabalhando diretamente com profissionais de outras áreas, sejam psicólogos, professores, médicos, administradores, etc.
2.3.4. Publicidade da Pesquisa
A pesquisa científica por vezes tem seus resultados publicados em periódicos profissionais, ficando disponível na forma impressa ou eletrônica (SHAUGHNESSY; et al, 2012, p. 34).
Também é comum que os pesquisadores participem apresentando seus trabalhos em simpósios e congressos, no intuito de divulgar os resultados obtidos em suas pesquisas.
Nesse sentido, explica Japiassú (2013): 
Assim como artigos científicos submetidos às revistas para publicação são a melhor maneira de divulgar os resultados de uma pesquisa, a submissão de resumos para congressos é útil na disseminação dos primeiros resultados de um novo trabalho. O envio de resumos de trabalhos científicos para congressos profissionais abrange alguns objetivos. Os autores do trabalho desenvolvido parcial ou totalmente podem ser avaliados por seus pares, ou seja, outros profissionais da mesma área podem opinar e dar sugestões para lapidar a metodologia e os resultados apresentados.(1) Além disso, é uma excelente maneira de pré-divulgação de um trabalho, seja ele observacional ou de intervenção, proporcionando a interação entre pesquisadores interessados no mesmo tema.
2.4. FORMAÇÃO PROFISSIONAL NECESSÁRIA
A Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962 dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo em seu artigo 1º diz que: ”A formação em Psicologia far-se-á nas Faculdades de Filosofia, em cursos de bacharelado, licenciado e Psicólogo”.
Assim, é possível concluir que no curso do Psicologia seriam possíveis três formações: a bacharelado, que oferece a formação de pesquisador; a de licenciatura, que forma professores de Psicologia; e a de Psicólogo que prepara o profissional para atuar em diversos campos, seja nas áreas da saúde, educação, trabalho e comunidade.
Ocorre que em virtude da Resolução nº 8, de 7 de maio de 2004 do Ministério da Educação, não mais é esta realidade, pois de acordo com seu art. 3º: “o curso de graduação em Psicologia tem como meta central a formação do Psicólogo voltado para a atuação profissional, para a pesquisa e para o ensino de Psicologia (...)”
Conforme explicam Lisboa e Barbosa (2009):
Em consonância com essa Resolução, as Diretrizes Curriculares da Psicologia aboliram a divisão da formação em três habilitações. Adotou-se uma terminalidade única, isto é, a de psicólogo (Brasil, 2004a). Segundo texto disponível no site da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (Associação Brasileira de Ensino de Psicologia, 2005), essa formação corresponde ao que em outros cursos é chamado de bacharelado. Não à toa, todos os cursos programados para iniciarem suas atividades em 2008 apresentam como único diploma a ser conferido o de bacharel. Isso não significa mais uma formação específica para o pesquisador em Psicologia, mas a formação de um psicólogo necessariamente pesquisador.
A reformulação das diretrizes foi bastante importante para a Psicologia, pois ao deixar o bacharelado de ser visto como algo exclusivo para os que queriam seguir a carreira de pesquisa, possibilitou o maior acesso de graduandos a pesquisa. Do que também é possível concluir que ao finalizar o curso de psicologia poderá o graduando optar por seguir carreira de pesquisador.
2.5. MERCADO DE TRABALHO
A pesquisa em Psicologia se concentra no meio acadêmico, em maioria nos cursos de mestrado e doutorado stricto senso, sendo realizada por estudantes que almejam os títulos de mestre e doutor. O financiamento dessas pesquisas, quando possível, se dá por meio de bolsas de estudos provenientes de órgãos federais como a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior); o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e em alguns estados por órgãos estaduais como a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), por exemplo (GUIA DO ESTUDANTE, 2017).
As bolsas variam de acordo com o órgão governamental cedente e, a título de exemplo, segue uma tabela com dados extraídos do sítio eletrônico da CNPq:
	TABELA DE VALORES DE BOLSA NO PAÍS
	Modalidade
	Valor
	Mestrado
	R$ 1.500,00
	Doutorado
	R$ 2.200,00
	Pós-doutorado Júnior
	R$ 4.100,00
	Pós-doutorado Sênior
	R$ 4.400,00
	Pós-doutorado Empresarial
	R$ 4.100,00
Importante frisar que não existem no Brasil bolsas suficientes para todos os que as pleiteiam; além do que estas duram apenas o período necessário para a titulação, que vai de 2 a 4 anos (GUIA DO ESTUDANTE, 2017).
O Brasil tem um histórico de pouco investimento em pesquisa científica, sobretudo, nas áreas sociais ou de humanas, sendo que na Psicologia não é diferente (GUIA DO ESTUDANTE, 2017).
A falta de verbas dificulta bastante a pesquisa científica, pois a escassez de bolsas não estimula os graduandos a perseguirem a pesquisa como carreira. Mesmo aquele que já se decida à pesquisa científica é necessário constantemente reivindicar o mínimo de verba para manutenção dos seus trabalhos. 
No intuito de mudar esta situação, Bori (apud BOTOMÉ, 2007) defende que a Psicologia precisa discutir e deliberar sobre os recursos e verbas existentes no país para pesquisa, para que consiga direcionar ou incentivar a tais verbas às suas diversas áreas, caso contrário ficará à margem das próprias Ciência e Tecnologia no País, em um cenário do país em que as “Ciências Humanas e Sociais”, em geral, já não são consideradas prioridades quando se trata de Ciência e Tecnologia.
Por outro lado, tem-se o psicólogo que realiza pesquisa em instituições e empresas privadas, neste caso o psicólogo pesquisador tem renda média de R$ 2.731,64, no mercado de trabalho brasileiro, em uma jornada de trabalho de 37 horas semanais, isto de acordo com pesquisa disponível no sítio eletrônico “www.salario.com.br”, cuja fonte são os dados oficiaisdo CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados para um total de 50 salários.
A faixa salarial do Pesquisador em Psicologia CBO – Classificação Brasileira de Ocupações 2035-25 fica entre R$ 2.493,14 e R$ 2.982,00 (salário mediana da pesquisa); já o teto salarial é de R$ 4.599,08, levando em conta profissionais com carteira assinada em regime CLT de todo o Brasil.
3 CONCLUSÃO
Esse trabalho teve como intuito inicial, apresentar a profissão do Psicólogo Pesquisador, mostrando a realidade da profissão encontrada dentro do contexto e área de atuação, população atendida, formação profissional e mercado de trabalho. 
Os profissionais coletam os dados bibliográficos, vão a campo fazer entrevistas e observações, escolhem a metodologia que vão seguir e estudar, para ao final tentar encontrar a melhor solução para o problema. Com o trabalho concluído, é importante que este seja compartilhado com a comunidade científica através de revistas, artigos, simpósios ou congressos.
A pesquisa científica ainda que possível no setor privado, no Brasil, em sua grande maioria, é vinculada às Universidades e geralmente financiadas com verbas públicas, que por vezes são muito escassas sobretudo para as áreas de humanas. Muitas vezes, os pesquisadores acabam tendo de conciliar o trabalho com de Psicólogo clínico ou de alguma outra área com a atividade de pesquisador, afinal, a remuneração é muito baixa e os investimentos em bolsas são curtos.
Diante de todo o exposto, pode-se concluir que a atividade de pesquisa apesar de extremamente importante para a sociedade e para o desenvolvimento da psicologia não é bem vista nem fomentada no país de forma suficiente, o que a torna pouco atrativa para os recém formados como opção de carreira.
REFERÊNCIAS 
BOLSAS E TAXAS NO PAÍS. Disponível em: <http://www.cnpq.br/no-pais> Acesso: 30 abr 2020.
BRASIL. Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4119.htm>. Acesso: 29 abr 2020.
______. Ministério da Educação e Cultura. Resolução nº 8, De 7 de maio de 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7690-rces004-08-pdf&category_slug=marco-2011-pdf&Itemid=30192. Acesso 28 abr 2020.
COMO ESTÁ O MERCADO DE TRABALHO PARA QUEM QUER TRABALHAR COM PESQUISA EM PSICOLOGIA?, 2017. Disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/orientacao-profissional/como-esta-o-mercado-de-trabalho-para-quem-quer-trabalhar-com-pesquisa-em-psicologia/>. Acesso em 30 abr 2020.
CRUCES, A. V.V.,A pesquisa na formação de psicólogos brasileiros e suas políticas públicas, 2008. Disponível: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X2008000200012>. Acesso em 02 Mai 2020.
DA SILVA, G. R.F.O Método Científico na Psicologia: Abordagem Qualitativa e Quantitativa. Disponível em: <https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0539.pdf. Acesso em 30 abr 2020.
FERNANDES, L. K. R., Método De Pesquisa Qualitativa: Usos e Possibilidades. Psicologado, [S.l.]. (2014). Disponível em: <https://psicologado.com.br/psicologia-geral/introducao/metodo-de-pesquisa-qualitativa-usos-e-possibilidades>. Acesso em 2 Mai 2020.
JAPIASSÚ. A. M. Como elaborar e submeter resumos de trabalhos
científicos para congressos, 2013. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rbti/v25n2/v25n2a03>. Acesso: 3 mai 2020.
MARCONI, M. A.; LAKAROS, E. M. Técnicas de pesquisa. Ed. 8. São Paulo: Atlas, 2018.
PESQUISADOR EM PSICOLOGIA - SALÁRIO 2020 E MERCADO DE TRABALHO EM PSICOLOGIA. Disponível em: <https://www.salario.com.br/profissao/pesquisador-em-psicologia-cbo-203525/>. Acesso:29 abr 2020.
PESQUISADOR EM PSICOLOGIA. Disponível: < https://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/203525-pesquisador-em-psicologia> . Acesso: 4 mai 2020.
SHAUGHNESSY, J. J.; et. al. Metodologia de pesquisa em Psicologia. ed. 9. Porto Alegre : AMGH, 2012.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 9ª ed. São Paulo: Thomson Learning, 2011.
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