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Universidade Federal de Sergipe - UFS Centro de Ensino Superior à Distância - CESAD Cálculo II - Avaliação Presencial 1 - Soluções Professor Leandro Favacho 1. Determine se cada integral é convergente ou divergente. Avalie aquelas que são con- vergentes. (a) ∫ ∞ 1 x + 1 x2 + 2x dx (b) ∫ 2 0 z2 ln z dz. Solução. (a) Note inicialmente que x + 1 x2 + 2x = x x(x + 2) + 1 x(x + 2) = 1 x + 2 + 1 x(x + 2) . Assim ∫ ∞ 1 x + 1 x2 + 2x dx = lim t→∞ ∫ t 1 x + 1 x2 + 2x = lim t→∞ [∫ t 1 1 x + 2 dx + ∫ t 1 1 x(x + 2) dx ] = lim t→∞ [∫ t 1 1 x + 2 dx + ∫ t 1 1 2x dx− ∫ t 1 1 2(x + 2) dx ] = lim t→∞ [ln(x + 2)]x=tx=1 + 1 2 [lnx]x=tx=1 − 1 2 [ln(x + 2)]x=tx=1 = lim t→∞ 1 2 ln(t + 2) + 1 2 ln t− 1 2 ln 3 =∞. Portanto, conclúımos que ∫ ∞ 1 x + 1 x2 + 2x dx é divergente. (b) Note inicialmente que a integral é imprópria (a função z2 ln z não está definida em 0). Assim ∫ 2 0 z2 ln z dz = lim t→0+ ∫ 2 t z2 ln z dz Vamos calcular a integral definida acima. Para isso, usaremos o método de integração por partes. Tome u = ln z, dv = z2dz =⇒ du = 1 z dz, v = z3 3 . Assim ∫ 2 t z2 ln z dz = [ z3 3 ln z ]z=2 z=t − 1 3 ∫ 2 t z2 dz 1 = 8 3 ln 2− t 3 3 ln t− [ 1 3 · z 3 3 ]z=2 z=t = 8 3 ln 2− t 3 3 ln t− 8 9 + t3 9 . Portanto ∫ 2 0 z2 ln z dz = lim t→0+ ∫ 2 t z2 ln z dz = lim t→0+ 8 3 ln 2− t 3 3 ln t− 8 9 + t3 9 = 8 3 ln 2− 8 9 Observação: Verifique com o aux́ılio da Regra de L’hospital que limt→0+ t 3 ln t = 0. 2. Mostre que a série ∞∑ n=1 n (n + 1)! converge e calcule sua soma. Solução. S1 = 1 2! = 1− 1 2! S2 = 1 2! + 2 3! = 5 6 = 1− 1 6 = 1− 1 3! S3 = 1 2! + 2 3! + 3 4! = 23 24 = 1− 1 24 = 1− 1 4! S4 = 1 2! + 2 3! + 3 4! + 4 5! = 119 120 = 1− 1 120 = 1− 1 5! Raciocinando indutivamente, temos que Sn = 1− 1 (n + 1)! , ∀n ∈ N. Logo, lim n→∞ Sn = 1 Portanto, a série ∞∑ n=1 n (n + 1)! é convergente e sua soma é igual a 1. 2 3. Teste a série para convergência ou divergência. (a) ∞∑ n=1 (−1)n+1 1 4n2 + 1 (b) ∞∑ n=1 1 (2n)! Solução. (a) Tome bn = 1 4n2 + 1 . Note que (bn) é descrecente, pois bn+1 = 1 4(n + 1)2 + 1 = 1 4n2 + 1 + 8n + 4 < 1 4n2 + 1 = bn,∀n. Além disso, limn→∞ bn = limn→∞ 1 4n2 + 1 = 0. Portanto, pelo teste da série alternada, a série ∞∑ n=1 (−1)n+1 1 4n2 + 1 é convergente. (b) Observe que lim n→∞ ∣∣∣∣an+1an ∣∣∣∣ = limn→∞ ∣∣∣∣∣∣∣∣ 1 (2(n + 1))! 1 (2n)! ∣∣∣∣∣∣∣∣ = lim n→∞ (2n)! (2n + 2)! = lim n→∞ (2n)! (2n + 2)(2n + 1)(2n)! = lim n→∞ 1 (2n + 2)(2n + 1) = 0 < 1 Portanto, pelo teste da Razão, a série ∞∑ n=1 1 (2n)! é convergente. 4. Use séries para avaliar limx→0 sen x− x + x3 6 x5 . Solução. Inicialmente, vamos lembrar da série de Maclaurin da função sen x. Seja f (x) = sen x. Então f(0) = 0, f ′(0) = cos 0 = 1, f ′′(0) = −sen 0 = 0, f ′′′(0) = − cos 0 = −1, f (iv)(0) = 0, e assim por diante. Logo, pela representação em série de Maclaurin, temos que sen x = ∞∑ n=0 f (n)(0) n! xn 3 = f(0) + f ′(0) 1! x + f ′′(0) 2! x2 + ... = x− x 3 3! + x5 5! − x 7 7! + ... = ∞∑ n=0 (−1)nx2n+1 (2n + 1)! Portanto lim x→0 sen x− x + x3 6 x5 = lim x→0 ( x− x 3 3! + x5 5! − x 7 7! + ... ) − x + x3 6 x5 = lim x→0 x5 5! − x 7 7! + ... x5 = lim x→0 1 5! − x 2 7! + ... = 1 5! = 1 120 . Observação. Note que no limite acima, após a divisão das parcelas do numerador pelo termo x5, restam apenas o termo 1 5! somado a termos que possuem monômios xn, n ≥ 2. Tais monômios tendem a zero quando x tende a zero. 5. Calcule o comprimento da curva x = 1 + 3t2, y = 4 + 2t3, 0 ≤ t ≤ 1 Solução. x = 1 + 3t2, y = 4 + 2t3 =⇒ dx dt = 6t, dy dt = 6t2 Logo, o comprimento da curva L é dado por L = ∫ 1 0 √( dx dt )2 + ( dy dt )2 dt = ∫ 1 0 √ (6t)2 + (6t2)2dt = ∫ 1 0 √ 36t2 + 36t4dt = ∫ 1 0 6t √ 1 + t2 dt = [ 2 ( 1 + t2 )3/2]t=1 t=0 = 2 ( 2 √ 2− 1 ) . 4
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