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PCA CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA

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17
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
“PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY”
PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR CONSTITUICAO DA EMPRESA
RIO DE JANEIRO
2019
 SUMÁRIO
INTRODUÇÃO, p. 3
TIPIFICAÇÃO SOCIETÁRIA, p.4
TIPOS DE SOCIEDADE, p.4
Sociedade Simples, p.4
Sociedade em Nome Coletivo, p.5
Sociedade em Comandita Simples, p.5
Sociedade Comandita por Ações, p.6
Sociedade Cooperativa, p.6
Sociedade em Conta de Participação, p.7
Sociedade Anônima, p.7
Sociedade Empresária Limitada (LTDA), p.8
QUEBRA-CUCA JOGOS INTELIGENTES LTDA, p.9
Contrato Social, p.9
Contrato Social Quebra-Cuca Jogos Inteligentes, p.10
ENQUADRAMENTO FISCAL, p.13
TIPOS DE ENQUADRAMENTO FISCAL, p.13
Simples Nacional, p.13
Lucro Presumido, p.15
Lucro Real, p.17
RECEITA FEDERAL DO BRASIL p.20
Conceito e finalidades quanto ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), p.21
Relação de documentos e procedimentos para o registro, p.22
PREFEITURA MUNICIPAL, p.23
Conceito e finalidade da Inscrição Municipal, p.23
Documentos Necessários para abertura de Inscrição Municipal, p.25
SECRETARIA ESTADUAL DA FAZENDA (SEFAZ), p.26
Conceito e finalidade da Inscrição Estadual, p.26
Procedimentos necessários para cadastro na Inscrição Estadual, p.28
Relação de documentos para Registro da Inscrição Estadual, p.30
BALANÇO DE ABERTURA, p.32
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p.35
 APÊNDICE, p.37
1 INTRODUÇÃO
O brincar como prática pedagógica é um importante instrumento para a formação da personalidade e aquisição de conhecimentos. 
Dito isto, visando um melhor método de ensino, criamos a empresa Quebra-Cuca Jogos Inteligentes LTDA, uma empresa de criação e produção de jogos de tabuleiro, quebra-cabeças e brinquedos educativos. Nosso objetivo é trabalhar em prol do desenvolvimento e adequação de jogos que possam ser utilizados não só como entretenimento, mas também como ferramentas de utilização nos ambientes corporativos, na psicologia clínica e salas de aulas. 
Este trabalho tem como objetivo criar uma empresa, colocando em pratica as atividades sociais, fiscais e contábeis.
2 TIPIFICAÇÃO SOCIETÁRIA
Podemos defini-la como: a reunião de pessoas que tem como objetivo principal exercer uma atividade econômica de maneira profissional e que seja organizada para a produção e comercialização de bens ou serviços.
Uma das características mais importantes de uma sociedade empresarial é que essa atividade econômica, que falamos acima, deverá visar o lucro.
2.1. TIPOS DE SOCIEDADE
2.1.1 Sociedade Simples
Esse tipo de sociedade é o enquadramento jurídico especialmente voltado para os profissionais liberais e prestadores de serviços que trabalham com atividades intelectuais (de natureza científica, literária ou artística). 
Esse formato antes era chamado de Sociedade Civil e está ligada somente a atividades que sejam relacionadas a prestação de serviços.
As regras desse formato são ditadas pelo Novo Código Civil, quando fala especificamente do funcionamento das empresas que adotam o modelo de Sociedades Simples.
Esses profissionais formam uma pessoa jurídica com o fim de desenvolver melhor seus serviços. Os exemplos de sociedades simples mais comuns são os consultórios dentários, médicos, escritórios de advocacia, entre outros casos assim.
Divide-se em Sociedade Simples Pura, onde o patrimônio pessoal dos sócios pode ser comprometido pelas dívidas contraídas pela empresa, ou poderá ser uma Sociedade Simples Empresária (geralmente limitada), onde o patrimônio do sócio permanece protegido. Caso trate-se de uma Sociedade Simples Pura, seu registro deverá ser feito no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, o RCPJ. O Documento hábil para registro é o Contrato Social, seu nome pode ser escolhido livremente, sendo sociedade simples, não precisa constar prefixo ou sufixo, mas deve indicar qual a atividade exercida pela sociedade. No caso da Sociedade Simples Limitada seu registro deve ser feito na Junta Comercial e o documento hábil também é o Contrato Social. Seu nome pode ser escolhido com razoável liberdade, uma vez que apenas deverá acrescentar ao final do nome a insígnia “LTDA”, devendo ainda o nome indicar a atividade exercida pela sociedade. Além das normas acima, aplicam-se à sociedade limita os artigos do CC referentes a Sociedade Empresária Limitada. Em ambos os casos o capital da empresa divide-se por quotas.
2.1.2 Sociedade em Nome Coletivo
Nessa sociedade, a formação é exclusiva para pessoas físicas (não podem ser constituídas por pessoas jurídicas na sua titularidade), quando dois ou mais sócios estarão à frente de seu comando. Os sócios respondem solidária e de forma ilimitada pelas dívidas adquiridas. 
Mesmo sendo sociedade, aqui o patrimônio dos sócios não é protegido, perdendo uma das principais vantagens de ter sócio(s). Seu nome necessariamente deve ser o de um dos sócios, acompanhado da expressão “Cia.”, ou pelo nome de todos os sócios, podendo conter abreviações, seguido da mesma expressão. Esta sociedade geralmente é formada por familiares, e constitui-se mediante contrato registrado na Junta Comercial. 
Neste tipo de sociedade é estabelecido que todos os sócios da empresa respondam por suas obrigações financeiras e fiscais. Esse tipo de sociedade também permite que os sócios limitem entre si as suas responsabilidades no momento de elaboração do Contrato Social.
2.1.1 Sociedade em Comandita Simples
Neste tipo de sociedade, os sócios podem ser de duas categorias diferentes:
A) Comanditados: responsáveis solidários e pessoas físicas, são os que efetivamente irão operar a empresa.
Poderão responder com seu patrimônio pessoal por dívidas da empresa. Seu nome, necessariamente será o nome do(s) sócio(s) comanditado(s) seguidos da expressão “Cia”. Se em qualquer momento o sócio investidor exercer gerência ou tiver o nome envolvido diretamente nas atividades da empresa, perderá a proteção do seu patrimônio.
B) Comanditários: obrigados apenas pelo valor da respectiva quota, apenas investem recursos na empresa. Sua responsabilidade é limitada ao valor investido, deixando assim seu patrimônio seguro.
2.1.2 Sociedade Comandita por Ações 
Tal como na sociedade em comandita simples, tem os sócios (acionistas) administradores, que podem responder com o seu patrimônio pessoal sobre as dívidas contraídas pela empresa, e os sócios (acionistas) investidores, que respondem apenas de acordo com o valor investido. As responsabilidades sociais ficam a cargo de um diretor que é nomeado para isso. Porém, é possível que seja nomeado mais de um diretor, desde que eles recebam esse título no ato da constituição da sociedade.
Obviamente que situações mais delicadas podem ocorrer, tal como a necessidade de destituir um diretor. Nesse caso, o ato deverá ser feito por deliberação de acionistas que representem no mínimo dois terços do capital social total do negócio.
 Seu nome poderá ser escolhido livremente, seguido da expressão “em comandita por ações” ou conter necessariamente o(s) nome(s) do(s) sócio(s) administrador(s). É constituída por estatuto e deve ser registrada na Junta Comercial.
2.1.3 Sociedade Cooperativa
A Sociedade Cooperativa é um modelo bem peculiar por vários motivos, sendo um deles a obrigatoriedade de no mínimo a participação de 20 pessoas para formar essa sociedade.
Outro fato que faz esse tipo de sociedade empresarial ser diferente é por ser organizado de forma bem democrática na questão da economia. Além disso, a cooperativa permite a participação livre de todos, sempre pregando pelo respeito dos direitos e deveres de cada um.
Esta sociedade não possui sócios, e sim cooperativados, que podem ter o seu patrimônio comprometido ou não pelas obrigações da cooperativa. 
Podemos dizer que na sociedade cooperativa, as responsabilidades dos sócios podem ser limitadas ou ilimitadas. É limitada na questão de que um sócio responde somente pelo valor de suas quotas e eventuais prejuízos que podem ocorrer. E quando falamos que ela é ilimitada, nos referimos quando o sócio responde solidariamente pelas obrigações sociais do negócio.
 Seunome poderá ser escolhido livremente, sem depender de prefixos ou sufixos e deverá ser registrado no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, podendo ser um contrato ou estatuto.
2.1.4 Sociedade em Conta de Participação
A Sociedade em Conta de Participação (SPC) se dá quando duas ou mais pessoas, sendo ao menos uma comerciante, se reúnem, sem firma social, para lucro comum, em uma ou mais operações de comércio determinadas, trabalhando um, alguns ou todos, em seu nome individual para o fim social, a associação toma o nome de sociedade em conta de participação, acidental, momentânea ou anônima; esta sociedade não está sujeita às formalidades prescritas para a formação das outras sociedades, e pode provar-se por todo o gênero de provas admitidas nos contratos comerciais. 
Nesta sociedade, o sócio ostensivo é o único que se obriga para com terceiro; os outros sócios ficam unicamente obrigados para com o mesmo sócio por todos os resultados das transações e obrigações sociais empreendidas nos termos precisos do contrato.
A constituição da Sociedade em Conta de Participações (SCP) não está sujeita às formalidades legais prescritas para as demais sociedades, não sendo necessário o registro de seu contrato social na Junta Comercial.
Normalmente são constituídas por um prazo limitado, no objetivo de explorar um determinado projeto. Cumprido o objetivo, a sociedade se desfaz.
2.1.5 Sociedade Anônima
	A Sociedade Anônima, também chamada de companhia ou sociedade por ações, é nome dado a uma empresa com fins lucrativos que tem seu capital dividido em ações e a responsabilidade de seus sócios (acionistas) limitada ao preço da emissão das ações subscritas (lançadas para aumento de capital) ou adquiridas. Também pode ser conhecida pelas siglas SA, S/A ou S.A, além de ser denotada como uma companhia, que contém sua abreviação como "Cia.". Os sócios são chamados de acionistas e têm responsabilidade limitada ao preço das ações adquiridas.
 Nesta sociedade, a responsabilidade de cada acionista está limitada ao capital de suas ações, mas diferencia-se das Sociedades Empresárias Limitadas (Ltda) em que existe a presença de sócios que dividem o capital em cotas.
Uma S.A. é formada por, no mínimo, sete sócios, e suas responsabilidades como acionistas serão conforme as ações, que podem ter sido subscritas ou posteriormente adquiridas. Essas ações vão se dividir em dois tipos de capital:
· Capital aberto: onde o capital é representado pelas ações, sendo dividido entre os vários acionistas. As ações são negociadas no mercado de balcão ou na bolsa de valores.
· Capital fechado: é o capital representado pelas ações e divididos entre alguns poucos acionistas. As ações daqui não podem ser negociadas.
A S.A. tem uma forma de constituição única, e o funcionamento está estabelecido nas normas da lei ou de seu estatuto. Ela também é considerada como uma sociedade normativa ou institucional, já que nenhum contrato relaciona os sócios entre si. No geral, este tipo de sociedade tem como regulamento algumas leis especiais, principalmente a Lei nº 6.404/1976. 
2.1.6 Sociedade Empresária Limitada (LTDA)
Sociedade limitada (representada pela sigla Ltda.) consiste num tipo de sociedade empresarial que se caracteriza pela participação dos sócios através dos investimentos feitos proporcionalmente às cotas do capital social da empresa. Também conhecida como sociedade de responsabilidade limitada, a sociedade limitada é o tipo mais comum de sociedade utilizada no Brasil.
Esta sociedade é firmada quando duas ou mais pessoas se unem para criar uma sociedade empresária, sendo esta baseada num contrato social que serve para especificar todos os aspectos referentes às normas da empresa e ao capital social, sendo este dividido em cotas.
Neste tipo de sociedade, a responsabilidade dos sócios fica limitada apenas às cotas que possuem da empresa, ou seja, na participação que possui mediante a sua contribuição. Assim, os seus respectivos salários, por exemplo, serão proporcionais ao valor total das cotas que possuem. No entanto, em alguns casos, mesmo a responsabilidade sendo restrita a cada cota, todos os sócios devem responder pelo capital social integral.
As sociedades limitadas devem se basear em algumas regras básicas para que sejam formalizadas, que são elas:
· Sócio deve ser responsável pela parte do capital social (cota) que ele se comprometeu em investir;
· Capital social é dividido em cotas (iguais ou desiguais), sendo que cada sócio pode ter uma ou várias. Este deve contribuir para a sua cota através de dinheiro ou bens, mas não por prestações de serviços;
· Sócio é excluído da sociedade em duas situações: quando não paga o valor referente a sua conta para a integralização do capital social ou quando coloca em risco a existência da empresa (do negócio);
· Sócios não devem retirar os lucros da empresa, caso estes simbolizem prejuízos para o capital social desta. O principal objetivo é garantir a estabilidade do negócio em geral;
· A constituição de um conselho fiscal é uma medida aconselhada, mas não obrigatória.
2.2 QUEBRA-CUCA JOGOS INTELIGENTES LTDA.
A Quebra-Cuca Jogos Inteligentes é uma sociedade empresarial limitada com Capital Social contabilizado em R$ 100.000,00 quotas de R$ 10.000,00 (um mil reais), totalmente subscritas e integralizadas, em moeda corrente nacional, dividas entre os sócios da seguinte Quadro Societário:
	Sócio
	Quotas
	Valor
	%
	Rodrigo Silva Bastos
	999
	R$ 90.000,00
	90%
	Sulamita Oliveira
	1
	R$ 10.000,00
	10%
	Total
	1000
	R$ 100.000,00
	100%
Figura 1: Capital Social
A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Os sócios não respondem subsidiariamente pelas obrigações sociais.
2.2.1 CONTRATO SOCIAL
Costuma-se dizer que um contrato social é para uma pessoa jurídica o mesmo que uma certidão de nascimento é para uma pessoa física. O contrato social é um documento onde constam as regras e as condições sob as quais a empresa funcionará e onde estão estabelecidos os direitos e as obrigações para cada um dos proprietários que compõem a sociedade.
O registro do contrato social é feito na Junta Comercial do Estado ou em Cartório de Registro de Pessoa Jurídica, de acordo com o tipo de sociedade. O documento deve conter todos os dados da empresa, como sua razão social, local da sede e todas as informações dos sócios.
É válido ressaltar que o contrato social é utilizado para o registro de sociedades, ou seja, empresas abertas por duas ou mais pessoas. No caso de uma empresa aberta por empreendedor individual, não é necessário um contrato social padrão, já que nessa situação não existe sociedade.
2.2.2 CONTRATO SOCIAL QUEBRA-CUCA JOGOS INTELIGENTES
CONTRATO SOCIAL
QUEBRA-CUCA JOGOS INTELIGENTES LTDA.
Rodrigo Silva Bastos, brasileiro, solteiro, engenheiro, Identidade nº 09.876.543-2, inscrito no número de CPF 123.456.789-10, residente na Rua Ubaldino do Amaral, 01 – Centro – Rio de Janeiro - RJ, natural de Rio de Janeiro (RJ).
Sulamita de Oliveira, brasileira, divorciada, contadora, CRC/RJ 123456/0-1, Identidade nº 12.345.678-9, inscrita no número de CPF 222.333.444-55, residente na Rua Riachulelo, 20 – Centro – Rio de Janeiro - RJ, natural de Rio de Janeiro (RJ), resolvem por este instrumento particular de contrato, constituir uma sociedade simples limitada, mediante as seguintes cláusulas:
DA DENOMINAÇÃO, SEDE, OBJETO E PRAZO
CLÁUSULA PRIMEIRA: A sociedade girará sob a denominação social de QUEBRA-CUCA JOGOS INTELIGENTES LTDA. e terá sede e foro em Rio de Janeiro - RJ, na Avenida Rio Branco, 1 – 6º andar - Centro. 
CLÁUSULA SEGUNDA: A sociedade terá por objeto social a exploração no ramo de fabricação de jogos de tabuleiros e quebra-cabeças que integram a industrialização, comércio, importação e exportação.
CLÁUSULA TERCEIRA: A sociedade iniciará suas atividades em 01 de outubro de 2019 e seu prazo de duração é indeterminado.
DO CAPITAL SOCIAL E QUOTAS
CLÁUSULA QUARTA: O capital social será de R$ 100.000,00 (cem mil reais),dividido em 100 (cem) quotas, no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) cada uma, inteiramente subscrito e integralizado pelos sócios em moeda corrente do País, ficando distribuído nas seguintes proporções:
1) Rodrigo Silva Bastos, já qualificado, subscreve 90 (noventa) quotas, de R$ 1.000,00 (mil reais) cada uma, totalizando R$ 90.000,00 (noventa mil reais), que serão neste ato em moeda corrente do país;
2) Sulamita de Oliveira, já qualificado, subscreve 10 (dez) quotas, de R$ 1.000 (um real) cada uma, totalizando R$ 10.000,00 (dez mil reais), que serão neste ato em moeda corrente do país;
CLÁUSULA QUINTA: As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas a terceiros sem o consentimento do outro sócio, a quem fica assegurado, em igualdade de condições e preço, o direito de preferência para a sua aquisição se postas á venda, formalizando, se realizada a cessão delas, a alteração contratual pertinente. 
CLÁUSULA SEXTA: A responsabilidade dos sócios é limitada ao valor de suas quotas, mas todos responderão solidariamente pela integralização do capital social.
DA ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE
CLÁUSULA SÉTIMA: Ficam designados administradores todos os sócios, cabendo-lhes praticar os atos referentes à gestão social, representar a sociedade judicial e extrajudicialmente, sendo que o uso da denominação social será por, no mínimo, dois administradores, sempre em conjunto, vedado o seu emprego para fins estranhos ao objeto social, tais como, abonos, avais, fianças, seja a favor dos sócios, seja a favor de terceiros.
CLÁUSULA OITAVA Os administradores farão jus a uma retirada mensal, a título de pró-labore, em valores pelos mesmos estabelecidos, independentemente de alteração deste contrato.
DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA
CLÁUSULA NONA: A responsabilidade técnica pela execução dos serviços profissionais prestados pela sociedade, de acordo com os objetivos sociais, estará assim distribuída entre os sócios:
a) Rodrigo Silva Bastos, engenheiro, responderá pela fabricação e comercialização de jogos de tabuleiros e quebra cabeças; 
b) Sulamita Oliveira, Contadora, responderá por todos os serviços econômicos da empresa.
DO EXERCÍCIO
CLÁUSULA DÉCIMA: O exercício social será encerrado no dia 31 de dezembro de cada ano, quando serão levantados o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, e demais demonstrações e relatórios exigidos pelas normas contábeis e pela legislação, cabendo aos sócios na proporção de suas quotas, os lucros ou perdas apuradas.
DA TRANSFERÊNCIA
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA: A sociedade não se dissolverá pelo falecimento ou interdição de um dos sócios, mas continuará com os sócios remanescentes, sendo que o meeiro e os herdeiros do sócio falecido, ou representante do sócio que for declarado interdito somente poderão ingressar na sociedade observando-se o que dispõe o presente contrato sobre a substituição e admissão de novos sócios.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA: A sociedade poderá a qualquer tempo, abrir ou fechar filial ou outra dependência, mediante alteração contratual assinada por todos os sócios e que sejam estas identificadas.
CLÁUSULA DECIMA TERCEIRA: Os administradores declaram, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração da sociedade, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrarem sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública ou a propriedade.
E, por se acharem assim, justos e contratados, assinam o presente instrumento juntamente com as testemunhas abaixo, em 3 (três) vias de igual teor, datilografadas e rubricadas apenas no anverso, devendo ser arquivado no Registro Público das Sociedades Mercantis (Junta Comercial) e no(s) órgão(s) de registro e fiscalização profissional.
Rio de Janeiro, 26 de Setembro de 2019.
	Rodrigo Silva Bastos
CPF: 123.456.789-10
	
	Sulamita Oliveira
CPF: 222.333.444-55
	TESTEMUNHAS:
	
	
	
	
	
	Nome e C.I.
	
	Nome e C.I.
3 ENQUADRAMENTO FISCAL
O regime fiscal (ou sistema tributário) é o conjunto de regras e instituições que regem a situação fiscal de uma pessoa física ou jurídica. É, portanto, o conjunto de direitos e obrigações decorrentes do desenvolvimento de uma determinada atividade econômica.
As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por uma das seguintes formas:
 a) Simples Nacional; 
b) Lucro Presumido; 
c) Lucro real.
3.1.1 Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime unificado e compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, também conhecido como Simples Nacional ou Super Simples. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da 41 Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios. A Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006:
“Estabelece normas gerais relativas às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo, não só o regime tributário diferenciado (Simples Nacional), como também aspectos relativos às licitações públicas, às relações de trabalho, ao estímulo ao crédito, à capitalização e à inovação, ao acesso à justiça, dentre outros.”
O regime do Simples Nacional tem como características principais ser facultativo, irretratável para todo o ano-calendário e abranger os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP). Além disso, o Simples Nacional possibilita o recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação – DAS, e ainda há a disponibilização às Micro e Pequenas Empresas de sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido. Os Estados têm a possibilidade de adotarem sublimites para Empresas de Pequeno Porte em função da respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses Estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Município. Podem optar pelo Simples Nacional as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que não incorram em nenhuma das vedações previstas na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006. De acordo com o art. 966, da Lei nº 10.406, de 10/01/2002, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário, registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso desde que: 
I – no caso de microempresas, o empresário, a pessoa jurídica ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00; 
II – no caso das empresas de pequeno porte, empresário, a pessoa jurídica ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00.
Para fins do Simples Nacional, considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. O Cálculo do Simples Nacional é realizado no aplicativo específico (PGDAS) para o cálculo do valor devido e geração do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Esse aplicativo está situado no site do Simples Nacional. O valor devido mensalmente pelas ME e EPP optantes pelo Simples Nacional é determinadomediante aplicação das tabelas dos anexos da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006. Conforme art.18 § 4º, da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, o contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fim de pagamento:
“I - as receitas decorrentes da revenda de mercadorias; 
II - as receitas decorrentes da venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte;
III - as receitas decorrentes da prestação de serviços, bem como a de locação de bens móveis; 
IV - as receitas decorrentes da venda de mercadorias sujeitas a substituição tributária e tributação concentrada em uma única etapa (monofásica), bem como, em relação ao ICMS, antecipação tributária com encerramento de tributação; 
V - as receitas decorrentes da exportação de mercadorias para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta Lei complementar.”
3.1.2 Lucro Presumido
O Lucro Presumido é uma forma simplificada de apuração da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social, restrita àqueles contribuintes que não estejam obrigados ao regime de tributação com base no Lucro Real. As pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Presumido deverão pagar o IRPJ e CSLL por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. Já a periodicidade do PIS e da COFINS é mensal. Segundo Rodrigues et al (2009, p.327) o lucro presumido é: 
“O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSL (devidos trimestralmente) das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, á apuração do lucro real. A base de cálculo do imposto e da contribuição é apurada mediante a aplicação de um determinado percentual sobre a receita bruta.
Conforme Oliveira et al (2004, p.178)o lucro presumido:
O Lucro Presumido difere do conceito de lucro real, visto tratar-se de uma presunção por parte do fisco do que seria o lucro das organizações caso não houvesse a Contabilidade. Em outras palavras, como já comentado, a introdução pelo fisco do conceito de lucro presumido visou facilitar a apuração da base de cálculo, para algumas empresas, para apuração e recolhimento dos tributos de Imposto de Renda e contribuição Social.
Sobre o faturamento trimestral são aplicados os percentuais (“margem de lucro” determinada pelo Fisco), de conformidade com a atividade desenvolvida, para determinação da base de cálculo. De acordo com o artigo 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, o percentual aplicado sobre a receita bruta será:
“Art. 15. A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada mediante a aplicação do percentual de oito por cento sobre a receita bruta auferida mensalmente, observado o disposto nos arts. 30 a 35 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995. 
§ 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de:
I - um inteiro e seis décimos por cento, para a atividade de revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; 
II - dezesseis por cento;
 a) para a atividade de prestação de serviços de transporte, exceto o de carga, para o qual se aplicará o percentual previsto no caput deste artigo; 
b) para as pessoas jurídicas a que se refere o inciso III do art. 36 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 29 da referida Lei;
III - trinta e dois por cento, para as atividades de: 
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa; 
b) intermediação de negócios; 
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza; 
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). § 2º No caso de atividades diversificadas será aplicado o percentual correspondente a cada atividade. 
§ 3º As receitas provenientes de atividade incentivada não comporão a base de cálculo do imposto, na proporção do benefício a que a pessoa jurídica, submetida ao regime de tributação com base no lucro real, fizer jus. 
§ 4º O percentual de que trata este artigo também será aplicado sobre a receita financeira da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda, quando decorrente da comercialização de imóveis e for apurada por meio de índices ou coeficientes previstos em contrato. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005).
Podem optar pela tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas que iniciarem atividades ou que resultarem de incorporação, fusão ou cisão, desde que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real.
A opção pela tributação com base no lucro presumido é manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano calendário e será definitivo em relação a todo o ano calendário, o que impede ou restringe o planejamento durante o exercício. Essa modalidade de apuração é direcionada às pequenas e médias empresas, sendo que sua contabilidade é mais simples do que no lucro real. A fiscalização também é mais fácil, pois se necessita apenas conhecer a receita bruta total para se obter o valor do tributo devido. As empresas que estiverem obrigadas á apuração do lucro real, estão impedidas de optar pelo lucro presumido.
No Lucro Presumido, os impostos são calculados com base em um percentual estabelecido sobre o valor das vendas realizadas, independentemente se a empresa teve lucro ou não.
O limite (teto) anual de receita bruta, para a empresa pode optar pelo Lucro Presumido, por força da Lei 12.814/2013, a partir de 01.01.2014, corresponde a  R$ 78 milhões e R$ 6,5 milhões multiplicados pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior. Com o aumento do teto, novas empresas estão sendo abrangidas pela possibilidade de utilizar ou se manter na sistemática de Lucro Presumido.
3.1.3 Lucro Real
O Lucro Real é o único regime de tributação em que o fisco exige a apuração do resultado do lucro líquido apurado pela contabilidade no exercício das empresas, ou seja, o resultado “real”. Lucro Real é o líquido do período-base de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações previstas ou autorizadas pela legislação. Sua determinação deve ser precedida da apuração do lucro líquido contábil de cada período de apuração, observando-se disposições das leis comerciais. 
São caracterizadas em três formas de tributação: Lucro real trimestral, lucro real anual e lucro real por estimativa (mensal). 
A apuração com base no lucro real trimestral será procedida com o levantamento de Balanços ou Balancetes no encerramento de cada trimestre. De acordo com Rodrigues et al (2009) “a apuração do lucro real trimestral é uma forma completa e definitiva de tributação. Este deve ser determinado por períodos trimestrais encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário, com base no resultado líquido de cada trimestre.”
 O resultado da apuração do lucro real trimestral será apurado com base nas demonstrações contábeis, levando em consideração a legislação comercial e fiscal, onde o mesmo será ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas pela legislação tributária. 
De acordo com Art. 21da Lei nº 9.249/1995, “a pessoa jurídica que tiver parte ou todo o seu patrimônio absorvido em virtude de incorporação, fusão ou cisão deverá levantar balanço específico para esse fim, no qual os bens e direitos serão avaliados pelo valor contábil ou de mercado.” 
São consideradas as receitas e as despesas que a empresa obtenha durante o trimestre. 
Esta forma de tributação é a que mais se aproxima da apuração verdadeira do lucro/prejuízo auferido pela pessoa jurídica. Para as empresas que possuem muitas despesas, consideradas dedutíveis para fins do imposto de renda, esta é uma forma de tributação aconselhável.
A pessoa jurídica optante pelo lucro real anual pode apurar o IRPJ e a CSLL, com base na receita bruta auferida mensalmente e com base em Balanços ou Balancetes de Suspensão ou Redução. 
No Lucro real por estimativa mensal, o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são calculados mensalmente, com base no faturamento. São aplicados percentuais (definidos em lei, de conformidade com a atividade desempenhada) sobre 22 a base de cálculo. Esta deverá ser acrescida de demais receitas não operacionais para que sobre este montante, seja aplicada a alíquota do imposto de renda.
Deve ser efetuado um balanço de ajuste em dezembro, para confrontação entre o que foi pago durante o ano-calendário como lucro estimado e o resultado efetivo da empresa. Segundo Rodrigues et al (2009, p.34) Lucro Real por Estimativa Mensal “é uma forma de tributação anual onde o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido são apurados mensalmente e determinados sobre a base de cálculo estimado.” 
A opção por esse tipo de recolhimento deve ser manifestada com o pagamento do imposto de renda correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade e será considerada irretratável para todo o ano-calendário (RIR/1999, art. 222).
As empresas optantes do Lucro Real pagam de forma não-cumulativa o PIS e o COFINS, porém com uma alíquota maior do que no lucro presumido. Em contrapartida, é possível fazer o desconto de créditos como o de consumo de energia elétrica, mas apenas para aquelas que seguem o regime do lucro real.
Dentro do Lei N° 9.718/98, todas as empresas que faturam acima de R$78 milhões bruto por ano são obrigadas a optar pelo Lucro Real. Ou seja, para as empresas que optaram pelo Lucro Presumido e atingiram o limite de faturamento anual, no próximo ano a o regime de tributação será o Lucro Real.
4 RECEITA FEDERAL DO BRASIL
A Receita Federal, ou Secretaria da Receita Federal, é um órgão que tem como responsabilidade a administração dos tributos federais e o controle aduaneiro, além de atuar no combate à evasão fiscal (sonegação), contrabando, descaminho, pirataria e tráfico de drogas e animais. 
A Secretaria da Receita Federal (SRF) foi criada pelo decreto nº 63.659, de 20 de novembro de 1968, substituindo a Diretoria-Geral da Fazenda Nacional, criada por Getúlio Vargas, em 1934. 
Com a lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, ocorreu a extinção da Secretaria da Receita Previdenciária (SRP), sendo criada a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Na ocasião o novo órgão foi apelidado pela imprensa de "Super Receita”, em razão de que, a partir de então, toda a arrecadação de impostos federais e contribuições tributárias de matriz previdenciária ficara apenas exercível por meio da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Mas além dessas funções, a Receita Federal conta com diversas funções importantes para servir a sociedade, funções essas que estão no artigo 15, anexo I do decreto 6.764, de 10 de fevereiro de 2009. Veja algumas delas:
· Administração dos tributos internos e do comércio exterior;
· Gestão e execução das atividades de arrecadação, lançamento, cobrança administrativa, fiscalização, pesquisa e investigação fiscal e controle da arrecadação administrada;
· Gestão e execução dos serviços de administração, fiscalização e controle aduaneiro;
· Repressão ao contrabando e descaminho, no limite da sua alçada;
· Preparo e julgamento, em primeira instância, dos processos administrativos de determinação e exigência de créditos tributários da União;
· Interpretação, aplicação e elaboração de propostas para o aperfeiçoamento da legislação tributária e aduaneira federal;
· Subsídio à formulação da política tributária e aduaneira;
· Subsídio à elaboração do orçamento de receitas e benefícios tributários da União;
· Interação com o cidadão por meio dos diversos canais de atendimento, presencial ou à distância
· Educação fiscal para o exercício da cidadania;
· Formulação e gestão da política de informações econômico-fiscais;
· Promoção da integração com órgãos públicos e privados afins, mediante convênios para permuta de informações, métodos e técnicas de ação fiscal e para a racionalização de atividades, inclusive com a delegação de competência;
· Atuação na cooperação internacional e na negociação e implementação de acordos internacionais em matéria tributária e aduaneira. 
4.1 Conceito e finalidade	s quanto ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)
CNPJ é a sigla do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica. No Brasil, o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica é um número único que identifica uma pessoa jurídica e outros tipos de arranjo jurídico sem personalidade jurídica (como condomínios, órgãos públicos, fundos) junto à Receita Federal brasileira (órgão do Ministério da Fazenda). 
O CNPJ compreende as informações cadastrais das entidades de interesse das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e é necessário para processar (Art. 15, da Lei 11.419/2006). O CNPJ foi criado no dia 1º de julho de 1998, por intermédio da Instrução Normativa SRF nº 27/1998, como uma evolução do antigo Cadastro Geral de Contribuintes - CGC (Leis 4.503/64 e 5.614/70) e por vezes também é grafado como CNPJ-MF. Encontra-se regulamentado pela Instrução Normativa RFB 1.470/2014. 
O registro no CNPJ é efetuado a partir dos estabelecimentos, os quais recebem o mesmo número de identificação básico da respectiva matriz, complementado por um identificador específico para cada estabelecimento.
As entidades domiciliadas no Brasil, inclusive as pessoas jurídicas por equiparação, estão obrigadas a inscreverem no CNPJ, antes de iniciarem suas atividades, todos os seus estabelecimentos localizados no Brasil. São também obrigadas a se inscrever no CNPJ as filiais de empresas estrangeiras em operação no Brasil.
No CNPJ, cada estabelecimento contém diversos atributos: número de inscrição, nome empresarial, composição societária, endereço, data de abertura, natureza jurídica, indicativo de matriz ou filial, domicílio (país ou exterior), jurisdição fiscal, atividades econômicas principal e secundárias, situação cadastral, responsável perante o CNPJ, etc.
O CNPJ deve estar informado em qualquer nota fiscal de qualquer empresa, bem como na embalagem de qualquer produto industrializado
4.2 Relação de documentos e procedimentos para o registro
Abrir um CNPJ é simples, mas o processo que antecede a abertura é um pouco mais complicado. Para ir até a Junta Comercial e tirar o CNPJ da sua empresa, é necessário:
· Documento de identidade dos sócios (original e cópia) + CPF ou Carteira de Habilitação;
· Comprovante de Residência;
· Carnê de IPTU da local onde a empresa será instalada;
· Contrato Social;
· Comprovante de pagamento das taxas DARE e DARF.
O Contrato Social é de extrema importância na hora de abrir um CNPJ, pois ele delimita as diretrizes da sua empresa. Deverá conter no Contrato Social:
· Proprietários da empresa;
· Configuração Jurídica e Tributária;
· Capital Social;
· Obrigações financeiras dos sócios.
Para abrir um CNPJ é necessário que o Contrato Social esteja registrado na Junta Comercial, assinado por todos os sócios e por duas testemunhas.
5 PREFEITURA MUNICIPAL
No Brasil, uma prefeitura é a sede do poder executivo do município. Esta é comandada por um prefeito e dividida em secretarias de governo, como educação, saúde ou meio ambiente. O termo prefeitura tambémpode designar o prédio onde está instalada a sede do governo municipal, também chamado de paço municipal onde geralmente se localiza o gabinete do prefeito.
Seu principal objetivo é promover o fortalecimento organizacional, por meio da Gestão Inteligente, no uso da promoção e disseminação do conhecimento como ferramenta de gestão, melhorando a qualidade e a eficiência na prestação do serviço público interno e externo, em consonância com os Objetivos Estratégicos do Governo Municipal.
5.1 Conceito e finalidade da Inscrição Municipal
Trata-se do número de identificação da empresa no cadastro municipal do município em que ela se localiza. Por meio dele, é possível à prefeitura acompanhar a regularidade fiscal da empresa e as atividades do contribuinte. Essa inscrição é obrigatória às empresas prestadoras de serviço, uma vez que ela tem relação direta com o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).
A Inscrição Municipal é obrigatória para todas as pessoas jurídicas que tenham atividades que configurem hipótese de incidência de tributação municipal, e por isso, ainda que a empresa esteja isenta ou imune do imposto, devem-se inscrever cada um de seus estabelecimentos autônomos antes de iniciar suas atividades. Tal imposição é extensiva ainda a determinados órgãos da Administração Pública, condomínios, associações, sindicatos e cartórios.
Além de permitir ao município fiscalizar e controlar o pagamento de tributos e evitar a sonegação de impostos, a inscrição municipal também cumpre a finalidade de informar aos consumidores que aquela empresa está devidamente cadastrada na prefeitura, o que é uma garantia a mais da sua idoneidade. A inscrição deve ser afixada junto ao alvará de localização e funcionamento. Ela também é necessária para a emissão de notas fiscais e para a obtenção de certidões negativas, imprescindíveis para a participação em licitações públicas.
Portanto, a pessoa jurídica que presta serviços poderá emitir notas fiscais de maneira plenamente legal, solicitar certidões negativas que a habilitem a participar de licitações públicas e outras concorrências e informar que sua atividade está em situação regular do ponto de vista da legislação tributária municipal. Só que, para que tudo isso aconteça, é necessário fazer uma pesquisa prévia de viabilidade da atividade pretendida.
O empreendedor deve fazer, desde logo, uma pesquisa prévia, com a intenção de verificar se a atividade que pretende desenvolver pode ser realizada no endereço que escolheu como sede ou unidade autônoma de sua empresa.
Isso porque cada municipalidade possui uma legislação própria de uso e ocupação do solo, o que pode bloquear, por exemplo, atividades comerciais ou industriais em áreas que sejam exclusivamente determinadas como residenciais. Tal exame é muito importante, porque o cumprimento desta etapa vai abrir caminho para a solicitação da Inscrição Municipal, e as regras podem diferir bastante entre os municípios.
Em geral, a Prefeitura pede alguns documentos para que a empresa complete a sua Inscrição Municipal. Essas exigências, é claro, podem variar de município para município, mas é comum que compreendam pelo menos o contrato social ou a declaração de firma individual, o CNPJ, os documentos de RG e CPF dos sócios, os comprovantes de endereço dos sócios, número de Inscrição Estadual (DECA), planta e Habite-se do imóvel onde a empresa vai ficar.
Em alguns casos, dependendo do ramo de atividade do negócio, serão solicitados alguns documentos adicionais, como alvará de vigilância sanitária (para empresas de ramo alimentício e saúde), laudo de vistoria do corpo de bombeiros, cópia de licença ou dispensa de meio ambiente, entre outros.
5.2 Documentos Necessários para abertura de Inscrição Municipal
Abaixo seguem relação de documentos necessários para abertura de Inscrição Municipal:
Cópias: 
· Contrato social;
· Declaração de Firma Individual;
· Ata e ou Estatuto;
· CNPJ; 
· DECA;
· Declaração de Enquadramento de ME ou EPP; 
· Contrato de Locação, ou comprovante de Propriedade; 
· Registro no Órgão de Classe do (s) Sócio (s) (Quando Sociedade) RG do (s) sócio; 
· C.P.F. do (s) sócio (s) 
· Comprovante de endereço do (s) Sócio (s) (Obs: Conta de Luz / Água / Telefone / Contrato de locação - Importante: caso o comprovante de endereço não esteja em nome do requerente apresentar declaração do proprietário do imóvel atestando a comprovação de residência);
· Planta e habite-se do Imóvel;
· Alvará da Vigilância Sanitária (Quando Atividades de Gêneros Alimentícios e Saúde).
Dependendo da Atividade será exigido:
· Laudo de Vistoria do Corpo de Bombeiros;
· Licença de funcionamento da Cetesb;
· Outros poderá ser exigido pelo Engenheiro do Setor Competente;
· Procuração quando for o caso.
6 SECRETARIA ESTADUAL DA FAZENDA (SEFAZ)
É o órgão responsável pela gestão financeira do Estado e pela arrecadação dos tributos de sua competência. Sua missão é prover e gerir os recursos públicos que viabilizam a gestão do Governo, com transparência, isenção e tempestividade, prestando contas e disponibilizando com agilidade as informações necessárias para o contínuo aperfeiçoamento do controle fiscal e social do Estado. 
A visão da secretaria é de ser um órgão onde haja orgulho de se trabalhar pela busca da excelência no desenvolvimento e na implantação da política fiscal do estado, aí incluído o seu aspecto tributário, e contribuindo para a expansão do investimento e da atividade econômica no Estado, o aperfeiçoamento dos serviços públicos e o aumento da qualidade de vida da população. Os valores da SEFAZ são: a excelência; a motivação; a ética; a equidade; a sustentabilidade; a independência; e a transparência.
Os principais impostos cobrados pela Sefaz em todos os Estados e no Distrito Federal são:
· ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação;
· ITCD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos;
· IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores).
Uma das principais obrigações cobradas pela Sefaz para as empresas é o armazenamento das Notas Fiscais eletrônicas (NF’s), atualmente pelo período de 5 anos.
6.1 Conceito e finalidade da Inscrição Estadual
A Inscrição Estadual é um número que representa o registro da empresa no cadastro do ICMS e a identifica como um estabelecimento regular. Essa inscrição permite que a empresa possa comercializar produtos ou serviços que tenham repasse de mercadorias.
Uma das finalidades da Inscrição Estadual é permitir as empresas comercialize produtos dentro do território nacional. Ou seja, toda e qualquer empresa que vende produtos é obrigada a pagar o ICMS e para saber quanto de imposto você vai pagar precisa fazer o cadastro da Inscrição Estadual. Lembrando que o imposto é sobre toda venda de produto na sua empresa. Todas as empresas que comercializam qualquer tipo de produto são obrigadas a pagar o ICMS, e para poder pagar esse imposto, é preciso estar cadastrado junto ao seu estado. Logo, a inscrição estadual é obrigatória. No cadastro é calculado quanto imposto será pago sobre cada uma das vendas feitas pela empresa.
No caso do MEI a Inscrição Estadual é aberta automaticamente quando uma atividade que necessita da inscrição é adicionada no CNPJ.
Já para MEs e EPPs o processo varia um pouco. Neste caso a inscrição é gerada através de um pedido no momento em que a empresa está sendo aberta ou quando há alteração de CNAES que necessitem da inscrição.
Os Microempreendedores Individuais (MEIs) conseguem dar baixa em suas inscrições estaduais a partir do momento em que o CNAE que pede pela inscrição é excluído do CNPJ. A exclusão do CNAE é feita no Portal do Empreendedor, e a inscrição pode levar em média 24 horas para sofrer a baixa.
Os empreendedores que possuem uma Microempresa (ME) ou uma Empresa de Pequeno Porte (EPP) podem dar baixa em suas inscrições com o auxílio de um advogado ou serviço de contabilidade. Por ser um procedimento maiscomplicado em relação ao do MEI, é importante que essas empresas tenham um serviço de confiança. Esse procedimento varia conforme cada estado, mas no geral, para remover a Inscrição Estadual é necessário realizar o pagamento de algumas taxas.
Na maioria dos estados, você consegue emitir a Inscrição Estadual junto com o CNPJ, pela internet mesmo, em um cadastro único. Mas, como há variações dependendo de onde você vai abrir a empresa, consulte sempre a Secretaria de Fazendo do seu estado.
Em alguns estados, por exemplo, o alvará de funcionamento depende do cadastro na Inscrição Estadual. Em outros, o imposto pode ter alíquota reduzida ou até zero. Na dúvida, busque sempre a ajuda de um contador.
Na abertura da empresa, é comum surgir esse tipo de dúvida. Eu mesmo, quando fui abrir a minha primeira empresa, não fazia ideia do que era Inscrição Estadual, mas hoje uso meu número em notas fiscais diariamente.
6.2 Procedimentos necessários para cadastro na Inscrição Estadual
A Inscrição Estadual pode ser solicitada pela internet, juntamente com a solicitação do CNPJ, o que é feito por meio do Coletor Nacional, um serviço disponibilizado pela Receita Federal.
Contudo, antes de realizar os procedimentos de solicitação do CNPJ e da Inscrição Estadual para primeiro estabelecimento, você deve acessar o site da Secretaria da Fazenda do seu estado, para fazer consulta de viabilidade por meio do aplicativo Integrador Estadual, que é específico de cada estado. Essa consulta gerará um protocolo, que será utilizado no processo de pedido de Inscrição Estadual.
O CNPJ também pode ser solicitado, independente da Inscrição Estadual. Nesse caso, antes de efetivar os procedimentos da inscrição, é conveniente verificar se os dados do CNPJ estão corretos e se os CPFs dos sócios também coincidem. Qualquer divergência impedirá a sequência de registro.
Também é necessário que o processo de formalização da empresa, na Junta Comercial do seu estado, tenha sido realizado.
Cada tipo de empresa requer uma relação diferente de documentos para a solicitação da Inscrição Estadual. O Micro Empreendedor Individual, por exemplo, deve apresentar os seguintes documentos:
· CPF e RG;
· Certificado de Microempreendedor Individual;
· Comprovantes de endereço da empresa e da residência;
· Alvará de Funcionamento definitivo.
No caso de empresa de Sociedade Limitada é necessário incluir, entre os documentos, o Contrato Social da empresa e os documentos pessoais dos sócios. Nesse caso, também será solicitada a certidão de débito de tributos estaduais negativa, da unidade da Federação onde se localiza o estabelecimento solicitante, relativamente à pessoa jurídica. 
Se a empresa for distribuidora de combustível, ela também deverá apresentar o registro na Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Após cumprir todos as preliminares indicadas acima, é hora de acessar o Coletor Nacional da Receita Federal. Nele, você deve inserir o número do protocolo obtido na consulta de viabilidade, que permitirá a sequência dos procedimentos.
Na primeira página do Coletor, selecione a opção “Preencher nova solicitação”. Logo abaixo, abrirão dois campos que lhe permitirão informar o estado e o município onde a sua empresa está localizada.
Em seguida, você deve marcar a opção “Inscrição”, no campo de definição do Ato do Cadastro. Se você já tem o protocolo de viabilidade, você deve selecionar a opção “Sim” do evento que será seguido e informar o número do protocolo no campo específico.
Caso você já tenha obtido o CNPJ da empresa, em separado da Inscrição Estadual, você poderá prosseguir com o procedimento, mesmo sem o protocolo. Nesse caso, na próxima página será solicitado o número do CNPJ, que permitirá o acesso ao restante do formulário, onde as informações solicitadas deverão ser preenchidas.
Após o preenchimento do formulário do Coletor Nacional, é hora de fazer o envio da documentação para o órgão fazendário. Em geral, as Secretarias da Fazenda indicam um endereço de e-mail, para onde o envio dos documentos digitalizados deve ser feito.
Também no site da Secretaria da Fazenda, deve ser feita a impressão da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais, para pagamento da taxa de expediente, cujo valor varia de estado para estado.
É importante que o empresário conheça bem quais são as obrigações tributárias que ele deve cumprir com o estado. Contudo, ele também deve estar ciente dos tributos que realmente deve pagar.
No caso do MEI, por exemplo, ainda que ele deva obter a Inscrição Estadual, não há recolhimento destacado do ICMS. Por isso, logo após a solicitação do registro, o empreendedor deve se informar sobre a alíquota do ICMS. Da mesma maneira, sobre eventuais substitutos tributários que possam existir, na atividade que ele exerce.
Os procedimentos para a Inscrição Estadual são bastante detalhados e exigem muita atenção na hora de realizar o cadastramento. Contudo, é indispensável cumprir essa burocracia, sem a qual a sua empresa não estará apta a atuar dentro da legalidade.
Sem a Inscrição Estadual, você não terá como recolher o ICMS. Assim, você ficará exposto às sanções do seu estado, que podem gerar multas pesadas e o fechamento da sua empresa. Além disso, sem o ICMS, você terá que trabalhar na informalidade, sem emitir notas fiscais. Como os grandes clientes exigem nota fiscal, isso significa que a sua empresa permanecerá limitada a atender a poucos pedidos, sem a possibilidade de prosperar.
Ainda, você encontrará grande dificuldade para obter o crédito necessário à expansão do seu negócio. Portanto, é indispensável que você valorize a Inscrição Estadual, de maneira devida.
6.3 Documentos necessários
Abaixo citarei a relação de documentos necessários para abertura da inscrição Estadual no estado do RJ:
· documento de Cadastro do ICMS - DOCAD Eletrônico, para formalizar o pedido;
· original do DARJ relativo ao recolhimento da Taxa de Serviços Estaduais;
· cópia do instrumento constitutivo da sociedade ou declaração de firma individual com a prova de arquivamento ou registro na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro - JUCERJA ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas e, no caso de autarquia e empresa pública, do ato legal de sua criação;
· cópia do documento de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ (antigo CGC) do Ministério da Fazenda, ou do CPF, quando se tratar de leiloeiros e pregoeiros de pescado;
· cópia do comprovante de propriedade do imóvel onde o requerente exercerá sua atividade ou de instrumento que autorize sua ocupação, devidamente acompanhado do título de propriedade do imóvel, ou da autorização para ocupação de área de circulação de Shopping Centers ou assemelhados, conforme o caso;
· cópia do documento de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ (antigo CGC) do Ministério da Fazenda, ou do CPF, quando se tratar de leiloeiros e pregoeiros de pescado;
· cópia do comprovante de propriedade do imóvel onde o requerente exercerá sua atividade ou de instrumento que autorize sua ocupação, devidamente acompanhado do título de propriedade do imóvel, ou da autorização para ocupação de área de circulação de Shopping Centers ou assemelhados, conforme o caso;
· certificado de Regularidade Profissional emitido pelo Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro, bem como do contrato de prestação de serviços ou do contrato de trabalho com a empresa, no caso de haver contabilista responsável pela escrita do contribuinte;
· certificado fornecido pelo setor responsável pelo armazenamento de produtos da pesca, quando se tratar de pregoeiros de pescado;
· registro no Departamento de Recursos Minerais DRM-RJ, para as empresas que exerçam atividade de exploração e aproveitamento de recursos minerais;
· cópia do documento de identidade, CPF e prova de residência dos sócios, diretores ou titular.
Para o pedido de Inscrição Facultativa ou de Inscrição Especial o interessado deverá apresentar, além dos demais documentos, requerimento contendo as justificativas do pedido.
Para algumas atividades e/ou situaçõesespecíficas, serão exigidos, além dos documentos acima enumerados, outros documentos relacionados nos artigos 53 a 56 da Resolução SEF nº 2.861/97.
Para os contribuintes substitutos localizados em outra Unidade da Federação será exigida, além do DOCAD, cópia dos seguintes documentos:
· instrumento constitutivo da sociedade ou declaração de firma individual com a prova de arquivamento ou registro na Junta Comercial do estado do Rio de Janeiro - JUCERJA ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas do estado de origem;
· documento de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ do Ministério da Fazenda;
· documento de inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado de origem;
· documento de identidade, CPF e prova de residência dos sócios, diretores ou titular.
As distribuidoras, os importadores e os transportadores revendedores retalhistas- TRRs, que efetuem operações com combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo, ou com mercadorias discriminadas no parágrafo 1º, inciso I, da cláusula primeira, do Convênio ICMS 03/99, no ato do pedido da inscrição estadual deverão, além das exigências previstas na cláusula sétima do Convênio ICMS 81/93 e no artigo 52 da Resolução SEF nº 2861/97, apresentar os documentos listados no artigo 1º da Resolução SEFCON nº 3981/00.
7 BALANÇO DE ABERTURA
 O Balanço de Abertura é utilizado para contabilização dos saldos do Ativo e do Passivo das empresas que estão se constituindo e também, são apurados mediante levantamento por meio de documento para se dar início à escrituração contábil em empresas que anteriormente apenas usavam o Livro Caixa, como aquelas optantes pelos sistemas de tributação conhecidos como Simples Nacional e como Lucro Presumido. As empresas que ficaram inativas durante longo espaço de tempo (mais de 5 anos) também poderão utilizar esse recurso.
O Balanço de Abertura também pode ser utilizado por empresas que tiveram sua escrituração contábil desclassificada pela fiscalização, desde que essa desclassificação seja atestada por profissional de contabilidade devidamente habilitado.
O início da Escrituração Contábil terá por base o instrumento de constituição da empresa que, dependendo de sua natureza jurídica, será:
· Declaração de Firma Individual;
· Contrato Social;
· Ata da Assembleia de Constituição.
O Capital Social subscrito ou comprometido pelos sócios é que dá origem ao patrimônio da sociedade, nascendo ali um direito da empresa em relação aos seus participantes.
A integralização do Capital, ou seja, o cumprimento da obrigação pelos sócios, pode se dar de várias formas, sendo mais comum com dinheiro, com bens e/ou com direitos.
O correto é registrar, com a data da assinatura do instrumento de constituição, o compromisso assumido, da seguinte forma:
D – Capital a realizar (Patrimônio Líquido)
C – Capital Subscrito (Patrimônio Líquido) 
Por sua vez, na data da integralização, pelos sócios, teremos o seguinte registro:
D – Caixa/ Banco (Ativo Circulante)
C – Capital a realizar (Patrimônio Líquido) 
O Balanço de Abertura consiste na realização de um inventário físico e documental que permita identificar os bens, os direitos e as obrigações da empresa em determinado momento.
Conhecidos os bens, os direitos e as obrigações e estabelecidos os respectivos valores, deverá o Contabilista estruturar o Balanço de Abertura, que será sintetizado com base no ordenamento feito previamente num “elenco de contas” ao qual fazemos referência adiante.
No Ativo, serão devidamente agrupados os bens e os direitos. No Passivo, figurarão as obrigações.
Para se obter a igualdade, ATIVO = PASSIVO, deve-se considerar, juntamente com o Passivo, o valor do Capital registrado. Se o Ativo comparado com o Passivo acrescido do Capital estiver maior, a diferença deverá ser denominada “Lucros Acumulados”. Se o Ativo comparado com o Passivo acrescido do Capital estiver menor, a diferença deverá figurar como “Prejuízos Acumulados”, como redutora do Capital Subscrito.
Qualquer que seja a forma de escrituração, há a necessidade de se proceder ao registro dos elementos Ativos e Passivos para abertura da escrita. Abaixo seguem os valores referente ao balanço de abertura da empresa em questão:
·  Registro dos Elementos Ativos:
D – Caixa (AC) R$ 1.000,00
D – Banco conta Movimento (AC) R$ 100.000,00
D – Estoque de Mercadorias (AC) R$ 50.000,00
D – Móveis e Utensílios (ANC) R$ 4.000,00
C – Balanço de Abertura (PL) R$ 155.000,00
· Registro dos Elementos Passivos:
D – Balanço de Abertura (PL) R$ 31.000,00
 C – Fornecedores a pagar (PC) R$ 20.000,00
 C – Obrigações Sociais (PC) R$ 7.000,00
 C – Obrigações Tributárias (PC) R$ 4.000,00
 C – Balanço de Abertura (PL) R$ 155.000,00
· Registro do Capital Social:
D – Balanço de Abertura (PL) R$ 100.000,00
C – Capital Social (PL) R$ 100.000,00	
Valor do Capital Social registrado conforme Contrato Social.
· Registro do Lucro Apurado:
D – Balanço de Abertura (PL) R$ 24.000,00
C – Lucros/ Prejuízos Acumulados (PL) R$ 24.000,00
O valor do lançamento, neste caso, é resultante da diferença entre os elementos ativos menos elementos passivos e capital social.
A conta Balanço de Abertura deve ficar zerada depois de efetuados todos os lançamentos contábeis. Ela poderá ser aberta no grupamento do Patrimônio Líquido e será utilizada apenas uma vez, no momento da abertura da escrituração contábil. Efetuados os lançamentos com a data do Balanço de Abertura, deverão ser transcritos no Livro Diário, e assinados pelo Administrador e pelo Contabilista responsável pela contabilidade.
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Acesso em 22/09/2019;
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http://www.portaltributario.com.br/guia/scp.html
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http://www.normaslegais.com.br/guia/scp.htm
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http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/sociedade-anonima-capital-acoes.htm
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https://www.dicionariofinanceiro.com/sociedade-anonima-sa/
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https://jurosbaixos.com.br/conteudo/receita-federal-entenda-suas-principais-funcoes/
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Cadastro_Nacional_da_Pessoa_Jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita_Federal_do_Brasil
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Acesso em 20/10/2019
https://news.contabilivre.com.br/abrir-um-cnpj/
https://blog.sage.com.br/entenda-o-que-e-inscricao-municipal-e-para-que-serve/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prefeitura_(Brasil)
https://quickbooks.intuit.com/br/blog/documentacao/inscricao-municipal-guia/
Acesso em 20/10/2019
https://arquivei.com.br/blog/o-que-e-sefaz-conhecendo-mais-sobre-o-orgao-blog-arquivei/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Secretaria_de_Estado_de_Fazenda_(Rio_de_Janeiro)
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http://www.fazenda.rj.gov.br/sefaz/faces/oracle/webcenter/sitestructure/render.jspx?datasource=UCMServer%23dDocName%3A101721&_afrLoop=1163180397208845&_afrWindowMode=0&_afrWindowId=null&_adf.ctrl-state=457zwmq1b_294
Acesso em 29/11/2019	
http://www.cienciascontabeis.com.br/balanco-de-abertura-principais-orientacoes/
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/balancodeabertura.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/constituicaoempresa.htm
APÊNDICE A – Balanço de Abertura
	ATIVO 
	PASSIVO 
	ATIVO CIRCULANTE 
	R$ 151.000,00
	PASSIVO CIRCULANTE
	R$ 31.000,00
	Disponibilidades
	R$ 101.000,00
	Fornecedores
	R$ 20.000,00
	Caixa
	R$ 1.000,00
	Obrigações Sociais 
	R$ 7.000,00
	Banco Conta Movimento
	R$ 100.000,00
	Obrigações Tributárias
	R$ 4.000,00
	ESTOQUES
	R$ 50.000,00
	PATRIMÔNIO LIQUIDO
	R$ 124.000,00
	Estoque de Mercadoria
	R$ 50.000,00
	Capital Social 
	R$ 100.000,00
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
	R$ 4.000,00Capital integralizado
	R$ 100.000,00
	IMOBILIZADO
	R$ 4.000,00
	Lucros/Prejuízos Acumulados
	R$ 24.000,00
	Móveis e Utensílios
	R$ 4.000,00
	 
	 
	TOTAL DO ATIVO
	R$ 155.000,00
	TOTAL DO PASSIVO
	R$ 155.000,00
	CAPITAL SOCIAL
	Sócio 1 
	 
	Dinheiro 
	R$ 90.000,00
	Sócio 2
	 
	Dinheiro
	R$ 10.000,00
	 
	 
	Total Capital Social Integralizado
	R$ 100.000,00

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