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Tetralogia de Fallot - tcc completo

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FAINOR - FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE 
IPROFI – EDUCAÇÃO COORPORATIVA 
CURSO FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
GILMARA ALVES LIMA 
SARA BATISTA 
 
 
 
 
 
 
 
PAPEL DA FISIOTERAPIA NA TETRALOGIA DE FALLOT: UMA REVISÃO 
INTEGRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA DA CONQUISTA – BA 
JUNHO / 2019 
GILMARA ALVES LIMA 
SARA BATISTA 
 
 
 
 
 
 
 
PAPEL DA FISIOTERAPIA NA TETRALOGIA DE FALLOT: UMA REVISÃO 
INTEGRATIVA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
FAINOR, para obtenção do título de Pós Graduado Lato 
Senso Em Fisioterapia . 
Orientador: ​Prof. (titulação) XXX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA DA CONQUISTA – BA 
2019 
RESUMO 
A Tetralogia de Fallot é uma das principais cardiopatias congênitas, sendo que seu 
tratamento geralmente é feito por correção cirúrgica, o que envolve inúmeras 
complicações pré e pós-operatórias. Nesse sentido, a fisioterapia mostra-se 
fundamental ao reduzir o tempo de permanência do paciente em centros de terapia 
intensiva e internações hospitalares, ao melhorar o quadro clínico nos períodos pré, 
peri e pós-operatório, além de prevenir e reduzir complicações cardiorrespiratórias. 
O presente trabalho buscou fazer uma revisão integrativa sobre a fisioterapia em 
pacientes com tetralogia de fallot em todas as etapas de tratamento. Foram 
utilizadas as bases de dados: ​PubMed, Scopus e Scientific Eletronic Library Online 
(SCIELO) durante o mês de junho de 2019, sendo ​utilizados os seguintes 
descritores e suas combinações nas línguas portuguesa e inglesa: “Fisioterapia”, 
“Tetralogia de Fallot”, “​Physiotherapy​” e “Tetralogy of Fallot”. Os artigos foram 
selecionados e definidos conforme os seguintes critérios de inclusão: publicações 
em português ou inglês; retratação da temática de interesse e artigos publicados e 
indexados nos referidos bancos de dados nos últimos dez anos. A exclusão de 
trabalhos deste levantamento seguiram os critérios: publicações anteriores ao ano 
de 2009, trabalhos duplicados, não acessíveis em texto completo, resenhas, artigos 
de opinião e anais de congresso. Ao todo foram avaliados 236 artigos, dos quais 
foram lidos seus títulos e resumos, sendo selecionados 17 que foram lidos na 
íntegra e somente 9 abordavam todos os pontos desejados. Observou-se a 
existência de diversos trabalhos sobre a tetralogia de fallot, porém muito poucos que 
se focavam em abordagens fisioterapêuticas. Porém, dentro dos trabalhos 
avaliados, nota-se a efetividade da fisioterapia na melhora do prognóstico dos 
pacientes em todas as etapas do tratamento quando associada a uma equipe 
multidisciplinar. 
 
Palavras-chave: ​Cardiopatia.​ ​Fisioterapia. Tetralogia de Fallot. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
A Tetralogia de Fallot é uma cardiopatia cianótica extremamente comum, 
sendo responsável por 3,5% dos casos de nascimento de crianças com patologias 
cardíacas congênitas (Barreira, 2017; Shinebourne et al., 2006). A má formação é 
constituída pelas seguintes alterações anatómicas: desalinhamento da aorta para a 
direita, obstrução do ventrículo direito, hipertrofia do ventrículo direito e 
comunicação interventricular, o que acarreta em uma oxigenação insuficiente do 
organismo (CAVENAGHI, 2009). O grau de obstrução do fluxo sanguíneo para os 
pulmões influencia diretamente na gravidade da doença, sendo mais frequente o 
surgimento de cianose ligeira a moderada no período neonatal (​NETO, 2008; 
Barreira, 2017​). 
Os comprometimentos dos pacientes com essa cardiopatia vão além de 
pontos anatômicos e clínicos (Barreira, 2017). Suas consequências acarretam em 
atrasos na motricidade, alterações do tônus e nos pares cranianos, assimetrias 
motoras, dificuldades sociais, comportamentais e cognitivas, gerando desafios de 
socialização e realização de atividades simples e rotineiras (Limperopoulos et al., 
2009). 
Os pacientes com a Tetralogia de Fallot normalmente passam por correções 
cirúrgicas para reparação das falhas ​anatomofisiológicas (​CAVENAGHI, 2009​)​. 
Porém, complicações pós-operatórias são um ponto crítico no processo, por se 
relacionar com uma alta m​orbidade nessa população pediátrica e neonatal (NETO, 
2008). As principais problemáticas envolvidas nesse período são pneumonia, 
atelectasia, infecções, síndrome da resposta inflamatória sistêmica pós-circulação 
extracorpórea, insuficiência respiratória e renal, acidose metabólica e estado de 
choque prolongado (Downie, 2007). 
As ​intervenções fisioterapêuticas se apresentam como alternativa na melhora 
desse cenário, por estimular a higiene brônquica, o sincronismo toracoabdominal, 
estimular a oxigenação e ventilação pulmonar, vias aéreas pérvias, além de, 
melhorar os volumes e a capacidade pulmonar do paciente (MESQUITA, 2007). A 
fisioterapia na tetralogia de fallot tem se mostrado efetiva tanto em etapas 
pré-operatórias como pós-operatórias, promovendo a reexpansão pulmonar, 
desobstrução das vias aéreas e orientar os responsáveis para prevenir estas 
complicações (CAVENAGHI, 2009). Nesse sentido, o presente trabalho se propõe 
realizar uma revisão integrativa sobre a fisioterapia na tetralogia de Fallot. 
 
 
Metodologia 
 
Trata-se de uma revisão integrativa realizada pelo levantamento bibliográfico 
sobre a fisioterapia aplicada em pacientes com Tetralogia de Fallot. Tal método de 
revisão proporciona a reunião, sumarização e discussão sobre a literatura em 
determinado tema científico, promovendo o entendimento de um fenômeno ou 
problemática relacionada à saúde e seu cenário atual de estudos. 
Para desenvolvimento presente trabalho, foram realizadas os seguintes 
passos, segundo Mendes (2008): seleção da questão norteadora; estabelecimento 
de palavras-chave, critérios de inclusão e exclusão e busca na literatura; avaliação 
dos estudos incluídos na revisão integrativa; definição das informações a serem 
extraídas; interpretação dos resultados e discussão do conhecimento obtido. 
Foram realizadas buscas nas bases de dados: ​PubMed, Scopus e Scientific 
Eletronic Library Online (SCIELO) durante o mês de junho de 2019, sendo ​utilizados 
os seguintes descritores e suas combinações nas línguas portuguesa e inglesa: 
“Fisioterapia”, “Tetralogia de Fallot”, “​Physiotherapy​” e “Tetralogy of Fallot”. Sendo 
utilizados os seguintes operadores (and) ​Physiotherapy​” and “Tetralogy of Fallot. 
Para seleção do artigo foram utilizados os seguintes critérios: publicações em 
português ou inglês; retratação da temática de interesse e artigos publicados e 
indexados nos referidos bancos de dados nos últimos dez anos. 
A exclusão de trabalhos deste levantamento seguiram os critérios: 
publicações anteriores ao ano de 2009, trabalhos duplicados, não acessíveis em 
texto completo, resenhas, artigos de opinião e anais de congresso. 
Inicialmente foram encontrados 236 artigos, dos quais foram lidos seus 
títulos, resumos e classificados segundo os critérios de inclusão e exclusão já 
citados. Destes, foram selecionados apenas os que abordavam a temática do 
trabalho, totalizando 17 estudos que foram lidos na íntegra, dos quais 8 foram 
excluídos por fugirem da abordagem desejada, acarretando emum total de 9 
trabalhos analisados. Foi realizada a construção de um quadro sinóptico com todos 
os artigos selecionados para análise e melhor visualização, contendo: autoria, ano 
de publicação, tipo de estudo, objetivos e resultados. 
Resultados 
A distribuição dos 9 trabalhos selecionados podem ser observadas na tabela 
1. Desses, 5 são trabalhos em língua portuguesa e 4 em inglês variando entre 
estudos de caso, de intervenção estratificados e avaliações qualitativas. 
TABELA 1:​ Quadro sinóptico de estudos relacionados com a Tetralogia de Fallot. 
Autoria Ano Tipo de 
estudo 
Objetivo Resultado 
Barreira MC 2017 Estudo de 
caso clínico 
Avaliação do caso clínico 
quanto a bordar etiologia da 
doença, diferentes métodos 
de diagnóstico, terapêutica 
e principais preocupações a 
ter no futuro. 
Alinhamento entre equipes 
médicas e fisioterápicas se 
mostraram essencial na 
recuperação 
pós-operatória dos 
pacientes 
Silva et al. 2016 Estudo 
qualitativo 
Investigar a percepção dos 
familiares de uma criança 
com Síndrome de Down e 
cardiopatia 
congênita, em relação à 
importância do atendimento 
fisioterapêutico. 
Os familiares priorizam a 
atuação da fisioterapia 
durante todo o 
desenvolvimento da 
criança, declarando 
eficácia desde o início de 
tratamento. 
Dulfer, et. 
al. 
2014 Estudo de 
intervenção 
estratificado 
Avaliar os efeitos de um 
programa de exercícios na 
qualidade de vida 
relacionada à saúde 
crianças e adolescentes 
com tetralogia de Fallot 
A participação em um 
programa de exercícios 
melhorou a qualidade de 
vida em crianças 
especialmente naquelas 
com baixa qualidade de 
vida. 
Duppen, et 
al. 
2015 Estudo de 
intervenção 
estratificado 
Avaliação dos efeitos de 
um programa de 
treinamento físico sobre a 
aptidão cardiopulmonar e 
atividade física diária em 
pacientes com tetralogia de 
Fallot ou circulação de 
Fontan 
O treinamento aeróbico 
melhora a aptidão 
cardiorrespiratória em 
pacientes com TOF, mas 
não apresenta melhora em 
pacientes com circulação 
de Fontan. O treinamento 
físico não alterou a 
atividade física diária. 
Cuypers, et 
al. 
2014 Estudo 
qualitativo 
Estudo prospectivo sobre a 
sobrevida a longo prazo em 
pacientes submetidos à 
correção cirúrgica após 30 
anos. 
A condição clínica e o 
estado de saúde da 
maioria dos pacientes 
permanecem bons, e as 
dimensões da aorta não 
aumentaram ao longo do 
tempo quando associado a 
fisioterapias. 
Santos et 
al. 
2013 Estudo de 
caso clínico 
Avaliar a fisioterapêutica de 
criança com malformações 
cardíacas 
Fisioterapias alveolares e 
de higiene brônquica para 
ajuste de trocas gasosas, 
não apresentaram 
resultado. 
Assumpção 
et al. 
2015 Estudo de 
intervenção 
estratificado 
Verificar efeito do apoio 
manual nos parâmetros 
cardiorrespiratórios, em 
lactentes cardiopatas 
submetidos à cirurgia 
O apoio manual resultou 
em aumento da SpO2, 
sem apresentar alteração 
de dor e desconforto. Em 
relação a dor o GA 
melhorou 
significativamente 
comparado com o GC 
Assumpção 
et al. 
2013 Estudo de 
intervenção 
estratificado 
Verificar a repercussão da 
vibrocompressão manual e 
da aspiração nasotraqueal 
sobre os parâmetros 
cardiorrespiratórios 
A vibrocompressão manual 
e a aspiração nasotraqueal 
aplicadas no 
pós-operatório de cirurgias 
cardíacas se mostraram 
efetivas 
Oliveira et 
al. 
2012 Estudo 
retrospectivo 
de casos 
Descrição demográfica 
e clínica de 
complicações 
respiratórias no 
pós-operatório. 
A fisioterapia é 
extremamente eficaz 
quando realizado no 
período pré-operatório 
para reduzir complicações 
após essa etapa. 
 
Discussão 
O envolvimento de diferentes de especialidades médicas e fisioterapêuticas é 
essencial na velocidade e eficiência do tratamento de pacientes com tetralogia de 
fallot, como demonstrado por Barreira (2017). A lógica multidisciplinar permite que a 
fisioterapia se alinhe as necessidades específicas de cada paciente, tanto em 
etapas pré como pós-operatórias maximizando seus efeitos ao evitar ou amenizar 
complicações e melhorando o prognóstico (Barreira, 2017; Silva, 2008). 
Na abordagem fisioterapêutica para a tetralogia de fallot grande parte do seu 
foco é voltado para otimização dos aspectos pulmonares do paciente, estimulando 
sua complacência e reduzindo o trabalho respiratório e a resistência das vias aéreas 
(Allan, 2011). Nesse sentido, sua importância é percebida pelos familiares dos 
pacientes com essa doença ao priorizarem a atuação da fisioterapia desde o seu 
tratamento nas etapas pré-operatórias até todo o desenvolvimento dessas crianças 
(Silva et al., 2016). 
Na etapa pré-operatória a fisioterapia é essencial na análise das condições 
reais do paciente e na intervenção de acordo com as alterações respiratórias 
provenientes da cardiopatia (Oliveira et al, 2012). Manobras de desobstrução, apoio 
abdominal e reexpansão pulmonar são os procedimentos comumente indicados 
nessa fase (Snookes, 2010). Deve-se, porém associar a avaliação da 
sintomatologia do fisioterapeuta com exames complementares, como radiografia de 
tórax, gasometria arterial, parâmetros ventilatórios, medidas de saturação periférica 
e ausculta pulmonar, para melhor compreensão do estado do paciente e adoção da 
estratégia mais adequada (Santos et al., 2013). 
A precocidade para estabelecimento da fisioterapia respiratória no paciente 
acarreta maiores as vantagens, principalmente no estabelecimento de ventilação 
adequada, o que reduz as chances de complicações do sistema respiratório e 
problemas de extubação (Oliveira, 2012). Nesse sentido, manobras de higiene 
brônquica como tapotagem, vibração e drenagem postural, têm sido abordadas 
(Nicolau et al. 2007; Mittelstadt, 2018). 
Fisioterapias incorretas podem acarretar na piora do quadro do paciente, 
podendo estimular broncoespasmo, aumentar a hipertensão pulmonar e piorar os 
parâmetros fisiológicos como a frequência cardíaca, respiratória e a oxigenação 
(Santos et al., 2013; Oliveira, 2012). A fisioterapia deve ser aplicada somente em 
casos claramente indicados, e buscando reduzir as descompensações 
hemodinâmicas e gastos metabólicos (Santos et al., 2013). As manobras corretas 
permitem melhor trabalho respiratório e a otimização da oxigenação, otimizando as 
condições do paciente para o procedimento cirúrgico (Oliveira, 2012). 
As terapias fisioterapêuticas realizadas no pós-operatório da tetralogia de 
fallot possuem como principal foco a prevenção ou redução de possíveis 
complicações oriundas do processo cirúrgico, ao buscar restabelecer ao máximo as 
funcionalidade do paciente (Cordeiro et al., 2016; Shakouri et al., 2015). Nessa 
etapa, exercícios de expansão torácica e fortalecimento da musculatura respiratória 
e reabilitação cardiometabólica mostram destaque para obtenção de bons 
prognósticos, como demonstrado por Assumpção et al. (2013). 
O acompanhamento fisioterapêutico pós-operatório deve se iniciar 
imediatamente após o procedimento cirúrgico, acompanhado de avaliação do 
paciente de sua ventilação pulmonar bilateral e expansão pulmonar para assim 
adequar os parâmetros ventilatórios e monitorar a oxigenação periférica 
(Assumpção, 2015). 
A vibrocompressão manual é uma modalidade terapêutica que almeja 
estímuloda deflação pulmonar para facilitar o processo de eliminação do muco, 
sendo importante nos cuidados intensivos do paciente no pós-operatório de 
cardiopatias (Assumpção et al., 2013). Nesse contexto, a associação entre 
vibrocompressão manual e aspiração nasotraqueal tem se mostrado eficiente após 
a cirurgia em pacientes pediátrico, sem acarretar efeitos deletérios como dor e 
desconforto respiratório (Assumpção et al., 2015). 
Outras técnicas utilizadas remoção de secreção brônquica e reexpansão 
pulmonar principalmente após a extubação são a inaloterapia, expiração lenta 
prolongada, desobstrução rinofaríngea retrógrada, aspiração nasotraqueal, entre 
outros (Snookes, 2010). A fisioterapia nesta etapa é de suma importância por 
reduzir a chance de complicações frequentes como a obstrução das vias aéreas por 
edema subglótico (Oliveira et al., 2012). 
Atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com cardiopatias, 
fazem com que a fisioterapia também atue objetivando proporcionar maior 
plasticidade cerebral, menor estabelecimento de padrões anormais, prevenção de 
contraturas e deformidades e fornecimento do máximo de experiências sensoriais 
ao paciente para alavancar o seu desenvolvimento cerebral (Inoue et al., 2011). A 
estimulação cognitiva e sensorial deve ser iniciada desde a internação da criança, 
independente do setor que ela esteja, e do uso de artefatos como o ventilador 
mecânico, cateteres e monitorização (Assumpção et al., 2013; Oliveira et al., 2012). 
Pacientes com tetralogia de Fallot geralmente não apresentam boa tolerância 
a exercícios físicos (Farah, 2009). Nesse contexto, alguns estudos têm avaliado a 
relação entre exercícios fisioterapêuticos e melhores condições de qualidade de 
vida para esses pacientes em diferentes faixas etárias e os resultados têm sido 
positivos como mostrado por Cuypers et al. (2014), Dufler et al.(2014) e Duppen et 
al. (2015). 
É essencial a combinação entre exercícios físicos de baixa intensidade, 
técnicas para o controle do estresse e programas de educação em relação aos 
fatores de risco no estabelecimento das melhor forma de atividade física 
fisioterápica para esse pacientes, seja recém saídos do hospital ou 30 anos após a 
cirurgia (Dufler et al., 2014; Cuypers et al., 2014). Duppen et al., (2015) obteve 
melhoras na aptidão muscular de pacientes em programas de treinamento com 
duração média de 12 semanas, um nível de intensidade aeróbica e uma frequência 
e uma duração mínima de duas vezes por semana, durante 1 hora. 
 
Conclusões 
A fisioterapia possui papel chave em todas as etapas do tratamento de 
pacientes com Tetralogia de Fallot, sendo essencial o diálogo de uma equipe 
multidisciplinar. A seleção e realização correta das sessões fisioterapêuticas tem 
potencial de proporcionar grande melhora no quadro do paciente e evitar 
complicações pós-operatórias, além de proporcionar uma melhora na qualidade de 
vida dessas pessoas ao longo dos anos. Mostra-se, porém necessários mais 
estudos que busquem elucidar os efeitos da fisioterapia na recuperação do 
paciente no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca. 
 
 
 
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