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Estudo dirigido de morte celular

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PATOLOGIA I – Estudo dirigido de morte celular 
1. Modalidades de morte celular 
A morte celular pode ser classificada em quatro modalidades, são elas: apoptose, necrose, 
morte autofágica e autólise. 
Já de acordo com uma nova classificação proposta por um comitê internacional o Comitê de 
Nomenclatura de Morte Celular (NCCD – Nomenclature Committee on Cell Death) em 2012, 
existem 12 tipos de morte celular: Apoptose intrínseca; apoptose extrínseca; necrose; morte 
autofágica; morte celular imunogênica; morte celular dependente de lisossomo; netose; entose; 
parthanatos; pyroptosis; ferroptose; necroptose. 
2. Definição de necrose 
De forma resumida, necrose é o processo de morte celular não programada em um indivíduo 
vivo seguido de autólise (desaparecimento do núcleo e degradação por enzimas lisossômicas 
dos componentes celulares). 
3. Tipos histológicos de necrose 
3.1. Necrose por coagulação ou necrose isquêmica 
Além das alterações nucleares (cariólise principalmente), apresenta citoplasma com aspecto de 
substância coagulada (acidófilo, granuloso e gelificado). Nas fases iniciais ainda é possível 
identificar a estrutura do tecido, mas posteriormente a arquitetura tecidual é perdida 
(macroscopicamente a área atingida é esbranquiçada, intumescida). A causa mais frequente 
desse tipo de necrose é a isquemia e quase sempre a região necrosada é circundada por um halo 
avermelhado (hiperemia). 
 
3.2. Necrose por liquefação/coliquativa 
Nesse tipo de necrose, a zona necrosada adquire consistência mole, semifluida ou mesmo 
liquefeita. É comum após necrose do tecido nervoso, na glândula suprarrenal e na mucosa 
gástrica. A liquefação é causada pela liberação de grande quantidade de enzimas lisossômicas. 
 
3.3. Necrose caseosa 
Aspecto macroscópico de massa de queijo; microscopicamente: massa homogênea acidófila 
contendo alguns núcleos picnóticos. Na periferia há núcleos fragmentados e as células perdem 
totalmente seus contornos e detalhamentos estruturais. É comum na tuberculose. Decorre de 
mecanismos imunitários de agressão envolvendo macrófagos e linfócitos T. 
 
3.4. Esteatonecrose (necrose enzimática do tecido adiposo) 
Ação de lipases sobre triglicerídeos provocando saponificação. Depósitos esbranquiçados ou 
manchas com aspecto de “pingo de vela”. Ocorre também em locais após traumatismo do tecido 
adiposo, especialmente nas mamas. 
 
 
3.5. Necrose gangrenosa/gangrena 
Trata-se de um tipo de necrose de coagulação que acomete principalmente as extremidades de 
membros que perderam o suprimento sanguíneo, gerando gangrena, isto é, 
uma necrose seguida de invasão bacteriana e putrefação tecidual. 
 
4. Causas de necrose celular 
Em geral, a necrose ocorre devido à ausência de suprimento sanguíneo. Mas pode ocorrer 
também por outros fatores que levam à lesão celular irreversível, sejam eles agentes físicos, 
químicos ou biológicos. São exemplos de agentes físicos: ação mecânica, temperatura, efeitos 
magnéticos e radiação. Já como fatores químicos pode-se citar: agentes tóxicos, drogas, álcool 
etc. Por fim, são exemplos de agentes biológicos: infecções virais, bacterianas, micóticas, 
parasitárias ou insuficiência circulatória. 
5. Doenças associadas aos tipos de necrose 
5.1. Necrose por coagulação ou necrose isquêmica - é consequência de um infarto (falta de 
oxigenação) 
5.2. Necrose por liquefação/coliquativa - Acontece principalmente em cenário de infecção 
como nos casos de tuberculose e pneumonia 
5.3. Necrose caseosa - É comum na tuberculose 
5.4. Esteatonecrose (necrose enzimática do tecido adiposo) - Pancreatite aguda necro-
hemorrágica (extravasamento de enzimas digestivas do pâncreas exócrino). 
5.5. Necrose gangrenosa/gangrena - isquemia e infecção (ação bacteriana), além 
de patologias que dificultem o fluxo sanguíneo 
 
6. Repercussões clínicas da necrose celular 
Uma vez instalada a necrose celular, a repercussão clínica vai se tornando mais evidente à 
medida que a estrutura acometida fica sem receber cuidado. Pode estar relacionada à edemas 
comprimindo vasos sanguíneos, infecções, hematomas e ausência de aderência ao tratamento 
proposto. 
A repercussão clínica varia de acordo com o tipo de necrose, mas em geral, as membranas das 
células necróticas perdem a sua integridade, ocorrendo extravasamento de 
substâncias contidas nas células. Isto tem importância clínica pois algumas delas são 
especialmente abundantes em determinados tipos celulares. Estas substâncias entram na 
corrente circulatória, podendo ser detectadas e interpretadas como evidência de morte celular.

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