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Direito civil IV

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Direito Civil IV:
Contrato: (art.421 ao 965)
Conceito: é o fenômeno jurídico pelo qual dois ou mais sujeitos de Direito compõe suas vontades, produzindo a aquisição, a proteção, a transparência, a modificação ou a perda de direito. As espécies de contrato são infinitas.
Classificação dos contratos:
Contrato expresso e tácito:
Contrato expresso: é aquele cujo as cláusulas são articuladas com sinais de comunicação. Segundo a jurista Antônio Chaves, o contrato expresso se divide em escrito, verbal ou por outros sinais de comunicação. Todavia, em determinados contextos específicos, a lei diz que o contrato expresso é escrito restringindo a abrangência do contrato expresso.
Contrato tácito: é aquele que se subtende do comportamento das partes. Não tem clausulas articuladas por escrito ou qualquer outro sinal, mas a existência dele se consta pelo proceder dos contratantes. 
Ex.: José é profissional e começa a prestar seu serviço para Pedro, o qual aceita o serviço e paga por ele, este comportamento noticia a existência de um contrato tácito, pois não existe prova do que foi o que as partes combinaram. 
Para determinados contratos a lei exige forma especial, optando por exemplo pela forma escrito as vezes exigindo que o contrato seja feito em cartório (instrumento público). 
Esse fenômeno é regido pelo artigo 107 do CC que diz que a forma do negócio jurídico é livre, a não ser quando a lei exigir determinada forma como elemento essencial de validade.
Contrato típico ou atípico:
Contrato típico: é aquele previsto em espécie pela lei. Por exemplo, o código civil tipifica mais de uma dezena de contrato, tais como o de compra e venda, troca, comodato, mutuo, doação, locação, etc.
Contrato atípico: é aquele que não é previsto especialmente em lei, o rol de contratos possíveis é infinito de modo que além dos contratos previstos em lei as partes podem criar vários outros.
Contrato paritário ou de adesão:
Contrato paritário: é aquele cujo as cláusulas são produzidas em propriedade, isto é, igualdade de condição entre as partes, de tal modo que todas elas participem da elaboração das cláusulas, discutindo livremente como será o contrato a celebrar.
Contrato de adesão: é aquele cujo as cláusulas são elaboradas por uma das partes, cabendo a outra parte o direito apenas de aceitar referidas clausulas. Dada a peculiaridade do contrato de adesão o código civil destina dispositivos que favorecem o aderente, dentre eles o princípio endúbio pró aderente (art.423 e 424).
Contrato aleatório ou comutativo:
Contrato aleatório: é aquele cujo o resultado é entregue aos fatos sorte intencionalmente pelas partes, de antemão (desde o começo). Ex.: seguro, plano de saúde.
Contrato comutativo: é aquele cujo as vantagens ou desvantagens são desde o início definidas entre as partes, de modo que nenhuma dela assume um risco pré-determinado, assim, se João tem uma casa que vende para Maria por 500 mil reais, esse contrato é comutativo pois as partes sabem qual é a casa e fixaram o preço.
Contrato real ou consensual:
Contrato real: é aquele cujo a validade depende da efetiva entrega de uma coisa de uma pessoa para outra, ex.: contrato de comodato, contrato de deposito.
Contrato consensual: é aquele que vale a partir do consenso que se realiza entre as partes. Assim, é a maioria ds contratos, tais como a compra e venda, prestação de serviço, empreitada, mandato, fiança, etc.
Contrato forma ou informal:
Contrato formal: é aquele que para o qual a lei estabelece alguma forma como elemento essencial de sua validade. Ex.: a lei exige que o contrato seja feito por escrito, a lei exige que o contrato seja assinado por duas testemunhas, a lei exige que o contrato seja feito em cartório (instrumento público).
Contrato informal: é aquele cujo a validade não se exige nenhuma forma especifica. Essa é a regra geral, pois o código civil diz que o contrato não terá forma especial e se não houver exigência da lei.
Contrato solene e não solene:
Para alguns autores a classificação do contrato entre solene e não solene é a mesma do tópico acima que distingue o contrato em formal e informal. Sob essa ótica:
Contrato solene: é a mesma coisa que contrato formal e contrato não solene é a mesma coisa que contrato informal. Todavia outro segmento da doutrina adota critérios diferentes: contrato solene é aquele que se faz em cartório, isto é, aquele para o qual a lei exige instrumento público, como acontece nos casos gerais de contratos, que transferem a propriedade de imóveis (compra e venda, troca, doação).
Contrato não solene: também chamado de insolente, é aquele que não tem como elemento de validade o instrumento público.
Contrato de execução mediata e imediata:
Contrato mediato: é aquele cujo cumprimento não coincide com o momento da celebração, subdivide-se em:
a) Contrato de execução deferida: é aquele que tem um prazo ou uma data marcada ou alguma referência temporal para o seu cumprimento. Ex.: o bem adquirido vai se extinguir no prazo de noventa dias ou no dia -5/05/2018, ou quando acabar o estoque do comprador.
b) Contrato de execução continuada: é aquele cumprimento acontece em prestações repetidos períodos, ex.: José adquire um bem e vai pagar ele em 12x no dia 12 de cada mês; João contratou Paulo para fazer a reforma de sua casa, trata-se de execução continuada, pois é habitual que um serviço desse perdure por vários dias.
Contrato imediato: é aquele cujo fase de cumprimento acontece a partir do momento em que o contrato é celebrado. Ex.: em boa parte dos contratos de compra e venda de coisas moveis em que o comprador no mesmo ato em que contrato já obtém a coisa cumprida e o vendedor já recebe o preço.
Contrato oneroso ou gratuito:
Contrato oneroso: é aquele em que uma das partes recebe determinadas vantagens e fica obrigada a dar algo em troca, isto é, há uma contraprestação. A maioria dos contratos tem essa característica. Assim, na compra e venda, o comprador adquire um bem e em troca paga o preço e o vendedor recebe o preço e em troca entrega a coisa vendida, o locatário recebe o direito de isso e gozo do bem alugado (posse direta) e em troca paga os alugueis.
Contrato gratuito: é aquele em que uma das partes recebe determinada vantagem, sem fica obrigado a uma contraprestação, ex.: doação, comodato, certas espécies de mandato, certas espécies de deposito.
Momentos ou fases do contrato 
Fase I: 
Vontade das partes
Reuniões com testemunhas
Manifestações com propostas
Responsabilidade civil pré-contratual
Fixação de critérios para se discutir validade, interpretações, etc.
Fase II: 
As partes definiram e formaram as clausulas, contratados, com o valor já resolvido.
Fase III:
Cumprir o contrato, execução.
Acontece amigavelmente, não precisa de judiciários.
Fase IV:
Não falar mal da outra parte, dever jurídico
Acabou o contrato
Sigilo do cliente, ética, se caso houver difamação pode pedir uma indenização.
Momentos da existência do contrato:
A existência do contrato atravessa determinadas fases catalogadas pela doutrina, quando a primeira delas é a fase do pré-contratação. Trata-se dos entendimentos preliminares, da emissão da vontade de contratar. O código civil trata-se desse fenômeno em duas passagens:
a) Da formação dos contratos – art.427 e seguintes;
b) Do contrato preliminares – art.462 e seguintes.
A fase pré-contratual tem importantes efeitos especialmente:
a) Produz a responsabilidade civil pré-contratual, isto é o dever de indenizar por causa do descumprimento da proposta ou da aceitação do contrato a celebrar (a proposta obriga os componentes, art.427)
b) Fixa a critério para a interpretação do contrato celebrado, a discussão sobre validade ea sua adequação do comportamento das partes aos princípios contratuais de boa-fé e da função social dos contratos.
Fase de celebração:
É aquele em que o contrato está amadurecido, definido entre as partes, e se o contrato é escrito, é usual definir-se a celebração pela data da assinatura ou ainda por outros critérios definidos pelas partes. Se o contrato é verbal ou tácito, a celebraçãocoincide com o momento do entendimento entre as partes, salvo nos casos de contratos reais.
Fase de execução e a fase do cumprimento do contrato:
Nem sempre é visível, já que muitas vezes o contrato é celebrado e cumprido imediatamente.
Fase pós-contratual:
A doutrina contemporânea tem acenado com a existência de uma quarta fase, a pós-contratual. Assim é que determinado contrato já celebrado e cumprido deixa frequentemente deveres jurídicos posteriores, tais como o de guardar sigilo sobre informações referentes a outra parte, o de respeitar o bom nome da outra parte e o de prestar assistência posterior.
Formação dos contratos: (art.427 e seguintes do código civil):
O código civil e seus artigos 427 e seguintes, trata das formações dos contratos, momento no qual a parte de comunicações preliminares as partes amadurecem sua intenção de contratar e ser encaminhar para o momento da celebração do contrato.
A formação do contrato tem como ponto de partida o ato denominado proposta ou policitação, manifestação de vontade, verbal ou escrita pela qual uma pessoa demonstra a outra sua intenção seria de contratar. Alguns autores afirmam que a proposta costuma ser antecedida de alguns diálogos que ainda não são firmes nos quais as partes colhem informações e acionam vagamente com à possibilidade de contratar. Depois disto, uma das partes ultrapassa essa conversa vaga e faz sua proposta. Por causa dessa seriedade que as propostas contem, diz a lei que ela obriga o proponente (art.427, cc). Obs.: regra geral do artigo 427 do CC: “a proposta obriga o proponente” – havendo três exceções se contrato não resultas: Dos termos da proposta; Da natureza do negocio e Das circunstancias do caso.
O artigo 427 referido, estabelece três exceções, a proposta não obriga o proponente se ela própria contiver a afirmação de que aquela manifestação ainda não é firme. 
Ex. I João envia uma proposta escrita para Pedro, dizendo que tem a intenção de contratar, mas que para isso aguarda a realização de uma reunião, na qual a possibilidade de contrato será definida.
Ex. II: a proposta contém uma fase como “a presente proposta não obriga o proponente”; “o preço mencionado nesta proposta dependerá da confirmação” ou “ainda os dados dessa proposta serão meramente exemplificativo e deverão ser definidos oportunamente”.
A segunda exceção consiste na natureza do negócio, o negócio jurídico a realiza quando tem considerável complexidade não se combina com uma simples proposta obrigatória, por exemplo em se tratando de um contrato de empreitada ou de prestação de serviço para uma obra de engenharia será necessário que o profissional realize vários estudos no terreno, quanto a qualidade do solo ao recebimento de luz, etc., uma simples proposta que anteceda esses estudo não pode ter o efeito de obrigar o proponente.
Terceira exceção não será obrigatória a proposta se a circunstância do caso demonstrarem que o conteúdo da proposta ainda não é firme. Nesse caso será necessário que se analisem fatores como: o local em que a proposta aconteceu, o trato social que existe entre as partes família/amizade e o contexto psíquico em que a proposta aconteceu.
Regras especiais quanto a obrigatoriedade da proposta:
O art.248 do CC distingue proposta entre ausentes e proposta entre presente.
A proposta entre presente acontece quando as partes estão fisicamente no lugar, como por exemplo, sentadas juntas em torno de uma mesa. A lei afirma que a proposta feita por telefone ou meios de comunicações semelhantes é considerada entre presentes, na qual uma das partes pode obter imediatamente a resposta de outra quanto ao amadurecimento da realização do contrato.
A proposta ocorre entre ausente quando as partes são estão frente a frente do mesmo lugar, de modo que será necessário esperar que a proposta chegue até a outra parte, na qual manifestará a sua aceitação que dependera também da chegada ao outro proponente.
Art. 428 – deixa de ser obrigatória a proposta:
I. Se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceitar, considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante.
II. Se feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente.
III. Se feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado.
IV. Se antes dela, ou simultaneamente, chega ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
A proposta entre presentes feita com prazo obriga o proponente?
R: Obriga o proponente enquanto não decorrer o prazo dado para a resposta do policitado, decorrido esse prazo sem resposta deixará de ser obrigatório e o proponente fica livre consequentemente.
Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada.
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.
Aceitação: é dever avisar a parte, pois talvez o contratado não está ciente do atraso.
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa.
A aceitação tácita, o artigo 432 do CC contempla o fenômeno jurídico tratado em doutrina sob o nome do efeito jurídico m silencio, em um ajuste de vontade, que efeito tem o silencio de uma das partes proposta sob proposta feita pela outra matéria em relação com uma regra que se encontra na parte geral do código civil (art.111) segundo a qual quem cala consente, salvo o costume e a lei dispor ao contrário, assim, o referido artigo 432 diz que a aceitação de uma proposta pode ser tácita nos casos em que seja costumeiro aceita-se desse modo fique dispensado entre as partes a aceitação expressa.
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: 
I - no caso do artigo antecedente; II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; III - se ela não chegar no prazo convencionado.
Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. (Contrato de compra e venda é definitivo).
O direito brasileiro adota para a formação do contrato a teoria da expedição ou a teoria da explicação?
Segundo a teoria da expedição as partes estariam vinculadas assim que a aceitação por expedida, isto é, enviada para o proponente, já a segunda teoria da recepção as partes estão vinculadas a partir do momento em que a aceitação chega ao proponente.
Trata-se de uma polemica doutrinaria pode se afirmar que a maior parte da doutrina contemporânea entende que o Brasil adota a teoria mista já que o código civil, ao mesmo tempo em que prestigia a expedição sobre a exceção para a questão da degada da aceitação ao proponente.
Estipulação em favor de terceiro:
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
É o fenômeno pelo qual determinadas pessoas estipulam uma obrigação que será cumprida por uma das partes em favor de um terceiro.
Ex.: maria contrata com Alfredo a prestação de serviço de decoração a ser realizada por este na casa de Mario. Maria tem o direito de exigir o cumprimento da obrigação e a Mario também se dá este direito (art.436 do CC), se houver na estipulação a clausula segundoa qual somente a Mario assistira o direito de exigir o cumprimento da obrigação. Mario não mais terá o direito de quitar o devedor (art.437) 
Também pode haver no contrato uma clausula especial que autorize a Maria a substituir o beneficiário, assim, nesse caso Maria poderá em dado momento avisar ao Alfredo que o beneficiário do contrato não mais será Marcio e que passa a ser José. Essa manifestação de Maria só não poderá ser feita depois de que Alfredo e Mario já tenham tomado as providencias para o cumprimento da obrigação entre eles.
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.
O estipulante pode não exigir (a dívida do devedor) e quitar, porque contratou.
O terceiro não gostou, diz que não foi cumprido direito por isso não dá a quitação, havendo esta clausula ele pode interferir (ADGUSTUM).
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante.
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade.
Da promessa de fato de terceiro:
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
(Responsabilidade civil)
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
Vicio redibitória (art.441 e seguintes do Código Civil):
É um vício oculto em uma coisa, que torna imprestável para sua utilidade ou que cause uma depreciação em seu apreço financeiro.
Há um defeito oculto
Na coisa adquirida mediante contrato:
Comutativo: quando as vontades são vontades definidas pelas partes, não podendo ser aleatório para redigir.
Oneroso: contemplação de merecimento do donatário.
Que tornam a coisa: Imprestável a seu uso ou Diminui o valor da coisa
Tutela judicial dos direitos adquirentes:
Ações e delicias
a) Ação redibitória
b) Ação quanti menoris (estimatória)
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
Para que se caracteriza vicio redibitório é necessário que o vendedor/alienante, tenha tido conhecimento prévio do defeito em uma coisa vendida?
R: não, o art.443 do CC diz que a redibissão do contrato acontecerá mesmo em caso de ignorância do defeito por parte do alienante, consequentemente também terá cabimento à pretensão de abatimento de preço.
Como efeito da redibissão o alienante reembolsará ao adquirente as despesas do contrato. A discussão sobre esse conhecimento prévio por parte do alienante ganha importância somente quando a pretensão indenizatória somente quanto a pretensão indenizatória, pois não será condenado a perdas e danos o alienante que até a entrega da coisa não tinha conhecimento definitivo.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
§ 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
§ 2º Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência.
Evicção:
Evicção é o fenômeno jurídico pelo qual o adquirente de uma coisa em contrato oneroso fica sem a propriedade da coisa adquirida por causa de sua má origem desta, essa má origem é caracterizada por uma decisão judicial transitada em julgado que determina ao adquirente que entregue a coisa a um terceiro, além de decisão judicial, entende-se que excepcionalmente também se caracteriza a evicção se o adquirente perder a coisa adequada por força de constrição administrativa irreversível.
Para haver a evicção é necessário ter a sentença transitado em julgado, mandando o adquirente entregar a coisa ao terceiro reivindicante. Aquele que perde a causa é o evicto e o reivindicado que ganhar, será o evitor.
Requisitos: I) que seja um contrato que possa adquirir um bem de outro. 
II) um tipo de ato de autoridade alega de difícil solução.
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
Vale a clausula de um contrato de compra e venda que isenta o vendedor de responder pelos riscos da evicção? Em caso afirmativo comente os efeitos.
R: a clausula tem validade formal uma vez que é expressamente autorizada pelo art.448, do código civil. Todavia, no qual se diz respeito a sua eficácia, isto é, aos seus efeitos práticos, é preciso considerar se a limitação estabelecida no artigo 449, do mesmo código, a saber: 
a) Se no ato de contratar o adquirente foi informado da existência do risco da evicção e assumir esse risco, a clausula terá efeito pleno: O alienante não responderá por exemplo se Maria vende uma casa para Pedro e no ato da venda informa Pedro de que existe alguém reivindicando esse bem e Pedro afirma que isso não é problema e resolve comprar a casa do mesmo modo, se a evicção acontecer, nada Pedro poderá reclamar de Maria.
b) Se o adquirente não foi informado do risco concreto da evicção ou embora informado, não assumiu o risco, ele terá direito a reclamar somente a devolução do preço pago. Não podendo pleitear a indenização ampla prevista no art.
Qual a diferença entre assumir o risco de evicção (art.449, do cc) e saber que a coisa era alheia ou litigiosa (art. 457)
Art.457: não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
Na hipótese contemplada no art.449 o adquirente foi apenas informado que existe alguém que pretende demandar pelo bem adquirido já na hipótese o adquirente nada terá a reclamar sob ótica penal, ele é um receptador e pouco importa que existe ou não uma clausula que isente o vendedor da responsabilidade. Já na hipótese do artigo 449 a assunção do risco pelo adquirente é relevante somente se houver uma clausula que isenta o alienante.
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
O que se entende por evicção parcial nos termos do art.450, parágrafo único do código civil?
R: é a evicção que envolve somente parte do bem adquirido se por exemplo, Maria vendeu a Pedro um terreno e somente parte desse terreno for evicto, trata-se de evicção parcial.
Assim, se exemplo dado, o juízo determinou que Pedro entregasse ao reivindicante apenas metade do terreno _______.
Na evicção parcial, será mister considerar a regra do artigo455 do cc, que diz:
a) Se a evicção for parcial mas considerável, terá o evito o direito de rejeitar o bem inteiro e não apenas a parte evita.
Já a evicção considerável é aquela que por algum motivo inviabiliza o uso da parte remanescente do bem adquirido.
Ex. I: maria vende um bem para Pedro do qual apenas parte vem a ser evicto, se se tratar de um terreno em que juntamente a parte evita é aquela que faz frui-te para uma importante estrada que dá o terreno todo valor. 
Ex. II: na parte evicta do terreno rural adquirido encontra-se o único poço de captação de agua.
Ex. III: o adquirente empreendedor imobiliário e antes da evicção acontecer tenha feito um projeto de instalação de um condomínio no local e esse objetivo do comprador estava claro para as partes quando da venda, nesse caso, a evicção parcial, com o desfalque de parte do terreno inviabilizar a instalação do condomínio.
b) Se a evicção parcial não for considerável o adquirente não terá o direito de rejeitar a parte remanescente. Terá o direito apenas a recuperação do preço e de mais verbas indenizatórias na proporção do destaque sofrido.
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente.
 Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.
O que se entende sob benfeitorias não abonadas nos termos do artigo 452 do código civil?
R: a lei contempla a hipótese em que o adquirente fez benfeitorias no bem que depois sofreu evicção por exemplo, se Maria vende a casa a Pedro e ele de boa-fé fez benfeitorias necessárias ou uteis, ele terá o direito de reclamar indenização e também retenção (art.1219 do código civil).
Quem deve pagar por essa benfeitoria é um primeiro lugar o terceiro reivindicante em favor do qual a evicção aconteceu, isso significa ser a evicção abonada, assim se o reivindicante pagou ao evictor o valor das benfeitorias afirma-se que elas foram abonadas. O dispositivo legal em questão diz que se a benfeitoria não foi abonada ela deverá ser paga pelo alienante, assim em segundo plano se o evicto não conseguiu receber indenização do reivindicante pelas benfeitorias poderá cobra-las do alienante.
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.
Art. 456. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)
O artigo 125, determina a lide, admirável entre as partes, e fala sobre a evicção; O artigo 70 do antigo CC, dizia que a denunciação a lide era obrigatória; foi revogado o 456 para evitar confusões e o denunciado só pode chamar o réu.
O artigo 456 do código civil dizia que para exercer os direitos resultantes da evicção os adquirentes deveriam notificar o litigio o alienante conforme as leis de processo. O dispositivo encontrava correspondência no instituto de denunciação á lide prevista no código de processo civil. A revogação do artigo 456 deu-se por disposição expressa do atual CPC (art.1072, II). O mesmo CPC de 2015 fez importantes alterações na denunciação da lide:
a) Tornou-a facultativa, em substituição ao artigo 70, I, do CPC de 1973, previa ser obrigatória a denunciação da lide.
b) Delimitou o número de denunciação da lide, isto é, autorizou apenas duas: a do adquirente para o alienante e a desse alienante para seu alienante imediato (art.125, §2º, do CPC).
Ex.: José vende um bem para Maria e Paulo ajuíza a ação em face de Maria reivindicando os mesmos bem. Maria poderá fazer denunciação da lide á José e este poderá fazer denunciação da lide para aquele de quem ele adquiriu. Por exemplo, Caio, que não terá direito a denunciar ninguém.
Em conclusão, embora revogado o artigo 456, continua existindo a denunciação da lide para o alienante, como um instrumento facultativo.
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
Dos contratos aleatórios: 
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir. 
Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força maior.
O contrato aleatório pode ter os fatos sorte a que ele é sujeito depositado em aspectos diferentes da relação contratual, assim se algum aspecto do contrato fica referido do fator sorte, ele será classificado como aleatório, porem os detalhes da execução desse contrato depende de se verificar que partes do contrato, isto é, que clausulas devem ser tidas como aleatórias. Por isso mesmo a Jornada de Direito Civil do Conselho de Justiça Federal, diz que o adquirente de uma coisa tem direito de reclamar por vicio redibitório em se tratando de contrato aleatório, desde que o fator sorte não esteja depositado no problema do defeito na coisa adquirida, relativizando a regra do artigo 441 do CC. O artigo 458 e seguintes do CC distingue o contrato aleatório em três aspectos diferentes em que o fator sorte pode ser depositado.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se dá coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
Contrato preliminar:
É aquele que tem como objetivo a realização de um contrato, em confronto com o qual este último pode ser denominado contrato definitivo, assim, o contrato preliminar é situado na fase pré-contratual do contrato definitivo ex.: contrato de compromisso é o preliminar e a escritura pública de compra e venda do imóvel, é o definitivo. 
Art.462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.
Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebraçãodo definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive.
Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente.
Art. 464. Esgotado o prazo, poderá o juiz, a pedido do interessado, suprir a vontade da parte inadimplente, conferindo caráter definitivo ao contrato preliminar, salvo se a isto se opuser a natureza da obrigação.
Art. 465. Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá-lo desfeito, e pedir perdas e danos.
O registro do instrumento do contrato preliminar mencionado no art.463 do cc é formalidade substancial, ou seja, é essencial para a validade desse contrato?
R: embora o texto da lei diga imperativamente, “deverá ser levado ao registro” o entendimento majoritário da doutrina e da jurisprudência é o de que não se trata de exigência substancial. O registro enfatiza apenas a validade do contrato perante terceiros (enunciado nº 30, da jornada do conselho nacional da justiça).
Que direitos o credor da obrigação de fazer existente no objeto do contrato preliminar pode exigir?
R: I) que o devedor celebre o contrato definitivo;
 II) que em o devedor não celebrando o contrato, o juiz efetue o suprimento dessa omissão transformando o contrato preliminar em definitivo, por exemplo, se o contrato preliminar é destinado a celebração de um contrato de compra e venda de imóvel, o juiz poderá determinar a expedição de um madado para registrar a transferência do imóvel para o nome do promitente comprador.
III) o credor poderá dar o contrato por frustrado e reclamar indenização em hipótese do art. 465.
Contrato preliminar:
Unilateral: só uma das partes do contrato é obrigada a celebrar p contrato definitivo. Por isso, é também chamado de contrato de opção.
Bilateral: todas as pessoas contratantes se obrigam a celebrar o contrato definitivo.
Contrato com pessoa a declarar:
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato.
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado.
Conceito: é aquele pelo qual uma das partes se reserva ao direito de oportunamente indicar outra pessoa que vai assumir a posição contratual desse contrato primitivo.
Ex.: Maria vende um bem para Elisabete e está em uma clausula expressa se reserva ao direito de indicar a pessoa que vai assumir em caráter definitivo a posição de comprador, e fica claro entre as partes que Elisabete não tem de antemão a intenção de ser ela própria, a compradora.
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários:
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la;
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação.
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários.
Da extinção do contrato:
Do distrato:
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.
Clausula resolutiva:
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.
Exceção do contrato:
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
A palavra exceção é empregada frequentemente no CC, com o significado de defesa, assim, opor execução significa uma parte de uma relação jurídica apresenta outra parte da obrigação, um motivo para não atender ao que a outra parte pretende. As exceções do contrato não cumprido consiste na defesa apresentada por um dos contratantes que alega que deixa de cumprir o contrato tendo em vista que a outra parte deixou de cumprir primeiro a própria obrigação.
Resolução por onerosidade excessiva:
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
Clausula “ rebus sic stantibus”: o contrato será cumprido estando as coisas assim.
Clausula “pacta sunt servanda”: os contratos deveram ser cumpridos.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato.
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.

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