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Direito Civil III contratos (1)

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Direito Civil III – Contratos 
Professora: Carla Fernandes 
Conceito 
É um ramo do direito privado que regula um acordo de vontades com base na lei e nos princípios.
CONCEITO DE CONTRATO
CONTRATO É O NEGÓCIO JURIDICO DE DIREITO PRIVADO, POR MEIO DO QUAL DOIS OU MAIS SUJEITOS SE VINCULAM PARA REGULAR INTERESSES CONCERNENTES A OBJETOS ECONOMICAMENTE APRECIÁVEIS, BUSCANDO A SATISFAÇÃO DE NECESSIDADE, EM QUE CRIAM , RESGUARDAM, TRANSFEREM, CONSERVAM, MODIFICAM OU EXTINGUEM DIREITOS E DEVERES.
Natureza jurídica Negócio jurídico bilateral ( Criar, conservar, modificar, extinguir negócio jurídico)
Validade dos contratos – ( Requisitos Subjetivos, objetivos, formal e volitivo ou espiritual )
Art. 104 CC
I- Agente capaz; legítimo ( Subjetivo )
II- Objeto lícito, possível, determinado ou determinável ( Objetivo)
III- Forma prescrita ou não defesa em lei ( Formal)
IV- Manifestação de vontade ( Volitivo)
Contrato pode existir ser válido e nunca produzir efeitos jurídicos. Ex: Doação ao nascituro, se nascer produzirá efeitos, se não nascer, não produzirá.
Obs: Cuidado para não confundir validade com produzir efeitos. Plano da eficácia quando tem um elemento acidental.
Princípios 
P. da autonomia da vontade Manifestação de vontade livre, autônoma, só contrata quem deseja. 
P. Obrigatoriedade ( Pacta Sunt Servanda) Regra geral, os pactos devem ser cumpridos
Teoria da imprevisão Cls “ Rebus sic standibus “ – Resolução do contrato por onerosidade excessiva por uma das partes. Art 478
Requisitos necessários para aplicação do art. 478
1- Contrato de execução continuada Que se perdura no tempo por pelo menos 2 vezes.
2- Obrigação diferida Aquela que cumpro no futuro de uma única vez 
3- Excessivamente onerosa ou com extrema vantagem para o credor 
4- Acontecimentos extraordinários e imprevisíveis 
P. Função Social – art. 421 
	Busca a melhor destinação para um contrato. Limitar a autonomia da vontade quando traz prejuízos para a sociedade. Ex: Empresa que loca um imóvel e não trata do seu lixo, embora o contrato seja válido, este não respeita o princípio da função social.
P. da boa fé objetiva e probidade – art. 422 
	Para ser cumulativa, boa fé + probidade, esta boa fé deve ser objetiva, é uma regra de conduta ética.
Interpretação dos contratos – art. 113
21/02/2017
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
1- UNILATERAL – Doação pura, uma pessoa adquire direitos.
BILATERAL – Ambos assumem obrigações e adquirem direitos. Contrato compra e venda ( Sinalagmático)
SACRIFÍCIO PATRIMONIAL 
2- GRATUITO – Um dos contratantes assume o sacrifício patrimonial, é assumir uma das obrigações de dar, fazer ou não fazer. Apenas 1 assume ... . doação pura e simples.
ONEROSO – Ambos assumem o sacrifício 
EXIGIBILIDADE DAS PRESTAÇÕES 
3- COMUTATIVO – Se um dos contratantes cumprir com a sua obrigação, pode exigir o cumprimento do outro. Ex: Consórcio, efetuando o pagamento de todas as parcelas, o bem é devido. Cumpriu com a sua obrigação, poderá exigir. É o contrato com capacidade de antever os resultados.
ALEATÓRIO – Mesmo que cumpra com a prestação, nem sempre poderá exigir a prestação de outrem, porquanto existe uma condição pré- estabelecida. Ex: Rifa, sorteio, mega-sena, Seguro de carro, seguro de vida, pesca.
4- TIPICIDADE ( Nominado – típico / Inominado – Atípico)
Quando a lei prevê, dar um nome, dá as particularidades. Ex: Compra e venda
Típico – Tem previsão na lei 
Atípico -Não tem previsão na lei. Se a lei não proibir e não ferir o ordenamento jurídico, podem as partes criarem um contrato.
FORMA
5- FORMAL Quando a forma é exigida pela lei . Ex: Art. 108 , transação imobiliária que transfere os direitos reais, no valor do imóvel acima de 30 salários mínimos vigente no país.
INFORMAL Venda de veículos
APERFEIÇOAMENTO DO CONTRATO
CONSENSUAL Aquele que independe da entrega da coisa para que ele se aperfeiçoe. Ex: Doação, compra e venda, troca ou permuta, prestação de serviços. Se aperfeiçoam com a vontade das partes em querer manifestação de vontades. Devem obedecer art. 104, requisitos legais.
REAL Só se aperfeiçoa com a entrega da coisa. Ex: Empréstimo, comodato, mútuo. 
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 
1- NEGOCIAÇÃO PRELIMINAR É uma mera conversa prévia. Pode ou não existir no caso concreto, também chamado de tratativas, fase da conversa prévia, analisar. Nesta fase não tem contrato, logo, não tem responsabilidade contratual, isto não vincula as partes.
OBS: Embora não tenha a vinculação deve se guardar a boa fé, se violar a boa fé objetiva responde civilmente, extracontratualmente isto em qualquer fase dos contratos.
2- PROPOSTA ( OFERTA) Vincula ausentes e presentes 
Presentes Em tempo real. Ex: telefone, vídeo-conferência 
Ausente Não está em tempo real. Carta, e mail ...
OBS: O proponente não pode se retratar, desistir da proposta, isto em tempo real.
3- ACEITAÇÃO Em tempo presente, isto é, em tempo real, a proposta em tempo real não tem como voltar atrás.
	Proponente ausente pode se retratar. Valerá a retratação se ela chegar antes ou ao mesmo tempo que a proposta.
	No caso da retratação para aceitante ausente, o e mail que for aberto primeiro deve ser o da retratação, do contrário não haverá.
Ausente ou presente que aceitam prazo na proposta, caso a resposta venha após o prazo não tem contrato.
	Proponente se vincula através do prazo.
	Resposta que chega fora do prazo não tem contrato, proponente não está vinculado. Proponente deve informar ao aceitante que a resposta chegou fora do prazo.
Art.428 – Deixa de ser obrigatória a proposta 
I- Instantaneamente a pessoa presente e sem prazo
II- Esperar em tempo razoável ( prazo indeterminado) a pessoa ausente
III- .Não for expedida no a resposta no prazo dado. Pessoa ausente
IV- Se antes ou simultaneamente chegar a retratação 
Art. 433 – Equilíbrio entre proponente e aceitante. Se chegar a retratação antes ou simultaneamente a retratação do proponente, considera-se inexistente
Art.430 - Quando chegar a fora do prazo deve haver comunicação
Quando o proponente se vincula?
R= Imediatamente, se aceita a proposta.
Aceitante ausente se vincula a partir do momento que envia a sua resposta. Exceto 433 CC
Regra art. 434.
TEORIA DA EXPEDIÇÃO ( regra para aceitante ausente) REGRA
Art. 434, II Exceção à regra para contratos entre ausentes se tornarem perfeitos.
Receber – Teoria da recepção ( basta que chegue no proponente)
Conhecer – Teoria da Cognição ou conhecimento ( Deve conhecer )
	Aplicar a melhor teoria de acordo com a necessidade do cliente.
Art. 434, II Se o proponente se houver comprometido a ESPERAR a resposta.
“Esperar” dá margem para duas teorias.
Obs: Para que os contratos entre ausentes não se tornem perfeitos ou vinculados, deverá o aceitante aplicar o 433, ou seja, enviar um e mail de retratação, ou o proponente estiver comprometido a esperar uma resposta.
	Se na proposta o proponente, quem envia a proposta, decidir esperar a resposta – Só qd não é em tempo real.
Art 435 Reputar se á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto:
Proposta entre presentes, aceitação entre presentes, o local da celebração do contrato na resposta, instantâneo. ( Neste onde o aceitante está)
Se o aceitante é ausente o contrato é no lugar do proponente. Dentro do prazo no local em que foi proposto.
Princípio da relatividade dos efeitos do contratos
	Regra – Inter partes 
Prometeu para terceiro, tem que cumprir 
436 ao 438 ( Estipulação em favor de terceiros)
439 ao 440 ( Promessa de fato de terceiro _ assume ônus)
ELEMENTOS NATURAIS DE UM CONTRATO
Natureza jurídica : Garantias legais 
VÍCIO REDIBITÓRIOS É um defeito oculto. Não consigo verificar na coisa, não cabe em doação pura, deve ter onerosidade.
	Pré ( Defeito já vem enraizado na coisa )
	Quem vendeu e quem trocou, se sabia do defeito responderá por vícios redibitórios e perdas e danos. Se ele não sabia responderá apenas por vícios redibitórios.
	Sabendo ou não sabendo do defeito, o alienante responderá por vício redibitórios.
	Defeitodeve causar uma perda parcial ( deterioração ) ou uma perda total ( perecimento)
Seja perecimento ou deterioração o adquirente poderá se valer de ações edilícias.
(ART. 441 E 442 )
AÇÃO REDIBITÓRIA Quer redibir o contrato, extinguir o contrato, mediante a falha do produto, deterioração. Ex: Celular que parou de funcionar a internet.
	
	AÇÃO ESTIMATÓRIA “ Quant minon” – Ele quer um desconto no produto.
Ações edilícias – Se utiliza somente para deterioração do bem. Posso utilizar a ação redibitória ou estimatória há deterioração do bem. Na perda total, perecimento, somente é possível ingressar com ação redibitória.
Se o bem se perdeu por outro motivo não pode-se alegar vícios redibitórios .
Art. 445 Prazo decadencial ( prazo para obter redibição ou abatimento)
	Bem móvel Defeito em 30 dias ( a partir do momento do uso)
	Bem imóvel 1 ano ( a partir do momento do uso )
OBS: Se já usava o bem antes de comprar o prazo é reduzido a metade.
Art.445, §1° De difícil constatação ( 180 dias bens móveis / 1 ano para imóveis)
§2° -- trata dos animais – estabelecidos em lei especial, na falta de lei, pelos usos e costumes, na falta o disposto no §2° anterior.
EVICÇÃO Perda . É a perda do bem por uma decisão judicial transitada em julgado.
	 O que leva a perda do bem a causa deve ser pré-existente, antes do negócio jurídico.
ALIENANTE sabia do motivo que levou a perda Evicção + perdas e danos
Alienante não sabia Evicção 
Como reclamar a evicção ?
1- Denunciação da lide ( Direito de regresso)
2- Ação autônoma de evicção
Ex 1: João ingressa com ação contra José reclamando o bem, evicção no prazo do processo Jose por cautela faz a denunciação da lide para se resguardar, caso seja condenado a entregar o bem ao autor da ação de evicção. Neste caso, o alienante, aquele que vendeu o carro a Jose deve indeniza-lo. 
Ex 2: Na ação autônoma de evicção, é quando o réu na ação de evicção vira autor reclamando a indenização 
Art. 456 - Não cabe mais denunciação da lide por saltos.
Art. 448 – Ampliar ( te devolvo em dobro, caso de algum problema) / Diminuir ( compra barato, se der ruim foi barato mesmo) / Excluir = Efeitos da evicção – 
Art. 449 - O alienante se exime da responsabilidade da evicção caso o adquirente (evicto) obedeça o seguinte:
I- O evicto deve ser informado da possibilidade da evicção do bem 
E
II- Te2- lo assumido.
Exclusão – 1° Se não tinha noção do risco da perda / motivo que gera a perda
Risco informado- 2° Noção genérica, não sabia específico, não aceitou o risco da evicção, não perde direito de regresso. Art. 449 CC
Se não soube da coisa evicta e não assumiu, tem o direito o evicto a receber o preço que pagou. Cls de garantia contra a evicção 
Art. 457 – Motivo específico ( mesmo que tenha cls de exclusão, esta não se aplica). Se o adquirente sabia que a coisa era alheia ou litigiosa não poderá demandar.
Art. 447 – ( Cabe reclamar evicção nos casos de hasta pública/ arrematação )
De 1916 para 2002, mudou “hasta pública “ cabe também o direito a reclamar o direito de regresso por hasta pública.
Hasta pública Tem que haver leilão 
Arrematação Leiloeiro não é compra e venda, depende da certidão de arrematação do juiz.
Denunciação da lide não cabe por ato administrativo porque não há processo. Não há prazo legal. Processo aberto, não tem processo judicial.
14/03/2017
CONTRATO PRELIMINAR ( Art. 462 ao 466 )
Já houve proposta + aceitação / Já vincula as partes do cumprimento das cláusulas / Obrigações contrato preliminar / Futuro pra contrato definitivo. Ex: Promessa de compra e venda
NEGOCIAÇÃO PRELIMINAR Uma mera conversa prévia – tratativas 
ADJUCAÇÃO COMPULSÓRIA 
Comprador paga todas as suas obrigações e vendedor não quer celebrar contrato definitivo, neste caso deve o promitente comprador ingressar com ação de ADJUCAÇÃO COMPULSÓRIA.
Contrato preliminar acima de 30 salários mínimos para que seja válido deve atender todos os requisitos definitivo, menos a forma. 
Art. 462 Posso fazer sem me preocupar com a forma solene, formal, não é pacífico com bens imóveis. 462 não pode se sobrepor ao 108.
Art. 463 Concluído o contrato, pode exigir a celebração do definitivo
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS ( forma não natural de extinção)
· Nulidade Violação ao artigo 104 + Simulação ( Causa autônoma de nulidade)
· Anulabilidade Vícios de consentimento ( Erro, dolo, estado de perigo, coação, lesão)
· Novação/ Confusão / Dação em pagamento/ Obrig. Personalíssima
· Redibição Defeito oculto não quer mais o contrato
RESILIÇÃO / RESOLUÇÃO / RESCISÃO
RESILIÇÃO Mera vontade 
1- Unilateral ( quando a lei diz / Circunstâncias permitem ) – Lei 8245/91 – Locatário pode desistir de locar o imóvel, não querer mais o advogado determinada causa... Art. 473 Deve comunicar a outra parte
2- Bilateral ( distrato)
RESCISÃO Inadimplemento culpável ou injustificável 
OBS: Pior forma da extinção dos contratos. Ex: Ferrari emprestada, no semáforo é assaltado, nisto, não tem consequência jurídica, não deu causa. – 
Perco carro pela chuva, conheço e sei que alaga a avenida, mesmo assim acredito poder evitar, no entanto, a força da chuva é maior e perece o carro Rescisão ( Equivalente + Perdas e danos).- 
RESOLUÇÃO Sua base é o Inadimplemento justificável 
- Quando há teoria da imprevisão. Art. 478 CC
Art 476 – Quando há exceção do contrato não cumprido ( Exceptio com adimplentes contractus)
Ex: Maria não entregou o produto a João porque ele inadimpliu primeiro, ele deveria pagar e não pagou, logo, ela não entregou o combinado. Ela vai se utilizar da resolução por Exceção do contrato não cumprido 
Renúncia da exceção do contrato não cumprido / Cls Solve et repete ( consumidor, pague, depois reclame)
Quem alega a exceção do contrato não cumprido é quem deixou de cumprir a obrigação justificadamente. É uma justificativa por não ter cumprido o contrato. Quando tiver a cláusula “Solve et repete”, aquele que deve cumprir a obrigação primeiro pode se eximir da resolução do contrato pela exceção do contrato não cumprido, esta cláusula prevê uma renúncia expressa daquele que quer a resolução.
21/03/2017
Correção dos casos concretos
28/03/2017
Aulas 6 e 7 
CONTRATOS DE COMPRA E VENDA
	Contrato típico / bilateral /Sinalgma / consensual /Oneroso /
Art. 481 - CONCEITO – Um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar lhe certo preço em dinheiro.
1- A coisa pode ser – Móvel, imóvel, corpóreo ou incorpóreo.
2- Os dois devem ter vontades contraditória – Contrato sinalagmático
3- Preço deve ser sério e verdadeiro
Deve atender o princípio do nominalismo. O comprador deve entregar o valor em pecúnia, moeda vigente.
Em um contrato de compra e venda internacional, deve se pagar através da conversão na moeda vigente no país, salvo quando a lei permitir, ou a natureza do objeto. Ex: Comprou nos EUA com cartão de crédito, quando for pagar, faz a conversão para o câmbio oficial do dia.
Critério de fixação de preço 
 Indicar um terceiro para arbitrar o valor correto para a venda do bem. 
· Indexar o valor, ter uma tabela. Ex: Tabela Fipe, Venda de gado, arroba do boi. Índices que possam estar atrelado à fixação de preços.
· Pode se ter tabelamento oficial 
· Arbitrariedade no preço por apenas uma das partes. Comprei o carro e não foi falado o preço, dias depois o preço é absurdamente caro, não há preço real.
Art. 485 – CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DE PREÇO
	486,487,488
Art. 489 Não pode “ Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.
Art. 497 Particularidades – Pessoas que não podem fixar preços. Não é a pessoa, é a atividade. Essa proibição se dá para resguardar a atividade.
Art. 496 Para compra e venda de ascendentes e descendentes deve ter o consentimento dos demais descendentes e cônjuge do alienante. Art. 179 – Tempo para reclamar 2 anos a contar da data da conclusão do ato.
Ação – Suprimento judicial daquele que não quer consentir na venda de imóvel Filho quer comprar casa de pai e o outrofilho não quer vender, não quer consentir, logo, o juiz chama aquele que não quer consentir para saber ...
Súmula 494 STF A ação para anular a venda de ascendentes para descendentes sem o consentimento dos demais, prescreve em 20 anos, contados da data do ato.
Disposições transitórias 2028
Ad corpus- por inteiro/ Ad mensuram- por medida
Não tem aplicação prática para bens móveis, somente para imóveis 
Ad corpus - Regra Individualidade do bem como um todo motiva, objetiva o comprador
O preço que está pagando é pelo imóvel do jeito que ele está , se verificar no imóvel uma diferença para mais ou para menos não poderá pedir indenização.
Ad mensuram – Exceção Exata medida da área. Sob medida.
Proporcional a medida ao valor 
	- Tem que estar expressa
	- Desfazer o contrato 
	- Pedir desconto 
	- Vendedor de o acréscimo da parte que esteja faltando se tiver a menos
Art. 500 cáput 3 possíveis reclamações do comprador . Caso da compra de imóvel e a área não corresponder ao tamanho informado, poderá pedir a área ou não sendo isto possível, solicita o abatimento do preço.
§ 3° art. 500 Na regra não preciso informar expressamente
 § 2° art. 500 Em vez de falta, tiver excesso, caberá ao vendedor buscar esta reparação. Comprador escolhe se quer pagar mais ou devolver o excesso
 
§ 1° art. 500 Há uma tolerância de 1/20, 5%, ressalvado ao comprador o direito de provar que em tais circunstâncias não teria realizado o negócio.
CLÁUSULAS ESPECIAIS AO CONTRATO DE COMPRA E VENDA
ART. 505 – CLÁUSULA DE RETROVENDA
1- Somente se aplica em bem imóvel 
2- Direito potestativo do vendedor 
3- Exigir a recompra do imóvel 
4- Prazo, até 3 anos
Ver questão de benfeitoria útil e voluptuária. Deve ter o consentimento do vendedor para pedir reembolso, mas as necessárias serão reembolsadas.
Art. 509 – DA VENDA A CONTENTO SUJEITO A PROVA – Tenha uma condição suspensiva, que é a manifestação do agrado, enquanto não manifestar o seu agrado, não se reputará perfeita. Somente ocorre isto se a cláusula estiver expressa em contrato.
Art. 513 – CLS PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA – Bem móvel – lapso temporal até 180 dias / Imóvel até 2 anos
	Se o comprador quiser dar o bem seja ele móvel ou imóvel em pagamento, a preferência deve ser do vendedor. Deve dar as mesmas condições de pagamento. 
A anuência do vendedor para venda do bem, se o bem for móvel pode ser tácita e expressa, já, se imóvel, somente expressa.
Art. 521 – COMPRA E VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO – Para o código civil se aplica apenas aos bens móveis. Coisa móvel é entregue ao comprador, mas não é transferida a propriedade. Ele usa, mas não tem domínio. Ex: Alienação Fiduciária.
ART. 529 – VENDA SOBRE DOCUMENTOS – O comprador já é dono antes de recebe-la. Tradição é substituída pelo documento. Na compra e venda normal torna se proprietário na tradição , no documento, proprietário é no documento
11/04/2017
ART. 533- TROCA OU PERMUTA 
I- Partes omissas serão as despesas divididas igualmente 
II- Valores desiguais precisa do consentimento dos demais descendentes e do cônjuge do alienante.
Para troca ou permuta se aplica os mesmos critérios da fixação de preço para a compra e venda.
Aula 8 
Art. 538 - DOAÇÃO 
	Aquele contrato em que uma das partes por liberalidade decide doar parte do seu patrimônio para outra pessoa. Doador e Donatário.
Somente tem doação se tiver a liberalidade, que é o animus de doar, intenção de doar. Donatário tem que aceitar para que se consume a doação. Donatário pode não aceitar. 
Requisitos para doação Consentimento do doador e consentimento do donatário. Consentimento pode ser expresso, tácito ou pelo silêncio.
Art. 544- DOAÇÃO DE ASCENDENTES PARA DESCENDENTES 
Cabe doação de Ascendentes para descendentes e não é necessário do consentimento dos demais descendentes. Porque a doação de ascendentes para descendentes importa no adiantamento da legítima ou herança. Na hora do inventário o donatário terá de prestar as devidas contas, se recebeu a mais na herança terá de equacionar a herança mesmo que já tenha vendido a doação dos ascendentes. Na partilha da herança essa doação é nula de pleno direito. 
ART. 550 – DOAÇÃO PARA AMANTE 
	A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos após a dissolução da sociedade conjugal. Se passar os 2 anos e ninguém reclamar a doação se convalida
ART. 549- DOAÇÃO INOFICIOSA Nula Aquilo que o doador ao doar, ultrapassou o que ele poderia dispor no testamento. Somente aquilo que exceder 
ART. 548 – DOAÇÃO UNIVERSAL – ( Nula de pleno direito)- Doação integral dos bens sem que deixe uma reserva para a sua sobrevivência. Doação integral é considerada nula de pleno direito. A qualquer tempo ela pode ser questionada.
É possível revogar uma doação? Sim 
ART. 555 – REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO 
Art. 557 - REVOGAÇÃO POR INGRATIDÃO Foi uma doação pura, simples, gratuita unilateral. 
I- Se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime doloso contra ele 
II- Se cometeu contra ele ofensa física 
III- Se o injuriou gravemente ou caluniou
IV- Podendo ministra-los recusou ao doador alimentos de que ele necessitava.
Art. 558 – Pode ocorrer também a revogação quando o ofendido nos casos do artigo anterior for o Cônjuge, ascendentes, descendentes, ainda que irmão adotivo, ou irmão doador.
ART. 559 Tempo que o doador tem para ingressar com a revogação. A revogação por qualquer desses motivos poderá ser pleiteada em até um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar, e ter sido o donatário o seu autor.
Art. 560 O direito de revogar a doação não se transmite aos herdeiros do doador, nem prejudica os do donatário. Mas aqueles podem prosseguir na ação iniciada pelo doador, continuando as contra os herdeiros do donatário, se este falecer depois de ajuizada a lide.
Art. 561 Herdeiros só podem iniciar ação de acordo com este artigo. No caso de homicídio doloso do doador, a ação caberá aos seus herdeiros, exceto se aquele houver perdoado.
REVOGAÇÃO POR INEXECUÇÃO DO ENCARGO ( revogação pelo não cumprimento do encargo) 
	Somente se revoga por inexecução do encargo as doações que tiverem encargo.
Revogação não é nulidade e anulabilidade, estas se forem constatadas não permitem que o contrato seja válido, no caso de revogação a doação é válida.
ART. 547- DIREITO DE REVERSÃO 
	No contrato de doação deve haver uma cláusula expressa de direito de reversão que diz que se o donatário morrer antes do doador, aquilo que foi doado retorna ao patrimônio do doador. 
§ ú – NÃO prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro.
ART.562 – Provar ao juiz que o donatário não cumpriu, está em mora, caso não haja o termo, deverá o doador notificar o donatário judicialmente e dar lhe prazo razoável para o cumprimento da obrigação.
ART. 563- a revogação não prejudica os direitos adquiridos nem os frutos percebidos, mas sujeita pagar os posteriores, e quando não possa restituir em espécie as coisas doadas, a indeniza-la pelo meio termo do seu valor.
Art. 564 – Não se revogam por ingratidão:
I- As doações puramente remuneratórias;
II- As oneradas com encargo já cumprido;
III- As que fizerem em cumprimento de obrigação natural
IV- As feitas para determinado casamento;
18/04/2017
LOCAÇÃO –AULA 9 E 10 
Lei 8245/91- tanto pode ser de residência.
Art.1° - Primeira coisa a fazer, saber qual lei aplico, saber em qual imóvel estou, imóvel urbano, bem imobiliário.
Art. 565 CC – pode ser de coisa móvel e imóvel 
Lei especial – 46 e 47 a diferença é o tempo da locação. 
Art. 46 – Resolução do contrato (Contratos por escrito, = ou > 30 meses, resolução ocorre findo o prazo) Não precisa haver notificação, não precisa avisar que o contrato terminou. 
Locações por escrito e prazo igual ou superior a trinta meses a resolução do contrato ocorrerá findo o prazo.
Art. 46, §1° - Findo o prazo ajustado no contrato e o locatário permanece no uso da coisa sem oposição do locador por mais de 30 dias, presumir-se-á prorrogadaa locação por prazo indeterminado, permanecendo as mesmas cláusulas.
 No caso o contrato passa a ser por prazo indeterminado, logo, deve haver notificação para encerrar o contrato. Locatário não saiu do imóvel por mais de 30 dias.
§ 2° - Locador renova se quiser, não fica obrigado, mas deve haver notificação. Concedido prazo de 30 dias para desocupação.
Art 47 – Contratos podem ser verbais ou por escrito, com menos de 30 meses os contratos são renováveis automaticamente.
ART. 48 - CONTRATO POR TEMPORADA Único contrato que o locador pode exigir o pagamento antecipado total é o contrato por temporada.
Pode estar sem mobília, não se caracteriza por estar mobiliado.
Mesmo pagando o contrato pela sua integra, poderá o locador exigir do locatário um fiador, isto, como garantia de pagamento pelos eventuais prejuízos causados por deterioração de bens.
ART. 51- CONTRATO DE LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL (COMERCIAL)
		COLOCAR OS INCISOS DOS ARTIGOS 51 E 52 
Ação renovatórias é quando o locador não quer e o locatário quer renovar.
Requisitos do art 51 são cumulativos, requisitos para exigir a renovatória, deve atender os 3 critérios:
Art 51 
I- O contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado
II- O prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de 5 anos.
III- O locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.
Só quando somar os 5 anos pode pedir a ação renovatória.
Art. 52 – O locador não estará obrigado a renovar o contrato se : (Pode o locador interromper o direito de a renovação de contrato do locador se nos casos do art. 52, I,II.) 
I- Por determinação do poder público tiver que realizar obras no imóvel que importarem na sua radical transformação ; ou para fazer modificação de tal natureza que aumente o valor do negócio e da propriedade.
II- O imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano ...
	Se for Shopping center não se aplica o inciso II do art. 52.
FIANÇA – ART. 827, 828, 829
É possível ter mais de um fiador. Não pode pedir fiador + depósito como garantia.
O Código civil entende que os fiadores são solidários, para que isso não ocorra deve haver uma manifestação expressa para afastar a solidariedade.
Fiador pode alegar o benefício de ordem
É possível que o fiador não possa alegar o benefício de ordem.
	1° Quando de livre e espontânea vontade renuncia de forma expressa
	2° Além de fiador é o devedor principal e devedor solidário
3° Quando o devedor se torna insolvente ou falido. 
ART. 829 – Fiadores são conjuntamente solidários, salvo quando expressamente se eximirem a cláusula. 
Art. 4º lei do inquilinato - O locador não pode desistir do contrato por sua mera vontade, pode até entrar com ação de despejo por descumprimento do locatário, apenas nos casos de rescisão ou resolução.
Art 571- No código civil a resilição do contrato é permitido, ou seja, o locador pode pedir o imóvel por mera vontade. CUIDADO, SE TRATANDO DE INQUILINATO NÃO SE APLICA O ART. 571.
Na ação de despejo por inadimplência, o juiz dará ao locatário um prazo para purgar a mora, ou seja, pagar a dívida, se o locatário pagar a menos, ele ganha outro prazo chamado de emenda da mora, esta emenda da mora só pode ser dada de 2 em 2 anos.
Art. 345 cp - Exercício arbitrário das próprias razões fazer justiça pelas próprias mãos.
PRINCÍPIO VENDA INTERROMPE LOCAÇÃO Se no curso de um contrato de locação o locador quiser vender o seu imóvel poderá. A única obrigação que o locador tem é dar o direito de preferência ao locatário.
LEI DO INQUILINATO - ART. 8° 1° PARTE- O Imóvel pode ser vendido para terceiro respeitado direito de preferência, 2° PARTE - mas se a locação for por tempo determinado e o contrato contiver cláusula de vigência em caso de alienação e estiver registrado na matrícula do imóvel.
	Em caso de venda do imóvel ( alienação) em regra o adquirente não tem relação com o contrato de locação podendo denunciar o contrato em até o prazo de 90 dias, no entanto, se o contrato de locação for por :
1 – Prazo determinado / 2 – Contiver cláusula de vigência do contrato, ou seja, estar expresso no contrato o direito do inquilino permanecer no imóvel até o término do contrato / 3- Tal cláusula deve estar averbada no registro de imóveis se bem imóvel ou registro de títulos.
Se o locador desrespeitar o direito de preferência poderá o locatário ingressar com artigo 
Art. 33 lei inquilinato – Se ele foi preterido no seu direito de transferência ele tem 6 meses para depositar o valor nas mesmas condições do terceiro.
Art 576 – CC – Mesmo princípio como regra também é aplicado no código civil 
Ação revisional Aumentar ou baixar o valor do aluguel de acordo com os índices de mercado.
ART. 19 LEI 8245/91
É possível que no curso de um contrato de locação o aluguel fique defasado ou muito mais alto que o preço de mercado, logo poderá o locatário ingressar com ação revisional de aluguel para baixar o valor do aluguel e equacionar com o valor de mercado, esta ação tanto pode ser proposta pelo locador tentando aumentar o valor do aluguel ao preço de mercado, bem como pelo locatário para baixar ao preço de mercado. 
Existe um limite mínimo para ingressar com ação revisional, art. 19 lei do inquilinato, este limite mínimo é de 3 anos, no mínimo o contrato deve ser de 3 anos, ou 3 anos do contrato ou 3 anos da última revisional.
TRAZER MANUSCRITO NO DIA DA PROVA 
- Todas as respostas da aula 2 com doutrina e jurisprudência.
Conteúdo da prova da aula 1 a 8
09/05/2017
Aula 11
 Empréstimo Contrato em que uma pessoa entrega uma coisa a outra pessoa, que se obriga a devolvê-la. ( entrega uma coisa a outra pessoa, e esta se obriga a devolvê-la )
2 Espécies de empréstimo – ( comodato / contrato de mútuo)
1° COMODATO (579 A 585) – Particularidades do comodato. ( Finalidade é usar, o que se difere do depósito que é guardar)
1- Empréstimo de coisas infungíveis. 
2- Empréstimo de uso.
3- Sempre gratuito
4- Nomes que são dados as partes ( Comodante quem empresta / Comodatário quem recebe em empréstimo)
5- Contrato real ( somente se aperfeiçoa com a entrega da coisa)
6- As despesas do comodatário não podem ser cobradas do comodante. Ex. Gasolina do carro que pegou emprestado, despesa é de quem pegou emprestado.
7- Comodatário tem que conservar e guardar a coisa como se sua fosse. Se o bem dado em comodato e o bem do próprio comodatário estiverem em perigo, e o comodatário puder salvar um deles deverá salvar o bem recebido em comodato.
8- Se o bem dado em comodato se perder sem culpa do comodatário, resolve se a obrigação, se com culpa, responde pelo equivalente + perdas e danos.
2° Espécie – CONTRATO DE MÚTUO ( 586 ao 592)
1- Para bens fungíveis. São substituíveis porque podem ser substituídos por outro do mesmo gênero, quantidade e qualidade.
2- Gratuito ou Oneroso
Mútuo Gratuito Quando não há cobrança de juros.
Mútuo Oneroso Quando há cobrança de juros. Também chamado de mútuo feneratício. 
No mútuo oneroso entre particulares, aquele que empresta dinheiro a juros, não pode ultrapassar o limite de juros previsto no artigo 406 do código civil, sob pena de recair no crime de usura. 
- Mútuo é chamado de empréstimo de consumo
- Todos os riscos são do mutuário, independentemente de culpa. Ex devo 50,00 a cantina, recebo o salário e no caminho sou assaltado, continuo devendo.
- ( mutuante aquele que dá em mútuo, quem empresta / Mutuário, quem recebe)
Aula 12 
	DEPÓSITO ( 627 ao 652 cc ) Contrato através do qual uma pessoa recebe um bem móvel para guardar e depois devolver.
	Os sujeitos são (depositante quem deposita e depositário, o que recebe a coisa depositada).
	Como provar? O contrato de depósito prova se por escrito quando o depósito for voluntário. Forma de provar que ele existe, se der problema provo por escrito.
Espécies de depósito 1- Depósito voluntário
 2- Depósito necessárioDEPÓSITO VOLUNTÁRIO 
1- É criado a partir da vontade das partes.
2- Contrato real – Se aperfeiçoa com a entrega
3- Finalidade, guardar coisa alheia.
4- Depósito voluntário se presume gratuito, salvo, convenção em contrário ou se o depositário realiza essa obrigação em razão da profissão. (valor a título de onerosidade ou se atividade laborativa, Ex: Se as partes convencionarem um valor ou se a atividade for laborativa, ou seja, estacionamento pago.
5- Se o depósito for entregue fechado, lacrado, deve ser devolvido da mesma forma que foi entregue.
6- Mesmo que o contrato de depósito tenha um prazo final para devolução, o depositário deverá entregar antes do prazo se:
Salvo,
	1- se o depositante exigir;
2- se tiver direito de retenção, 
3- se o objeto depositário for judicialmente embargado, 
4- se, pender sobre o bem execução 
5- se houver razoável motivo de suspeita que a coisa tenha sido dolosamente adquirida.
-	7- Depósito voluntário de coisas fungíveis em que o depositário deve devolver outro bem do mesmo gênero quantidade e qualidade deve se aplicar as regras do contrato de mútuo.
DEPÓSITO NECESSÁRIO 
	É aquele que se faz por obrigação legal; 
É aquele que decorre por ocasião de alguma calamidade, também chamado de depósito miserável, quando provém de uma calamidade.
	O depósito necessário se presume oneroso
	Art. 649 cc A lei equipara ao depósito necessário as bagagens dos viajantes ou hóspedes nos locais onde se hospedarem.
	O artigo 652, prevê prisão civil ao depositário que se recusa injustamente a devolver a coisa depositada, contudo, não cabe mais a prisão civil no Brasil para o depositário infiel, motivo, aplicação do pacto de São José da Costa Rica que segundo o STF tem natureza jurídica de norma supra legal.
csostizzo@hotmail.com
16/05/2017
EMPREITADA ( 610 -626 )
Empreitada Contrato através do qual uma pessoa chamada empreiteiro mediante remuneração paga pelo dono da obra obriga se a realizar determinada obra seguindo as instruções do contrato e sem relação jurídica de subordinação.
Objeto é a relação de uma obra ou serviço.
Contrato – Oneroso
	 - Sinalagmático – bilateral
	 - Preço fixo (toda a parcela da obra a um preço fixo pré – estabelecido, não pode ter alterações de valor em favor de empreiteiro, salvo se tiver uma cláusula no contrato permitindo tal alteração.) 
 - Por partes 
Quanto as obrigações e matéria da obra 
	Empreitada de lavor e empreitada mista 
	
Empreitada de lavor Aquela em que o empreiteiro apenas entra com sua mão de obra ou a mão de obra de terceiros, cabendo ao dono da obra a obrigação de entregar os materiais.
Responsabilidade de lavor -Na empreitada de lavor o empreiteiro responde apenas pelo seu trabalho e não pelos materiais entregues, contudo se ao receber os materiais fornecidos pelo dono da obra perceber que são de qualidade inferior ou quantidade inferior fato que poderá prejudicar o seu ofício deverá comunicar esse problema ao dono da obra sob pena de responsabilização.
	Empreitada mista É quando o empreiteiro além da mão de obra sua ou de terceiros também assume a obrigação em relação aos materiais necessários para a obra ou serviço.
Responsabilidade de empreitada mista - Esse responde tanto pelo serviço quanto pelo material utilizado na obra ou no serviço.
Prazo de garantia empreitada mista = 5 anos.
O empreiteiro pode ser pessoa natural ou pessoa jurídica
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE EMPREITADA 
O contrato de empreitada pode ser extinto das seguintes maneiras:
· Pelo cumprimento da obrigação 
· Através do distrato – resilição bilateral 
· Pela morte do empreiteiro se a obrigação era personalíssima
· Pela resilição unilateral utilizada pelo dono da obra no curso da execução desde que pague ao empreiteiro o trabalho efetuado até então, bem como indenização razoável calculada em função do que o empreiteiro teria recebido se tivesse concluído a obra. – 623 cc
· Resilição unilateral pelo empreiteiro sem justa causa cabendo ressarcimento ao dono da obra por possíveis perdas e danos – 624 
· Pelo perecimento da coisa por caso fortuito ou força maior
· Pela falência do empreiteiro ou insolvência do empreiteiro ou insolvência do dono da obra.
Assunto da aula 15 
23/05/2017
MANDATO ( 653 – 692)
É o contrato através do qual uma determinada pessoa chamada mandatário ou outorgado recebe poderes de uma outra pessoa chamado mandante ou outorgante para em seu nome realizar ou praticar atos ou administrar interesses.
PROCURAÇÃO INSTRUMENTO DO MANDATO
MANDATO CONTRATO
MANDATO dentro da seara de particulares pode ser gratuito ou oneroso, salvo quando inerente à profissão que sempre será oneroso, por exemplo do advogado, a não ser que este não queira.
PROCURAÇÃO POR INSTRUMENTO PÚBLICO SOMENTE QUANDO A LEI EXIGIR Ex do casamento, caso o noivo não possa se fazer presente poderá outra pessoa, mandatário assinar em seu lugar através de uma procuração, no entanto, esta deverá ser por instrumento público com poderes especiais, porque assim dispõe a lei, assim a lei exige.
EXCESSOS DO MANDATÁRIO - O mandatário que exceder os poderes do mandato ou agir contra eles ao assumir obrigações com terceiros estará obrigado a responder pelo excesso cometido, eis que agiu como mero gestor de negócios, salvo, se os excessos ou contrariedade foram ratificados pelo mandante.
PODERES GERAIS NO MANDATO- para administrar bens ou negócios não configuram poderes específicos, se esses existirem devem estar expressos. Ex. Advogado não está autorizado a assinar acordo, citação, tais poderes devem estar expressos.
Não cabe mandato em objeto ilícito.
REQUISITOS ESPECÍFICOS NO CONTRATO DE MANDATO
1- Indicação do local onde o contrato ocorreu
2- Qualificação do outorgante e do outorgado
3- Data em que foi realizada a contratação 
4- Objetivo da outorga
5- Extensão dos poderes
EXTINÇÃO DO MANDATO
1- Pela revogação feita pelo mandante. Se a lei exigiu por instrumento público a revogação também deverá ser por instrumento público.
2- Pela renúncia do mandatário, deve informar ao mandante 
3- Conclusão do negócio ou da administração
4- Término do prazo. Faço uma procuração por tempo limitado “ 6 meses”, após o isto não é mais válido.
5- Morte dos contratantes.
COMISSÃO – (693 – 709) 
Contrato através do qual o comissário realiza a aquisição ou venda de bens em seu próprio nome à conta do comitente. 
O Objeto aqui pode ser adquirir ou vender, não se confunde com o contrato estimatório que dá direito ao consignatário apenas vender 
1- Comissário tem direito de remuneração 
2- Comissário tem direito de retenção em razão de ter realizado despesas em virtude do contrato de comissão
3- Responsabilidade do comissário. O comissário não responde pela insolvência das pessoas com quem tratar, exceto em 2 casos:
1°- No caso de culpa ou dolo do comissário 
2°- Quando no contrato de comissão tiver a cláusula “del credere”. Neste, gera uma solidariedade entre o comissário e o devedor, o comitente pode cobrar tanto do devedor quanto do comissário, caso o devedor não pague terá o comissário o direito de regresso.
Vendi um produto e o comprador não pagou, eu não respondo
AGÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO – ( 710 – 721) – LER SOBRE ESTE TEMA (????)
Contratos originalmente mercantis e outrora considerados atípicos, contudo, o código civil de 2002 optou por disciplinar enquanto contrato típico que são contratos sem subordinação sem deter à coisa comercializada realizando negócios em área determinada onde o agente ou agência e o distribuidor fazem jus à uma remuneração fixa ou percentual.
Não são donos, não tem subordinação jurídica, deu exemplo da Gisele. 
Características 
1- É um contrato típico 
2- Oneroso
3- Bilateral / sinalagmático 
4- Consensual
5- Não solene
6- Comutativo
Caso 13 
	Já muito idosa, Vera outorgou mandato para que o seu filho José passasse a realizar em seu nome negócios em geral com o instrumento do mandato Jose alienou bem imóvel de propriedade de Vera, partilhando o produto da venda com seus irmãos.
Em relação à Vera como esse ato pode ser caracterizado? Justifiqueo seu contrato.
	R= Em relação à Vera este ato é ineficaz, através deste contrato de mandato fora passado a José apenas poderes gerais e não específicos, no caso em tela, o seu filho foi além dos poderes a ele conferidos 
(a) O contrato não se extingue pela morte de qualquer das partes porque ele obriga os sucessores a cumpri-la 
(b) O prestador de serviços sempre poderá transferir suas obrigações se estas não forem personalíssimas, independentemente de autorização do tomador do serviço.
(c) Se o serviço for prestado por quem não tenha título de habilitação ainda que deste resulte benefício para a outra parte não haverá direito à remuneração, sem se permite o arbitramento judicial.
(d) A retribuição pagar se á parceladamente a medida que o serviço tiver sido prestado, salvo, convenção em sentido contrário 
(e) Se o prestador de serviço for despedido sem justa causa a outra parte será obrigada a pagar lhe por inteiro a retribuição vencida e proporcionalmente a que lhe tocaria ao termo legal do contrato. LETRA CERTA
AULA 14 
CORRETAGEM ( 722 – 729 )
	Contrato através do qual uma pessoa não vinculada á outra em decorrência de contrato de mandato, de prestação de serviço ou qualquer outra relação de dependência (subordinação) se obriga a obter para a segunda parte um ou mais negócios conforme as instruções recebidas.
	Na corretagem pode haver exclusividade desde que expresso em contrato. A regra não é a exclusividade, esta deve ser por escrito.
30/05/2017
	
COMPROMISSO ( 851- 853)
	É o contrato através do qual os pactuantes se obrigam a submeter um litígio a uma solução consistente no estabelecimento de uma ou mais obrigações, como regra é um contrato bilateral ou sinalagmático, contudo por exceção pode ser unilateral quando houver renúncia ou reconhecimento integral do que foi alegado pela parte contrária. Se obrigam a apenas uma prestação 
	
	TRANSAÇÃO ( 840 – 850 )
	É o contrato através do qual as partes pactuam a extinção de uma obrigação por meio de concessões recíprocas, será sempre um contrato bilateral ou sinalagmático. Ambos assumem obrigações 
Estes tem de diferentes – na transação será sempre sinalagmático, porque ambas as partes tem obrigação a cumprir, será sempre oneroso porque haverá sempre sacrifício patrimonial de ambas as partes. Para ter uma transação ambos devem ter uma concessão mútua, alguém tem que abrir mão de alguma coisa.
CONTRATO ESTIMATÓRIO ( 534 – 537) 
Contrato através do qual uma parte chamada consignante entrega bens móveis a outra parte chamada consignatário que fica autorizado a vender a coisa consignada entregando o dinheiro ao consignante ou restituir a coisa consignada. Muitos autores defendem neste contrato como obrigação alternativa. Consignatário assume todos os riscos do negócio.
JOGO OU APOSTA – ( 814 – 817)
Contrato através do qual duas ou mais pessoas prometem pagar certa soma a aquela que conseguir um resultado favorável de um acontecimento incerto “jogo” 
Ao passo que quando há convenção em que duas ou mais pessoas de opinião divergente sobre um determinado assunto prometem pagar certa quantia ou entregar determinado bem a aquela cuja opinião prevalecer em virtude de evento incerto “aposta”, segundo a doutrina os jogos são classificados em proibidos tolerados e permitidos. 
06/06/2017
AULA 15 
	SEGURO- ( 757 a 802 )
	Premio é o valor do seguro
Contrato através do qual um dos contratantes denominado SEGURADOR se obriga a garantir interesse legítimo de uma outra pessoa denominada SEGURADO mediante o recebimento de uma determinada importância chamada de prêmio assume o segurador os riscos e os prejuízos previamente avençados. 
Risco – Está implícito no contrato de seguro, deve ter o risco para haver seguro. Ex: Se fossemos imortais não haveria necessidade de seguro.
No seguro não há proposta do segurador, quem propõe é o segurado. Seguradora não é obrigado a aceitar segurado, deu exemplo do indivíduo que ocorreu em vários sinistros e policial que o seguro ficou com custo elevado.
Qualquer alteração de risco deve ser informado. Ex: Deixo de ter garagem.
RISCO – Principal elemento – O segurador foi (P. Jurídica, S/A) com autorização governamental assume o risco, contudo, o agravamento do risco deve ser evitado pelo segurado, mas se acontecer deve ser informado ao segurador.
	RESEGURO ( Seguro do seguro)
	Trata se na transferência de parte ou de toda a responsabilidade do segurador para o resegurador, finalidade: Distribuir entre dois ou mais seguradores a responsabilidade.
	Se o intuito era ou não de se matar e fez o seguro de vida, com carência de 2 anos, passou este tempo é devido o interesse legítimo do segurado. Pessoa se matou e fica comprovado.
	No caso de SEGURO DE PESSOAS antes do código civil de 2002 o suicídio do segurado era motivo do não pagamento da indenização aos beneficiários, o código civil de 2002 inovou nesse tema, o legislador entendeu por um critério objetivo devendo o segurado respeitar um prazo de carência mínimo de 2 anos, após esse prazo o segurador, mesmo nos casos de suicídio não pode se esquivar da indenização.
	APÓLICE DE SEGURO
	A apólice constitui em regra o instrumento do contrato de seguro, para alguns autores o contrato de seguro seria formal, eis que tal contrato necessita do instrumento do contrato como regra, outros autores discordam, uma vez que a apólice seria um meio de prova podendo ser substituída por outro meio de prova admitida em direito.
Alguns autores divergem, apólice para validade ou para prova.
	SEGURO DE COISAS 
	Nos seguros de dano a garantia (cobertura dada pelo contrato de seguro, tal cobertura é de acordo com o risco assumido pela seguradora) prometida pela indenização não pode ultrapassar o interesse do segurado no momento da conclusão do contrato.
	É admitido variação no valor do prêmio, ou seja, o preço do seguro
	Não é admitido realizar seguro maior do que a coisa de fato vale.
	Seguro de dano é o seguro da coisa segurada no momento da contratação .Ex: Fusca bolinha 100% original valor de 250.000,00
	Não permitido contrato de seguro com várias seguradoras.
OBS: Isto não se aplica a seguro de vida.
CORRETOR DE SEGURO
Não obstante o credor do prêmio pago pelo segurado seja o segurador e cabendo a este a devida quitação do seu crédito vem entendendo o pensamento jurídico no Brasil, que o pagamento feito ao corretor de seguros mesmo não sendo empregado, direto so segurador é considerado válido, cuja quitação dada pelo corretor possui eficácia jurídica, eis que este age como um representante do segurador.
PRAZO PRESCRICIONAL ( Art. 206, §1° ,II, “a” “b” CC)
OBRIGAÇÕES DO SEGURADO 
1. Pagar o prêmio
2. Diminuir o risco
3. Comunicar ao segurador qualquer fato que possa agravar o risco
4. Comunicar os sinistros 
5. Agir com boa fé objetiva 
OBRIGAÇÕES DO SEGURADOR
1- Cobrir o risco do segurado
2- Pagar em dinheiro como regra a indenização do segurado
Suicídio é critério objetivo
Caso 14 objetiva 1 - a
Objetiva 2 d

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