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EDUCAÇÃO POPULAR E ENSINO SUPERIOR - PAULO FREIRE

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
Trabalho Final: Educação Popular e Ensino Superior em Paulo Freire
Nome da aluna: Raquel Pereira dos Santos
Trabalho da Disciplina Didática do Ensino Superior (NPG1009)
 
 Tutor: Profª. Dalta Barreto Motta
São Paulo
2020
Caso Educação popular e ensino superior em Paulo Freire
Referência: BEISIEGEL, CELSO Educ. Pesquisa, São Paulo, v. 44, e104010, 2018 Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br. Acesso em: 21 de abril de 2020.
No artigo “Educação Popular e Ensino Superior em Paulo Freire”, de Celso Rui Beisiege, o autor se propõe a investigar as possíveis contribuições de Paulo Freire ao ensino superior. As discussões sobre o tema envolviam a educação popular, educação da elite, a expansão da escolaridade e as dificuldades ao acesso ao ensino superior. Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais, se formou em direito em 1947, começando na educação depois de uma pequena experiência na advocacia, porem concluiu que o Direito não era a sua vocação e passou a se dedicar ainda mais a área da educação. Paulo já trabalhando no SESI, deu aula de filosofia e história da educação na Escola de Serviço Social e na Faculdade de Belas Artes, ambas do Recife. Ele começa a produzir, a elaborar uma proposta de alfabetização, pois como um educador e como um intelectual acreditava na transformação da educação. Nesta época os intelectuais em já discursavam em uma educação para todos. Pois, aconteciam as grandes transformações sociais e políticas no país. Já era evidente a diferença entre educação popular e educação das elites. Quando se trata de Educação Popular o nome de Paulo Freire está interligado, não como o criador, mas sim o que melhor trabalhou em prol desta educação libertadora, tendo como prioridade um envolvimento transformador, facilidade e interesse em ouvir o povo. O Instituto Nacional (INEP), criado em 1938 era um defensor da necessidade de uma política mais abrangente de educação para todos. A União aconselhava as unidades federativas a ampliar o atendimento a jovens e adultos não alfabetizados, porem só foi inaugurada em 1947 com a criação de um Serviço de Educação. Porém, as condições disponíveis para a realização deste atendimento, reduziu-se a simples repetições, o que os professores ensinavam ao primário, a noite ofereciam aos jovens e adultos, os conteúdos constituíam-se basicamente nos conhecimentos de leitura, escrita e cálculos. A inclusão dos jovens e adultos, de alguma forma já alterava a natureza dessa prática social, pois naquela época o iletrado não tinha direito ao voto, após se alfabetizar automaticamente era incluído no grupo de participantes das disputas eleitorais. Isso não era o bastante, era necessária fazê-los compreender a importância do seu voto. Mesmo com os avanços educacionais voltados para as populações desfavorecidas, sobretudo ainda aparecem as dificuldades de jovens e adultos com relatos sobre as suas dificuldades em frequentar as aulas e persistências nas atividades escolares, porem mesmo com todas as dificuldades a educação escolar avançou bastante na extensão das oportunidades educacionais. O número de alunos diplomados no ensino de nível médio ampliou e a pressão por ingresso no ensino superior cresceu, possibilitando a criação de novas escolas de ensino superior federais, estaduais e municipais. A relação de Paulo Freire com a Educação Superior foi tão importante quanto a relação com a Educação de jovens e adultos e com os demais graus da educação. Seus princípios e propostas metodológicas aplicam-se a qualquer tipo de reflexão educacional. Porem, esta relação com a Instituição de Ensino Superior (IES), nem sempre foi muito conectiva, Freire não penetrou na Universidade a não ser como um título de teses e publicações, mas se dedicou intensivamente à procura de respostas criadoras para questões colocadas pelas condições de vida das massas desfavorecidas. A obra de Paulo Freire, ao se voltar aos problemas educacionais da população subalterna, especialmente a conscientização e alfabetização de jovens e adultos ou com baixa escolarização, estende seu olhar para questões humanas mais abrangentes, a partir de reflexões sobre a sociedade e a educação. De maneira geral, o grande problema do Brasil é que ainda temos uma pirâmide social, as crianças até entram na escola, mas sofrem de uma retenção no fluxo escolar, temos problemas sérios como: analfabetismo, evasão, repetência e de retenção do fluxo, uma distorção idade/série. É preciso investir na formação de professores, na estrutura das escolas, investir em avanço das tecnologias e uso delas, e nós temos uma questão grave que são as condições de trabalho dos professores, isso pesa nessa questão da qualidade de educação, é necessário investir em um sistema de ensino de melhor qualidade educacional ao alcance de todos, tanto educandos quanto educadores, devemos analisar a estrutura que nos é oferecido, mas também, temos que se conscientizar do importante papel que exercemos ao educar um indivíduo, formar um cidadão.

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