Buscar

RESENHA Psicopedagogia Clínica (NPG2037)

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
Resenha Crítica de Caso “Atendimento psicopedagógico em uma clínica-escola: Um olhar para aspectos da adolescência”
Nome da aluna: Raquel Pereira dos Santos
Trabalho da Disciplina Psicopedagogia Clínica (NPG2037)
 
 Tutor: Profª. Cristiane de C. Guimaraes
São Paulo
2020
Caso Atendimento psicopedagógico em uma clínica-escola: um olhar para aspectos da adolescência.
Referência: 
MENEZES, RAFAEL DE SOUZA MENEZES. LOPES, MARIA GENTIL ARAÚJO DA SILVA LOPES. AVOGLIA, HILDA ROSA CAPELÃO AVOGLIA. Atendimento Psicopedagógico em uma Clínica-Escola: Um olhar para aspectos da adolescência, São Paulo. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br. Acesso em: 03 de maio de 2020.
No estudo de caso apresentado, veremos como foi desenvolvido o atendimento realizado à uma adolescente de 14 anos que relatava apresentar dificuldades de aprendizagem. Foram feitos seis atendimentos avaliativos e treze atendimentos interventivos, buscando compreender e obter soluções efetivas. Ao longo da história da educação houve uma necessidade em se trabalhar com crianças que ficavam isoladas devido as dificuldades de aprendizagem, observaram que profissionais da educação buscavam ajudar de forma inadequada, desprezando a interferência do ambiente, o contexto social, a relação com a família, a parte afetiva, entre outros aspectos. Eram feitos diagnósticos voltados para os aspectos percebidos somente no ambiente da escola. Sabemos que muitos desses profissionais atuam na prevenção e tratamento voltados as dificuldades de aprendizagem, porem cada caso possui suas particularidades, necessitando de uma atenção merecida para não cair em erros. A cerca das dificuldades de aprendizagem os autores afirmam ser uma mudança de comportamento mediante a experiência vivenciada pelo sujeito e o ambiente onde ele está inserido. Aprender necessita interação com o ambiente, grupos, cultura, adquirir conteúdos humanos, desenvolver suas funções psicológicas, constituir intercâmbio do sujeito (interno) com o meio e aprender a partir do outro (externo). O ser humano precisa de interação para reconhecer aspectos que devem ser trabalhados e os profissionais devem estimular essa relação com respeito, sem crítica e de forma democrática, permitindo uma troca de conhecimento e saberes para todos os envolvidos neste processo. Umas das fases mais importantes na vida do ser humano é a adolescência, fase essa que é composta por várias transformações, são mudanças bruscas que vão compor o sujeito adulto, por isso deve-se considerar e procurar apoiar esse adolescente nas suas questões e dificuldades, uma das formas de ajudá-lo é deixar claro os limites e regras que ele deverá seguir, de forma democrática e positiva. Esta adolescente de 14 anos com queixas de aprendizagem foi indicada por sua escola e apoiada por sua família, pai, mãe e irmã, a mesma apresentava um perfil aparentemente comum, transferida de uma escola particular para uma escola pública, com situação socioeconômica regular, com algumas características específicas de falta de concentração, dificuldades de colocar suas ideias no papel, notas baixas e repetência do sétimo ano do ensino fundamental pela terceira vez. Para compreendermos melhor a respeito das dificuldades de aprendizagem, necessitamos voltar a alguns anos atrás. Na década de 80, a visão a respeito das dificuldades de aprendizagem foi ampliada em sua avaliação, percebendo que os fatores de dentro e fora da escola eram propulsores na manifestação de algumas dificuldades. Para autores mais atuais, como Scoz e Porcacchia (2009), afirmam que o diagnóstico e o atendimento psicopedagógico deve ser pautado nas relações do sujeito, ter um olhar multidisciplinar e interdisciplinar para a forma de como se aprende, trazendo os aspectos orgânicos, psicológicos, cognitivos e sociais. Esta junção de tratamento interdisciplinar, da escola e a família, sugere uma superação e uma diminuição no índice dos casos de dificuldades de aprendizagem. Diante disto, podemos concluir que são vários os fatores que envolvem as dificuldades de aprendizagem, sendo a família uma parte de peso nessa questão, retirando a culpa exclusiva da criança e com a visão mais ampla das partes envolvidas, a escola se tornou intermediária e referência nas questões sociais, possibilitando um trabalho conjunto com a família, professores e a sociedade. Não podemos esquecer que a concentração, percepção, a memória, capacidade diminuída de pensar e a indecisão, também são fatores que estão ligados diretamente as dificuldades de aprendizagem.

Continue navegando