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TRABALHO CONSTRUTIVISMO

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
ANA CAROLINA TERRA CURI RA: F0116H, DAYANE SOBRALRA: F09442-1, GABRIEL DIAS RAIMUNDO RA: N4104A7, GIOVANNA BATISTA OLIVEIRA RA: N426DG6, MATHEUS DA CRUZ RA: F09982-2.
ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO DO GRAFISMO INFANTIL
SÃO PAULO
2020
ANA CAROLINA TERRA CURI RA: F0116H, DAYANE SOBRALRA: F09442-1, GABRIEL DIAS RAIMUNDO RA: N4104A7, GIOVANNA BATISTA OLIVEIRA RA: N426DG6, MATHEUS DA CRUZ RA: F09982-2.
ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO DO GRAFISMO INFANTIL
Trabalho apresentado a Disciplina – Psicologia Construtivista para fins avaliativos sob a orientação da Prof.ª Mestre ...
SÃO PAULO 
2020
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................03
2 DESENHOS E ANÁLISES............................................................................08
3.0 CONDISERAÇÕES FINAIS.......................................................................12
REFERÊNCIAS................................................................................................15
1 INTRODUÇÃO
Jean Piaget
Jean Piaget nascido na cidade de Neuchâtel foi um dos mais importantes pesquisadores da pedagogia, formado em ciências naturais pela Universidade de Neuchâtel, publicou seu primeiro artigo aos onze anos, falava sobre um pardal albino, terminou seu doutorado aos vinte e dois anos, quando mudou para Zurique buscando conhecimento sobre psicologia experimental, sendo instruído por Paul Eugene Bleuler. Em 1919 muda-se para Paris, onde fez um curso de Filosofia das Ciências com Leon Brunschvigc.
Não contente em somente pesquisar sem experimentar, Piaget começa a trabalhar com Alfred Binet, em um estudo sobre o desenvolvimento intelectual da criança, aplicando testes desenvolvidos por ele. Ainda não satisfeito com apenas respostas certas e erradas Piaget começa a fazer outras perguntas as crianças fugindo radicalmente do teste padrão, seu intuito era descobrir a linha de raciocínio da criança que leva a resposta errada. Criando assim uma nova problemática, deixando de enxergar as respostas erradas como um déficit e começando a observá-las como uma originalidade, um aspecto a ser observado e discutido.
Ao enviar um de seus três artigos a revista Archives de Psychologie foi convidado por Edouard Claparèd para trabalhar no instituto Jean Jacques Rousseau onde permaneceu até o fim de sua vida.
Obra 
A teoria Construtivista de Piaget busca responder a seguinte pergunta: “Como deixamos um estado de menor conhecimento para um estado de maior conhecimento?”. Piaget e sua equipe chegam a conclusão de quatro grandes estádios do desenvolvimento do conhecimento.
· Sensório – motor 	
Estende-se do nascimento até por volta de um ano e meio a dois anos, é dado antes da linguagem, onde a criança não exerce uma lógica em si, porém seu comportamento já obedece a certa estrutura. É um estádio de inteligência prática, pois mesmo a criança não utilizando a linguagem propriamente dita busca outras formas de se comunicar e alcançar seus objetivos.
É dividido em seis subestádios: 
O reflexo, no primeiro mês de vida, onde há apenas coordenação motora hereditária, por exemplo a sucção; as reações circulares primárias, surgem até os quatro meses, são as formações dos primeiros hábitos, dependem atividade da criança e sua repetição; a coordenação da visão, preensão e inicio das reações circulares secundárias, surge aos quatro meses e vai até os oito meses, o bebe agarra e manipula tudo o que está ao seu redor, por exemplo, puxar a corda do mobile, ao perceber que tocará a música; a coordenação dos esquemas secundários, inicia aos oito meses, indo até os onze meses, a criança usa um esquema já consolidado, para tentar um novo, por exemplo, a criança que balança o chocalho, agora tenta apagar ou acender a luz; a diferenciação dos esquemas de ação por reação circular terciaria, começa aos onze meses e vai até os dezoito meses, a criança utiliza de novos esquemas, por exemplo, se quiser acender a luz, perceberá que puxar a corda do mobile, não gera este resultado, por último, o inicio da interiorização dos esquemas e solução de alguns problemas, tem inicio aos dezoito meses, vai até os dois anos, ao encontrar uma situação problema, a criança não age mais apenas por “reflexos motores”, parece parar, observar e pensar em uma solução para o problema, a criança já tem noção do objeto permanente. 
· Pré – operatório 
Por volta dos dois aos sete anos de idade, onde se inicia a socialização, o aparecimento da linguagem e a habilidade de reconstituir e antecipar suas ações as apresentam também ao próprio mundo interior. A criança fala a si própria com frequência, cria brincadeiras em seu próprio mundo em uma linguagem comum em crianças de três a quatro anos, cessando por volta dos sete anos.
A forma de pensamento que a criança conhece e utiliza é o pensamento intuitivo, já que ainda se encontra motivada pela intuição e a lógica, para saber como a criança pensa espontaneamente, somente é necessário observar onde se encontram os objetos que a mesma deseja, e como as coisas ela chama as coisas, nesse estágio é onde surgem os porquês das crianças, muitas vezes obscuros a visão adulta já que a criança tem uma relação conturbada com o acaso, acreditando que tudo ao seu redor é para uso e vivências de adultos e crianças.
Neste nível de desenvolvimento existem três novos tipos de modelos afetivos (afeições, simpatias e antipatias) ligadas diretamente as ações de socialização entre adultos e crianças.
O interesse apresenta o aspecto de regular a energia, já que mobiliza as reservas de força para que um trabalho julgado interessante por elas possa parecer mais fácil de ser realizado, exigindo menos fadiga. Por isso a criança apresenta melhor rendimento escolar em matérias que se aproximem de seu dia a dia e a interessem. A criança nesse nível apresenta interesse através de palavras, desenhos, imagens, ritmos e de certos exercícios físicos.
Os sentimentos estão ligados diretamente a autovalorização, nutrindo sentimentos de simpatia aqueles que a valorizam e respondem aos seus interesses, e inversamente de antipatia aqueles que não o fazem.
A primeira moral que a criança assimila é a obediência aos pais. A moral fica a encargo de um individuo externo no caso os próprios pais.
· Operatório – concreto
Nesse estádio, por volta dos sete aos onze anos de idade, a criança começa a ter o raciocínio mais lógico, com a cognição mais aflorada e percepção de pontos de vista variados, ela utiliza o pensamento como forma de se expressar, mas de forma concreta, sendo assim, ela expressa no desenho o que observa. É um período onde a criança deixa de ser egocêntrica socialmente, e intelectualmente, conforme ela passa a enxergar pontos de vista de si mesma e de outras pessoas, mas sem fazer confusão entre ambos, a partir disso, ocorre o começo da construção da moral e autonomia.
Em relação a intersubjetividade, ela passa a refletir, deixando de ser impulsiva e passando a pensar antes de agir, além de questionar suas crenças e desenvolvendo a heterotomia, criando sentimento de honestidade, sendo contra e repudiando tudo ao contrário disso, ela cria sentimento de companheirismo, lealdade e justiça. Em uma competição ou brincadeira com regras, por exemplo, o indivíduo passa a compreender o motivo de haver regras, e entende que não passa de acordos entre os participantes. Em sua percepção, ganhar significa ser bem sucedido em uma competição que exige regras a serem seguidas.
Para Piaget, nesse estádio está claro o desenvolvimento da inteligência cognitiva, a mentalidade da criança faz com que suas ações sejam coordenadas, ela deselvolve a parte sentimental, social e afetiva, compreendendo seus pensamentos, sentimentos, crenças e o pensamento de outras pessoas ao seu redor.
Em vez de proceder por correções a posteriori, isto é, uma vez já executada materialmente a ação, as operações constam de uma pré-correção dos erros, graças ao duplo jogo das operações diretas e inversas, ou seja, [...]de antecipações e retroações combinadas ou mais precisamente ainda, de uma antecipação possível das próprias retroações. (Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1971. Pg 107)
· Operatório – formal 
Esse estágio começa a partir dos 11-12 anos, se estendendo até 14-15 anos. Com o início do Operatório - Formal, a criança começa a resolver problemas usando o pensamento abstrato e hipotético. É um período onde a criança é capaz de perceber múltiplas formas de pensar, formulando mentalmente todo o conjunto de explicações possíveis, desprendendo assim o que é real do que é possível.
Nesse período, o pré-adolescente é capaz de aprender qualquer ensinamento que lhe for condicionado, além de conseguir resolver qualquer problema com a lógica e tomar suas próprias conclusões sobre ele próprio e sobre o mundo. Assim, como, passa a definir sua personalidade e seu espaço na sociedade, encaixando-se em grupos.
As operações formais são muito definidas pela capacidade Hipotético-Dedutivo e Cientifico-Indutivo, que é o que possibilita a criança, por exemplo, do estudo de ciências físicas ou químicas, tendo em vista que conseguem pensar a realidade cotidiana presente, não presente e também entendem analogias hipoteticamente formuladas.
Em lugar de limitar-se a organizar o que lhe chega através dos sentidos, o adolescente tem a capacidade potencial de imaginar o que poderia estar ali, já que sua capacidade de entendimento ultrapassa o imediato.(Piaget: Experiências básicas para utilização pelo professor. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1983. Pg 81)
Luquet
Georges-Henri Luquet (1876-1965), foi um etnógrafo e filósofo francês, que dedicou parte de sua vida ao estudo, sendo um de seus principais estudos, o desenho infantil. O método de estudo do desenho de Luquet se dava a partir do desenhar da criança, onde todas as ações deveriam ser registradas e acompanhadas com muita atenção durante todo o processo, antes, durante e depois do desenho.
Com todos os seus estudos de diferentes desenhos, tendo como principal, os desenhos de sua filha Simonne, em 1927 Luquet publicou a sua Obra Clássica “O Desenho Infantil”, com uma coletânea de testemunhos e desenhos que arrecadou ao longo do tempo. Em sua obra, Luquet definiu os elementos do desenho infantil, sendo eles: Intenção, Interpretação, Tipo, Modelo Interno e Colorido.
Na teoria de Luquet, o desenho da criança é uma representação, não só daquilo que ela vê, mas também da visão que tem dentro de si. Sendo assim, o realismo, é essencial para o autor. Aos estágios de desenvolvimento da criança que foram baseados nesse realismo, Luquet definiu como: Realismo Fortuito, Realismo Fracassado, Realismo Intelectual e Realismo Visual.
“Todo desenho é a tradução gráfica da imagem visual que forneça o motivo apresentado e, acreditamos, de uma imagem visual mais ou menos nítida realmente presente no espírito do desenhista no momento que ele desenha, o que nós denominamos modelo interno. Qualquer que seja o ponto de vista subjetivo, do ponto de vista objetivo o desenho é incontestavelmente a tradução gráfica dos caracteres visuais do objeto representado; isto é, tomando emprestado dos estudiosos da lógica o termo “compreensão” pelo qual eles designam o conjunto de caracteres de um objeto, o desenho de um motivo pode ser definido como a tradução gráfica da compreensão visual desse motivo. (...) Nós acreditamos que a preocupação da criança frente cada um de seus desenhos é de o fazer exprimir de um modo bem exato, bem completo, pode-se dizer o mais literal possível, a compreensão visual do objeto que ele representa. Nenhum nome nos parece exprimir melhor essa característica que realismo, e nós diremos que o desenho infantil é essencialmente e voluntariamente realista.” (Luquet, 1913, p.145. O grifo é meu)
O realismo Fortuito começa a partir dos 2 anos. Nessa fase os desenhos da criança se dividem em voluntário e involuntário. Sendo involuntário todo o desenho que a criança faz apenas pelo prazer de rabiscar, sem nenhum significado aparente. E voluntário seria todo o desenho feito sem intenção, porém que a criança consegue relacionar com algum objeto e dar nome ao desenho.
O realismo Fracassado (ou falhado) acontece entre 3 a 4 anos, podendo se estender. Nessa fase a criança começa a perceber formas e objetos e passa a tentar representá-los. 
Realismo Intelectual acontece de 4 até 10 anos, nessa fase a criança começa a juntar a sua percepção junto as formas e objetos. Pode exagerar, diminuir ou até mesmo excluir os elementos em seu desenho de acordo com sua percepção.
Realismo Visual acontece de 10 até 12 anos. Nessa fase a criança procura representar o objeto exatamente como ele é, de acordo com a perspectiva. A criança nessa fase abandona a fantasia, desenhando o que se aproxima da realidade.
Lowenfeld
Viktor Lowenfeld(1903-1960) foi um educador artístico austríaco, que foi extremamente importante para a definição do desenvolvimento infantil pela Grafia.
Para Lowenfeld a arte serve como modo de comunicação do pensamento da criança. E é uma mistura entre experiências imaginárias conectadas com a realidade.
A arte desempenha um papel potencialmente vital na educação das crianças. Desenhar, pintar ou construir constitui um processo complexo em que a criança reúne diversos elementos de sua experiência, para formar um novo e significativo todo. No processo de selecionar, interpretar e reformar esses elementos, a criança proporciona mais do que um quadro ou uma escultura; proporciona parte de si própria: como pensa, como sente e como vê. Para ela, a arte é atividade dinâmica e unificadora (LOWENFELD, BRITTAIN, 1977, p. 13).
Por meio de seus estudos, Lowenfeld chegou a uma ordem sequencial de estágios do desenvolvimento da criança de acordo com sua grafia, sendo elas: Fase das Guaratujas, Fase Pré Esquemática, Fase Esquemática, Fase do Realismo e Fase Pseudonaturalista.
A primeira fase, a das guaratujas, acontece dos 2 aos 4 anos. Nesse período os desenhos das crianças são divididos entre guaratujas desordenadas e ordenadas. As desordenadas são apenas rabiscos, sem muito significado, que a criança faz apenas pelo prazer da descoberta dos traços. As ordenadas (ou controladas) acontecem quando a criança começa a ser mais ciente de seus rabiscos, começa a usar outras cores, fazer formas circulares e vez ou outra pode ver relação de seu desenho com alguma coisa em seu meio.
A fase pré esquemática ocorre dos 4 aos 7 anos, nessa fase a criança começa a estar mais ciente de formas e objetos, procurando com seus desenhos ilustrar elementos que cercam o seu mundo.
Fase esquemática acontece dos 7 aos 9 anos, caracterizada pela organização e lógica do desenho. Nessa fase a criança começa a agrupar elementos e tem uma noção de chão em seus desenhos, a criança também deve usar de formas geométricas como esquema para o corpo humano.
A fase do realismo acontece dos 9 aos 12 anos, nessa fase a criança começa a perceber sua capacidade de pertencimento e trabalho em grupo, fica também mais crítica em relação aos seus desenhos e desenhos de outras pessoas. Passa a perceber que as formas geométricas não representam tão bem o corpo humano. A criança também passa a reforçar estereótipos, desenhando, por exemplo, sempre meninas de saia e meninos de calça.
A última fase, é a pseudonaturalista, que acontece dos 12 aos 14 anos. Nessa fase a criança deixa de lado sua espontaneidade e fantasia e busca representar o mundo como ele é. Se torna mais crítico com relação aos seus desenhos e busca por aprovação de autoridades.
 
 
2 DESENHOS E ANÁLISES 
Gael – 2 anos, entrou na escola este ano, mora com os pais, não tem irmãos e a mãe nos contou que eles foram a praia a pouco tempo, na casa da avó de dele.
De acordo com nossa análise, identificamos a seguintes fases/estádio: 
· Pré – Operatório: Gael, rabisca por prazer, sua mãe mostrou a parede de casa rabiscada, seus desenhostinham movimentos repetitivos, mas, colocou significado no seu desenho, dizendo que era um peixe e a praia.
· Realismo Fortuito: Gael desenha tanto de forma voluntária, como involuntária, quando perguntado a princípio, o que estava desenhando, ele apenas rabiscava e dizia o nome das cores que estava usando, no fim do desenho, perguntamos mais uma vez o que era o desenho e ele apontou para uma parte do desenho, dizendo que era um peixe e a praia.
· Fase Garatujas: Gael desenha de forma ordenada, rabiscando a folha com várias cores e enxerga relação com seu desenho e sua visita a praia.
Helena - 4 anos, entrou este ano na escola, mora com os pais, porém, como sua mãe trabalha, durante o dia, enquanto não está na escola, fica na casa de sua tia casada com seu padrinho que tem dois filhos, seus primos.
 
De acordo com nossa análise, identificamos a seguintes fases/estádio: 
· Pré-Operatória: Helena interpreta a representação em seu desenho, identificando o que desenhou, trás acontecimentos do seu dia a dia para o desenho, brinca com a linguagem e faz imitações. Quando por exemplo, perguntamos: O que você está desenhando Helena? Ela responde: Chouriço; e depois dá risada. Helena, também nos convidou para brincar, e ela seria a mamãe.
· Realismo Fracassado: Helena começa a perceber as formas, como por exemplo, o formato da cabeça e do corpo e tenta representá-los.
· Pré – esquemática: Helena já possui ciência de seus traços, e em seu desenho ilustra sua realidade, sua família e inclusive o entrevistador. 
Emanuel – 7 anos, está no segundo ano do fundamental, mora com pai, aos finais de semana, junto com seu pai, visita a casa de seu padrinho em Mairiporã onde há uma represa ou vai ao clube jogar basquete, onde há um treinador. 
De acordo com nossa análise, identificamos a seguintes fases/estádio:
· Operatório-Concreto: Emanuel, expressa o que pensa e sente em suas representações gráficas, porém, apenas o que é concreto, coisas que ele vê ou toca, percebemos o declínio do egocentrismo social, pois em seu desenho, aparecem outros personagens que fazem parte da vida e cotidiano dele, saindo assim do desenho voltado a própria pessoa, sendo agora um desenho repleto de coletividade e detalhes que ele considera importante, tendo nesse estádio um maior equilíbrio entre assimilação e acomodação, demostrando sentimentos de honestidade, justiça e lealdade, representando o que é visível em conjunto com as atividades que gosta de praticar, assim começando a desenvolver uma cognição mais aflorada. 
· Realismo Intelectual: A história do desenho de Emanuel, mostra a sua percepção de realidade, seja ela concreta como por exemplo, seu pai, a canoa, o mar, seu professor de basquete, seu uniforme de basquete ou abstrata, como por exemplo, o sol e a nuvens. Desenha apenas para sua satisfação, o que conhece e se inclui na maioria dos desenhos.
· Fase Esquemática: Emanuel, apresenta logica e organização no seu desenho, trazendo sua realidade e rotina, tem noção de chão, separando assim o seu desenho em três partes, contando três dias diferentes do que gosta em seu cotidiano, utilizando-se de formas geométricas para representar as pessoas e suas respectivas vestimentas e, se preocupando com detalhes observados por ele como a barba de seu treinador representadas no grafismo.
Lucas 12 anos, está no 6º ano do ensino fundamental, seu pai é designer e desenha, ele tem facebook e posta seus desenhos, a mão comentou que Lucas sempre gostou de desenhar muito, porém no ano passado, depois de ganhar o vídeo game, passou a desenhar menos. Lucas disse que desenha na hora do intervalo da escola e aprendeu técnicas no youtube. De acordo com nossa análise, identificamos a seguintes fases/estádio:
De acordo com nossa análise, identificamos a seguintes fases/estádio:
· Operatório Formal: Percebemos autonomia no Lucas, quando ele deixa de desenhar com frequência, deixando de imitar o pai, e começa a substituir, pelo videogame que traz mais prazer, mostrando também a conquista da personalidade, a inserção do mundo adulto de Lucas, está em sua pagina do facebook, e também, em suas pesquisas “intelectuais”, no youtube.
· Realismo visual: Lucas desenha prestando atenção em detalhes, ângulos, busca ser mais realista o possível no desenho, se preocupando como o outro irá interpretar/enxergar, nos contou que procurou canais no youtube para aperfeiçoar seus desenhos, e podemos perceber pela preocupação nos detalhes dos músculos do corpo que ele fez, que ele busca desenhar as coisas como elas realmente são.
· Fase Pseudonaturalista: Lucas desenha de forma crítica, comparando cada detalhe com a realidade, como por exemplo, desenhar um homem que possui um maxilar quadrado, barba, músculos, caraterísticas particulares. Trouxe seu desenho o mais próximo possível de um homem real, estereotipando o rosto masculino. Ele virava a folha e observava o tempo todo os ângulos, antes de riscar os detalhes.
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Observamos e comparamos, através da leitura de artigos, livros e desenhos de crianças de dois a doze anos, o estudo do desenvolvimento da inteligência por Jean Piaget, e o estágio do grafismo, por Lowenfeld e Luquet.
 	Todas as crianças entrevistadas, encaixaram-se, dentro dos respectivos estádios e estágios esperados, tivemos a oportunidade de observar a “entrada” de umas das crianças, Lucas de doze anos, em seu estádio atual, pois quando o entrevistamos, ele havia tido uma pequena mudança em seu comportamento, observado pela mãe, que acreditava, que seu filho havia deixado de lado o desenho, pelo videogame, mas, em nossa conversa com Lucas, podemos observar que não, que ele apenas havia “entrado na adolescência”, e estava interessado pelo “mundo adulto e firmar sua personalidade’.
	Helena, nos chamou atenção, por se comportar como se “prevê” em sua fase, pois, apesar de seus pais serem casados, a mãe de Helena, contou, que ela o vê pouco, pois, o pai estuda e trabalha no interior e só volta para casa, aos finais de semana, Helena, passa a semana no período do trabalho de sua mãe, na casa de sua tia e o desenho dela, mostrou seu dia a dia.
 Por fim, este trabalho, contribuiu, para nossa compreensão, da prática do grafismo infantil, nos fazendo perceber que a representação gráfica é uma forma de comunicação, e a partir desses desenhos a criança passe a transmitir seus sentimentos, seus gostos, e toda sua subjetividade, podendo assim, ser interpretados para identificação das fases do desenvolvimento da inteligência humana, e a fase de seu grafismo.
REFERÊNCIAS
LUQUET, G. H. O desenho infantil. Porto: Editora do Minho, 1969. 
LOWENFELD, V.; BRITTAIN, W. L. Desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo: Mestre Jou,1977. 
MEREDIEU, F. de O desenho infantil. São Paulo: Cultrix, 2000.
PERONDI, D. Processo de alfabetização e desenvolvimento do grafismo infantil. Caxias do Sul: EDUCS, 2001. 
PIAGET, J. Seis Estudos de Psicologia. Trad. Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo Sérgio Lima Silva. 25ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
PILLOTTO, S. S. D.; SILVA, M. K.; MOGNOL, L. T. Grafismo infantil: linguagem do desenho. In: Revista Linhas - Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Florianópolis/SC, v. 5, n. 2, 2004. Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat: http://revistas.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1219/1033

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