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Açúcar e alcool

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FACULDADES INTEGRADAS CAMPOS SALLES
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA
ANDERSON VIEIRA CORDEIRO DA SILVA
ANGELICA CABRAL
DAIANE ANTONIELLI FERREIRA
GUILHERME BARBOSA
LUDMILA NERI NICOLETTI
RUTE NASCIMENTO DE AMORIM
CADEIA DE SUPRIMENTOS DO AÇÚCAR E ETANOL
São Paulo
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 03
1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E CADEIA DE SUPRIMENTOS .................. 04
2. PLANTAÇÃO E CULTIVO ................................................................................... 06
2.1 MUDAS .............................................................................................................. 06
3. COLHEITA ........................................................................................................... 10
4. FABRICAÇÃO DO ETANOL ................................................................................ 12
4.1 ARMAZENAMENTO DO ETANOL ..................................................................... 12
5. FABRICAÇÃO DO AÇÚCAR ................................................................................ 16
5.1 SECAGEM ......................................................................................................... 18
5.2 ARMAZENAGEM DO AÇÚCAR......................................................................... 19
6. GERAÇÃO DE VAPOR E ENERGIA.................................................................... 21
7. TRANSPORTES ................................................................................................... 22
8. EXPORTAÇÃO DO AÇÚCAR............................................................................... 23
9. EXPORTAÇÃO DO ETANOL ............................................................................... 25
10. CONSIDERAÇÃOES FINAIS.............................................................................. 27
11. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 28
INTRODUÇÃO
O planejamento estratégico da cadeia de suprimento deve atender as demandas atuais, propondo alternativas as deficiências de infra-estrutura e mantendo o negócio em níveis competitivos para o mercado. Os desafios logísticos associados à gestão de fluxo e às crescentes demandas nas diversas cadeias de suprimentos estão cada vez mais presentes na atividade comercial. Tradicionalmente, os participantes da cadeia de suprimento buscam atingir suas metas individualmente, otimizando suas operações estratégicas; contudo, ineficiências e desequilíbrios são criados ao longo da cadeia. Nas últimas décadas, os grandes avanços na pesquisa de base incrementaram a produtividade, para atender as novas e elevadas demandas do mercado globalizado. É chegada a hora de realizar investimentos proporcionais em pesquisa, que busquem alternativas inovadoras e eficientes para a logística global a fim de sustentar este ritmo de desenvolvimento comercial. 
Objetivo deste trabalho é detalhar a Cadeia de Suprimentos do Açúcar e Álcool, apresentando estudos, apoiados na revisão conceitual de cadeias de suprimentos, planejamento estratégico, gestão de fluxo global e integração dos setores.
1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E CADEIA DE SUPRIMENTOS
A cadeia de suprimento destina-se a designar como um todo à estrutura projetada adequadamente para atender à demanda de um mercado específico (Slack, 2002). Este conceito de uma maneira geral, compões a visão de Cadeia e assim, surge a estratégias apropriadas para os parceiros de negócios. O processo estratégico de gerenciamento da cadeia de suprimento reúne supridores, produtores, transportadores, distribuidores, e clientes para uma dinâmica com um fluxo constante de informações, produtos e fundos, que agregam valor para os clientes e demais participante (Lambert, Cooper e Pagh, 1998). Para poder visualizar globalmente uma cadeia de suprimento, a priori, é necessário conhecer o ciclo de vida do produto, e em seguida é preciso analisar a interação entre os seus participantes. 
A cooperação requer que comportamentos específicos sejam adotados, posturas, em vez de um ponto de vista estratégico isolado. Os objetivos da cooperação parecem ser: 1. Considerar incertezas em diversas variáveis de negócio como: demanda, preço, custo e suprimento. 2. Manter a supervisão e o controle da gerência sobre o fornecedor de serviços. 3. Atingir as metas que são acessíveis apenas por meio de esforços combinados de diversas organizações. 4. Resolver problemas ou aproveitar oportunidades.
O planejamento estratégico da cadeia de suprimentos requer informações ou parâmetros, sejam quantitativos e qualitativos, normalmente associados às três principais variáveis logísticas; o tempo, a informação e o recurso. No método de parceria estratégica, fornecedores, fabricantes e distribuidores estão desenvolvendo diferentes formas de integrar as atividades. Estas empresas colocam a gestão de logística e operações no coração de seus pensamentos. Nos últimos anos a forte tendência à globalização e o concomitante aumento na pressão de competitividade tem levado muitas empresas a desenvolverem a logística como parte de sua estratégia corporativa para assegurar vantagens de custo e serviços (Mc Ginnis e Kohn, 2002). O planejamento estratégico das operações e de logística é entendido de forma melhor como um conceito multidimensional que engloba todas as atividades críticas da empresa fornecendo-lhe um sentido de unidade, direção, propósito; e contendo ainda decisões focadas, objetivos claros, diferenciais competitivos e uma resposta adequada ao mercado. Muitas atividades em um sistema logístico são antagônicas e contraditórias. Estabelecer o equilíbrio destes “trade-offs” através de decisões estruturais e infraestruturais é vital para a sustentabilidade do negócio.
.
2. PLANTAÇÃO E CULTIVO
A cana-de-açúcar pode ser produzida em diversos tipos de solo, entretanto, os rendimentos  diminuem à medida que as características de solo vão se afastando daquelas consideradas ideais. São muitas as características que podem influenciar o desenvolvimento da cana-de-açúcar. O solo ideal deve apresentar boa capacidade de infiltração, para que a planta possa absorver à água de modo satisfatório e para que os excessos sejam drenados, a capacidade de armazenamento da água precisa estar próxima a 150 milímetros. Dessa forma, haverá água disponível para suprir as necessidades hídricas da cana nos períodos entre as chuvas e, ainda, manterá o solo húmido, impedindo a formação de uma barreira mecânica para o desenvolvimento das raízes, os solos arenosos são menos indicados para o cultivo da cana, pois não apresentam boa capacidade de armazenamento de água e, ainda, favorecem perdas de nutrientes por lixiviação e o aumento da população de nematoides, a cana-de-açúcar é bastante tolerante à acidez e alcalinidade. Seu cultivo desenvolve-se em solos com pH entre 4 e 8,5, sendo que o ideal gira em torno de 6,5.
É evidente que para obter produtividade satisfatória é necessário recuperar a fertilidade dos solos, tanto nas camadas superficiais como nas mais profundas, quando estes não apresentarem condições ideais para o cultivo da cana. O Ideal é recuperar o solo para novos plantios através de corretivos (calcário e gesso), desta forma a produtividade aumentará.
2.1 MUDAS
Segundo o Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, a nova metodologia do plantio da cana de açúcares, o sistema de Mudas pré-brotadas (MPB) de cana é uma tecnologia de multiplicação que poderá contribuir para a produção rápida de mudas, associando elevado padrão de fitossanidade, vigor e uniformidade de plantio. Outro grande benefício está na redução da quantidade de mudas que vai a campo. Para o plantio de um hectare de cana, o consumo de mudas cai de 18 a 20 toneladas, no plantio convencional, para 2 toneladas no MPB. “Isso significa que 18 toneladas que seriam enterradas como mudas irão para a indústria produzir álcool e açúcar, gerando ganhos”, explica Mauro AlexandreXavier, pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Imagem 1: Corte de Minirrebolos, com a Tecnologia MPB já estão com os gemas.
Imagem 2: Tratamento dos Minirrebolos, separação de gemas e banho térmico e tratados com fugicidas.
Imagem 3: Caixas de brotação, os minirrebolos são colocados em caixas para britação com substratos próprios e levados á estufa, com umidade controlada.
Imagem 4: Individualização ou Repicagem, depois de 12 dias na estufa, as gemas são individualizadas e cada uma é colocada em tubete próprio.
Imagem 5: Aclimatação, A muda fica 15 dias na estufa para desenvolvimento das raízes.
Imagem 6: Rustificação, nesta etapa a aclimatação é pelo sol.
Imagem 7: Muda Pré-Brota, após 60 dias deste ciclo, a muda é retirada do tubete e pronta pra ser planta.
Controle de pragas: “As falhas ocorridas nas áreas de plantios decorrem da falta de uniformidade de diversos fatores do sistema atual, muitas vezes deve-se ao uso excessivo de mudas que brotam e acabam competindo por água luz e nutrientes”, explica o pesquisador. Já o novo método aumenta a uniformidade nas linhas de plantio e, consequentemente, reduz as falhas.
3.COLHEITA
Após o tempo de plantio é esperada a época mais seca do ano, que por sua vez é a época para a realização da colheita da cana-de-açúcar, por ser o produto que contém grande quantidade de açucares e que expande o crescimento de produção do álcool e do açúcar, é o mais utilizado. No Brasil, a principal matéria-prima utilizada para a produção do etanol é a cana-de-açúcar. Nos Estados Unidos, utiliza-se o milho. Inclusive, o Brasil responde por 35% da produção mundial de etanol, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que responde por 37,5%. Outras matérias-primas que podem ser utilizadas na produção de álcool são suco de frutas, beterraba, substâncias zamiáceas, tais como o arroz, o trigo e a batata; e substâncias celulósicas, como a madeira e o papel. Evidente que a colheita pode ser feita com corte manual assim sendo o modo mais comum de colheita da cana-de-açúcar, porém é alvo de muitas polêmicas relacionadas à queima da cana antes da colheita, que visa facilitar o corte da cana inteira, porém apresenta uma desvantagem por precisar de muita mão de obra. Por ser uma colheita manual, é necessário que a cana seja lavada para diminuir as impurezas, que afetam negativamente seu processamento. Cerca de uma tonelada de cana-de-açúcar colhida dá origem a 70 litros de etanol. E também pode ser feito o corte mecanizado, que proporciona a redução de cerca de 20% dos custos de produção, quando comparado com o corte manual. Entretanto, o corte mecanizado no Brasil ainda precisa ser aprimorado, pois as máquinas nacionais utilizadas nessa atividade ainda são, em sua maioria, precárias, apresentando baixo rendimento e necessitando frequentemente de manutenção. Entretanto, no corte mecanizado, a cana não pode ser lavada, pois as perdas de sacarose seriam muito elevadas e é por isso que algumas usinas estão começando a utilizar o sistema de limpeza a seco, baseado em jatos de ar sobre a cana. Abaixo segue ciclo do setor sucroalcooleiro.
Imagem: Google
No Brasil devido à extensão geográfica as condições para colheita e processamento podem variar, sendo no centro-sul de março a novembro e no norte-nordeste de setembro a abril, devido a esse fator o país tem capacidade para produzir e suprir o ano todo.
4. FABRICAÇÃO DO ETANOL
A cana-de-açúcar quando chega à usina, é pesada antes de ser descarregada. No Brasil e em Cuba as usinas pagam por peso de cana recebida independente do teor de sacarose da cana, já em países como os Estados Unidos o pagamento é feito de acordo com o teor de sacarose existente na cana. Uma parte da cana recebida é descarregada na mesa alimentadora, através de equipamentos chamados Hylos, que são grandes guinchos que retiram a cana do caminhão, a outra parte é empilhada pelo mesmo processo num depósito o qual serve para estocagem, que será processada durante o período da noite. Esta cana é transportada do depósito, para as mesas alimentadoras através de pontes rolantes, que são equipadas com garras hidráulicas. A cana é triturada nas moendas das usinas, liberando assim o seu caldo conhecido como garapa. A garapa contém elevado teor de sacarose (açúcar – C12H22O11) e, por isso, pode também sofrer cristalização e ser utilizada na produção de açúcar comum. Feito esse processo, sobra o bagaço da cana-de-açúcar, mas ele não é desperdiçado e sim queimado nas caldeiras para liberar energia que é usada na produção da eletricidade para a própria usina. A garapa é aquecida a cerca de 105ºC e produz o melaço, isto é, uma solução de cerca de 40% de sacarose. Essa parte é importante para deixar o caldo o mais puro possível e, assim, não haver contaminantes na próxima etapa. O melaço é levado para sofrer fermentação. Isso é feito por inocular o micro-organismo (levedura) Saccharomyces cerevisae, que, na presença de sacarose, produz uma enzima denominada invertase. Esta atua como catalisadora da reação de hidrólise da sacarose, produzindo glicose e frutose.
Atuação da enzima invertase como catalisadora da reação de hidrólise da sacarose
Depois esse micro-organismo origina outra enzima, a zimase, que catalisa a transformação da glicose e da frutose em etanol:
Atuação da zimase como catalisadora da reação de formação do etanol a partir da glicose e frutose
Nesse processo de fermentação, ocorre a liberação intensa de bolhas. Isso ocorre pela presença do gás carbônico que foi liberado na reação anterior. Essa reação também é bastante exotérmica, ou seja, libera muito calor.
Fermentação (Figura 3)
Imagem: Google
Na fermentação do melaço, obtém-se o chamado mosto fermentado, que, por sua vez, é levado para a destilação fracionada. Esse é um processo de separação dos componentes de misturas homogêneas. Assim, por meio dessa técnica, obtém-se o álcool comum a 96 ºGL (graus Gay-Lussac), o que significa que ele possui 96% de etanol e 4% de água. Para medir a pureza do álcool fabricado, costuma-se utilizar um alcoômetro, que é um aparelho com as graduações na parte externa de seu tubo de vidro e com chumbo na parte inferior que fica submerso em um líquido. A graduação igual a 0ºGL corresponde ao valor da água pura, e a graduação de 100ºGL, ao etanol puro.
Alcoômetro (figura 4)
Alcoômetro - um tipo de densímetro usado para medir a pureza do álcool
O álcool ao qual costuma ser mais referido no dia a dia é, na verdade, o etanol, esse composto, também conhecido como álcool comum ou álcool etílico, possui uma diversidade muito ampla de aplicações. Foi intensamente estudado por cientistas como por exemplo Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP (Fundação de amparo e pesquisa de São Paulo), que publicou no site “A pesquisa no etanol da cana”. O álcool sendo a matéria-prima tem como utilização na fabricação de remédios, na síntese de compostos orgânicos (como o acetaldeído, o ácido acético e o éter comum); como também em combustível de automóveis, como solvente de tintas, vernizes e perfumes; é usado misturado com a gasolina; em bebidas alcoólicas, em soluções desinfetantes e como antisséptico. Tendo em vista a importância do álcool, é interessante conhecer como ele é fabricado por um outro processo, além da cana-de-açúcar. A reação de hidratação do etileno:
Fórmula: CH2 = CH2 + H2O → H3C — CH2 — OH
Observa-se que em países onde não há muito território disponível para plantações, costuma-se utilizar esse processo para a produção de álcool. Para acelerar a reação, usa-se o ácido sulfúrico como catalisador.
Fonte: Autores do projeto
5. FABRICAÇÃO DO AÇÚCAR
As tecnologias de produção de álcool e do açúcar são muito semelhantes, visando os processos de todas as usinas brasileiras, há variações nos tipos e qualidades dos equipamentos, controles operacionais e, principalmente, nos níveis de estratégias gerenciais. Existe, atualmente, uma boa integração entre as áreas agrícolas e industriais das usinas, o que permite aperfeiçoartoda a cadeia produtiva nas unidades mais bem gerenciadas. O sistema de pagamento de cana em uso estimula o produtor independente de cana a entregar a matéria-prima em boas condições, pois há penalidades ou prêmios dependendo da qualidade da cana entregue na usina. Com efeito, ele leva em conta, incentivos pelo maior teor de sacarose na cana e deságios pela matéria estranha mineral e os açúcares redutores presentes. 
Após a lavagem adequada da cana-de-açúcar, ela é levada para a esteira que nela tem dois conjuntos de picadores instalados, pelos quais a cana passa, dividindo-se em pedaços pequenos e curtos, iniciando o processo de desintegração, de suma importância, porque permite maior extração do caldo, fornecendo à moenda um material finalmente dividido, assegurando uma regular alimentação à mesma. O desfibrador tem como objetivo a preparação e a desintegração da cana, retalhando e fazendo tornar-se fragmentos, facilitando a extração pelas moendas. Ele é constituído por dois cilindros dispostos horizontalmente, possuindo uma superfície construída de maneira que rasgue e desfibre a cana para que a moenda possa trabalhá-la com eficiência e rapidez. O desfibrador é instalado sozinho após o conjunto de picadores e antes do separador magnético. Para produzir o açúcar deve haver o processo de Tratamento do caldo que promove a retirada de todas as impurezas solúveis e insolúveis do caldo, como areia, bagacilho, argila. Isso é feito por intermédio dos processos de aquecimento, tratamento químico, decantação e peneiramento. A Evaporação esta após o tratamento, onde obtemos um caldo de cana transparente, de cor levemente amarelada que contem basicamente água, sais minerais e açúcares. A finalidade da evaporação é a retirada de pelo menos 75% da água presente nesse caldo clarificado para transformá-lo em um xarope concentrado, com aproximadamente 65° brix (% de sólidos solúveis). O processo de Cozimento visa a cristalização e recuperação de 80% a 85% da sacarose presente no xarope. O sistema utilizado transforma o xarope em massa que posteriormente será centrifugada. E Nessa Centrifugação, a massa passa por um processo de separação física. O açúcar é centrifugado e lavado com água quente e vapor, tendo como subproduto o mel que poderá ser utilizado no processo de fabricação de etanol também. Após a centrifugação a produto vai para a secagem. O açúcar é encaminhado aos secadores para a secagem e, posteriormente peneirado. Na sequencia, é envasado em big-bags de 1200Kg e armazenado para comercialização.
 
Processo de fabricação do açúcar (Figura 5)
Fonte: Autores do projeto
5.1 SECAGEM
Depois de sair da centrífuga, o açúcar é resfriado e peneirado. Embora a qualidade do produto não seja estabelecida nesta etapa, o processo deve manter uma série de cuidados para conservar as características obtidas nas fases anteriores, realizada simultaneamente ao resfriamento, a operação de secagem tem o objetivo de reduzir a umidade do açúcar a níveis que permitam sua armazenagem por períodos mais ou menos longos, com condições de preservação da qualidade para consumo como produto alimentício, um dos cuidados deve ser com o secador. Se mal operado ou sub-dimensionado, o equipamento tende a piorar a qualidade do açúcar, além de provocar a degradação do produto no período de armazenagem – as principais conseqüências são empedramento e o aumento de cor, para evitar esse tipo de problema, o secador tem que estar bem dimensionado e ser operado de acordo com as aplicações para as quais foi projetado. Algumas usinas excedem a capacidade dos equipamentos quando aumentam produção, porque o custo para compra de um novo é alto, o engenheiro Helgo Ackermann, diretor da Iprosucar Consultoria, descreve que é possível adequar um secador existente a uma capacidade aumentada, em, no máximo, 30%, pela alteração de alguns parâmetros de processo, desde que observados os limites operacionais. A partir desse índice, segundo os especialistas, a economia é falsa e dá início a prejuízos. “Se o secador estiver mal dimensionado, ele pode danificar os cristais do açúcar. Tem consumidor que não aceita o produto dessa maneira”, aponta Lopes
5.2 ARMAZENAGEM DO AÇÚCAR
Mesmo que corretamente realizada, a secagem ainda não representa o fim do cuidado com a qualidade do açúcar. Durante o período de estocagem ou de manipulação, o açúcar pode sofrer grandes transformações em suas características físicas e químicas. “Além de empedrar, o açúcar pode amarelar, quebrar, incorporar material estranho”. A principal perda de qualidade será na cor’, define o pesquisado Marcelo Ramos, segundo entrevistado, todo açúcar, mesmo aqueles produzidos com a melhor qualidade, sofre um acréscimo de cor ao longo da armazenagem. Essa elevação da coloração passa a se tornar um problema quando ocorre em grande intensidade num curto espaço de tempo, “Assim, para um açúcar ter sua cor elevada de 120 para 130 UI no espaço de tempo de seis meses é perfeitamente aceitável, mas a elevação de 120 para 180 UI (acréscimo de 50%) no mesmo período configuraria um problema”. Os causadores tanto da cor do açúcar, como de seu escurecimento durante a armazenagem, são impurezas coloridas ou compostas, denominados precursores que podem reagir quimicamente resultando em compostos coloridos, para evitar o problema, o processo é complexo e a preocupação deve começar na escolha da variedade da cana. 
Os polifenóis são compostos presentes no colmo da cana, a presença de aminoácidos influencia tanto na geração de cor como de um escurecimento do açúcar durante a sua armazenagem, mas, as causas das principais transformações que o açúcar pode sofrer durante a armazenagem são as de natureza puramente físicas, que podem resultar no seu empedramento, e de caráter químico, características causadoras de escurecimento, segundo Marcelo, as principais mudanças físicas que o açúcar pode ter na armazenagem estão relacionadas à higroscopicidade, que é a propriedade de interagir hidricamente com a atmosfera que o envolve, perdendo e ganhando umidade, já o escurecimento ocorre porque os compostos precursores de cor que participam da composição do açúcar reagem quimicamente. Mas a mera presença dos reagentes (polifenóis ou aminoácidos) não significa necessariamente que o produto sofrerá um aumento significativo em sua cor ao longo de semanas ou meses de armazenagem, para que o escurecimento ocorra é necessário que existam condições favoráveis às reações. “É necessária além da presença dos reagentes, a participação de um solvente (água) que é o meio onde as reações químicas podem ocorrer”, explica Marcelo, o controle da temperatura é também preponderante porque influencia algumas reações de escurecimento. Para que a armazenagem possa ser realmente segura, os especialistas recomendam temperatura inferior a 35oC, “Açúcar armazenado quente significa uma grande probabilidade de ocorrer uma elevação de sua cor”, garante Marcelo, também deve-se ter cuidado com a umidade, considerada um fator prejudicial à armazenagem do açúcar - além de tornar o produto susceptível a empedrar, ela serve de meio para que ocorram reações de escurecimento. “A exposição do açúcar a uma atmosfera acima de 50 % pode resultar na absorção de umidade pelo produto, sendo que esta água poderá atuar como meio onde as reações de escurecimento podem ocorrer”, esclarece o pesquisado, por isso, o armazém de açúcar deve apresentar condições também de hermeticidade para que as oscilações da umidade relativa e temperatura da atmosfera não afetem o produto armazenado, recomenda-se que o prédio não tenha luz natural e seja hermético. As pilhas devem respeitar altura do local para não causar problema de compactação. “Em geral, no armazenamento devem ser considerados cuidados na adequação estrutural como pisos, pé-direito e telhado na instalação, cuidados no manejo interno, inibindo a presença de vetores e protegendo as embalagens, mantendo-as limpas”, completa Marcelo.
6. GERAÇÃO DE VAPOR E ENERGIA
O Brasil é referência internacional em tecnologia sucroalcooleira,além de possuir um clima favorável e terras férteis que garantem elevado teor de sacarose da cana, baixo custo da terra e da mão-de-obra, elevada produtividade e usa o bagaço e a palha de cana para a co-geração de energia elétrica, garantindo o autoconsumo ou a venda de energia, as usinas de outros países são essencialmente açucareiras, ao passo que as usinas brasileiras têm flexibilidade de destino da cana, para álcool ou para açúcar, podendo maximizar receitas.
O bagaço resultante da extração é enviado para as caldeiras através de esteiras transportadoras onde será queimado nas fornalhas para a vaporização da água. O vapor gerado irá alimentar o processo, e também as turbinas dos geradores de energia que irão alimentar o restante da unidade, e o excedente é vendido para a companhia de energia. A fuligem produzida na queima do bagaço, que é arrastada junto com os gases pela chaminé, é separada para a redução do lançamento de poluentes na atmosfera e adicionada à torta dos filtros na compostagem para a adubação no campo.
7. TRANSPORTES
Dos cinco modos de transporte existentes apenas três são utilizados no escoamento do açúcar. O modo aéreo é extremamente caro para o transporte de ‘commodities’ e o modo dutoviário não é utilizado às características físicas do produto.
Portanto, o ideal para este produto é as modalidades ferroviárias, hidroviária e rodoviária.
Por ser um produto de baixo valor agregado, transportado em grandes quantidade, frequentemente em longas distancias e no qual há grande importância do custo de transporte em detrimento do serviço, o açúcar é naturalmente destinado a ferrovias.
O entrevistado Marcelo Sebastião Ramos responsável pelo setor de logística da Usina São Martinho via e-mail no dia 25 maio de 2017, confirma a informação a cima.
A Usina São Martinho é interliga à linha férrea principal com acesso ao Porto de Santos, para onde o açúcar é transportado. E também utiliza a linha ta de Paulínia, no interior de São Paulo, um dos grandes polos de distribuição de combustíveis. Dessa forma, o açúcar e o etanol produzido na São Martinho, são transportados aos clientes via modal rodoviário e ferroviário.
E na entrevista foi possível entender a grande demanda dessas modalidade na Usina como o açúcar, 80% via modal ferroviário e 20% rodoviário. No caso do etanol, 30% via modal ferroviário e 70% via modal rodoviário. Nosso desafio para os próximos anos é aumentar o transporte de etanol via ferrovia. Segue um descritivo da utilização do modal ferroviário na São Martinho.
8. EXPORTAÇÃO DO AÇÚCAR
Durante a década de 1820, o açúcar equivalia à cerca de 30%, o algodão 21%, o café 18% e couros e peles 14% do total das exportações. Apenas vinte anos depois, o café alcançaria 42%, enquanto o açúcar 27%, os couros e peles 9% e o algodão 8% do total das exportações. Entretanto, isto não significou uma diminuição na produção desses produtos, pelo contrário, mas "refletia uma diferença no crescimento relativo desses setores". Neste período de apenas vinte anos, as "exportações brasileiras dobraram em volume e triplicaram em valor nominal", enquanto seu valor em líbras esterlinas aumentou em 40%.
O Brasil lidera o mercado mundial nas exportações de açúcar com uma fatia de 43,5% e 57,5% no etanol, o que representa apenas 5,2% de todas as exportações nacionais. A cultura do país é exportadora e o consumo interno de açúcar é estável, em torno de 11 milhões de toneladas por ano, isso significa que qualquer crescimento da produção nacional gera maior excedente exportável o que favorece a economia do país. 
Fonte: Autores do grupo
Os preços do açúcar são balizados no mercado internacional, na Bolsa de Nova Iorque (NYBOT), exemplo: açúcar demerara (bruto), sendo a unidade de medida à libra peso (453,6 gramas). O açúcar branco ou refinado tem contrato na Bolsa de Londres; à unidade de medida é a tonelada, abaixo segue histórico de exportação nos últimos 17 anos:
	Histórico de exportação de açúcar no Brasil
	Ano
	Soma de Quant. (kg)
	Soma de US$
	2000
	6.502.373.093
	 $ 1.199.110.875,00 
	2001
	11.173.214.207
	 $ 2.279.058.288,00 
	2002
	13.354.298.697
	 $ 2.093.636.374,00 
	2003
	12.914.379.928
	 $ 2.140.002.217,00 
	2004
	15.763.925.191
	 $ 2.640.227.402,00 
	2005
	18.147.023.679
	 $ 3.918.828.224,00 
	2006
	18.870.133.169
	 $ 6.166.960.184,00 
	2007
	19.358.899.825
	 $ 5.100.437.391,00 
	2008
	19.472.457.708
	 $ 5.482.964.688,00 
	2009
	24.294.090.245
	 $ 8.377.818.489,00 
	2010
	27.999.821.256
	 $ 12.761.682.665,00 
	2011
	25.356.973.090
	 $ 14.940.115.258,00 
	2012
	24.342.170.773
	 $ 12.844.573.465,00 
	2013
	27.154.009.175
	 $ 11.841.909.463,00 
	2014
	24.126.537.997
	 $ 9.458.979.129,00 
	2015
	24.012.212.629
	 $ 7.641.352.526,00 
	2016
	28.932.359.986
	 $ 10.435.387.279,00 
	2017
	7.254.177.230
	 $ 3.204.518.824,00 
	Total Geral
	349.029.057.878
	 $ 122.527.562.741,00 
Fonte: Autores do grupo
9. EXPORTAÇÃO DO ETANOL
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais e o maior exportador de etanol. Atualmente, o etanol brasileiro representa a melhor e mais avançada opção para a produção sustentável de biocombustíveis em larga escala no mundo, o país é o candidato natural a liderar a produção economicamente competitiva e a exportação mundial de etanol porque tem o menor custo de produção e o maior rendimento em litros por hectare, apresenta balanço energético inigualável e domínio tecnológico nas áreas industrial e agrícola, com possibilidade de ampliar a produção, porém para barrar a crescente das exportações brasileiras de etanol para os EUA, o país aplica taxas de U$$0,54 por galão, para contornar a tarifa a maior parte das vendas é feitas via países do caribe, com El Salvador, Jamaica e Costa Rica, onde não há cobrança de tarifas. Porém, os custos de produção cotados em dólar são dependentes da matéria-prima petroquímica (fertilizantes e defensivos agrícolas). 60% do etanol produzido no mundo é originado da cana-de-açúcar e da beterrada, os 40% restantes são de grãos como o milho, onde o EUA leva vantagem.
O consumo de álcool está mais relacionado ao preço da gasolina, lançamentos da indústria automobilística e do percentual de mistura de álcool à gasolina que oscila entre 20% e 27%. Abaixo segue histórico de exportação nos últimos 17 anos:
	Histórico de exportação de etanol no Brasil
	Ano
	Soma de Vol.(litro)
	Soma de US$
	2000
	227.257.911
	 $ 34.785.662,00 
	2001
	345.674.985
	 $ 92.145.756,00 
	2002
	789.152.458
	 $ 169.153.287,00 
	2003
	757.374.991
	 $ 157.962.387,00 
	2004
	2.408.292.028
	 $ 497.740.226,00 
	2005
	2.600.617.439
	 $ 765.529.199,00 
	2006
	3.416.554.598
	 $ 1.604.730.220,00 
	2007
	3.530.144.797
	 $ 1.477.645.917,00 
	2008
	5.118.696.439
	 $ 2.390.109.630,00 
	2009
	3.308.384.051
	 $ 1.338.152.452,00 
	2010
	1.905.419.432
	 $ 1.014.260.873,00 
	2011
	1.967.556.106
	 $ 1.491.777.642,00 
	2012
	3.098.297.691
	 $ 2.186.191.155,00 
	2013
	2.903.009.502
	 $ 1.868.939.267,00 
	2014
	1.394.076.201
	 $ 898.030.947,00 
	2015
	1.861.759.758
	 $ 880.475.282,00 
	2016
	1.793.490.747
	 $ 896.343.108,00 
	2017
	344.931.467
	 $ 225.492.931,00 
	Total Geral
	37.770.690.601
	 $ 17.989.465.941,00 
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Existem diversos desafios, mas para os menores produtores os desafios são alto endividamento do setor e o segundo é a questão dos preços do açúcar , devido o baixo valor agregado.
Os problemas climáticos contribui com a redução das safras e também a dificuldade de encontrar mão de obra disponível para realizar o serviço, se torna um grande agravante para o setor. 
Segundo o site especializado ‘Nova Cana ‘, as usinas estão abrindo falencia devido grande endividamento em todo o pais. As canaviais, criam grandes expectativas, porém o clima não esta contribuindo para ser realizado. Contudo, a solução é o investimento em ganho de produção, isso representa a renovação dos canaviais,que permite uma rentabilidade maior por hectare de terra.
As usinas já estão adotando esse procedimento desde a safra 2011/2012. Esse é o tipo de investimento mais fácil e, relativamente, mais barato. E também aumentar o ganho é investir em melhoramento das plantas das usinas. Para ter maior eficiência e modernização. Isso é um investimento mais caro e em longo prazo. E o retorno também é em longo prazo.
11. BIBLIOGRAFIA
http://www.unica.com.br – acesso em 20/mai/2017.
http://balanca-comercial.info – acesso em 18/mai/2017.
http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2011/11/etanol - acesso em 23/mai/2017
http://www.unicadata.com.br/historico-de-exportacao.php?idMn=22&tipoHistorico=9 - acesso em 24/mai/2017.
https://www.novacana.com/tag/43-exportacao-de-etanol/ - acesso em 19/mai/2017.
http://www.datagro.com - acesso em 19/mai/2017.
http://www.conab.gov.br/index.php - acesso em 18/mai/2017.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAASVoAK/producao-alcool - acesso em 17/05/17.
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/processo-producao-alcool.htm - acesso em 17/05/17
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/processo-producao-alcool.htm - acesso em 18/05/17
https://www.novacana.com/usina/como-e-feito-processamento-cana-de-acucar/ 24/05/17
http://site.usinasantaadelia.com.br/conteudo/fabricacao-de-acucar#prettyPhoto 24/05/17

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