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1
UNIVERSIDADE 
CURSO PÓS GRADUAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E SUPERVISÃO ESCOLAR
Nome
A CONTRIBUIÇÃO DO SUPERVISOR, PROFESSOR E FAMÍLIA NO PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Belo Horizonte - MG
2016
3
Universidade 
CURSO PÓS GRADUAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E SUPERVISÃO ESCOLAR
Nome
A CONTRIBUIÇÃO DO SUPERVISOR, PROFESSOR E FAMÍLIA NO PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Artigo Científico Apresentado à Universidade __________ , como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Coordenação Pedagógica e Supervisão Escolar
Belo Horizonte - MG
2016
A CONTRIBUIÇÃO DO SUPERVISOR, PROFESSOR E FAMÍLIA NO PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
 
 Nome
RESUMO
Por meio de pesquisas realizadas, resolveu-se abordar a preocupação com as questões relacionadas às atividades de alfabetização e letramento junto ao desenvolvimento das práticas pedagógicas do professor, sendo este o condutor de uma aprendizagem significativa da criança na educação das séries iniciais. Relação esta de suma importância a educação fundamental I e tem como princípio de responsabilidade de desenvolver as principais habilidades educacionais para toda uma vida. Este artigo tem como objetivo ressaltar a contribuição do supervisor, família e professor no processo da alfabetização e letramento, frente às dificuldades de aprendizagem na alfabetização, repensar os métodos, metodologias e práticas educacionais utilizados pelos docentes, bem como ampliar a visão sobre os processos de alfabetização e letramento. Investigar como acontece a aquisição da escrita e quais as dificuldades de aprendizagem que surgem neste processo. Fundamenta-se numa reflexão sobre a compreensão dos processos de alfabetização e letramento, tratando da origem, conceitos e especificidades de cada um desses processos educacionais.
O processo de alfabetização ao longo dos anos, tem sido pautado como o grande responsável pelo fracasso escolar e, frequentemente, vem atuando na exclusão dos alunos, conferindo à escola um papel elitista. Sendo assim, surge a necessidade de se fazer algo "urgente" para que se mude a presente realidade.
O professor deve fazer uma reflexão sobre o que já vem em pauta há alguns anos: é necessário alfabetizar letrando. Entende-se, desse modo, que os processos juntos da aquisição das habilidades necessárias à alfabetização e ao letramento, o professor deve-se utilizar estratégias para motivar na criança, o gosto pela leitura e faça o uso da língua materna nas práticas sociais, culturais e históricas de aquisão de leitura e escrita.
Para tanto, buscou-se, na literatura científica, autores que discutem sobre alfabetização, níveis de desenvolvimento da leitura e da escrita, dificuldade de aprendizagem, prática educativa, a fim de dar suporte teórico para a atuação na prática.
Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Escola. Família. Aprendizagem
INTRODUÇÃO
 Refletir sobre o processo de alfabetização e letramento foi uma necessidade que o professor surgiu a partir de sua prática pedagógica, já que venho observando, no decorrer do meu trabalho enquanto professora das séries iniciais, a dificuldade que alguns alunos sentem em relação ao processo de alfabetização ou seja, ao letramento. De acordo com Rojo (2009, p.11) “Defendo que um dos objetivos principais da escola é possibilitar que os alunos participem das várias práticas sociais que se utilizam da leitura e da escrita (letramentos) na vida da cidade, de maneira ética, crítica e democrática. ”
 A base de praticamente toda a aprendizagem escolar encontra se na família. Entendo que é importante que os educadores percebam que cada criança traz de casa para a escola uma bagagem cultural muito grande, repleta de referências afetivas, às quais refletem diretamente no seu desempenho em sala de aula. Desta maneira, a escola somente vem a reforçar e a sedimentar o que a criança carrega em seu bojo, sendo uma continuadora das primeiras lições aprendidas em casa.
 Na prática pedagógica do professor do ciclo inicial de alfabetização, tenho visto a cada dia, crianças que enfrentam grandes dificuldades na aprendizagem da leitura, devido a infraestrutura da família. É possível encontrar crianças do 1° ano do ciclo inicial de alfabetização em diversas fases de aprendizagem e com diferentes dificuldades em relação o processo da aquisição da leitura e da escrita.
 Percebe-se hoje que o termo alfabetização e letramento estão ligados entre si, como um conjunto de atividades manifestadas por determinado grupo social, em diferentes manifestações culturais, como a vida religiosa, doméstica, cultural, profissional e escolar etc, demostrando a didática de cada um na demanda de diferentes atividades para os mais diferentes grupos por meio da língua.
 Entendo que, a partir do respeito aos direitos humanos e do exercício da cidadania fundamentado no reconhecimento das diferenças e na participação dos sujeitos, fica claro que a educação é um dos caminhos do exercício dessa cidadania, e que se faz necessário respeitar os direitos de aprendizagem de todas as crianças no processo educacional.
DESENVOLVIMENTO
 Sabe-se que alfabetizar crianças e adultos no Brasil, não é tarefa fácil, pode-se referir a práticas diversas de ensino da leitura e da escrita, desde aquelas vinculadas ao ensino de letras, sílabas e palavras com base em métodos sintéticos ou analíticos e que usam textos cartilhados, até as que buscam inserir os alunos em práticas sociais de leitura e escrita. Da mesma forma, podemos nos referir a práticas desenvolvidas em diferentes espaços: na família, no trabalho, na escola. Considerando que esta última é a instituição oficial responsável pelo ensino da leitura e da escrita, podemos considerar que, mesmo nesse espaço, esse ensino tem apresentado certa diversidade.
 No 1º ano do Ensino Fundamental de oito anos, refere-se as habilidades sequencial. Os alunos começam a aprender, por meio principalmente da memorização, as letras/fonemas/sílabas que lhes possibilitam ler palavras, fases e, por último texto. 
 A concepção tradicional de alfabetização prioriza a técnica de escrever, não importando propriamente o conteúdo, já que este é, em geral, desprovido do ensino para o aluno.
 
 Os alunos vivenciam as mesmas atividades, pois acreditam, que todos aprendiam da mesma forma, seguindo a sequência da cartilha à risca. 
 
 Os textos eram, portanto, artificiais e não correspondiam àqueles com os quais os alunos conviviam fora da escola. Acreditou-se, por muito tempo, que o fracasso escolar, que, a partir da década de 1970, com a democratização do acesso à escola, atingiu índices preocupantes, estaria relacionado à falta de capacidades individuais dos alunos provenientes principalmente
do meio social desfavorecido. 
Além de garantir a prontidão para a alfabetização, era preciso assegurar que os estudantes aprendessem o código escrito. Mudava-se a cartilha ou o método utilizado, mas as práticas continuavam pautadas em um programa curricular voltado para a aprendizagem do código, desvinculado dos usos sociais da leitura e da escrita. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa:
“[...] Os esforços pioneiros de transformação da alfabetização escolar consolidam-se, ao longo de uma década, em práticas de ensino que têm como ponto tanto de partida quanto de chegada o uso da linguagem. Práticas que partem do uso possível aos alunos e pretendem provê-los de oportunidades de conquistarem o uso desejável e eficaz. Em que a razão de ser das propostas de leitura e escuta é a compreensão ativa e não a decodificação e o silêncio.” (Brasil p.20)
 
 O patamar sobre a alfabetização começou a mudar a partir da “Educação Inclusiva”, o aprendiz conquista o lugar social de um sujeito de direitos e a educação inclusiva viabiliza a efetivação dasua cidadania à medida que busca respeitar as peculiaridades de cada sujeito por meio de práticas de ensino acessíveis. Para melhorar a prática educacional, vejo que precisa-se entender o conceito de alfabetação e letramento. No Brasil, o termo letramento não substituiu palavra alfabetização, mas aparece associada a ela. Soares (1998, p.47) afirma que:
“alfabetizar e letras são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.” 
 Algumas pesquisas têm sido desenvolvidas com o objetivo de investigarmos os professores estão construindo práticas de alfabetização na perspectiva do alfabetizar letrando e investigar a relação dessas práticas com a aprendizagem dos alunos.
 A partir da década de 1980, com a divulgação no Brasil, dos estudos de Ferreiro & Teberosky sobre a gênese da leitura e da escrita, as concepções tradicionais de alfabetização, baseadas na visão de que a aprendizagem da linguagem escrita é um processo de associação de símbolos gráficos a sons da fala e, por isso, um processo mecânico de repetição de letras ou sílabas e seus respectivos segmentos sonoros, passaram a ser questionadas com mais intensidade.
Há muito tempo, tinha como meta que alfabetizar era conhecer o código linguístico, ou seja, conhecer as letras do alfabeto. Hoje, sabe-se que, o conhecimento das letras não é suficiente para ser competente no uso da língua escrita. A língua não é um mero código para comunicação. A concepção de linguagem envolve num trabalho de ação e interação entre os indivíduos, onde se dar de forma dinâmica e coletiva e, portanto, a escrita também deve ser vista do ponto de vista cultural e social. Para dar conta desse processo de inserção numa cultura letrada tal como a atual, utiliza-se atualmente a palavra letramento.
 A alfabetização tem a concepção de conhecimento do código. E o letramento é considerado o uso social da leitura e da escrita. Para formar alunos atuantes, é preciso levar em consideração a noção de letramento e não de alfabetização. Legrar significa inserir a criança no mundo letrado, trabalhando com os diferentes usos de escrita na sociedade. Segundo o Ciclo Inicial de Alfabetização, 2003. Esse letramento surge, quando a criança começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social: os pais leem para ela, a mãe faz anotações, os rótulos indicam os produtos, as marcas ressaltam nas prateleiras dos supermercados e na despensa em casa.
 O letramento é cultural e espontâneo, por isso muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento adquirido no dia-a-dia. A escola deve continuar o desenvolvimento dos alunos nesse processo, evitando as práticas que tornam a criança alfabetizada, com conhecimento do código, mas incapaz de compreender o sentido dos textos. BRASIL ( 1998) nos alerta que:
O professor deve tomar alguns cuidados para envolver o aluno no processo de construção da escrita, tais como criar um ambiente letrado, em que a leitura e a escrita estejam presentes mesmo antes que a criança saiba ler e escrever convencionalmente; considerar o conhecimento prévio das crianças, pois, embora pequenas, elas levam para a escola o conhecimento que advém da vida; participar com as crianças de práticas de letramento, ou seja, ler e escrever com função social; utilizar textos significativos, pois é mais interessante interagir com a escrita que possui um sentido, constitui um desafio e dá prazer; utilizar textos reais, que circulam na sociedade, e utilizar a leitura e a escrita como forma de interação, por exemplo, para informar, convencer, solicitar ou emocionar (p.38)
 Ao meu ver, trabalhar de forma contextualizada resgata a importância do letramento e, deixam de lado os exercícios mecânicos e repetitivos, baseados em palavras e frases descontextualizadas. A meta está no aluno que constrói seu conhecimento sobre a língua escrita e não no professor que ensina. Na escola, a criança deve prosseguir a construção do conhecimento iniciada em casa e interagir constantemente com os usos sociais da escrita.
 O importante não é simplesmente codificar e decodificar mas ler e escrever textos significativos. Enquanto a alfabetização se ocupa com a aquisição da leitura e da escrita por um indivíduo ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade.
 Os estudos sobre o letramento desse modo, não se restringem somente àquelas pessoas que adquiriram a escrita, isto é, aos alfabetizados. Buscam investigar também as consequências da ausência da escrita a nível individual, mas sempre remetendo ao social mais amplo, isto é, procurando entre outras coisas ver quais características da estrutura social têm relação com os fatos postos. Para Vygotsky (1984)
 O letramento representa o coroamento de um processo histórico de transformação e diferenciação no uso de instrumentos mediadores. Representa também a causa da elaboração de formas mais sofisticadas do comportamento humano que são os chamados "processos mentais superiores", tais como: raciocínio abstrato, memória ativa, resolução de problemas etc.
 Ao iniciar o processo de alfabetização nas séries iniciais, não se pode esperar que os alunos produzam textos de forma convencional. Eles vivenciam e exercem esta prática dentro e fora da escola através de diversos gêneros textuais que circula na sociedade que vive: lê jornais, revistas, livros, placas; sabe ler, e interpreta tabelas, quadros e formulários, conta de água; sabe escrever cartas, bilhetes, sem dificuldade, preenche formulário, redige requerimentos e passa e-mail, entre outros.
“O desafio que se coloca para os pioneiros anos da Educação Fundamental é o de conciliar esses dois processos, assegurando aos alunos a apropriação do sistema alfabético-ortográfico e condições possibilitadoras do uso da língua nas prática sociais de leitura e escrita “ (Brasil, 2008.p.13)
 Ao se falar em alfabetização, deve-se basear nos três eixos norteadores: a oralidade, a escrita e a leitura. Uma está ligada a outra incondicionalmente. Alfabetizar é levar a criança a ter prazer, gostar de falar, escrever e ler. Então, alfabetizar não é simplesmente decodificar códigos, símbolos, mas sim, decodificar e interpretar o significado, fazer uma análise crítica de tudo que está ao redor.
 Neste contexto, os Parâmetros Curriculares Nacionais, veio como um referencial para a renovação e reelaboração da proposta curricular, reforçam a importância de que cada escola formule seu projeto educacional, compartilhado por toda a equipe, para que a melhoria da qualidade da educação resulte da corresponsabilidade entre todos os educadores. 
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais, ao reconhecerem a complexidade da prática educativa, buscam auxiliar o professor na sua tarefa de assumir, como profissional, o lugar que lhe cabe pela responsabilidade e importância no processo de formação do povo brasileiro (BRASIL, 1997).
 A orientação proposta nos Parâmetros Curriculares Nacionais reconhece a importância da participação construtiva do aluno e, ao mesmo tempo, da intervenção do professor para a aprendizagem de conteúdos específicos que favoreçam o desenvolvimento das capacidades necessárias à formação do indivíduo. Segundo os Parâmetros Curriculares de Língua portuguesa:
“Indicam a simultaneidade de dois processos: o primeiro reflete sobre as regularidades do sistema alfabético e compreende unidades linguísticas como letras, sílabas, fonemas, palavras e frases; o segundo convive com uma diversidade de gênero e linguagem e propósitos próprios da escrita-informar, persuadir, expressar, documentar e registrar. ” (PCN 1997)
 Controlar o que e como escrever não é tarefa simples. Os alunos precisam aprender a atuar sobre aspectosde conteúdos e estrutura e representa-los em um texto. Pensar em como escrever e organizar o sistema de escrita é um processo complexo que deve estar apoiado não só nas orientações seguras do professor, mas também em material didático adequado. O desenvolvimento dessas capacidades linguísticas não se esgota nos anos iniciais, e sim faz parte de todas as etapas escolares na formação da aprendizagem do indivíduo.
 Neste sentido o objetivo desse tema deve-se ao fato de que o papel da escola é oferecer uma educação onde todos possam ser incluídos na escola em que os alunos estão inseridos sem quaisquer condições pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente do processo escolar, segundo suas capacidades, e sem que nenhuma delas possa ser motivo para uma diferenciação que os excluirá das suas turmas. Levando-se em consideração esse fato, o supervisor juntamente com supervisor escolar deve criar mecanismo que facilitem a aprendizagem dos alunos, como o uso dos jogos educativos, músicas, contato com o computador o que podem ser um instrumento facilitador na sua aprendizagem, pois eles despertam a curiosidade, a compreensão e levam a uma assimilação mais consistente. Além disso, os jogos podem facilitar a convivência entre são alunos, desenvolvendo o respeito ás diferenças individuais.
 É suma importância o papel dos pais, juntamente, com a escola. Os familiares podem discutir novamente a questão, argumentar sobre a decisão e até rever sua postura quando estiverem a sós, mas, na hora do “sim” ou “não”, a resposta deve ser assumida por ambos. Isso dá segurança ao jovem por não permitir que ele crie mecanismos para manipular os pais e evita que aconteça um jogo de empurra-empurra desnecessário e perigoso em seu processo evolutivo.
 Ainda quanto ao fato da família ter por função socializar a criança e adaptá-la à convivência na sociedade, este fato se dá oferecendo e ensinando os modelos de comportamento adotados em sua cultura, tais como valores, atitudes, formação do caráter e características pessoais.
 
 Bons pais são tolerantes com alguns erros dos seus filhos, pais brilhantes jamais desistem deles, ainda que os filhos os decepcionem e adquiram transtornos emocionais. O mundo pode não apostar em nossos filhos, mas jamais devemos perder a esperança de que eles se tornem grandes seres humanos. (Cury 2003 p.51)
 Assim, os pais se revelam como exemplo, oferecendo disposições emocionais de como reagir diante de certas situações. Os familiares, a partir dessa convivência, mostram para a criança a maneira como o mundo é visto por eles. A própria auto estima que a criança vai fazendo de si é diretamente dependente da maneira como os pais a veem.
 Quanto a este aspecto, extensivo aos espaços educacionais a totalidade dos alunos entrevistados disse acreditar que seus pais influenciam na sua aprendizagem escolar, e uma das formas de haver uma colaboração ainda maior, segundo estes educandos, é que haja uma participação mais assídua de seus familiares nas reuniões. O que significa conhecer um pouco da história de vida dos filhos, bem como suas individualidades e capacidades, permitindo a intervenção e o acompanhamento do professor no processor de aquisição da língua e no desenvolvimento da autonomia e de valores e atitudes para uma vida em sociedade.
E é de fato assim. A base de praticamente toda a aprendizagem escolar encontra se na família. E é justamente neste ponto que reside à importância das escolas estabelecerem um trabalho sintonizado com os pais de seus alunos, compartilhando dúvidas, anseios e também buscando soluções conjuntas para os problemas que se apresentarem. Além disso, esta parceria entre escola e família é extremamente benéfica para as crianças, que passam a desenvolver sentimentos positivos, sentindo se seguras e amparadas durante todo o desenrolar de seu ensino.
Entendo que é importante que os educadores percebam que cada criança traz de casa para a escola uma bagagem cultural muito grande, repleta de referências afetivas, às quais refletem diretamente no seu desempenho em sala de aula. Desta maneira, a escola somente vem a reforçar e a sedimentar o que a criança carrega em seu bojo, sendo uma continuadora das primeiras lições aprendidas em casa.
 A sala de aula também precisa ser um espaço interativo, que possibilite o desenvolvimento da aprendizagem de modo significativo para os alunos.
 
Um ambiente alfabetizador (contexto de cultura escrita), oferecido pela organização da sala e da escola, favorece sim a familiarização com a escrita e a interação com diversos tipos, gêneros, portadores e suportes, nas variadas formas de circulação social de textos. Mas uma recomendação importante refere-se à utilização desses materiais. Dito de outra forma, o ambiente alfabetizador é composto pelos materiais e pelo uso deles na formação social que lhes é própria. (LAURITTI 2013.p.20-21)
. No entanto, é fundamental de ressaltar a contribuição da teoria psicogenética de aprendizagem da leitura e da escrita, uma vez que essa teoria contribuiu para romper as concepções tradicionais de alfabetização e possibilitou que os professores alfabetizadores começassem a refletir sobre a participação da criança no processo de aprendizagem e sobre o trabalho que realizavam para ensinar as crianças a ler e a escrever.
 Sendo assim, o presente artigo reflete sobre a apropriação da linguagem escrita pelas crianças, em fase inicial de alfabetização, pretende contribuir com as reflexões em torno desse processo, pois investigar como ocorre o trabalho construtivo da criança no processo de alfabetização é muito importante já que apropriar-se da habilidade de escrever e ler é garantia de autonomia e cidadania.
 CONCLUSÃO
 Aprender é uma tarefa difícil que situa o sujeito como um todo e de forma específica. Conhecer, requer esforço, investimento e objetivos direcionados à aprendizagem. Nessa perspectiva, toda a aprendizagem é um trabalho dinâmico em que o aprendiz está sempre se movimentando, construindo e reconstruindo seu universo pessoal e grupal, exercendo um ato de compreender o mundo. E a criança constrói boa parte do conhecimento antes mesmo de ingressar na escola, chegando com uma bagagem de conhecimento vivenciada no seu dia a dia. E essa bagagem é ponto fundamental para iniciar o processo de alfabetização.
 A aprendizagem realiza por meio do confronto entre o que se sabe e o que está em seu redor, ente o conhecimento prévio e o elemento novo.
 É importante salientar que aprender a ler e escrever vai além da codificação e decodificação de símbolos. Ao escrever a criança deve ser encorajada a usar as palavras para dizer o que sente e pensa, sem erros dos trabalhos gramaticais. É muito importante, nessa fase, que a criança se sinta totalmente livre para escrever e que sua produção seja valorizada. Como nos afirma Vygotsky (1989) e os recentes estudos da psicogênese, a presença do professor mediador e dos próprios colegas no processo de aprendizagem é fundamental, uma vez que aprender é confrontar diferentes pontos de vista, diferentes hipóteses.
 Sendo, assim, busca-se o trabalho nas vivências dos alunos, nos eixos temáticos, Parâmetros curriculares nacionais, família, escola e apoio da equipe gestora da escola para a consolidação de uma aprendizagem significativa no processo da alfabetização e letramento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais, Introdução: Brasília. 1997
_______ Parâmetros Curriculares Nacionais. Língua portuguesa. Brasília:1998
_______ Ministério da Educação. Secretaria de Educação básica. Pró-Letramento: programa de formação continuada de professores dos anos/séries iniciais do Ensino Fundamental. Alfabetização e Linguagem. Brasília: ME/SEB, 2008.P.13
_______Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional.
Pacto nacional pela alfabetização na idade certa:currículo na alfabetização : concepções
e princípios : ano 1 : unidade1 / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2012.
_______ Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa, op.cit,p.20.
CURY. Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003
FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
GIESEN, Maria Regina Centeno. Novo bem-me-quer: Letramento e alfabetização, 1° ano. 3.ed.São Paulo: Editora do Brasil, 2011
ISSED, faved, redenciada junto ao mec pela portaria nº 3.445 do dia 19/11/2003, Os parâmetros e as Orientações Curriculares Nacionais (PCN e OCN) material didático: Prática Pedagógica I
LAURITTI, Nádia Conceição; MOLINARI, Simone G.S.(Orgs.) Perspectiva da alfabetização. Jundiaí-SP: Pacto Editorial. 2013.p.20-21
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Ceale /Autêntica,1998
MINAS GERAIS: Ciclo inicial de alfabetização. Mec/SEE, 2003
ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
VYGOTSKY, Liev Semionovich. Estudos sobre a história do comportamento: Símios, homem primitivo e criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1984.
___________L.S. Construção do pensamento e linguagem. São Paulo, Martins Fontes,1989.
www.zemoleza.com.br
A alfabetização não possui receita pronta em relação ao método, pois a forma de aprendizagem de uma criança pode ser diferente da outra.
No Brasil, o termo letramento não substituiu palavra alfabetização, mas aparece associada a ela. Soares (1998, p.47) afirma que:
“alfabetizar e letras são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.” 
 Algumas pesquisas têm sido desenvolvidas com o objetivo de investigarmos os professores estão construindo práticas de alfabetização na perspectiva do alfabetizar letrando e investigar a relação dessas práticas com a aprendizagem dos alunos.
CONCLUSÃO
Ao longo desta pesquisa foram discutidos diferentes posicionamentos teóricos que motivam o estudo da aquisição da leitura e escrita. E no processo de escolarização do indivíduo é visto como sinônimo de aprendizagem, mas a compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre texto e o contexto.  Foi possível também, perceber algumas das mudanças pelas quais tem passado a compreensão e o ensino da língua, como também os desafios enfrentados durante a sistematização desse conhecimento.
As concepções tradicionais de alfabetização, que durante muito tempo nortearam as práticas docentes, priorizavam a decifração mecânica do código escrito e deixaram de considerar aspectos relevantes para uma leitura eficaz. Como consequência dessas práticas, surge à constatação de um grande número de pessoas que, mesmo sendo alfabetizadas, têm dificuldades em participar ativamente das práticas sociais letradas.
Atualmente compreende-se que dentre os desafios que envolvem o ensino da língua escrita está à necessidade de formar cidadãos capazes de dominar o código e que, ao mesmo tempo sejam também capazes de fazer uso da escrita nas diferentes situações sociais.
Como abordado por Ferreira e Leal (2006), “é papel de a escola ensinar, favorecendo, por meio de diferentes estratégias, oportunidades de aprendizagem, e avaliar se tais estratégias estão sendo de fato adequadas”.
O que se espera, é uma escola que veja o aluno como sujeito capaz de aprender independentemente de suas dificuldades, de sua classe ou condição social. Uma escola que contribua para a formação de leitores e escritores críticos, reflexivos e autônomos capazes de interagir com o outro e com o mundo.
O professor  deve acreditar na educação  e ter cuidado de planejar   seus trabalhos, elaborando  e planejando  suas aulas, selecionando dentro   da proposta curricular  o que mais importa, ou seja, o que mais considera  importante ensinar aos seus  alunos, evitando assim, improvisações   que causam  descontentamento  no aluno.
Então, cabe ao supervisor, juntamente com os professores e a comunidade escolar, estruturar a mudança da escola levando em conta o currículo, os processos avaliativos, como esses alunos com necessidades educativas especiais estão sendo agrupados na sala de aula, a pedagogia e as práticas docentes. Além disso, é preciso considerar as oportunidades de cultura, esporte, lazer e recreação que deverão compor o projeto pedagógico da escola.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
CHECHIA, Valéria Aparecida; ANDRADE, Antonio dos Santos. Representação dos pais sobre a escola e o desempenho escolar dos filhos. 2003. <http://www.ufba.gov.br/artigos>. Acesso em 15 fev. 2005.
CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. 9.ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
MARTINS, Maria Helena Pires. Eu e os outros. As regras de convivência. São Paulo: Moderna,2001.p.43-45.
Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais/ Ministério da Educação. Secretaria da Educação fundamental. 3 ed. Brasília: a Secretária, 2001, p. 16-44-45-46.
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. 2. Ed. São Paulo: Contexto,2006.p.136-137,139-140.
CHAMAT, L. S. J. Relações vinculares e aprendizagem: um enfoque psicopedagógico. São Paulo: Vetor, 1997. 
FERNÁNDEZ, A. A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clinica da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
BOZZETTO, Ingride Munstock. Avaliação da aprendizagem escolar.Ijuí: Ed.Unijuí,2005
certo
Referências BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental: Brasília, 1997.

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