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meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
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Atenção. 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo do aluno matriculado, cujo 
nome e CPF constam do texto apresentado, sendo vedada, por 
quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, 
divulgação e distribuição. 
É vedado, também, o fornecimento de informações cadastrais 
inexatas ou incompletas – nome, endereço, CPF, e-mail - no ato da 
matrícula. 
O descumprimento dessas vedações implicará o imediato 
cancelamento da matrícula, sem prévio aviso e sem devolução de 
valores pagos - sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do 
infrator. 
Em razão da presença da marca d’ água, identificadora do nome e 
CPF do aluno matriculado, em todas as páginas deste material, 
recomenda-se a sua impressão no modo econômico da impressora. 
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CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS (PARTE GERAL) 
QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE 
PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI 
 
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APRESENTAÇÃO 
 
Caros alunos, meu nome é JULIO MARQUETI, sou bacharel em Direito, 
Analista Judiciário – Área Judiciária – especialidade Executante de Mandados no 
Tribunal Regional Federal da 3ª Região, professor de Direito Penal em vários 
cursos preparatórios, em São Paulo e em outras localidades, além de autor do 
livro Direito Penal – Parte Geral – Editora Campus/Elsevier - 2008. 
 
Mais uma vez aqui estou, pois fui honrado com o convite a integrar o grupo de 
profissionais que trabalham neste célebre curso. Digo célebre tendo em conta a 
qualidade do trabalho desempenhado e o bom nível dos alunos que buscam 
este instrumento de aprendizado. De regra, são alunos já experimentados e 
que, através do curso on-line, almejam aperfeiçoar seus conhecimentos. 
 
Pois bem. Passaremos, então, a desenvolver um trabalho sintético, onde 
resolveremos questões do CESPE/UNB de direito penal. Buscaremos tratar 
das questões mais recentes da organizadora. 
 
O nosso trabalho será realizado em 6 aulas, além da aula 0. As aulas serão 
semanais. Resolveremos as questões com a exposição de uma boa base teórica. 
 
Modulo 1 – Parte Geral. (06 aulas) 
 
1. Da aplicação da lei penal: Princípios aplicáveis; lei penal no tempo e no 
espaço e interpretação da lei penal. 
2. Infração penal: elementos, espécies. Tipicidade e ilicitude. 
3. Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal. 
4. culpabilidade e Imputabilidade penal. 4. Erro de tipo e erro de proibição. 
5. punibilidade e suas causas extintivas. 
6. Concurso de pessoas. 
 
A experiência já nos mostrou que o fórum de dúvidas é instrumento 
indispensável para que haja eficiência em nosso trabalho. Assim, sugiro aos 
alunos que dele se valham para que possamos extrair o melhor dos resultados. 
 
Durante as aulas as questões serão dispostas da seguinte maneira: 
 
Em cada encontro, observar-se-á um número mínimo de 30 
questões. 
 
Ao final do curso, portanto, excluída a aula 0, teremos a resolução de 
no mínimo, 180 questões. 
 
Os assuntos já tratados em aula não impedem que sejam nos encontros 
seguintes objeto de estudo, oportunidade em que novas questões sobre ele 
serão trazidas à colação. 
 
É oportuno ressaltar que o presente curso constitui o primeiro módulo dos 
cursos de exercícios de direito penal direcionados ao concurso da 
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QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE 
PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI 
 
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Polícia Federal. Após o seu encerramento iniciaremos o segundo e, de forma 
sucessiva, o terceiro, que tratarão, respectivamente, da parte especial do CP 
e das leis penais esparsas (legislação penal especial). 
 
A aula 0, que segue adiante, dar-lhes-á uma boa visão do modo em que nosso 
curso irá se desenvolver. 
 
Com isso, vamos ao trabalho. 
Boa sorte a todos e que Deus nos abençoe. 
 
Professor JULIO MARQUETI. 
 
AULA 0 – RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DO CESPE/UNB 
 
CONTEÚDO PROGRMÁTICO DA AULA - 0 
 
1.1 – Da aplicação da lei penal. 
 
1.1.1 – Da legalidade 
 
1.1.2 – Da territorialidade e extraterritorialidade 
 
1.1.3 – Das imunidades. 
 
1. Direito Penal 
 
1.1 – Da aplicação da lei penal. 
 
1.1.1 – Da legalidade 
 
1- (CESPE/OAB/2006) Relativamente a jurisprudência do STJ e do STF, 
assinale a opção incorreta. 
1- Segundo o princípio da legalidade, a elaboração das normas incriminadoras e 
das respectivas sanções constitui função exclusiva da lei. 
 
Questão 1: Certo o item 1. 
 
Resolução: 
 
A questão trata do princípio da legalidade que está inserto tanto na Constituição 
Federal, como também no Código Penal. Na Constituição Federal está previsto 
em seu artigo 5º, inciso XXXIX, e no Código Penal, no artigo 1º. 
 
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Código Penal. 
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não 
há pena1 sem prévia cominação legal. 
 
Constituição Federal (artigo 5º). 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
pena sem prévia cominação legal; 
 
Segundo o princípio da legalidade, a definição de crime e a cominação da 
respectiva sanção só é possível por meio de LEI. 
 
A expressão LEI deve, no entanto, ser interpretada da forma mais estrita 
possível. Primeiramente, a lei que trata de direito penal deve ter origem no 
legislativo da União. Portanto, no Congresso Nacional. É o que preleciona o 
artigo22 da Carta Política. 
 
Admite-se, excepcionalmente, que o legislativo Estadual (Assembléias 
Legislativas) legisle sobre direito penal. Para tanto, necessário que Lei 
Complementar autorize o Estado a legislar pontualmente sobre Direito Penal 
(artigo 22, parágrafo único, da Constituição Federal). 
 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA : 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar 
sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, 
agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
 
1Informativo STF 377 – Decisão da Segunda Turma - Aumento de Pena e Princípio da Reserva Legal 
Por ofensa ao princípio da reserva legal, a Turma deferiu habeas corpus, impetrado em favor de paciente condenado 
pela prática do delito do art. 157, § 2º, do CP, para anular a sentença condenatória no ponto relativo à fixação da pena, a 
fim de que se proceda à nova estipulação dentro dos limites previstos em lei. Entendeu-se que a juíza sentenciante, ao 
exacerbar a pena em 3/5, pela incidência de duas causas de aumento de pena, extrapolara o limite máximo prescrito na 
norma, impondo ao paciente reprimenda superior ao legalmente exigido (“Art. 157.... § 2º. A pena aumenta-se de um 
terço até metade:...”).HC 84669/SP, Min. Joaquim Barbosa, 22.2.2005. (HC-84669) 
 
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Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os 
Estados a legislar sobre questões específicas das 
matérias relacionadas neste artigo. 
 
Além de ser de competência ordinária da União e, excepcional dos Estados, a 
Lei só será considerada como tal quando obedecer ao respectivo processo 
legislativo. 
 
Hoje é pacífico o entendimento de que MEDIDA PROVISÓRIA não pode tratar 
de Direito Penal, pois com o advento da Emenda Constitucional 32 de 2001, 
proibiu-se expressamente a utilização de tal instrumento para dispor sobre 
várias matérias, dentre elas: DIREITO PENAL. 
 
PROIBIÇÃO DE EDIÇÃO DE MEDIDA 
PROVISÓRIA: 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o 
Presidente da República poderá adotar medidas 
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de 
imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre 
matéria: 
I - relativa a: 
b) direito penal, processual penal e processual civil; 
 
Em suma, considera-se LEI, em sentido genuíno ou estrito, aquela que tem 
origem no legislativo da União, obedecido ao processo legislativo previsto para 
sua edição. Falamos, então, de LEI ORDINÁRIA OU COMPLEMENTAR. 
 
Quando se reserva à lei matéria de Direito Penal, diz-se que estamos diante do 
princípio da RESERVA LEGAL. 
 
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O definir crime e o cominar sanção é criar norma penal incriminadora. Assim, 
de acordo com o explanado, a elaboração de norma penal incriminadora é 
função exclusiva de Lei. 
 
O STF quando decidiu sobre a possibilidade de, por medida provisória, tratar-se 
de direito penal, fê-lo tendo em conta normas penais não incriminadoras, isto é, 
admitiu, naquela oportunidade, que medida provisória poderia tratar de direito 
penal, desde que não criasse norma penal incriminadora. 
Segundo a decisão do STF, a inadmissibilidade de medida provisória tratar de 
direito penal não compreende a de normas penais benéficas. Por via oblíqua, é 
evidente que o STF entende que as normas penais incriminadoras só poderão 
ser criadas por lei, já que não são benéficas ao agente. 
 
STF – RE 254818/PR 
Relator: Mnistro Sepúvelda Pertence. 
Orgão Julgador: Pleno – julgamento 08/11/2000. 
Ementa EMENTA: I. Medida provisória: sua inadmissibilidade em matéria penal - extraída 
pela doutrina consensual - da interpretação sistemática da Constituição -, não 
compreende a de normas penais benéficas, assim, as que abolem crimes ou lhes restringem o 
alcance, extingam ou abrandem penas ou ampliam os casos de isenção de pena ou de extinção 
de punibilidade. II. Medida provisória: conversão em lei após sucessivas reedições, com cláusula 
de "convalidação" dos efeitos produzidos anteriormente: alcance por esta de normas não 
reproduzidas a partir de uma das sucessivas reedições. III. MPr 1571-6/97, art. 7º, § 7º, reiterado 
na reedição subseqüente (MPr 1571-7, art. 7º, § 6º), mas não reproduzido a partir da reedição 
seguinte (MPr 1571-8 /97): sua aplicação aos fatos ocorridos na vigência das edições que o 
continham, por força da cláusula de "convalidação" inserida na lei de conversão, com eficácia de 
decreto-legislativo. 
 
O STJ, por sua vez, de forma reiterada, tem decidido que não cabe ao julgador 
(magistrado) criar figuras delitivas ou aplicar penas que o legislador não haja 
determinado. Assim, evidente o entendimento de que normas penais 
incriminadoras só serão obra do legislador. 
 
STJ 
RESP 755019/RS 
Relator: Ministro Arnaldo Esteves de Lima 
Órgão julgado 5o Turma 
Julgamento 06/10/2005 
RECURSO ESPECIAL. PENAL. FURTO QUALIFICADO PELO CONCURSO DE AGENTES. 
VIOLAÇÃO AO ART. 155, § 4º, INC. IV, DO CÓDIGO PENAL RECONHECIDA. APLICAÇÃO DA 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA PREVISTA PARA O ROUBO PRATICADO EM CONCURSO 
DE AGENTES. INADMISSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL. PENA AQUÉM DO 
MÍNIMO LEGAL. ATENUANTES. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA Nº 231 DO STJ. RECURSO 
PROVIDO. 
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QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE 
PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI 
 
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1. O estatuto repressivo prevê como qualificado o furto cometido por dois ou mais agentes, 
estabelecendo no § 4º do art. 155 do Código Penal a pena de 2 (dois) a 8 (oito) anos como limite 
à resposta penal. 
2. Fere o referido dispositivo legal o decisum que, em nome dos princípios da proporcionalidade 
e da isonomia, aplica ao furto qualificado o aumento de pena previsto no § 2º do art. 157 do 
Código Penal, haja vistaque, em obediência ao princípio da reserva legal, não cabe ao 
julgador criar figuras delitivas ou aplicar penas que o legislador não haja determinado. 
3. "A incidência de circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do 
mínimo legal" (Súmula n.º 231/STJ). 4. Recurso provido. 
 
 
 
2- (CESPE/AGU/2006) A respeito da interceptação telefônica e do princípio da 
legalidade, julgue os itens seguintes. 
1- Consoante entendimento do STF, em face ao princípio da legalidade, é 
inadmissível medida provisória em matéria penal, mesmo tratando-se de normas 
penais benéficas, que visem abolir crimes ou lhes restringir o alcance, extinguir 
ou abrandar pena ou, ainda, ampliar os casos de isenção de pena ou extinção 
de punibilidade. 
 
Questão 2: Certo o item 1. 
 
Resolução: 
 
A questão, como a anterior, trata do princípio da legalidade. Todavia, o que se 
quer saber é qual o entendimento do STF acerca da possibilidade de, por meio 
de medida provisória, tratar-se de direito penal. 
 
Já vimos na questão anterior que o STF entende que as normas penais 
incriminadoras, ou seja, aquelas que definem as condutas criminosas e 
estabelecem as respectivas sanções só poderão ser elaboradas por Lei. 
 
Assim, é entendimento doutrinário e jurisprundencial uniforme no sentido de 
que não se admite que normas penais incriminadoras venham a ser criadas por 
outros instrumentos que seja Lei em sentido estrito. 
 
Com isso, impossível a elaboração de norma penal incriminadora por meio de 
medida provisória. 
 
A questão que se põe, todavia, é sobre a possibilidade de, por medida 
provisória, tratar-se de direito penal em benefício do agente. 
 
O STF, antes do advento da Emenda Constitucional de número 32/2001, sobre 
o tema se manifestou. Naquela oportunidade, decidiu que a inadmissibilidade de 
matéria penal ser tratada por meio de Medida Provisória não compreendida as 
normas penais benéficas, entendidas estas como aquelas que abolem crimes ou 
lhes restringem o alcance, extingam ou abrandem penas ou ampliam os casos 
de isenção de pena ou de extinção da punibilidade. 
 
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Portanto, à luz da decisão do STF, cuja ementa segue abaixo, admitiu-se que, 
por meio de medida provisória, se tratasse de direito penal em benefício do 
agente. 
 
STF – RE 254818/PR 
Relator: Mnistro Sepúvelda Pertence. 
Orgão Julgador: Pleno – julgamento 08/11/2000. 
Ementa EMENTA: I. Medida provisória: sua inadmissibilidade em matéria penal - extraída 
pela doutrina consensual - da interpretação sistemática da Constituição -, não 
compreende a de normas penais benéficas, assim, as que abolem crimes ou lhes restringem o 
alcance, extingam ou abrandem penas ou ampliam os casos de isenção de pena ou de extinção 
de punibilidade. II. Medida provisória: conversão em lei após sucessivas reedições, com cláusula 
de "convalidação" dos efeitos produzidos anteriormente: alcance por esta de normas não 
reproduzidas a partir de uma das sucessivas reedições. III. MPr 1571-6/97, art. 7º, § 7º, reiterado 
na reedição subseqüente (MPr 1571-7, art. 7º, § 6º), mas não reproduzido a partir da reedição 
seguinte (MPr 1571-8 /97): sua aplicação aos fatos ocorridos na vigência das edições que o 
continham, por força da cláusula de "convalidação" inserida na lei de conversão, com eficácia de 
decreto-legislativo. 
 
A decisão do STF foi proferida em 08 de novembro de 2000. Portanto, antes do 
advento da Emenda Constitucional de número 32/2001. 
 
Hoje, com a Emenda Constitucional 32/2001, cuja vigência se deu a partir de 
12/9/2001, há proibição expressa no texto constitucional sobre a 
possibilidade de matéria de direito penal ser tratada por meio de 
Medida Provisória. 
 
Portanto, a priori, independentemente da natureza da norma penal 
(incriminadora ou não), não se admite que matéria penal seja objeto de medida 
provisória. 
 
PROIBIÇÃO DE EDIÇÃO DE MEDIDA 
PROVISÓRIA: 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o 
Presidente da República poderá adotar medidas 
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de 
imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre 
matéria: 
I - relativa a: 
b) direito penal, processual penal e processual civil; 
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QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE 
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Entendo, entretanto, que a proibição não deve ser absoluta. Penso que deva ser 
relativa, já que, quando benéfica, nos dizeres de Capez2 
 
“não há falar em ofensa à reserva legal, pois a norma não 
está definindo novos crimes, tampouco restringindo direito individuais 
ou prejudicando, de qualquer modo, a situação do réu”. 
 
A relatividade da proibição, no entanto, não foi acolhida pelo CESPE/UNB, já 
que, no certame em que foi apresentada a questão em tela, o gabarito 
preliminar indicava como incorreta a questão, o que foi modificado e, de forma 
definitiva, consagrou-se como certo o item 1. 
 
A título ilustrativo, observe a justificativa da organizadora para a modificação do 
gabarito. 
 
Gabarito Definitivo – Prova AGU 2006. 
ITEM: “Consoante entendimento do STF, em face ao princípio da 
legalidade, é inadmissível medida provisória em matéria penal, mesmo 
tratando-se de normas penais benéficas, que visem abolir crimes ou 
lhes restringir o alcance, extinguir ou abrandar pena ou, ainda, ampliar 
os casos de isenção de pena ou extinção de punibilidade.” — alterado de 
E para C. A decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal no RE 254818 
— publicado no Diário de Justiça em 19/12/2002 — cujo julgamento 
ocorreu em 8/11/2000, é anterior ao advento da EC n.º 32/2001, que alterou 
a redação do art. 62 da Constituição Federal, §1.º, “b”, vedando 
expressamente a edição de medida provisória sobre matéria de direito 
penal. Portanto, o item está certo. 
 
Assim, considerando a proibição contida no artigo 62, parágrafo 1o, I, b, da CF, 
não se admite que matéria penal, mesmo em benefício do agente, seja objeto 
de medida provisória. 
 
 
1.1.2 – Da territorialidade e extraterritorialidade 
 
3- (CESPE/PROCURADOR/ASSITENCIA/DF/2007)3 - Acerca da ação penal nos 
crimes contra os costumes, julgue os itens a seguir. 
1- Na aplicação da lei brasileira aos crimes praticados por estrangeiro contra 
brasileiro fora do Brasil, exige-se a requisição do ministro da Justiça, como 
condição de procedibilidade. 
 
2 Capez – Fernando e Bonfim – Edilson Mougenot – Direito Penal – Parte Geral (página 172) – Editora Saraiva. 
3 (CESPE/MP/TO/2006)Sobre o inquérito policial, assinale a opção incorreta. 
1- A No caso de crime sujeito à ação penal pública condicionada, a requisição do ministro da Justiça ou a 
representação do ofendido para instauração do inquérito é condição de procedibilidade: sem ela, a autoridade policial 
não pode dar início ao inquérito. 
Item – Certo (Observar a resolução mais adiante – questão 8 de processo penal). 
 
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Questão 3: Certo o item 1. 
 
Resolução: 
 
A questão versa sobre a aplicação da lei penal a fato ocorrido fora do território 
nacional. Então, trata-se da aplicação extraterritorial da lei penal. 
 
As hipóteses de extraterritorialidade, isto é, de aplicação da lei penal fora do 
território nacional, estão arroladas no artigo 7º do CP. Será ela incondicionada 
ou condicionada. 
 
Incondicionada, quando, para a sua aplicação, não é necessária a 
implementação de qualquer condição. Assim, basta a prática do fato delituoso, 
para, daí, aplicar-se a lei penal brasileira fora do território nacional. 
 
Condicionada, entretanto, será, quando, para sua aplicação fora do território 
nacional, a lei exigir a superação de certas condições. 
 
As condições estão insertas no artigo 7o, parágrafos 2o e 3o, do CP. No caso de 
crime praticado por estrangeiro contra brasileiro fora do território nacional, 
aplicar-se-á a lei penal brasileira se, além de reunidas as condições do parágrafo 
2o, estiverem presentes aquelas mencionadas no parágrafo 3o do mesmo 
dispositivo legal. 
 
Artigo 7o 
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime 
cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, 
se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
 
Assim, caso reunidas as condições previstas no parágrafo 2o do artigo 7o, será 
aplicada a lei penal brasileira ao crime cometido por estrangeiro contra 
brasileiro fora do Brasil se: 
 
 não foi pedida ou foi negada a extradição; 
 houve requisição do Ministro da Justiça. 
 
 
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A requisição do Ministro da Justiça é, então, uma das condições a serem 
implementadas para que se aplique ao fato a lei penal brasileira. 
 
Para a doutrina a requisição do Ministro da Justiça é uma condição de 
procedibilidade, pois sem ela a persecução penal não poderá ter início. 
 
Sobre a natureza jurídica da requisição do Ministro da Justiça, observe o teor do 
julgamento do HC 68242 DF pela 1a Turma do STF. 
 
STF 
HC 68242/DF 
Relator: Ministro Celso de Mello 
Órgão julgador: 1a Turma – data do julgamento: 06/11/1990. 
 
Ementa HABEAS CORPUS - PACIENTE QUE E GOVERNADOR DE ESTADO - CRIME 
CONTRA A HONRA DO PRESIDENTE DA REPUBLICA - REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA 
JUSTIÇA - NATUREZA JURÍDICA DO ATO REQUISITORIO - AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA - 
INOBSERVANCIA DA LEI DE IMPRENSA - DESCARACTERIZAÇÃO TIPICA DO 
COMPORTAMENTO DO PACIENTE - PRETENDIDO EXAME ANALITICO DA PROVA - 
INIDONEIDADE DO HABEAS CORPUS - ORDEM DENEGADA. O Ministério Público, nas ações 
penais publicas condicionadas, não esta vinculado a qualificação jurídica dos fatos constantes da 
representação ou da requisição de que lhe haja sido dirigida. A vinculação do Ministério Público a 
definição jurídica que o representante ou requisitante tenha dado aos fatos e nenhuma. A 
formação da "opinio delicti" compete, exclusivamente, ao Ministério Público, em cujas funções 
institucionais se insere, por consciente opção do legislador constituinte, o próprio monopolio da 
ação penal pública (CF, art. 129, I). Dessa posição de autonomia jurídica do Ministério Público, 
resulta a possibilidade, plena, de, até mesmo, não oferecer a propria denuncia. - A requisição e 
a representação revestem-se, em seus aspectos essenciais, de uma só natureza, pois 
constituem requisitos de procedibilidade, sem os quais não se legitima a atividade penal-
persecutoria do Ministério Público. Por isso mesmo, esses atos veiculadores de uma delação 
postulatoria erigem-se em condições de procedibilidade, cuja função exclusiva consiste em 
autorizar o Ministério Público a instaurar a "persecutio criminis in judicio". - A via jurisdicional do 
"habeas corpus", necessariamente estreita em função de seu caráter sumarissimo, não se revela 
habil para a analise das excludentes animicas - "animus jocandi", "animus defendendi", "animus 
consulendi", "animus corrigendi", "animus narrandi" - cuja efetiva ocorrencia descaracterizaria a 
intenção de injuriar. O "habeas corpus" não constitui instrumento juridicamente idoneo para o 
exame analitico de elementos probatorios eventualmente revestidos de iliquidez, duvida ou 
controversia (RT 462/436 - 482/348 - 539/264), ou cuja analise imponha a necessidade de ampla 
dilação. 
 
Portanto, sem a requisição do Ministro da Justiça, que é um ato discricionário e 
político, não se dará início à respectiva ação penal. Diz-se, então, que a ação 
penal é publica condicionada à requisição do Ministro da Justiça. 
 
Se a condição é para a propositura da ação penal, diz-se que a requisição do 
Ministro da Justiça, quando a lei a exigir, é condição de procedibilidade (de 
procedere). 
 
 
4- (CESPE/JUIZ/SERGIPE/2004) 40 - Quanto à aplicação da lei penal no 
espaço, julgue os itens subseqüentes. 
1- O princípio básico que norteia a aplicação da lei penal brasileira é o da 
territorialidade temperada. 
 
Questão 4: Certo o item 1. 
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Resolução: 
 
A lei penal brasileira deve ser aplicada no território nacional. Excepcionalmente 
será aplicada além-mar. No primeiro caso, há territorialidade e no segundo, 
estamos diante da extraterritorialidade. A questão trata da territorialidade. 
 
A territorialidade,diz a doutrina, poderá ser absoluta ou relativa. Será 
absoluta quando aos crimes praticados no território nacional só for aplicável a 
lei penal brasileira. Será relativa ou temperada, todavia, quando, apesar de 
aos crimes praticados no território nacional aplicar-se, de regra, a lei penal 
brasileira, permitir-se, em prejuízo desta, que se aplique a lei penal de outro 
Estado. 
 
Pela dicção do artigo 5o do CP, cuja literalidade segue abaixo, é evidente que o 
princípio adotado pelo ordenamento jurídico-penal brasileiro foi o da 
territoridalidade temperada. 
 
 
Territorialidade 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de 
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao 
crime cometido no território nacional. 
 
Portanto, o princípio da territorialidade da lei penal é mitigado em nosso 
ordenamento jurídico. Não o adotamos de forma absoluta. Fala-se, então, em 
princípio da territorialidade temperada. É o que se conclui da redação do 
artigo 5º, “caput”, do CP. 
 
Assim, se houver convenções, tratados e regras de direito internacional 
chanceladas pelo Brasil, que assim determinem, ao fato não se aplicará a lei 
penal brasileira, apesar de ocorrido no território brasileiro. 
 
Exemplos são as imunidades diplomáticas e consulares concedidas, por 
meio de adesão do Brasil às Convenções de Viena (1961 e 1963), aos 
Diplomatas e aos Cônsules que exerçam suas atividades no Brasil. 
 
Cometido crime, no território nacional, pelo Diplomata Chinês, por exemplo, 
não se aplicará a lei penal brasileira, pois, pela Convenção de Viena (1961), há 
imunidade. Ficara o Diplomata sujeito à lei penal de seu país. 
 
No caso do Cônsul, a imunidade tem menor incidência, pois só será imune, de 
acordo com a Convenção de Viena (1963), se o crime foi cometido no exercício 
de seus misteres consulares. 
 
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Portanto, só no exercício de suas funções consulares há imunidade. Já no que 
tange aos Diplomatas, a imunidade se estende a ele mesmo que o crime seja 
cometido quando em atividade estranha a seus afazerem oficiais. 
 
Também não se aplicará a lei penal brasileira, em que pese cometido no 
território nacional, àqueles que possuem outras imunidades. 
 
É o caso das imunidades parlamentares (Membros do Congresso Nacional4: 
Deputados Federais e Senadores, Deputados Estaduais5 e Distritais e 
Vereadores6) e outras, como por exemplo, do Advogado no exercício da 
advocacia (imunidade judiciária). 
 
1.1.3 – Das imunidades. 
 
5- (CESPE/OAB/2006) - De acordo com jurisprudência do STJ e do STF, 
assinale a opção correta. 
1 Relativamente ao advogado, a imunidade profissional contemplada na 
Constituição Federal é absoluta, não sofrendo restrições legais. 
 
 
Questão 5: Errado o item 1. 
 
Resolução: 
 
A imunidade do advogado frente a lei penal brasileira está estampada no artigo 
133 da CF. 
 
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, 
sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da 
profissão, nos limites da lei. 
 
Já do próprio dispositivo notamos que a imunidade contemplada na CF ao 
advogado não é absoluta, mas sim relativa. Ela se limita a suas manifestações 
profissionais e por isso é conhecida como imunidade profissional. De acordo 
com o preceito constitucional, a imunidade, além de limitada à atividade 
profissional, também sofrerá outras limitações legais. 
 
 
4 Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e 
votos. 
5 Artigo 27, § 1º, da CF: Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-sê-lhes as regras desta 
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos 
e incorporação às Forças Armadas. 
6 Artigo 29, VIII da CF: inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na 
circunscrição do Município. 
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O STF e o STJ são uniformes em afirmar que a imunidade contemplada no 
artigo 133 da CF não alcança os crimes de calúnia praticados pelo advogado. 
 
De acordo com o artigo 7o, parágrafo 2o, do Estatuto da Advocacia (Lei 
8.906/94), que regulamenta o dispositivo constitucional, 
 
“O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, 
difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, 
no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das 
sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer”. 
 
É de se observar que o preceito legal não contempla a inviolabilidade no caso 
de crime de calúnia, assegura-a somente nos casos de injuria, difamação e 
desacato. Daí, a orientação jurisprudencial do STF e STJ no sentido de limitar a 
proteção profissional. 
 
Portanto, segundo a jurisprudência do STF e do STJ a imunidade do 
advogado não é absoluta. Sofrerá as limitações legais, mesmo quando a 
conduta for praticada no exercício profissional. 
 
A respeito do tema, observe abaixo algumas ementas do STF e do STJ sobre o 
tema. 
 
STF 
RE 387945/AC 
Relator: Ministro Sepúlveda Pertence 
Órgão julgador: 1a turma – julgamento 14/02/2006. 
Ementa EMENTA: Advogado: imunidade judiciária (CF, art. 133): não compreensão de atos 
relacionados a questões pessoais. A imunidade do advogado - além de condicionada aos 
"limites da lei", o que, obviamente, não dispensa o respeito ao núcleo essencial da garantia da 
libertas conviciandi - não alcança as relações do profissional com o seu próprio cliente. 
 
 
STF 
RHC 80536/DF 
Relator: Ministro Sepúlveda Pertence. 
Órgão julgador: 1a Turma – julgamento 04/09/2001. 
Ementa EMENTA: I. Crime militar: para a sua caracterização o militar reformado se considera 
civil; mas, tal como o civil, o militar reformado pode ser agente de crime militar (CPM, art.9º, III), 
quando praticado "contra as instituições militares", como tal considerado, entre outros, o 
cometido "em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade" (CPM, 
art. 9º, III). II. Imunidade do advogado por ofensas ao Juiz ou autoridade dirigente de processo 
administrativo: superação, pelo art. 7º EAOAB (L. 8.904/94) da jurisprudência formada sob o 
art.142, I, C.Pen., que os subtraía, de modo absoluto, do alcance da libertas conviciandi, que, 
entretanto, continua a reclamar que as expressões utilizadas pelo profissional - ainda que, em 
tese, injuriosasou difamatórias -, guardem pertinência com a discussão da causa e não 
degenerem em abuso da prerrogativa, mediante contumélias e epítetos pessoais, absolutamente 
dispensáveis ao exercício do nobre múnus da advocacia. 
 
STF 
RHC 69619/SP 
Relator: Ministro Carlos Velloso 
Órgão julgador: 2a Turma – Data do julgamento: 08/06/1993. 
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Ementa EMENTA: PENAL. ADVOGADO. INVIOLABILIDADE. CRIME CONTRA A HONRA: 
DIFAMAÇÃO. Cod. Penal, art. 139. Constituição, art. 133; Cod. Penal, art. 142, I. I. - A 
inviolabilidade do advogado, referida no art. 133 da Constituição, que o protege, no 
exercício da profissão, por seus atos e manifestações, encontra limites na lei. Recepção, 
pela Constituição vigente, da disposição inscrita no art. 142, I, do Cod. Penal. II. - A imunidade 
prevista no inciso I, do art. 142 do Cod. Penal, não abrange ofensa dirigida ao juiz da causa. 
Precedentes do S.T.F. III. - No caso, a denuncia descreve crime em tese - difamação, art. 139 do 
Cod. Penal. IV. - Recurso improvido. 
Indexação 
 
STJ 
HC 26523/RJ 
Relator: Ministro Hamilton Carvalhido 
Órgão Julgado 6a Turma – Data do julgamento: 31/05/2005. 
HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. CALÚNIA. DECADÊNCIA. INÉPCIA DA 
DENÚNCIA. INOCORRÊNCIA. IMUNIDADE JUDICIÁRIA DO ADVOGADO. PRAZO. 
REPRESENTAÇÃO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. INEXISTÊNCIA. 
1. Não se opera a decadência do direito de ação, tendo o ofendido, na qualidade de membro do 
Ministério Público Estadual, tomado ciência das declarações caluniosas em data anterior a 6 
meses da representação ajuizada. 
2. Ajustada ao artigo 41 do Código de Processo Penal, enquanto descreve, de forma 
circunstanciada, as condutas típicas atribuídas ao paciente, de forma a permitir-lhe o exercício da 
ampla defesa, não há falar em inépcia da denúncia. 
3. Esta Corte Federal Superior firmou já entendimento no sentido de que a imunidade 
processual conferida aos advogados (artigos 133 da Constituição Federal e 142, inciso I, 
do Código Penal), não abrange, em regra, o delito de calúnia. Precedentes. 
4. Ordem denegada. 
 
STJ 
HC 33773/DF 
Relator: Ministro Paulo Medina. 
Órgão julgador: 6a Turma – Data do julgamento: 16/12/2004. 
HABEAS CORPUS. PENAL. CRIMES DA CALÚNIA E INJÚRIA CONTRA MAGISTRADO, 
COMETIDOS POR ADVOGADOS NO EXERCÍCIO FUNCIONAL. TRANCAMENTO DA AÇÃO 
PENAL. AUSÊNCIA DOS ANIMI ALUNIANDI ET INJURIANDI. ARTIGO 7º, §2º, DA LEI 
8.906/94. IMUNIDADE QUE NÃO ALCANÇA O CRIME DE CALÚNIA. 
1. O recebimento da denúncia e a instauração de ação penal em desfavor dos pacientes têm por 
escopo, exatamente, apurar, na conduta narrada na exordial acusatória, a existência ou não da 
intenção de caluniar e injuriar o Magistrado; decidir, neste momento, na via estreita do writ - que 
não comporta dilação probatória -, que inexistiram tais animi, seria como antecipar, sem a 
segurança de uma ação penal bem instruída, conclusões e decidir, talvez, com a convicção 
fundada em frágeis elementos; 
2. A imunidade prevista no artigo 7º, §2º, da Lei 8.906/94 é limitada aos crimes de injúria e 
difamação, não abrangendo o crime de calúnia, descrito no artigo 138 do Código Penal 
(precedentes do STF e do STJ); 
3. Ordem parcialmente concedida para determinar o trancamento da ação penal em relação ao 
crime de injúria (artigo 140 do Código Penal); determino, outrossim, o prosseguimento da 
persecutio criminis in judicio, para apuração do suposto cometimento do crime de calúnia (artigo 
138 do Código Penal). 
 
 
6- (CESPE/MP/MT/2005) Quanto às imunidades diplomáticas e parlamentares 
do concurso de crimes e do crime continuado, julgue os itens a seguir. 
 
1- Considere a seguinte situação hipotética. Um vereador do município de 
Angélica – MS, durante uma palestra que ministrava em uma faculdade em 
Campo Grande – MS sobre o sistema prisional brasileiro, ofendeu a honra 
objetiva do prefeito de Bonito – MS. Nessa situação, de acordo com o 
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entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em face da imunidade 
material, o vereador não responderá pelo crime contra a honra. 
 
 
Questão 6: Errado o item 1. 
 
Resolução: 
 
O vereador, à luz do que dispõe o artigo 29, VIII, da CF, tem imunidade 
material, isto é, a ele não se aplicará a lei penal brasileira. Tal imunidade, no 
entanto, não é absoluta. 
 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o 
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara 
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta 
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no 
exercício do mandato e na circunscrição do Município; 
 
A relatividade da imunidade decorre do próprio dispositivo constitucional que a 
prevê. De acordo com a regra constitucional, só haverá a imunidade dirigida ao 
vereador quando o fato for praticado: 
 
 No exercício do mandato. 
 Na circunscrição do Município. 
 
Portanto, assegura-se constitucionalmente o exercício da atividade legislativa 
dentro do município. 
 
A questão da qual nos ocupamos agora, trata do entendimento jurisprudencial 
do STJ sobre o tema. 
 
A situação de fato que nos é apresentada indica que o vereador de Angélica MS 
quando de uma palestra na faculdade de Campo Grande MS – portanto fora da 
circunscrição de seu município – ofendeu a honra do prefeito municipal de 
Bonito MS. 
 
O fato foi praticado fora do território do município de Angélica MS e a ofensa foi 
dirigida à autoridade do Poder Executivo de outro Município – o que sugere não 
ter sido praticada no exercício do mandato. Tais circunstâncias indicam 
absoluta impossibilidade de ser acobertado pela imunidade material inserta no 
artigo 29, VIII da CF. 
 
Para o STJ a imunidade do vereador prevista no artigo 29 , VIII da CF deve 
estar relacionada com a atividade profissional do agente e, além disso, limita-se 
à circunscrição territorial do município onde a exerce. 
 
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Para ilustrar o que foi dito, seguem abaixo alguns arrestos do STJ. 
 
 
STJ 
HC 39793/PI 
Relator: Ministro HELIO QUAGLIA BARBOSA 
Órgão julgador:6a Turma – Data do julgamento: 15/12/2005. 
 
HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. TRANCAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL. 
NECESSIDADE DE EXAME APROFUNDADO DO CONJUNTO PROBATÓRIO. INADEQUAÇÃO 
DA VIA ELEITA. IMUNIDADE MATERIAL DE VEREADOR. ORDEM DENEGADA. 
1. O trancamento do inquérito policial em sede de habeas corpus é medida excepcional, somente 
admitida quando constatada, prima facie, a atipicidade da conduta ou a negativa de autoria. 
2. A atipicidade de conduta, que se alegue a partir do exame ou da interpretação de 
situação fática complexa, não pode ser apreciada na angusta via do habeas corpus por 
demandar exame aprofundado de todo o conjunto probatório. 
3. A imunidade material de vereador está relacionada com a atividade profissional do 
agente, estando excluídas as manifestações que não guardem pertinência temática com o 
exercício do mandato. 4. Ordem denegada 
 
 
STJ 
HC 29092 
Relator: Ministro Paulo Medina 
Órgão julgador: 6a Turma – Data do julgamento: 07/04/2005. 
HC. CRIME CONTRA A HONRA. IMUNIDADE MATERIAL DE VEREADOR.INEXISTÊNCIA DE 
NEXO CAUSAL ENTRE O EXERCÍCIO DO MANDATO E A OFENSA À HONRA DE 
TERCEIROS. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. ATIPICIDADE DA CONDUTA. 
INADEQUAÇÃO DE VIA ELEITA PARA SUA ANÁLISE. ORDEM DENEGADA. 
- O entendimento pretoriano realça que a imunidade material dos vereadores, concebida 
pela Constituição Federal, quanto aos delitos de opinião, se circunscreve ao exercício do 
mandato em estreita relação com o desempenho da função do cargo. 
- Há, portanto, limites para os pronunciamentos feitos no recinto da câmara de vereadores, 
quando não restritos aos interesses do município ou da própria edilidade. 
- O impetrante deve demonstrar de plano se o delito de opinião está vinculado ao exercício da 
função parlamentar. 
- O processo de Habeas Corpus não é a via adequada para análise da tipicidade da conduta por 
demandar análise probatória no Juízo originário. Incorrer nessa seara ocasionaria supressão de 
instância. - Ordem denegada. 
 
 
STJ 
HC 17134/PB 
Relator: Ministro JOSÉ ARNALDO DA FONSECA 
Órgão julgador: 5a Turma – Data do julgamento: 01/10/2002 
HABEAS CORPUS. VEREADORA. IMUNIDADE PARLAMENTAR MATERIAL. ART. 29, VIII, DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA NÃO SUJEITA A JULGAMENTO PELO ACÓRDÃO 
COMBATIDO. NÃO CONHECIMENTO DA IMPETRAÇÃO. PECULIARIDADES DO CASO. 
RECONHECIMENTO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. 
Não se conhece de impetração cujo fundamento não foi objeto da decisão combatida. 
A imunidade parlamentar de vereador é decorrente do preceito constitucional, donde se 
extrai a inviolabilidade por suas manifestações no exercício do mandato e na 
circunscrição municipal. Tais pressupostos, uma vez reconhecidos pelo tribunal de origem, 
mesmo que não constantes do núcleo da decisão combatida, somados às peculiaridades da 
causa, possibilitam o reconhecimento do direito da paciente. 
Ordem concedida de ofício. 
 
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7- (CESPE/DELEGADO/FEDERAL/2002) Em cada um dos itens subseqüentes, 
é apresentada uma situação hipotética relativa à aplicação da lei penal no 
espaço, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
 
1- Whesley, cônsul honorário no Brasil do país BBB, exasperou-se com a 
secretária no consulado daquela República por causa de um ex-namorado dela, 
tendo-a constrangido, mediante violência, a manter com ele conjunção carnal e 
cópula anal. Nessa situação, pelo fato de o autor dos eventos ser funcionário 
consular, aplicarse-á a lei do país BBB. 
 
Questão 7: errado o item 1. 
 
Resolução: 
 
A questão trata da aplicação da lei penal no território nacional. Já vimos, ao 
comentarmos a questão número 4, que, sobre o tema, o ordenamento jurídico 
brasileiro adota o princípio da territorialidade temperada ou mitigada ou 
relativa. 
 
O que caracteriza o princípio por nós adotado (territorialidade temperada) é o 
fato de que, excepcicionalmente, a crimes ocorridos no território nacional não 
se aplicar a lei penal brasileira. 
 
De acordo com o artigo 5o do CP, aos crimes ocorridos no território nacional 
aplicar-se-á a lei penal brasileira, sem prejuízo, no entretanto, dos 
tratados, convenções e regras de direito internacional. Assim, admite-se 
que, em determinadas hipóteses, não se aplique a crime cometido no território 
nacional a lei penal brasileira. 
 
Territorialidade 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, 
tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido 
no território nacional. 
 
A questão trata de um crime praticado por um Cônsul no território nacional. O 
que nos interessa de início é saber se o Cônsul tem imunidade frente a lei penal 
brasileira. 
 
Os Cônsules e os Diplomatas que exercem atividade no Brasil gozam de 
imunidade. As imunidades diplomáticas e consulares concedidas por meio 
de adesão do Brasil às Convenções de Viena (1961 e 1963) são exemplos de 
inaplicabilidade da lei penal brasileira a crimes ocorridos no território nacional. 
 
Cometido crime, no território nacional, pelo Diplomata Chinês, por exemplo, 
não se aplicará a lei penal brasileira, pois, pela Convenção de Viena (1961), há 
imunidade. Ficará o Diplomata sujeito à lei penal de seu país. 
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No caso do Cônsul, a imunidade tem menor incidência, pois só estará imune, 
de acordo com a Convenção de Viena (1963), se o crime foi cometido no 
exercício de seus misteres consulares. 
 
Portanto, só no exercício de suas funções há imunidade. Já no que tange aos 
Diplomatas, a imunidade se estende a ele mesmo que o crime seja cometido 
quando em atividade estranha a seus afazerem oficiais. 
 
A imunidade Consular não é tão extensa quanto a imunidade Diplomática. 
Aquela se refere somente aos crimes cometidos no exercício da atividade 
consular. 
 
Sobre o tema manifestou-se ao STJ no julgamento do Recurso Ordinário em 
Habeas Corpus, cuja ementa segue abaixo. 
 
STJ 
RHC 372/BA 
Relator: Ministro JOSÉ DANTAS 
Órgão julgado: 5a Turma – Data do julgamento 29/11/1989.CRIMINAL. FAVORECIMENTO PESSOAL. INDICIOS SUFICIENTES DA EXISTENCIA DO 
DELITO. FUNCIONARIO CONSULAR. INVOCAÇÃO DA IMUNIDADE. 
- CRIME EM TESE. DESDE QUE REVELADO PELOS FATOS CONDUTA TIPICA, NÃO HA 
FALAR EM TRANCAMENTO DO PROCEDIMENTO PENAL. 
- CONSUL HONORARIO. AO CONTRARIO DOS AGENTES DIPLOMATICOS, OS 
FUNCIONARIOS CONSULARES NÃO GOZAM DE MAIOR IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO 
CRIMINAL, SALVO EM RELAÇÃO AOS ATOS ESTRITAMENTE FUNCIONAIS. 
 
No caso mencionado na questão, o Cônsul Honorário do país BBB praticou crime 
de estupro e atentado violento ao pudor contra a sua secretária. São crimes 
contra os costumes (artigos 213 e 214 do CP), o quais não podem ser 
considerados como crimes praticados no exercício dos misteres consulares. 
 
Assim, o Cônsul honorário não ficará sujeito à lei penal do pais de origem 
(BBB), mas sim à lei penal brasileira, já que, neste caso, não há imunidade. 
Caso, entretanto, fosse ele Diplomata haveria a imunidade. 
 
 
QUESTÕES TRATADAS EM AULA 
 
1. Direito Penal 
 
1.1 – Da aplicação da lei penal. 
 
 
1.1.1 – Da legalidade 
 
1- (CESPE/OAB/2006) Relativamente a jurisprudência do STJ e do STF, 
assinale a opção incorreta. 
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1- Segundo o princípio da legalidade, a elaboração das normas incriminadoras e 
das respectivas sanções constitui função exclusiva da lei. 
 
 
2- (CESPE/AGU/2006) A respeito da interceptação telefônica e do princípio da 
legalidade, julgue os itens seguintes. 
1- Consoante entendimento do STF, em face ao princípio da legalidade, é 
inadmissível medida provisória em matéria penal, mesmo tratando-se de normas 
penais benéficas, que visem abolir crimes ou lhes restringir o alcance, extinguir 
ou abrandar pena ou, ainda, ampliar os casos de isenção de pena ou extinção 
de punibilidade. 
 
1.1.2 – Da territorialidade e extraterritorialidade 
 
3- (CESPE/PROCURADOR/ASSITENCIA/DF/2007)7 - Acerca da ação penal nos 
crimes contra os costumes, julgue os itens a seguir. 
1- Na aplicação da lei brasileira aos crimes praticados por estrangeiro contra 
brasileiro fora do Brasil, exige-se a requisição do ministro da Justiça, como 
condição de procedibilidade. 
 
4- (CESPE/JUIZ/SERGIPE/2004) 40 - Quanto à aplicação da lei penal no 
espaço, julgue os itens subseqüentes. 
1- O princípio básico que norteia a aplicação da lei penal brasileira é o da 
territorialidade temperada. 
 
1.1.3 – Das imunidades. 
 
5- (CESPE/OAB/2006) - De acordo com jurisprudência do STJ e do STF, 
assinale a opção correta. 
1 Relativamente ao advogado, a imunidade profissional contemplada na 
Constituição Federal é absoluta, não sofrendo restrições legais. 
 
6- (CESPE/MP/MT/2005) Quanto às imunidades diplomáticas e parlamentares 
do concurso de crimes e do crime continuado, julgue os itens a seguir. 
 
1- Considere a seguinte situação hipotética. Um vereador do município de 
Angélica – MS, durante uma palestra que ministrava em uma faculdade em 
Campo Grande – MS sobre o sistema prisional brasileiro, ofendeu a honra 
objetiva do prefeito de Bonito – MS. Nessa situação, de acordo com o 
entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em face da imunidade 
material, o vereador não responderá pelo crime contra a honra. 
 
 
7 (CESPE/MP/TO/2006) Sobre o inquérito policial, assinale a opção incorreta. 
1- A No caso de crime sujeito à ação penal pública condicionada, a requisição do ministro da Justiça ou a 
representação do ofendido para instauração do inquérito é condição de procedibilidade: sem ela, a autoridade policial 
não pode dar início ao inquérito. 
Item – Certo (Observar a resolução mais adiante – questão 8 de processo penal). 
 
Hi
ra
n 
de
 S
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CP
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27
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H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4
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CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS (PARTE GERAL) 
QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE 
PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI 
 
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7- (CESPE/DELEGADO/FEDERAL/2002) Em cada um dos itens subseqüentes, 
é apresentada uma situação hipotética relativa à aplicação da lei penal no 
espaço, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
 
1- Whesley, cônsul honorário no Brasil do país BBB, exasperou-se com a 
secretária no consulado daquela República por causa de um ex-namorado dela, 
tendo-a constrangido, mediante violência, a manter com ele conjunção carnal e 
cópula anal. Nessa situação, pelo fato de o autor dos eventos ser funcionário 
consular, aplicarse-á a lei do país BBB. 
 
 
Gabarito 
 
 
Direito Penal: 
 
1. C 
2. C 
3. C 
4. C 
5. E 
6. E 
7. E

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