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Aula 06

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Aula 6 - Do concurso de pessoas. 
 
DAS QUESTÕES 
QUESTÃO 35 
(CESPE/DELEGADO/PB/2009/Adaptada) 35 - A respeito de tipicidade, ilicitude e 
culpabilidade, julgue o item. 
1- A participação, no concurso de pessoas, é considerada hipótese de tipicidade mediata ou 
indireta. 
 
(CESPE/DELEGADO/PB/2009/Adaptada) 36 - Acerca das excludentes de culpabilidade, da 
imputabilidade e do concurso de pessoas, julgue os itens. 
2- Dividem-se os crimes em monossubjetivo e plurissubjetivo, sendo que somente neste 
último pode ocorrer concurso de pessoas. 
 
(CESPE/DELEGADO/PB/2009/Adaptada) 36 - Acerca das excludentes de culpabilidade, da 
imputabilidade e do concurso de pessoas, julgue os itens. 
3- A participação de menor importância configura exceção à teoria monista, adotada pelo CP 
quanto ao concurso de pessoas. 
 
(CESPE/PC/ES/AGENTE/2009) - À luz da jurisprudência e doutrina dominantes, julgue os 
itens de 71 a 75 quanto aos crimes de abuso de autoridade. 
4- Nos termos da lei que incrimina o abuso de autoridade, o sujeito ativo do crime é aquele 
que exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou militar, ainda que 
transitoriamente e sem remuneração. À vista disso, afasta-se a possibilidade de concurso de 
pessoas em tais delitos, quando o co-autor ou partícipe for um particular. 
 
 
(CESPE/137OAB/SP/2009) 43 - Acerca do concurso de pessoas, assinale a opção correta 
em conformidade com o CP. 
5- Se algum dos concorrentes tiver optado por participar de crime menos grave, ser-lhe-á 
aplicada a pena deste, a qual, entretanto, será aumentada, nos termos da lei, na hipótese de 
ter sido previsível o resultado mais grave. 
 
(CESPE/137OAB/SP/2009) 43 - Acerca do concurso de pessoas, assinale a opção correta 
em conformidade com o CP. 
6- As circunstâncias e as condições de caráter pessoal não se comunicam, mesmo quando 
elementares do crime. 
 
 
(CESPE/137OAB/SP/2009) 43 - Acerca do concurso de pessoas, assinale a opção correta 
em conformidade com o CP. 
7- O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em 
contrário, são puníveis, mesmo se o crime não chegar a ser tentado1. 
 
1 (CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007/Adaptada) À luz do entendimento doutrinário dominante, julgue o item no que 
concerne ao concurso de pessoas. 
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ESTÃO 44 
(CESPE/TJDF/NOTÁRIOS/2008/Adaptada) A respeito do concurso de pessoas nos crimes 
patrimoniais, julgue o item: 
8- A causa de aumento de pena pelo concurso de pessoas no crime de roubo não se aplica 
ao crime de furto, ainda que seja considerada mais benéfica ao réu, tendo em vista que, em 
relação ao furto, há previsão legal específica de aumento de pena. 
 
(CESPE/PROMOTOR/RORAIMA/2008) julgue os seguintes itens, referentes à aplicação da 
lei penal no espaço e ao concurso de agentes. 
9- No tocante à participação, o CP adota o critério da hiperacessoriedade, razão pela qual, 
para que o partícipe seja punível, será necessário se comprovar que ele concorreu para a 
prática de fato típico e ilícito2. 
 
(CESPE/PROMOTOR/RORAIMA/2008) julgue os seguintes itens, referentes à aplicação da 
lei penal no espaço e ao concurso de agentes. 
10- Na conivência ou na participação negativa, não há a possibilidade de punição do agente, 
ao contrário do que ocorre na participação por omissão, em que o agente poderá ser punido 
se não agir para evitar o resultado. 
 
(CESPE/PROMOTOR/RORAIMA/2008) julgue os seguintes itens, referentes à aplicação da 
lei penal no espaço e ao concurso de agentes. 
11- Ocorre a co-autoria sucessiva quando, após iniciada a conduta típica por um único 
agente, houver a adesão de um segundo agente à empreitada criminosa, sendo que as 
condutas praticadas por cada um, dentro de um critério de divisão de tarefas e união de 
desígnios, devem ser capazes de interferir na consumação da infração penal. 
 
 
(CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008) No que se refere à aplicação da lei penal no espaço 
e ao concurso de agentes, assinale a opção correta. 
12- Considere a seguinte situação hipotética. Gildo e Jair foram denunciados pelo MP. 
Segundo a inicial acusatória, Gildo teria sido partícipe do crime, pois teria dirigido veículo em 
fuga, enquanto Jair desferia dez disparos de arma de fogo em direção a Eduardo. Por 
 
1- O ajuste, a determinação, a instigação ou o auxílio são sempre puníveis sob a forma de participação, mesmo que o delito 
não chegue à fase de execução. 
Item 1 – incorreto. 
 
2 (CESPE/TJ/PI/JUIZ/OUT/2007) No concurso de pessoas, há quatro teorias que explicam o tratamento da acessoriedade 
na participação. De acordo com a teoria da hiperacessoriedade, para se punir a conduta do partícipe, é preciso que o fato 
principal seja 
I típico. 
II antijurídico. 
III culpável. 
IV punível. 
A quantidade de itens certos é igual a 
A 0. 
B 1. 
C 2. 
D 3. 
E 4. 
Gabarito:E 
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circunstâncias alheias à vontade dos agentes, consistente no erro de pontaria de Jair, 
Eduardo não faleceu. Entretanto, Jair foi absolvido pelo júri, tendo os jurados decidido, por 
maioria, que ele não produziu os disparos mencionados na denúncia. Nessa situação 
hipotética, é válida a condenação de Gildo em júri posterior, tendo em vista que o CP adotou, 
quanto ao concurso de agentes, a teoria da acessoriedade limitada. 
 
 
(CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008) No que se refere à aplicação da lei penal no espaço 
e ao concurso de agentes, assinale a opção correta. 
13- Segundo a teoria monista ou unitária, adotada pelo CP, todos os co-autores e partícipes 
respondem por um único crime, na medida de sua culpabilidade. Entre as modalidades de 
participação, a doutrina reconhece a possibilidade da participação por omissão, desde que o 
partícipe tenha o dever jurídico de impedir o resultado da conduta. 
 
 
(CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Com base na parte geral do direito penal, julgue os 
itens abaixo. 
14- Em caso de concurso de pessoas para a prática de crime, se algum dos concorrentes 
participar apenas do crime menos grave, será aplicada a ele a pena relativa a esse crime, 
mesmo que seja previsível o resultado mais grave. 
 
(CESPE/DELEGADO/TO/2008/adaptada) Julgue o item. 
15- Quem, de forma consciente e deliberada, se serve de pessoa inimputável para a prática 
de uma conduta ilícita é responsável pelo resultado na condição de autor mediato. 
 
(CESPE/PMVITÓRIA/PROCURADOR/2007)Acerca da parte geral do Código Penal, julgue 
os itens seguintes. 
16- Constituem requisitos caracterizadores do concurso de pessoas a pluralidade de 
condutas, o nexo de causalidade, o vínculo subjetivo e a identidade de infração. 
 
(CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007) À luz do entendimento doutrinário dominante, 
julgue o item no que concerne ao concurso de pessoas. 
17- Não há impedimento jurídico ao reconhecimento da co-autoria em crime culposo, pois os 
que de qualquer modo colaboram para a ocorrência do resultado praticam, sempre, ato de 
execução culposo, incidindo nas mesmas penas ao delito cominadas. 
 
(CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007/Adaptada) À luz do entendimento doutrinário 
dominante, julgue o item no que concerne ao concurso de pessoas. 
18- Para a existência do concurso de pessoas, é necessário o ajuste prévio ou concomitante 
com o crime por parte dos agentes. A simples consciência de estar contribuindo para a ação 
delituosa não cria o vínculo subjetivo que dá ao delito o caráter único. 
 
(CESPE/TC/GOIAS/MP/2007) 16-43- Julgue os itens a seguir, concernentes às espécies de 
dolo e ao concurso de pessoas. 
19- É possível a participação em crime omissivo puro, ocorrendo o concurso de agentes por 
instigação ou determinação. 
TÃO 44 
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(CESPE/TRF5/JUIZ/2006) Julgue os itens seguintes, com relação ao direito penal, 
considerando o entendimento do STJ e do STF. 
20- Considere a seguinte situação hipotética. Antônio, querendo a morte de José, instigou 
Carlos a matá-lo. Carlos, que já havia cogitado do fato, ficou dominado por ódio mortal por 
tudo que Antônio disse de José. Carlos, então, dirigiu-se à casa de José e lá resolveu levar a 
cabo sua intenção criminosa, matando-o. Nessa situação, ambos responderão por homicídio 
em co-autoria. 
 
(CESPE/MP/MT/2005) Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma situação 
hipotética acerca de direito penal, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
21- José e João, previamente ajustados e com unidade de desígnios, subtraíram de uma 
agência bancária, mediante grave ameaça exercida com armas de fogo, R$ 50 mil em 
dinheiro. Quando saíam da agência, um segurança do banco reagiu e foi morto com um tiro 
desfechado por José. Nessa situação, apesar de José ter sido o autor do disparo fatal, 
ambos os agentes responderão pelo crime de latrocínio, em concurso de pessoas. 
 
(CESPE/AGU/2002) 61- Em cada um dos itens seguintes, é apresentada uma situação 
hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
22- Um advogado induziu e orientou testemunhas a prestarem falso testemunho em juízo, 
fazendo afirmações falsas a respeito de fatos juridicamente relevantes para a solução de 
uma lide envolvendo a posse de um imóvel. Nessa situação e de acordo com o STF, o 
advogado responderá, em tese, pelo crime de falso testemunho, em concurso de pessoas. 
 
(CESPE/SEJUS/ES/2007) Julgue os itens a seguir, relativos a direito penal. 
23- Considere que uma empregada doméstica perceba que um conhecido ladrão está 
rondando a casa em que ela trabalha e que, para se vingar do patrão, ela deixe, 
deliberadamente, a porta da residência aberta, facilitando a entrada do meliante e a prática 
do furto. Nesse caso, não haverá concurso de pessoas, e a empregada doméstica não 
responderá pelo furto, pois o ladrão desconhecia a sua colaboração. 
 
(CESPE/DELEGADO-ESPSANTO/2006) Em cada um dos itens a seguir é apresentada uma 
situação hipotética acerca das normas pertinentes à parte geral do Código Penal seguida de 
uma assertiva a ser julgada. 
24- Antônio, com 43 anos de idade, idealizou e planejou a subtração de jóias de uma grande 
joalheria, traçando as coordenadas da ação com Marcos e Alexandre, para os quais forneceu 
um veículo e as ferramentas a serem utilizadas na empreitada criminosa. Na data 
combinada, Marcos e Alexandre executaram com êxito o furto, logrando subtrair um grande 
número de jóias de elevado valor comercial, as quais foram devidamente repartidas entre os 
três indivíduos. Após intensa investigação, a polícia identificou a autoria do crime, indiciando 
Antônio, Marcos e Alexandre em sede de Inquérito Policial. Nessa situação, é correto afirmar 
que houve concurso de pessoas para a realização da figura típica, devendo Antônio 
responder como partícipe e Marcos e Alexandre como co-autores do delito. 
 
DO GABARITO 
 
 
1. Certo 
2. Errado 
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3. Errado 
4. Errado 
5. Certo 
6. Errado 
7. Errado 
8. Certo 
9. Errado 
10. Certo 
11. Certo 
12. Errado 
13. Certo 
14. Errado 
15. Certo 
16. Certo 
17. Errado 
18. Errado 
19. Certo 
20. Errado 
21. Certo 
22. Certo 
23. Errado 
24. Certo 
 
DA RESOLUÇÃO. 
QUESTÃO 35 
(CESPE/DELEGADO/PB/2009/Adaptada) 35 - A respeito de tipicidade, 
ilicitude e culpabilidade, julgue o item. 
1- A participação, no concurso de pessoas, é considerada hipótese de 
tipicidade mediata ou indireta. 
 
Item 1 – correto. 
Resolução: 
 
 
A tipicidade formal – considerada como a subsunção do fato ao modelo de conduta descrita 
no tipo penal -, além da tipicidade material, constitui pressuposto necessário para que 
tenhamos um fato típico. A tipicidade formal, segundo a doutrina, poderá ser direta ou 
indiretamente. 
 
Há tipicidade direta ou imediata quando o fato social se ajusta diretamente ao fato abstrato 
(tipo). É o que se dará com o crime consumado e com a autoria. Nesta, a conduta do sujeito 
se ajusta perfeitamente ao modelo descrito na lei, já que, para a doutrina, autoria haverá 
quando o agente pratica a conduta descrita no núcleo (verbo) do tipo. 
 
A tipicidade indireta, por sua vez, ocorrerá quando o ajuste do fato social ao fato abstrato se 
der de forma mediata. Aqui, a tipicidade dependerá de uma norma de extensão. É o que 
ocorre com o crime tentado (artigo 14, II, do CP) e com a participação (artigo 29 do CP). 
Nesta, o sujeito não pratica a conduta descrita no tipo, mas sim colabora de qualquer modo. 
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No caso da participação (colaboração sem realização do verbo), a tipicidade é, pela doutrina, 
considerada mediata ou indireta. 
 
(CESPE/DELEGADO/PB/2009/Adaptada) 36 - Acerca das excludentes de 
culpabilidade, da imputabilidade e do concurso de pessoas, julgue os itens. 
2- Dividem-se os crimes em monossubjetivo e plurissubjetivo, sendo que 
somente neste último pode ocorrer concurso de pessoas. 
 
Item 2 – incorreto. 
Resolução: 
 
De acordo com a doutrina, os crimes podem ser classificados em: 
 
1- Crimes coletivos ou plurissubjetivos. 
 
São aqueles que exigem, como elementar, o concurso de mais de um agente. É o que se dá 
com o crime de quadrilha ou bando (artigo 288 do CP). 
 
2- Crimes unilaterais ou unissubjetivos ou monossubjetivos. 
 
São aqueles que, de acordo com sua descrição, podem ser praticados por uma só pessoa. É 
o que ocorre com a maioria dos ilícitos, como: estelionato, furto, homicídio etc. 
 
O certo é que em ambos os casos é possível o concurso de pessoas, especialmente na 
espécie participação. Não se pode, assim, concluir que somente os monossubjetivos 
permitem o concurso de pessoas. 
 
O crime de quadrilha ou bando (artigo 288 do CP), exemplo de crime plurissubjetivo, permite 
a participação. É o que se dará quando o sujeito, apesar de não participar da reunião, 
colabora de qualquer modo para a sua realização. 
 
 
Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o 
fim de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de um a três anos. (Vide Lei 8.072, de 25.7.1990) 
Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é 
armado. 
 
 
(CESPE/DELEGADO/PB/2009/Adaptada) 36 - Acerca das excludentes de 
culpabilidade, da imputabilidade e do concurso de pessoas, julgue os itens. 
3- A participação de menor importância configura exceção à teoria monista, 
adotada pelo CP quanto ao concurso de pessoas. 
 
Item 3 – incorreto. 
Resolução: 
 
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7
Segundo a teoria monista ou unitária, todos que colaboram para o ilícito cometem o 
mesmo crime. Assim, o autor – que realiza o verbo descrito no tipo – e o partícipe – aquele 
que colabora de qualquer modo – responderão pelo mesmo crime. 
 
O certo, no entanto, é que, apesar de responderem pelo mesmo crime, poderão sofrer penas 
distintas, já que, ao aplicar a pena, o magistrado deverá dispensar atenção à culpabilidade 
de cada um dos agentes. 
 
Ao reconhecer o magistrado, por exemplo, que um dos sujeitos teve participação de menor 
importância, impõe-se o dever de aplicar a pena nos moldes do artigo 29, parágrafo 1º, do 
CP, apesar de, em respeito à teoria monista, responsabilizá-lo pelo mesmo crime que os 
demais. 
 
Regras comuns às penas privativas de liberdade 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a 
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída 
de um sexto a um terço. 
 
A participação de menor importância não constitui de modo algum exceção à teoria monista 
ou unitária, mas sim sua reafirmação, pois pelo mesmo crime dos demais o sujeito sofrerá 
pena diminuída de 1/6 a 1/3. 
 
 
(CESPE/PC/ES/AGENTE/2009) - À luz da jurisprudência e doutrina 
dominantes, julgue os itens de 71 a 75 quanto aos crimes de abuso de 
autoridade. 
4- Nos termos da lei que incrimina o abuso de autoridade, o sujeito ativo do 
crime é aquele que exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil 
ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. À vista disso, 
afasta-se a possibilidade de concurso de pessoas em tais delitos, quando o 
co-autor ou partícipe for um particular. 
 
Item 4 – incorreto. 
Resolução: 
 
De acordo com o artigo 5º da Lei 4.898/65, considera-se autoridade, para os efeitos de 
incidência do crime de abuso de autoridade, quem exerce cargo, emprego ou função 
pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. 
 
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem 
exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou 
militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. 
 
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8
O conceito legal é absolutamente assemelhado àquele do artigo 327 do CP. A equiparação 
do parágrafo 1º do artigo 327 do CP3 não se aplica ao conceito de autoridade do artigo 5º da 
Lei 4.898/65. 
 
No artigo 5º da Lei 4.898/65, há a definição legal do sujeito ativo do crime de abuso de 
autoridade. É certo, no entanto, que, apesar de ser crime próprio, o abuso de autoridade 
admite a co-autoria e a participação de terceiro que não detenha a qualidade de 
autoridade. Em ambos os casos, todavia, é necessário que o terceiro conheça a condição 
de autoridade do autor (artigo 30 do CP). 
 
É o que se dá, por exemplo, quando José, policial militar, e Antônio, comerciante, 
resolvem prender Pedro por crime de furto sem obediência às formalidades 
legais. Antônio responderá por abuso de autoridade em co-autoria com José. 
 
 
(CESPE/137OAB/SP/2009) 43 - Acerca do concurso de pessoas, assinale a 
opção correta em conformidade com o CP. 
5- Se algum dos concorrentes tiver optado por participar de crime menos 
grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste, a qual, entretanto, será aumentada, 
nos termos da lei, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
 
Item 5 – correto. 
Resolução: 
 
A questão trata da participação em crime diverso do pretendido. Neste caso, aplicar-se-á a 
regra inserta no artigo 29, parágrafo 2º, do CP. 
 
Regras comuns às penas privativas de liberdade 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a 
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na 
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
 
 
Exemplo clássico é do sujeito que pretende colaborar com o furto (artigo 155 do CP) e o 
autor pratica crime de roubo (artigo 157 do CP). Neste caso, aquele que queria participar do 
 
3 Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, 
exerce cargo, emprego ou função pública. 
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal. 
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha 
para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração 
Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de 
cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia 
mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980) 
 
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9
furto deverá responder por este crime (furto), sendo certo que, se previsível o roubo, a pena 
do furto deverá ser aumentada da metade. 
 
Assim, devemos concluir que o sujeito que quis participar de crime menos grave deverá ser 
apenado por este e, caso previsível o resultado mais grave, sua pena deverá ser aumentada. 
Jamais se aplicará a pena do crime mais grave e que de fato ocorreu. 
 
 
(CESPE/137OAB/SP/2009) 43 - Acerca do concurso de pessoas, assinale a 
opção correta em conformidade com o CP. 
6- As circunstâncias e as condições de caráter pessoal não se comunicam, 
mesmo quando elementares do crime. 
 
Item 6 – incorreto. 
Resolução: 
 
A questão é resolvida pelo disposto no artigo 30 do CP. Segundo o legislador as elementares 
sempre se comunicarão, inclusive quando de caráter pessoal. Já as circunstâncias pessoais 
não se comunicarão. 
 
Circunstâncias incomunicáveis 
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter 
pessoal, salvo quando elementares do crime. 
 
De acordo com a doutrina as elementares são aqueles elementos absolutamente 
necessários para que o crime exista. Exemplo de elementar é a coisa alheia no crime de 
furto (artigo 155 do CP), pois não existirá o furto se a subtração não for de coisa de outrem. 
As circunstâncias, por sua vez, não os elementos que podem existir ou não, o que não 
interfere na existência do crime. Exemplo é o rompimento de obstáculo ou escalada no furto. 
Apesar de tais circunstância motivarem a aplicação de pena mais severa não necessitam 
existir para que tenhamos o crime de furto. 
 
Há elementares e circunstâncias de caráter pessoal. Aquelas se comunicam ao partícipe, 
estas não. A reincidência, por exemplo, por ser uma circunstância de caráter pessoal não se 
comunica ao partícipe. Já a condição de funcionário público, nos crimes funcionais 
(elementar pessoal) se comunicará àquele que não é funcionário público, desde que conheça 
tal condição. 
 
Então, podemos dizer que a expressão final “mesmo quando elementares do crime” contida 
na parte final da questão, levou à sua incorreção. 
 
(CESPE/137OAB/SP/2009) 43 - Acerca do concurso de pessoas, assinale a 
opção correta em conformidade com o CP. 
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7- O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição 
expressa em contrário, são puníveis, mesmo se o crime não chegar a ser 
tentado4. 
 
Item 7 – incorreto. 
Resolução: 
 
A questão trata da participação, ou seja, de uma espécie de concurso de agentes. Sabemos 
diante do que foi comentado nas questões anteriores, que o concurso de pessoas poderá se 
dar através da co-autoria e da participação. 
 
A participação ocorrerá quando o sujeito adere à vontade do autor, e com isso colabora 
para a prática do fato típico sem, contudo, realizar a conduta descrita no tipo.É o que ocorre 
com aquele que, conscientemente, cede a arma de fogo para que outrem venha a cometer o 
homicídio. 
 
Não se pode deixar de dizer que a participação poderá se dar, de acordo com o legislador, 
através do ajuste, da determinação, da instigação ou do auxílio (artigo 31 do CP). 
 
Para Nucci5, 
 
Ajuste é o acordo ou pacto celebrado entre pessoas; determinação é a 
decisão tomada para alguma finalidade; instigação é a sugestão ou estímulo à 
realização de algo e auxílio é a ajuda ou a assistência dada a alguém. 
 
Ainda de acordo com o legislador, a participação deixará de ser punível se o crime não 
chega ao menos a ser tentado. Assim, se tentativa não houve não há participação punível. 
 
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio,salvo disposição expressa 
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
A participação é conduta acessória. Portanto, sua punibilidade dependerá de o autor praticar 
o crime ao menos na forma tentada. 
 
A questão trata da participação em crime cuja execução não se iniciou. Para que o crime 
seja tentado é necessário: início de execução e não consumação por circunstâncias 
alheias à vontade do agentes (artigo 14 do CP). 
 
Se a participação só é punível se o crime for ao menos tentado e, para que o crime seja 
tentado, é necessário que se tenha o início de execução, devemos concluir que se não 
houver início de execução a participação será impunível. 
 
4 (CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007/Adaptada) À luz do entendimento doutrinário dominante, julgue o item no que 
concerne ao concurso de pessoas. 
1- O ajuste, a determinação, a instigação ou o auxílio são sempre puníveis sob a forma de participação, mesmo que o delito 
não chegue à fase de execução. 
Item 1 – incorreto. 
 
5 Nucci – Guilherme de Souza – Manual de Direito Penal – Parte Geral – Editora RT. 
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11
 
Exemplo: 
 
Antônio induz Caio a matar José. Caio, então, saca a arma de fogo, aponta-a a 
José, mas não aciona o disparo. Guardada a arma no bolso, sem que o disparo 
viesse a ser acionado, não se pode dizer que houve início de execução. Com isso, 
a colaboração de Antônio é impunível. 
 
A doutrina em sua unanimidade afirma que a participação só será punível se houver início de 
execução, já que este é um dos requisitos indispensáveis para que haja o crime tentado. 
 
ESTÃO 44 
(CESPE/TJDF/NOTÁRIOS/2008/Adaptada) A respeito do concurso de 
pessoas nos crimes patrimoniais, julgue o item: 
8- A causa de aumento de pena pelo concurso de pessoas no crime de roubo 
não se aplica ao crime de furto, ainda que seja considerada mais benéfica ao 
réu, tendo em vista que, em relação ao furto, há previsão legal específica de 
aumento de pena. 
 
Item 8 – correta. 
Resolução: 
 
O concurso de pessoas no crime de furto figura como qualificadora (artigo 155, parágrafo 4º, 
IV, do CP), já no roubo (artigo 157, parágrafo 2º, II, do CP) é uma causa de aumento de 
pena. 
 
Furto 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o 
repouso noturno. 
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz 
pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois 
terços, ou aplicar somente a pena de multa. 
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que 
tenha valor econômico. 
Furto qualificado 
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é 
cometido: 
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; 
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; 
III - com emprego de chave falsa; 
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
 
Roubo 
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12
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, 
reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, 
emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a 
impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. 
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
 
De fato, em algumas hipóteses pode-se dizer que a pena do furto (artigo 155 do CP) poderá 
ser fixada em patamar mais elevado que aquela finalmente estabelecida para o roubo (artigo 
157 do CP). 
 
Pensemos que a um fato, o magistrado aplique a pena máxima do furto qualificado pelo 
concurso de pessoas (Reclusão de 8 anos e multa) e noutro caso venha aplicar a pena 
mínima do roubo agravado pelo concurso de agentes (reclusão 4 anos + 1/3 = 5 anos e 04 
meses e multa). Portanto, podemos ver que da aplicação da pena, ao furto é possível a 
apenação mais severa. 
 
Neste caso, por ser mais benéfica não se poderá ao furto qualificado aplicar a pena do roubo 
agravado, já que ao furto há previsão legal de pena. 
 
(CESPE/PROMOTOR/RORAIMA/2008) julgue os seguintes itens, referentes à 
aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes. 
9- No tocante à participação, o CP adota o critério da hiperacessoriedade, 
razão pela qual, para que o partícipe seja punível, será necessário se 
comprovar que ele concorreu para a prática de fato típico e ilícito6. 
 
Item 9 – incorreto. 
Resolução: 
 
A participação está vinculada a uma conduta principal. Assim, só será punível se unida a um 
fato principal: a conduta do autor. Não existirá participação sem que se tenha a conduta do 
autor. A acessoriedade da participação em relação à conduta do autor é evidente. 
 
6 (CESPE/TJ/PI/JUIZ/OUT/2007) No concurso de pessoas, há quatro teorias que explicam o tratamento da acessoriedade 
na participação. De acordo com a teoria da hiperacessoriedade, para se punir a conduta do partícipe, é preciso que o fato 
principal seja 
I típico. 
II antijurídico. 
III culpável. 
IV punível. 
A quantidade de itens certos é igual a 
A 0. 
B 1. 
C 2. 
D 3. 
E 4. 
Gabarito: E 
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No entanto, há grande controvérsia acerca da extensão desta acessoriedade. Daí, surgirem 
várias teorias (alguns chamam de princípios) que buscam explicar a punibilidade da 
participação. São elas: 
 
 acessoriedade mínima.De acordo coma teoria da acessoriedade mínima, a participação será punível quando a 
conduta do autor constituir fato típico, mesmo que não seja dotada de antijuridicidade. 
Portanto, em caso de legítima defesa, o partícipe será punido e o autor, que praticou um fato 
típico carente de antijuridicidade, não sofrerá aflição penal, pois sua conduta não constitui 
crime. Assim, na acessoriedade mínima, basta, para a punição do partícipe, que a 
conduta do autor seja típica. 
 
 Acessoriedade limitada. 
 
Já na acessoriedade limitada, a punibilidade da participação dependerá de a conduta do 
autor constituir um fato típico dotado de antijuridicidade. Portanto, quando presente qualquer 
excludente da ilicitude (legitima defesa, por exemplo), a conduta do partícipe não será 
punível. Aqui, não basta a tipicidade da conduta do autor. Necessária, ainda, a 
antijuridicidade. 
 
 Acessoriedade extrema. 
 
A participação, à luz da acessoriedade extrema, será punível se o comportamento do 
autor for dotado de tipicidade, antijuridicidade e culpabilidade. Assim, não será punível 
o partícipe quando o autor não possuir – por doença mental, por exemplo – culpabilidade, 
apesar de ter realizado um fato típico e antijurídico. 
 
 Hiperacessoriedade. 
 
Adotada a hiperacessoriedade, a conduta do partícipe só será punível se o 
comportamento do autor for típico, antijurídico, culpável e punível. Segundo a 
hiperacessoriedade, até mesmo as causas de atenuação e agravantes aplicáveis ao autor 
(reincidência, por exemplo) se comunicarão ao partícipe. Este não será punível quando, por 
qualquer circunstância – prescrição, por exemplo – estiver, em relação à conduta do autor, 
extinta a punibilidade. 
 
O Código penal adotou, em detrimento das demais, a teoria da acessoriedade limitada. A 
questão se mostra correta em sua substância, mas incorre em erro ao afirmar que a 
dependência de fato típico e antijurídico constitui hiperacessoriedade. Trata-se de fato de 
acessoriedade limitada. 
 
(CESPE/PROMOTOR/RORAIMA/2008) julgue os seguintes itens, referentes à 
aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes. 
10- Na conivência ou na participação negativa, não há a possibilidade de 
punição do agente, ao contrário do que ocorre na participação por omissão, 
em que o agente poderá ser punido se não agir para evitar o resultado. 
 
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Item 10 – correto. 
Resolução: 
 
Para Damásio, no que não é acompanhado por Greco, a colaboração por meio de omissão 
poderá se dar de duas formas: com ou sem o descumprimento do dever de impedir o 
resultado. 
 
Caso o sujeito tenha o dever de impedir o resultado e se abstenha aderindo à vontade do 
autor, responderá como partícipe (participação por omissão). Exemplo: O vigia ao notar que 
determinado sujeito pretende furta a residência deixa a porta aberta para que o furto de 
concretize. 
 
No caso de ausência de dever jurídico de impedir o resultado, a abstenção é conhecida 
como conivência ou participação negativa, o que não é punível. Exemplo: Banhista que deixa 
de prestar socorro a determinada pessoa que vem a falecer em razão do afogamento 
responderá não como partícipe no homicídio, mas sim como autor de omissão de socorro. 
 
Portanto, na conivência ou participação negativa (ausência de dever de agir) não há 
possibilidade de punição do agente, já na participação por omissão (dever de agir) a punição 
se impõe. 
 
 
(CESPE/PROMOTOR/RORAIMA/2008) julgue os seguintes itens, referentes à 
aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes. 
11- Ocorre a co-autoria sucessiva quando, após iniciada a conduta típica por 
um único agente, houver a adesão de um segundo agente à empreitada 
criminosa, sendo que as condutas praticadas por cada um, dentro de um 
critério de divisão de tarefas e união de desígnios, devem ser capazes de 
interferir na consumação da infração penal. 
 
Item 11 – correto. 
Resolução: 
 
Ocorrerá a co-autoria sucessiva quando, após o início da execução, determinado sujeito 
venha a aderir à conduta e passa a praticar atos que indiquem autoria. 
 
Exemplo: Determinado sujeito passa a agredir determinada pessoa que se achava em 
combate corporal com outra pessoa. As agressões físicas já estavam ocorrendo e o sujeito 
ingressa para ajudar um companheiro. Há, neste caso, co-autoria sucessiva. 
 
Segundo a doutrina, o co-autor sucessivo responderá pela infração penal a que tiver aderido 
(em andamento), desde que todos os acontecimentos anteriores tenham ingressado na 
esfera de seu conhecimento. Caso contrário, responderá pelos eventos supervenientes à sua 
entrada na empreitada. 
 
(CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008) No que se refere à aplicação da lei 
penal no espaço e ao concurso de agentes, assinale a opção correta. 
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12- Considere a seguinte situação hipotética. Gildo e Jair foram denunciados 
pelo MP. Segundo a inicial acusatória, Gildo teria sido partícipe do crime, pois 
teria dirigido veículo em fuga, enquanto Jair desferia dez disparos de arma de 
fogo em direção a Eduardo. Por circunstâncias alheias à vontade dos agentes, 
consistente no erro de pontaria de Jair, Eduardo não faleceu. Entretanto, Jair 
foi absolvido pelo júri, tendo os jurados decidido, por maioria, que ele não 
produziu os disparos mencionados na denúncia. Nessa situação hipotética, é 
válida a condenação de Gildo em júri posterior, tendo em vista que o CP 
adotou, quanto ao concurso de agentes, a teoria da acessoriedade limitada. 
 
Item 12 – incorreto. 
REsolução. 
 
O concurso de pessoas se manifesta através da co-autoria ou da participação. A co-autoria 
nada mais é que a realização do tipo penal por vários autores (todos realizam o comando – 
verbo – do tipo) com vínculo subjetivo. Já a participação se manifesta através da prática de 
qualquer ato de colaboração para a empreitada criminosa, desde que não seja a realização 
do verbo. 
 
O certo é que a conduta do partícipe só será punível se o autor iniciar os atos de execução. 
Assim, se empresto a arma de fogo (participação por meio de auxilio material) para que 
outrem cometa um homicídio, só serei responsabilizado a partir do momento em que o autor 
realizar o primeiro ato de execução. Caso não o faça, não serei responsabilizado. 
 
Notamos, então, que a punibilidade do partícipe é acessória em relação à do autor. Portanto, 
para a punibilidade do partícipe adota-se a teoria da acessoriedade. Qual, entretanto, 
seria a extensão da acessoriedade? 
 
 Para que o partícipe seja responsabilizado basta que o autorrealize uma conduta típica (fato 
típico) ou, além disso, é necessário que o fato seja ilícito; ou , ainda, além de ser um fato 
típico, ilícito (antijurídico), é necessário que seja culpável? 
 
De acordo com a doutrina, a responsabilização do partícipe se dará desde que o autor 
realize um fato típico e antijurídico. Com isso, diz-se que a acessoriedade é limitada. No 
caso em tela, como o autor foi absolvido por não ter sido ele o executor dos disparos, é certo 
que não praticou um fato típico. Se não houve a prática de fato típico pelo autor, não há 
como responsabilizar o partícipe por ter colaborado para o crime, já que a sua punibilidade, 
adotada a teoria da acessoriedade limitada, depende de o autor ter praticado um fato 
típico e ilícito. A incorreção da alternativa decorre da afirmação de que será válida a 
condenação de Gildo pelo Júri. 
 
Em síntese: se Jair não praticou fato típico não há possibilidade de, por participação, 
responsabilizar Gildo, pois sua responsabilização depende de o autor (Jair) ter praticado um 
fato típico e ilícito. 
 
(CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008) No que se refere à aplicação da lei 
penal no espaço e ao concurso de agentes, assinale a opção correta. 
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13- Segundo a teoria monista ou unitária, adotada pelo CP, todos os co-
autores e partícipes respondem por um único crime, na medida de sua 
culpabilidade. Entre as modalidades de participação, a doutrina reconhece a 
possibilidade da participação por omissão, desde que o partícipe tenha o 
dever jurídico de impedir o resultado da conduta. 
 
Item 13 – correto. 
Resolução:. 
 
O CP, em seu artigo 29, ao afirmar que “quem, de qualquer modo, concorre para o crime 
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade”, adotou a teoria 
monista ou unitária. 
 
A teoria pluralista, segundo a qual cada um dos participantes (co-autores ou partícipes) 
responderá por um delito, não foi adotada como regra pelo CP. 
 
A participação, uma das modalidades do concurso de pessoas, se dá quando o sujeito 
colabora de qualquer modo (sem realizar a conduta descrita no tipo penal) para a empreitada 
criminosa. 
 
A doutrina, no entanto, tem admitido a participação por omissão. Esta se dará quando o 
omitente tinha o dever jurídico de agir. No entanto, a conduta descrita no tipo não é praticada 
por ele, mas sim pelo autor. 
 
É o que ocorre quando a empregada doméstica, sabendo que determinado sujeito pretende 
ingressar na casa de seu empregador, deixa a porta aberta para facilitar-lhe a subtração. Por 
ter deixado de cumprir um dever, haverá a responsabilização por ter colaborado mediante 
uma inação. Segundo Capez e Mougenot, “A diferença em relação à conivência é que nesta 
não há o dever jurídico de agir, afastando-se, destarte, a participação” (Fernando 
Capez/Edílson M.Bonfim – Direito Penal – Parte Geral – Editora Saraiva – 2004). 
 
 
(CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Com base na parte geral do direito 
penal, julgue os itens abaixo. 
14- Em caso de concurso de pessoas para a prática de crime, se algum dos 
concorrentes participar apenas do crime menos grave, será aplicada a ele a 
pena relativa a esse crime, mesmo que seja previsível o resultado mais grave. 
 
Item 14 – incorreto. 
Resolução: 
 
A questão é muito interessante. A falta de atenção pode promover o equívoco. Já sabemos, 
pelo que foi explanado anteriormente, que o sujeito será responsabilizado pelo que pretendia 
praticar quando ocorrer resultado mais grave diverso do pretendido (artigo 29, parágrafo 2º, 
do CP). 
 
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17
Na questão, o seu elaborador omite a pretensão do agente, ou seja, não diz se ele queria 
participar de crime menos grave que o efetivamente ocorrido. No entanto, não se da para 
concluir que sua vontade era somente o crime menos grave. 
 
Assim, não podemos dizer que o resultado mais grave seja diverso do pretendido pelo 
agente. A única coisa que sabemos é que o partícipe praticou crime menos grave. Com isso, 
como deverá se dar a aplicação da pena? 
 
Se pretendido crime menos grave, será aplicada a pena deste que poderá, se previsível o 
resultado mais grave, ser acrescida da metade (artigo 29, parágrafo 2º, do CP). 
 
Regras comuns às penas privativas de liberdade 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a 
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na 
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
 
 
Caso, entretanto, tinha a intenção de participar de crime mais grave, mas, por qualquer 
circunstância, ocorreu crime menos grave, não se pode dizer que será aplicada a pena 
deste, mas sim do crime pretendido na forma tentada. 
 
Neste caso, objetivamente o sujeito participou de crime menos grave. No entanto, 
subjetivamente não se pode dizer que tenha havido desvio, o que motivará a aplicação da 
pena do crime mais grave, ainda que não se tenha consumado. 
 
O certo, todavia, que se houver o desvio subjetivo da conduta (resultado diverso do 
pretendido) o sujeito responderá pelo crime que pretendia, e não pelo mais grave, sendo 
certo que, neste caso, se previsível o resultado mais grave a pena deverá ser acrescida da 
metade. 
 
Em síntese: 
 
o Se pretendida o mais grave e ocorreu o menor, será aplicada a pena do crime 
mais grave, ainda que tentado. 
o Caso a pretensão fosse o crime menos grave e tenha ocorrido o mais grave, 
responderá pelo crime menos grave que, se previsível o resultado maior, será 
aumentada da metade. 
 
(CESPE/DELEGADO/TO/2008/adaptada) Julgue o item. 
15- Quem, de forma consciente e deliberada, se serve de pessoa inimputável 
para a prática de uma conduta ilícita é responsável pelo resultado na condição 
de autor mediato. 
 
Item 15 – correto. 
Resolução: 
 
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18
A autoria mediata haverá quando o sujeito se vale de um instrumento para a realização da 
conduta típica. O autor se utiliza de pessoa sem condição de discernimento para a realização 
da figura típica7. No entanto, não só nesse caso haverá a autoria mediata. A doutrina arrola 
casos precisos em que há a autoria mediata. Assim, há autoria mediata: 
 
1- Na utilização de inimputável para a prática delituosa. 
 
É o que ocorre quando o sujeito se vale de menor inimputável para a prática delituosa 
(exemplo: Os menores que servem de “aviõezinhos” para a prática do tráfico ilícito de 
entorpecentes). 
 
2- Na conduta decorrente da prática de coação moral irresistível. 
 
Exemplo clássico é do gerente de determinada agência bancária que, mediante coação 
moral irresistível (seqüestro de familiar próximo), se apropria de grande volume de dinheiro 
depositado no banco em que trabalha. 
 
3- Na conduta decorrente de provocação de erro de tipo. 
 
É o que se dá quando o agente simula uma agressão injusta praticada por outrem contra o 
sujeito e, este, acreditando estar agindo em legítima defesa, mata a vítima por engano, já 
que agressão injusta inexistira. O erro provocado pelo agente motivou o crime. 
 
4- Na conduta praticada em razão de obediência hierárquica. 
 
Exemplo corriqueiro é do policial que, diante de uma ordem não manifestamente ilegal, 
pratica, em obediência a seu superior, conduta delituosa. No caso, o superior que dera ao 
policial ordem não manifestamente ilegal, responderá pelo ato como seu autor mediato. 
 
 
(CESPE/PMVITÓRIA/PROCURADOR/2007)Acerca da parte geral do Código 
Penal, julgue os itens seguintes. 
16- Constituem requisitos caracterizadores do concurso de pessoas a 
pluralidade de condutas, o nexo de causalidade, o vínculo subjetivo e a 
identidade de infração. 
 
Item 16 – correto. 
Resolução: 
 
O concurso de pessoas, também conhecido como concurso de agentes, ocorre quando duas 
ou mais pessoas colaboram para o mesmo crime. Colaborar ou concorrer para o crime é 
praticar ato (moral ou material) que tenha relevância para a perpetração do ilícito. 
 
Há crimes (a grande maioria) que podem ser praticados por uma ou mais pessoas. Estes são 
os crimes de concurso eventual de pessoas. É o caso, por exemplo, do furto (artigo 155 
 
7 Capez – Fernando / Mougenot – Edilson – Direito Penal – Parte Geral – Editora Saraiva. 
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do CP), do homicídio (artigo 121 do CP). Estes crimes são também conhecidos como 
unissubjetivos. 
 
O concurso de pessoas está previsto no artigo 29 do CP, cuja literalidade segue abaixo. 
 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas 
penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser 
diminuída de um sexto a um terço. 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, 
ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até 
metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
 
Notamos que o concurso de pessoas ocorre quando duas ou mais pessoas concorrem 
para o mesmo ilícito. Há, no caso, colaboração de todos para o mesmo ilícito. Assim, 
todos, na medida de sua culpabilidade, responderão pelo mesmo crime. 
 
Para que ocorra a incidência da norma inserta no artigo 29 do CP, necessário que estejam 
presentes os seguintes requisitos: 
 
 Pluralidade de agentes. 
 
O concurso de pessoas só será possível se houver a prática de várias condutas por sujeitos 
distintos. 
 
 Relevância causal. 
 
Relativamente ao ilícito a conduta de todos que colaboram deve ser relevante. Se a 
colaboração é irrelevante, não há o concurso de agentes. Assim, se para o crime de 
homicídio cedo a arma de fogo, mas o sujeito de vale de uma faca, minha colaboração foi 
irrelevante. Portanto, aqui, não se estará diante de um caso de colaboração. 
 
 Liame subjetivo. 
 
Entre os agentes, para que ocorra o concurso de pessoas, necessário o vínculo 
subjetivo, ou seja, o conhecimento por parte de pelo menos um dos sujeitos de que está 
aderindo a vontade do outro. 
 
No caso, não é necessário o conluio, ou seja, o ajuste prévio entre os agentes. Basta, 
entretanto, a simples adesão de um à vontade do outro. 
 
É o que ocorre, por exemplo, quando A, desafeto de B, se coloca em posição para 
matá-lo. C, também inimigo mortal de B, sabendo da vontade de A, adere a ela e 
também se coloca em posição para matar B. Ambos disparam e conseguem o 
objetivo comum: matar B. 
 
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No caso, C cometeu o crime em co-autoria com A, pois aderiu à vontade deste e agiu com o 
intuito de colaborar para que o crime se perpetrasse. 
 
 Identidade de infração. 
 
De acordo com a teoria unitária ou monista, todos que, de algum modo, colaboram para o 
ilícito, responderão por ele, mesmo que isoladamente não tenha sua conduta idoneidade de 
levar à consumação do crime. 
 
Observe o caso de A que, com vontade de matar B, combina com C esperá-lo em 
determinado local. No momento e local entabulados, ambos disparam contra B que é 
atingido por um único projétil. No caso de co-autoria, ambos responderão pelo mesmo crime, 
apesar de um deles ter somente tentado. 
 
(CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007) À luz do entendimento doutrinário 
dominante, julgue o item no que concerne ao concurso de pessoas. 
17- Não há impedimento jurídico ao reconhecimento da co-autoria em crime 
culposo, pois os que de qualquer modo colaboram para a ocorrência do 
resultado praticam, sempre, ato de execução culposo, incidindo nas mesmas 
penas ao delito cominadas. 
 
Item 17 – incorreto. 
Resolução. 
 
 autor é aquele que realiza o núcleo do tipo penal, o verbo inserto no tipo penal. 
 
 Co-autor é aquele que executa, juntamente com o autor, aderindo a seu querer, o verbo 
do tipo penal (autoria em conjunto). 
 
 Partícipe, por sua vez, é aquele que colabora para o ilícito, sem, todavia, realizar a 
conduta descrita no tipo penal. 
 
No crime culposo é possível a autoria colateral, isto é, vários autores sem adesão de um à 
vontade do outro. É o que ocorre quando vários motoristas provocam acidente de trânsito, 
sendo que todos atuaram de forma incauta, sem cautela. Mas, não é isso que nos interessa. 
Aqui, nos interessa saber se é possível a participação no crime culposo. 
 
Partícipe é aquele que colaborapara o ilícito. Se o crime culposo pressupõe resultado não 
querido é possível colaborar para sua efetivação? Acredito que sim. Mas, a colaboração não 
levará à participação e sim à co-autoria. 
 
Observe o caso do motorista que instado por seu acompanhante a imprimir velocidade 
excessiva em seu veículo. É inequívoca a conclusão de que o motorista estará ele agindo 
com falta de cautela. A ausência de cuidado também caracteriza o comportamento de seu 
acompanhante, pois está instigando aquele a ultrapassar o limite de velocidade. Ambos aqui 
incorrerão em crime culposo, se de suas condutas decorra resultado danoso. Mas ambos 
são autores, pois agiram com imprudência. 
 
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Assim, no crime culposo, não se admite a participação, pois quando estivermos diante de 
conduta que denote participação em crime culposo, fala-se em co-autoria. 
 
Segundo o STJ8 
 
“É perfeitamente admissível, segundo o entendimento doutrinário e 
jurisprudencial, a possibilidade de concurso de pessoas em crime culposo, 
que ocorre quando há um vínculo psicológico na cooperação consciente de 
alguém na conduta culposa de outrem. O que não se admite nos tipos 
culposos, ressalve-se, é a participação”. 
 
 
(CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007/Adaptada) À luz do entendimento 
doutrinário dominante, julgue o item no que concerne ao concurso de pessoas. 
18- Para a existência do concurso de pessoas, é necessário o ajuste prévio ou 
concomitante com o crime por parte dos agentes. A simples consciência de 
estar contribuindo para a ação delituosa não cria o vínculo subjetivo que dá ao 
delito o caráter único. 
 
Item 18 – incorreto. 
Resolução. 
 
Entre os agentes, para que ocorra o concurso de pessoas, é necessário o vínculo 
subjetivo, ou seja, o conhecimento por parte de pelo menos um dos sujeitos de que está 
aderindo a vontade do outro. 
 
No caso, não é necessário o conluio, ou seja, o ajuste prévio entre os agentes. Basta, 
entretanto, a simples adesão de um à vontade do outro. 
 
É o que ocorre, por exemplo, quando A, desafeto de B, se coloca em posição para 
matá-lo. C, também inimigo mortal de B, sabendo da vontade de A, adere a ela e 
também se coloca em posição para matar B. Ambos disparam e conseguem o 
objetivo comum: matar B. 
 
No caso, C cometeu o crime em co-autoria com A, pois aderiu à vontade deste e agiu com o 
intuito de colaborar para que o crime se perpetrasse. 
 
Considerando o exemplo exposto, imaginemos que A tenha conseguido alvejar a vítima que 
veio a falecer e que, em contrapartida, C tenha errado o alvo. A questão é saber se houve 
co-autoria ou não. Se C aderiu à vontade de A, é certo que houve co-autoria, oportunidade 
em que ambos responderão pelo crime de homicídio consumado, apesar de C não ter 
acertado o alvo. 
 
O oposto ocorrerá quando C, que aderiu à vontade de A, alveja mortalmente a vítima e A, de 
cuja adesão é desconhecida, não consegue seu intento, ou seja, acertar a vítima. Aqui, só 
 
8 STJ – HC 40474/PR – 5ª Turma – Relatora: Ministra Laurita Vaz – Data do julgamento:06/12/2005. 
 
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responderá pelo resultado morte C, pois A, que não tinha conhecimento da adesão, 
responderá por crime tentado e não consumado. 
 
ATENÇÃO: Assim, o partícipe e o co-autor têm que ao menos aderir à 
vontade do autor. Caso este não conheça a adesão, ou seja, a reunião de 
esforços para o mesmo fim, não responderá pelo resultado que de sua 
conduta não adveio. 
 
 
(CESPE/TC/GOIAS/MP/2007) 16-43- Julgue os itens a seguir, concernentes 
às espécies de dolo e ao concurso de pessoas. 
19- É possível a participação em crime omissivo puro, ocorrendo o concurso 
de agentes por instigação ou determinação. 
TÃO 44 
Item 19 – correto. 
Resolução: 
 
Os crimes omissivos puros são aqueles em que o legislador prevê a abstenção como 
conduta típica. O verbo contido no tipo indica uma omissão. É o que se dá com o crime de 
omissão de socorro (artigo 135 do CP). 
 
Omissão de socorro 
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco 
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, 
ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o 
socorro da autoridade pública: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta 
lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. 
 
É certo que, apesar de o tipo penal prever a omissão como conduta, será possível a 
participação. Esta, como conhecemos, é a colaboração diversa da realização do verbo 
contido no tipo. 
 
A participação será possível, por exemplo, na omissão de socorro quando o sujeito, por 
meio de contato telefônico, induz alguém a deixar de prestar a assistência. 
 
É de se observar que se o sujeito se omite juntamente com outros haverá o crime por meio 
de co-autoria e não participação. No caso, entretanto, do paraplégico que, apesar de não 
poder entrar no mar sem que incorra em risco pessoal, induz o surfista a não prestar socorro 
a quem necessite não haverá co-autoria, mas sim participação em crime omissivo puro. 
 
A participação no crime omissivo puro só será possível se for moral, isto é, por meio de 
induzimento ou determinação e instigação. O induzimento ou determinação ocorrerá 
quando o sujeito faz surgir na mente de outrem a intenção de praticar o crime. A instigação, 
por sua vez, é o ato de incitar ou reforçar a intenção preexistente. 
 
 
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(CESPE/TRF5/JUIZ/2006) Julgue os itens seguintes, com relação ao direito 
penal, considerando o entendimento do STJ e do STF. 
20- Considere a seguinte situação hipotética. Antônio, querendo a morte de 
José, instigou Carlos a matá-lo.Carlos, que já havia cogitado do fato, ficou 
dominado por ódio mortal por tudo que Antônio disse de José. Carlos, então, 
dirigiu-se à casa de José e lá resolveu levar a cabo sua intenção criminosa, 
matando-o. Nessa situação, ambos responderão por homicídio em co-autoria. 
 
Item 20 – incorreto. 
Resolução: 
 
De acordo com o texto, notamos que Antônio não praticou a conduta descrita no tipo, ou 
seja, não pode ser considerado seu autor, mas sim seu partícipe. Carlos, por ter matado, é 
autor do crime de homicídio. 
 
Entre Carlos e Antônio não houve co-autoria, mas sim uma relação em que a conduta de 
Carlos é de autoria (principal) e de Antônio é seu partícipe (acessória). Portanto, apesar de 
haver concurso de agentes, não se pode dizer que há co-autoria. 
 
A co-autoria ocorrerá quando vários sujeitos realizam a conduta descrita no tipo penal 
(verbo) por meio de vínculo subjetivo (vontade de colaboração). 
 
A questão está incorreta pelo fato de não haver co-autoria, mas sim participação praticada 
por Antônio. 
 
 
(CESPE/MP/MT/2005) Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada 
uma situação hipotética acerca de direito penal, seguida de uma assertiva a 
ser julgada. 
21- José e João, previamente ajustados e com unidade de desígnios, 
subtraíram de uma agência bancária, mediante grave ameaça exercida com 
armas de fogo, R$ 50 mil em dinheiro. Quando saíam da agência, um 
segurança do banco reagiu e foi morto com um tiro desfechado por José. 
Nessa situação, apesar de José ter sido o autor do disparo fatal, ambos os 
agentes responderão pelo crime de latrocínio, em concurso de pessoas. 
 
Item 21 – correto. 
Resolução: 
 
Para que ocorra o concurso de agentes (concurso de pessoas) inserto no artigo 
29 do CP, necessário que estejam presentes os seguintes requisitos: 
 
 Pluralidade de agentes. 
 Relevância causal. 
 Liame subjetivo. 
 Identidade de infração. 
 
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No caso em tela, houve o concurso de vários sujeitos, sendo certo que, além de a 
participação de todos ter se mostrado relevante para o crime, todos agiram com 
a vontade dirigida à realização da infração penal (liame subjetivo e identidade de 
infração). Portanto, presentes os requisitos necessários ao concurso de pessoas. 
 
Neste caso, se presentes, como de fato estão, os requisitos necessários ao 
concurso de pessoas, inevitável a conclusão de que, pela teoria monista ou 
unitária, todos responderão pelo crime, isto é, por latrocínio (artigo 157, 
parágrafo 3º, in fine, do CP). 
 
 
Roubo 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, 
reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 
sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a 
trinta anos, sem prejuízo da multa. 
 
 
(CESPE/AGU/2002) 61- Em cada um dos itens seguintes, é apresentada uma 
situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
22- Um advogado induziu e orientou testemunhas a prestarem falso 
testemunho em juízo, fazendo afirmações falsas a respeito de fatos 
juridicamente relevantes para a solução de uma lide envolvendo a posse de 
um imóvel. Nessa situação e de acordo com o STF, o advogado responderá, 
em tese, pelo crime de falso testemunho, em concurso de pessoas. 
 
Item 22 – correto. 
Resolução: 
 
O crime de falso testemunho está previsto no artigo 342 do CP, cuja literalidade segue 
abaixo. 
 
Falso testemunho ou falsa perícia 
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como 
testemunha, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou 
administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: 
§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado 
mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a 
produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte 
entidade da administração pública direta ou indireta. 
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que 
ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. 
 
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Trata-se de crime classificado como de mão própria, pois, além de exigir uma qualidade 
especial do sujeito ativo (testemunha, contador, tradutor ou interprete), apesar de não admitir 
a co-autoria de quem não preencha tais requisitos, admite a participação. 
 
É o que se dá quando o advogado induz a testemunha a falsear. Não será responsabilizado 
como autor, já que não é testemunha, mas sim como partícipe no crime de falso testemunho 
(342 do CP). 
 
Sobre o tema, o STF asseverou que: 
 
“Participação. Advogado que instrui testemunha a prestar depoimento inverídico nos autos de 
reclamação trabalhista. Conduta que contribuiu moralmente para o crime, fazendo nascer no 
agente a vontade delitiva. Art. 29 do CP. Possibilidade de co-autoria. Relevância do objeto 
jurídico tutelado pelo art. 342 do CP: a administração da justiça, no tocante à veracidade das 
provas e ao prestígio e seriedade da sua coleta. Relevância robustecida quando o partícipe é 
advogado, figura indispensável à administração da justiça (art. 133 da CF). Circunstâncias que 
afastam o entendimento de que o partícipe só responde pelo crime do artigo 343 do CP (STF - 
RHC 81327/SP – 1ª Turma - Relatora: Ministra Ellen Gracie – Data do 
Julgamento:11/12/2001)”. 
 
Então, podemos dizer que o advogado responderá como partícipe e, com isso, haverá 
concurso de agentes no crime de falso testemunho. 
 
(CESPE/SEJUS/ES/2007) Julgue os itens a seguir, relativos a direito penal. 
23- Considere que uma empregada doméstica perceba que um conhecido 
ladrão está rondando a casa em que ela trabalha e que, para se vingar do 
patrão, ela deixe, deliberadamente, a porta da residência aberta, facilitando a 
entrada do meliante e a prática do furto. Nesse caso, não haverá concurso de 
pessoas, e a empregada doméstica não responderá pelo furto, pois o ladrão 
desconhecia a sua colaboração. 
 
Item 23 – incorreto. 
Resolução: 
 
Para que haja o concurso de pessoas, necessário é que estejam presentes os seguintes 
requisitos: 
 
 Pluralidade de agentes. 
 Relevância causal. 
 Liame subjetivo. 
 Identidade de infração. 
 
 
Entre os agentes, para que ocorra o concurso de pessoas, necessário o vínculo 
subjetivo, ou seja, o conhecimento por parte de pelo menos um dos sujeitos de que está 
aderindo

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