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Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. Ponto dos Concursos www.pontodosconcursos.com.br Atenção. O conteúdo deste curso é de uso exclusivo do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam do texto apresentado, sendo vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição. É vedado, também, o fornecimento de informações cadastrais inexatas ou incompletas – nome, endereço, CPF, e-mail - no ato da matrícula. O descumprimento dessas vedações implicará o imediato cancelamento da matrícula, sem prévio aviso e sem devolução de valores pagos - sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do infrator. Em razão da presença da marca d’ água, identificadora do nome e CPF do aluno matriculado, em todas as páginas deste material, recomenda-se a sua impressão no modo econômico da impressora. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 6 - Do concurso de pessoas. DAS QUESTÕES QUESTÃO 35 (CESPE/DELEGADO/PB/2009/Adaptada) 35 - A respeito de tipicidade, ilicitude e culpabilidade, julgue o item. 1- A participação, no concurso de pessoas, é considerada hipótese de tipicidade mediata ou indireta. (CESPE/DELEGADO/PB/2009/Adaptada) 36 - Acerca das excludentes de culpabilidade, da imputabilidade e do concurso de pessoas, julgue os itens. 2- Dividem-se os crimes em monossubjetivo e plurissubjetivo, sendo que somente neste último pode ocorrer concurso de pessoas. (CESPE/DELEGADO/PB/2009/Adaptada) 36 - Acerca das excludentes de culpabilidade, da imputabilidade e do concurso de pessoas, julgue os itens. 3- A participação de menor importância configura exceção à teoria monista, adotada pelo CP quanto ao concurso de pessoas. (CESPE/PC/ES/AGENTE/2009) - À luz da jurisprudência e doutrina dominantes, julgue os itens de 71 a 75 quanto aos crimes de abuso de autoridade. 4- Nos termos da lei que incrimina o abuso de autoridade, o sujeito ativo do crime é aquele que exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. À vista disso, afasta-se a possibilidade de concurso de pessoas em tais delitos, quando o co-autor ou partícipe for um particular. (CESPE/137OAB/SP/2009) 43 - Acerca do concurso de pessoas, assinale a opção correta em conformidade com o CP. 5- Se algum dos concorrentes tiver optado por participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste, a qual, entretanto, será aumentada, nos termos da lei, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (CESPE/137OAB/SP/2009) 43 - Acerca do concurso de pessoas, assinale a opção correta em conformidade com o CP. 6- As circunstâncias e as condições de caráter pessoal não se comunicam, mesmo quando elementares do crime. (CESPE/137OAB/SP/2009) 43 - Acerca do concurso de pessoas, assinale a opção correta em conformidade com o CP. 7- O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, são puníveis, mesmo se o crime não chegar a ser tentado1. 1 (CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007/Adaptada) À luz do entendimento doutrinário dominante, julgue o item no que concerne ao concurso de pessoas. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 2 ESTÃO 44 (CESPE/TJDF/NOTÁRIOS/2008/Adaptada) A respeito do concurso de pessoas nos crimes patrimoniais, julgue o item: 8- A causa de aumento de pena pelo concurso de pessoas no crime de roubo não se aplica ao crime de furto, ainda que seja considerada mais benéfica ao réu, tendo em vista que, em relação ao furto, há previsão legal específica de aumento de pena. (CESPE/PROMOTOR/RORAIMA/2008) julgue os seguintes itens, referentes à aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes. 9- No tocante à participação, o CP adota o critério da hiperacessoriedade, razão pela qual, para que o partícipe seja punível, será necessário se comprovar que ele concorreu para a prática de fato típico e ilícito2. (CESPE/PROMOTOR/RORAIMA/2008) julgue os seguintes itens, referentes à aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes. 10- Na conivência ou na participação negativa, não há a possibilidade de punição do agente, ao contrário do que ocorre na participação por omissão, em que o agente poderá ser punido se não agir para evitar o resultado. (CESPE/PROMOTOR/RORAIMA/2008) julgue os seguintes itens, referentes à aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes. 11- Ocorre a co-autoria sucessiva quando, após iniciada a conduta típica por um único agente, houver a adesão de um segundo agente à empreitada criminosa, sendo que as condutas praticadas por cada um, dentro de um critério de divisão de tarefas e união de desígnios, devem ser capazes de interferir na consumação da infração penal. (CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008) No que se refere à aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes, assinale a opção correta. 12- Considere a seguinte situação hipotética. Gildo e Jair foram denunciados pelo MP. Segundo a inicial acusatória, Gildo teria sido partícipe do crime, pois teria dirigido veículo em fuga, enquanto Jair desferia dez disparos de arma de fogo em direção a Eduardo. Por 1- O ajuste, a determinação, a instigação ou o auxílio são sempre puníveis sob a forma de participação, mesmo que o delito não chegue à fase de execução. Item 1 – incorreto. 2 (CESPE/TJ/PI/JUIZ/OUT/2007) No concurso de pessoas, há quatro teorias que explicam o tratamento da acessoriedade na participação. De acordo com a teoria da hiperacessoriedade, para se punir a conduta do partícipe, é preciso que o fato principal seja I típico. II antijurídico. III culpável. IV punível. A quantidade de itens certos é igual a A 0. B 1. C 2. D 3. E 4. Gabarito:E Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 3 circunstâncias alheias à vontade dos agentes, consistente no erro de pontaria de Jair, Eduardo não faleceu. Entretanto, Jair foi absolvido pelo júri, tendo os jurados decidido, por maioria, que ele não produziu os disparos mencionados na denúncia. Nessa situação hipotética, é válida a condenação de Gildo em júri posterior, tendo em vista que o CP adotou, quanto ao concurso de agentes, a teoria da acessoriedade limitada. (CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008) No que se refere à aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes, assinale a opção correta. 13- Segundo a teoria monista ou unitária, adotada pelo CP, todos os co-autores e partícipes respondem por um único crime, na medida de sua culpabilidade. Entre as modalidades de participação, a doutrina reconhece a possibilidade da participação por omissão, desde que o partícipe tenha o dever jurídico de impedir o resultado da conduta. (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Com base na parte geral do direito penal, julgue os itens abaixo. 14- Em caso de concurso de pessoas para a prática de crime, se algum dos concorrentes participar apenas do crime menos grave, será aplicada a ele a pena relativa a esse crime, mesmo que seja previsível o resultado mais grave. (CESPE/DELEGADO/TO/2008/adaptada) Julgue o item. 15- Quem, de forma consciente e deliberada, se serve de pessoa inimputável para a prática de uma conduta ilícita é responsável pelo resultado na condição de autor mediato. (CESPE/PMVITÓRIA/PROCURADOR/2007)Acerca da parte geral do Código Penal, julgue os itens seguintes. 16- Constituem requisitos caracterizadores do concurso de pessoas a pluralidade de condutas, o nexo de causalidade, o vínculo subjetivo e a identidade de infração. (CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007) À luz do entendimento doutrinário dominante, julgue o item no que concerne ao concurso de pessoas. 17- Não há impedimento jurídico ao reconhecimento da co-autoria em crime culposo, pois os que de qualquer modo colaboram para a ocorrência do resultado praticam, sempre, ato de execução culposo, incidindo nas mesmas penas ao delito cominadas. (CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007/Adaptada) À luz do entendimento doutrinário dominante, julgue o item no que concerne ao concurso de pessoas. 18- Para a existência do concurso de pessoas, é necessário o ajuste prévio ou concomitante com o crime por parte dos agentes. A simples consciência de estar contribuindo para a ação delituosa não cria o vínculo subjetivo que dá ao delito o caráter único. (CESPE/TC/GOIAS/MP/2007) 16-43- Julgue os itens a seguir, concernentes às espécies de dolo e ao concurso de pessoas. 19- É possível a participação em crime omissivo puro, ocorrendo o concurso de agentes por instigação ou determinação. TÃO 44 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 4 (CESPE/TRF5/JUIZ/2006) Julgue os itens seguintes, com relação ao direito penal, considerando o entendimento do STJ e do STF. 20- Considere a seguinte situação hipotética. Antônio, querendo a morte de José, instigou Carlos a matá-lo. Carlos, que já havia cogitado do fato, ficou dominado por ódio mortal por tudo que Antônio disse de José. Carlos, então, dirigiu-se à casa de José e lá resolveu levar a cabo sua intenção criminosa, matando-o. Nessa situação, ambos responderão por homicídio em co-autoria. (CESPE/MP/MT/2005) Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma situação hipotética acerca de direito penal, seguida de uma assertiva a ser julgada. 21- José e João, previamente ajustados e com unidade de desígnios, subtraíram de uma agência bancária, mediante grave ameaça exercida com armas de fogo, R$ 50 mil em dinheiro. Quando saíam da agência, um segurança do banco reagiu e foi morto com um tiro desfechado por José. Nessa situação, apesar de José ter sido o autor do disparo fatal, ambos os agentes responderão pelo crime de latrocínio, em concurso de pessoas. (CESPE/AGU/2002) 61- Em cada um dos itens seguintes, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 22- Um advogado induziu e orientou testemunhas a prestarem falso testemunho em juízo, fazendo afirmações falsas a respeito de fatos juridicamente relevantes para a solução de uma lide envolvendo a posse de um imóvel. Nessa situação e de acordo com o STF, o advogado responderá, em tese, pelo crime de falso testemunho, em concurso de pessoas. (CESPE/SEJUS/ES/2007) Julgue os itens a seguir, relativos a direito penal. 23- Considere que uma empregada doméstica perceba que um conhecido ladrão está rondando a casa em que ela trabalha e que, para se vingar do patrão, ela deixe, deliberadamente, a porta da residência aberta, facilitando a entrada do meliante e a prática do furto. Nesse caso, não haverá concurso de pessoas, e a empregada doméstica não responderá pelo furto, pois o ladrão desconhecia a sua colaboração. (CESPE/DELEGADO-ESPSANTO/2006) Em cada um dos itens a seguir é apresentada uma situação hipotética acerca das normas pertinentes à parte geral do Código Penal seguida de uma assertiva a ser julgada. 24- Antônio, com 43 anos de idade, idealizou e planejou a subtração de jóias de uma grande joalheria, traçando as coordenadas da ação com Marcos e Alexandre, para os quais forneceu um veículo e as ferramentas a serem utilizadas na empreitada criminosa. Na data combinada, Marcos e Alexandre executaram com êxito o furto, logrando subtrair um grande número de jóias de elevado valor comercial, as quais foram devidamente repartidas entre os três indivíduos. Após intensa investigação, a polícia identificou a autoria do crime, indiciando Antônio, Marcos e Alexandre em sede de Inquérito Policial. Nessa situação, é correto afirmar que houve concurso de pessoas para a realização da figura típica, devendo Antônio responder como partícipe e Marcos e Alexandre como co-autores do delito. DO GABARITO 1. Certo 2. Errado Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civile criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 5 3. Errado 4. Errado 5. Certo 6. Errado 7. Errado 8. Certo 9. Errado 10. Certo 11. Certo 12. Errado 13. Certo 14. Errado 15. Certo 16. Certo 17. Errado 18. Errado 19. Certo 20. Errado 21. Certo 22. Certo 23. Errado 24. Certo DA RESOLUÇÃO. QUESTÃO 35 (CESPE/DELEGADO/PB/2009/Adaptada) 35 - A respeito de tipicidade, ilicitude e culpabilidade, julgue o item. 1- A participação, no concurso de pessoas, é considerada hipótese de tipicidade mediata ou indireta. Item 1 – correto. Resolução: A tipicidade formal – considerada como a subsunção do fato ao modelo de conduta descrita no tipo penal -, além da tipicidade material, constitui pressuposto necessário para que tenhamos um fato típico. A tipicidade formal, segundo a doutrina, poderá ser direta ou indiretamente. Há tipicidade direta ou imediata quando o fato social se ajusta diretamente ao fato abstrato (tipo). É o que se dará com o crime consumado e com a autoria. Nesta, a conduta do sujeito se ajusta perfeitamente ao modelo descrito na lei, já que, para a doutrina, autoria haverá quando o agente pratica a conduta descrita no núcleo (verbo) do tipo. A tipicidade indireta, por sua vez, ocorrerá quando o ajuste do fato social ao fato abstrato se der de forma mediata. Aqui, a tipicidade dependerá de uma norma de extensão. É o que ocorre com o crime tentado (artigo 14, II, do CP) e com a participação (artigo 29 do CP). Nesta, o sujeito não pratica a conduta descrita no tipo, mas sim colabora de qualquer modo. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 6 No caso da participação (colaboração sem realização do verbo), a tipicidade é, pela doutrina, considerada mediata ou indireta. (CESPE/DELEGADO/PB/2009/Adaptada) 36 - Acerca das excludentes de culpabilidade, da imputabilidade e do concurso de pessoas, julgue os itens. 2- Dividem-se os crimes em monossubjetivo e plurissubjetivo, sendo que somente neste último pode ocorrer concurso de pessoas. Item 2 – incorreto. Resolução: De acordo com a doutrina, os crimes podem ser classificados em: 1- Crimes coletivos ou plurissubjetivos. São aqueles que exigem, como elementar, o concurso de mais de um agente. É o que se dá com o crime de quadrilha ou bando (artigo 288 do CP). 2- Crimes unilaterais ou unissubjetivos ou monossubjetivos. São aqueles que, de acordo com sua descrição, podem ser praticados por uma só pessoa. É o que ocorre com a maioria dos ilícitos, como: estelionato, furto, homicídio etc. O certo é que em ambos os casos é possível o concurso de pessoas, especialmente na espécie participação. Não se pode, assim, concluir que somente os monossubjetivos permitem o concurso de pessoas. O crime de quadrilha ou bando (artigo 288 do CP), exemplo de crime plurissubjetivo, permite a participação. É o que se dará quando o sujeito, apesar de não participar da reunião, colabora de qualquer modo para a sua realização. Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes: Pena - reclusão, de um a três anos. (Vide Lei 8.072, de 25.7.1990) Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é armado. (CESPE/DELEGADO/PB/2009/Adaptada) 36 - Acerca das excludentes de culpabilidade, da imputabilidade e do concurso de pessoas, julgue os itens. 3- A participação de menor importância configura exceção à teoria monista, adotada pelo CP quanto ao concurso de pessoas. Item 3 – incorreto. Resolução: Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 7 Segundo a teoria monista ou unitária, todos que colaboram para o ilícito cometem o mesmo crime. Assim, o autor – que realiza o verbo descrito no tipo – e o partícipe – aquele que colabora de qualquer modo – responderão pelo mesmo crime. O certo, no entanto, é que, apesar de responderem pelo mesmo crime, poderão sofrer penas distintas, já que, ao aplicar a pena, o magistrado deverá dispensar atenção à culpabilidade de cada um dos agentes. Ao reconhecer o magistrado, por exemplo, que um dos sujeitos teve participação de menor importância, impõe-se o dever de aplicar a pena nos moldes do artigo 29, parágrafo 1º, do CP, apesar de, em respeito à teoria monista, responsabilizá-lo pelo mesmo crime que os demais. Regras comuns às penas privativas de liberdade Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. A participação de menor importância não constitui de modo algum exceção à teoria monista ou unitária, mas sim sua reafirmação, pois pelo mesmo crime dos demais o sujeito sofrerá pena diminuída de 1/6 a 1/3. (CESPE/PC/ES/AGENTE/2009) - À luz da jurisprudência e doutrina dominantes, julgue os itens de 71 a 75 quanto aos crimes de abuso de autoridade. 4- Nos termos da lei que incrimina o abuso de autoridade, o sujeito ativo do crime é aquele que exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. À vista disso, afasta-se a possibilidade de concurso de pessoas em tais delitos, quando o co-autor ou partícipe for um particular. Item 4 – incorreto. Resolução: De acordo com o artigo 5º da Lei 4.898/65, considera-se autoridade, para os efeitos de incidência do crime de abuso de autoridade, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR:JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 8 O conceito legal é absolutamente assemelhado àquele do artigo 327 do CP. A equiparação do parágrafo 1º do artigo 327 do CP3 não se aplica ao conceito de autoridade do artigo 5º da Lei 4.898/65. No artigo 5º da Lei 4.898/65, há a definição legal do sujeito ativo do crime de abuso de autoridade. É certo, no entanto, que, apesar de ser crime próprio, o abuso de autoridade admite a co-autoria e a participação de terceiro que não detenha a qualidade de autoridade. Em ambos os casos, todavia, é necessário que o terceiro conheça a condição de autoridade do autor (artigo 30 do CP). É o que se dá, por exemplo, quando José, policial militar, e Antônio, comerciante, resolvem prender Pedro por crime de furto sem obediência às formalidades legais. Antônio responderá por abuso de autoridade em co-autoria com José. (CESPE/137OAB/SP/2009) 43 - Acerca do concurso de pessoas, assinale a opção correta em conformidade com o CP. 5- Se algum dos concorrentes tiver optado por participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste, a qual, entretanto, será aumentada, nos termos da lei, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Item 5 – correto. Resolução: A questão trata da participação em crime diverso do pretendido. Neste caso, aplicar-se-á a regra inserta no artigo 29, parágrafo 2º, do CP. Regras comuns às penas privativas de liberdade Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser- lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Exemplo clássico é do sujeito que pretende colaborar com o furto (artigo 155 do CP) e o autor pratica crime de roubo (artigo 157 do CP). Neste caso, aquele que queria participar do 3 Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980) Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 9 furto deverá responder por este crime (furto), sendo certo que, se previsível o roubo, a pena do furto deverá ser aumentada da metade. Assim, devemos concluir que o sujeito que quis participar de crime menos grave deverá ser apenado por este e, caso previsível o resultado mais grave, sua pena deverá ser aumentada. Jamais se aplicará a pena do crime mais grave e que de fato ocorreu. (CESPE/137OAB/SP/2009) 43 - Acerca do concurso de pessoas, assinale a opção correta em conformidade com o CP. 6- As circunstâncias e as condições de caráter pessoal não se comunicam, mesmo quando elementares do crime. Item 6 – incorreto. Resolução: A questão é resolvida pelo disposto no artigo 30 do CP. Segundo o legislador as elementares sempre se comunicarão, inclusive quando de caráter pessoal. Já as circunstâncias pessoais não se comunicarão. Circunstâncias incomunicáveis Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. De acordo com a doutrina as elementares são aqueles elementos absolutamente necessários para que o crime exista. Exemplo de elementar é a coisa alheia no crime de furto (artigo 155 do CP), pois não existirá o furto se a subtração não for de coisa de outrem. As circunstâncias, por sua vez, não os elementos que podem existir ou não, o que não interfere na existência do crime. Exemplo é o rompimento de obstáculo ou escalada no furto. Apesar de tais circunstância motivarem a aplicação de pena mais severa não necessitam existir para que tenhamos o crime de furto. Há elementares e circunstâncias de caráter pessoal. Aquelas se comunicam ao partícipe, estas não. A reincidência, por exemplo, por ser uma circunstância de caráter pessoal não se comunica ao partícipe. Já a condição de funcionário público, nos crimes funcionais (elementar pessoal) se comunicará àquele que não é funcionário público, desde que conheça tal condição. Então, podemos dizer que a expressão final “mesmo quando elementares do crime” contida na parte final da questão, levou à sua incorreção. (CESPE/137OAB/SP/2009) 43 - Acerca do concurso de pessoas, assinale a opção correta em conformidade com o CP. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 10 7- O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, são puníveis, mesmo se o crime não chegar a ser tentado4. Item 7 – incorreto. Resolução: A questão trata da participação, ou seja, de uma espécie de concurso de agentes. Sabemos diante do que foi comentado nas questões anteriores, que o concurso de pessoas poderá se dar através da co-autoria e da participação. A participação ocorrerá quando o sujeito adere à vontade do autor, e com isso colabora para a prática do fato típico sem, contudo, realizar a conduta descrita no tipo.É o que ocorre com aquele que, conscientemente, cede a arma de fogo para que outrem venha a cometer o homicídio. Não se pode deixar de dizer que a participação poderá se dar, de acordo com o legislador, através do ajuste, da determinação, da instigação ou do auxílio (artigo 31 do CP). Para Nucci5, Ajuste é o acordo ou pacto celebrado entre pessoas; determinação é a decisão tomada para alguma finalidade; instigação é a sugestão ou estímulo à realização de algo e auxílio é a ajuda ou a assistência dada a alguém. Ainda de acordo com o legislador, a participação deixará de ser punível se o crime não chega ao menos a ser tentado. Assim, se tentativa não houve não há participação punível. Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio,salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. A participação é conduta acessória. Portanto, sua punibilidade dependerá de o autor praticar o crime ao menos na forma tentada. A questão trata da participação em crime cuja execução não se iniciou. Para que o crime seja tentado é necessário: início de execução e não consumação por circunstâncias alheias à vontade do agentes (artigo 14 do CP). Se a participação só é punível se o crime for ao menos tentado e, para que o crime seja tentado, é necessário que se tenha o início de execução, devemos concluir que se não houver início de execução a participação será impunível. 4 (CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007/Adaptada) À luz do entendimento doutrinário dominante, julgue o item no que concerne ao concurso de pessoas. 1- O ajuste, a determinação, a instigação ou o auxílio são sempre puníveis sob a forma de participação, mesmo que o delito não chegue à fase de execução. Item 1 – incorreto. 5 Nucci – Guilherme de Souza – Manual de Direito Penal – Parte Geral – Editora RT. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 11 Exemplo: Antônio induz Caio a matar José. Caio, então, saca a arma de fogo, aponta-a a José, mas não aciona o disparo. Guardada a arma no bolso, sem que o disparo viesse a ser acionado, não se pode dizer que houve início de execução. Com isso, a colaboração de Antônio é impunível. A doutrina em sua unanimidade afirma que a participação só será punível se houver início de execução, já que este é um dos requisitos indispensáveis para que haja o crime tentado. ESTÃO 44 (CESPE/TJDF/NOTÁRIOS/2008/Adaptada) A respeito do concurso de pessoas nos crimes patrimoniais, julgue o item: 8- A causa de aumento de pena pelo concurso de pessoas no crime de roubo não se aplica ao crime de furto, ainda que seja considerada mais benéfica ao réu, tendo em vista que, em relação ao furto, há previsão legal específica de aumento de pena. Item 8 – correta. Resolução: O concurso de pessoas no crime de furto figura como qualificadora (artigo 155, parágrafo 4º, IV, do CP), já no roubo (artigo 157, parágrafo 2º, II, do CP) é uma causa de aumento de pena. Furto Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. Furto qualificado § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; III - com emprego de chave falsa; IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. Roubo Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 12 Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; De fato, em algumas hipóteses pode-se dizer que a pena do furto (artigo 155 do CP) poderá ser fixada em patamar mais elevado que aquela finalmente estabelecida para o roubo (artigo 157 do CP). Pensemos que a um fato, o magistrado aplique a pena máxima do furto qualificado pelo concurso de pessoas (Reclusão de 8 anos e multa) e noutro caso venha aplicar a pena mínima do roubo agravado pelo concurso de agentes (reclusão 4 anos + 1/3 = 5 anos e 04 meses e multa). Portanto, podemos ver que da aplicação da pena, ao furto é possível a apenação mais severa. Neste caso, por ser mais benéfica não se poderá ao furto qualificado aplicar a pena do roubo agravado, já que ao furto há previsão legal de pena. (CESPE/PROMOTOR/RORAIMA/2008) julgue os seguintes itens, referentes à aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes. 9- No tocante à participação, o CP adota o critério da hiperacessoriedade, razão pela qual, para que o partícipe seja punível, será necessário se comprovar que ele concorreu para a prática de fato típico e ilícito6. Item 9 – incorreto. Resolução: A participação está vinculada a uma conduta principal. Assim, só será punível se unida a um fato principal: a conduta do autor. Não existirá participação sem que se tenha a conduta do autor. A acessoriedade da participação em relação à conduta do autor é evidente. 6 (CESPE/TJ/PI/JUIZ/OUT/2007) No concurso de pessoas, há quatro teorias que explicam o tratamento da acessoriedade na participação. De acordo com a teoria da hiperacessoriedade, para se punir a conduta do partícipe, é preciso que o fato principal seja I típico. II antijurídico. III culpável. IV punível. A quantidade de itens certos é igual a A 0. B 1. C 2. D 3. E 4. Gabarito: E Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 13 No entanto, há grande controvérsia acerca da extensão desta acessoriedade. Daí, surgirem várias teorias (alguns chamam de princípios) que buscam explicar a punibilidade da participação. São elas: acessoriedade mínima.De acordo coma teoria da acessoriedade mínima, a participação será punível quando a conduta do autor constituir fato típico, mesmo que não seja dotada de antijuridicidade. Portanto, em caso de legítima defesa, o partícipe será punido e o autor, que praticou um fato típico carente de antijuridicidade, não sofrerá aflição penal, pois sua conduta não constitui crime. Assim, na acessoriedade mínima, basta, para a punição do partícipe, que a conduta do autor seja típica. Acessoriedade limitada. Já na acessoriedade limitada, a punibilidade da participação dependerá de a conduta do autor constituir um fato típico dotado de antijuridicidade. Portanto, quando presente qualquer excludente da ilicitude (legitima defesa, por exemplo), a conduta do partícipe não será punível. Aqui, não basta a tipicidade da conduta do autor. Necessária, ainda, a antijuridicidade. Acessoriedade extrema. A participação, à luz da acessoriedade extrema, será punível se o comportamento do autor for dotado de tipicidade, antijuridicidade e culpabilidade. Assim, não será punível o partícipe quando o autor não possuir – por doença mental, por exemplo – culpabilidade, apesar de ter realizado um fato típico e antijurídico. Hiperacessoriedade. Adotada a hiperacessoriedade, a conduta do partícipe só será punível se o comportamento do autor for típico, antijurídico, culpável e punível. Segundo a hiperacessoriedade, até mesmo as causas de atenuação e agravantes aplicáveis ao autor (reincidência, por exemplo) se comunicarão ao partícipe. Este não será punível quando, por qualquer circunstância – prescrição, por exemplo – estiver, em relação à conduta do autor, extinta a punibilidade. O Código penal adotou, em detrimento das demais, a teoria da acessoriedade limitada. A questão se mostra correta em sua substância, mas incorre em erro ao afirmar que a dependência de fato típico e antijurídico constitui hiperacessoriedade. Trata-se de fato de acessoriedade limitada. (CESPE/PROMOTOR/RORAIMA/2008) julgue os seguintes itens, referentes à aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes. 10- Na conivência ou na participação negativa, não há a possibilidade de punição do agente, ao contrário do que ocorre na participação por omissão, em que o agente poderá ser punido se não agir para evitar o resultado. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 14 Item 10 – correto. Resolução: Para Damásio, no que não é acompanhado por Greco, a colaboração por meio de omissão poderá se dar de duas formas: com ou sem o descumprimento do dever de impedir o resultado. Caso o sujeito tenha o dever de impedir o resultado e se abstenha aderindo à vontade do autor, responderá como partícipe (participação por omissão). Exemplo: O vigia ao notar que determinado sujeito pretende furta a residência deixa a porta aberta para que o furto de concretize. No caso de ausência de dever jurídico de impedir o resultado, a abstenção é conhecida como conivência ou participação negativa, o que não é punível. Exemplo: Banhista que deixa de prestar socorro a determinada pessoa que vem a falecer em razão do afogamento responderá não como partícipe no homicídio, mas sim como autor de omissão de socorro. Portanto, na conivência ou participação negativa (ausência de dever de agir) não há possibilidade de punição do agente, já na participação por omissão (dever de agir) a punição se impõe. (CESPE/PROMOTOR/RORAIMA/2008) julgue os seguintes itens, referentes à aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes. 11- Ocorre a co-autoria sucessiva quando, após iniciada a conduta típica por um único agente, houver a adesão de um segundo agente à empreitada criminosa, sendo que as condutas praticadas por cada um, dentro de um critério de divisão de tarefas e união de desígnios, devem ser capazes de interferir na consumação da infração penal. Item 11 – correto. Resolução: Ocorrerá a co-autoria sucessiva quando, após o início da execução, determinado sujeito venha a aderir à conduta e passa a praticar atos que indiquem autoria. Exemplo: Determinado sujeito passa a agredir determinada pessoa que se achava em combate corporal com outra pessoa. As agressões físicas já estavam ocorrendo e o sujeito ingressa para ajudar um companheiro. Há, neste caso, co-autoria sucessiva. Segundo a doutrina, o co-autor sucessivo responderá pela infração penal a que tiver aderido (em andamento), desde que todos os acontecimentos anteriores tenham ingressado na esfera de seu conhecimento. Caso contrário, responderá pelos eventos supervenientes à sua entrada na empreitada. (CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008) No que se refere à aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes, assinale a opção correta. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 15 12- Considere a seguinte situação hipotética. Gildo e Jair foram denunciados pelo MP. Segundo a inicial acusatória, Gildo teria sido partícipe do crime, pois teria dirigido veículo em fuga, enquanto Jair desferia dez disparos de arma de fogo em direção a Eduardo. Por circunstâncias alheias à vontade dos agentes, consistente no erro de pontaria de Jair, Eduardo não faleceu. Entretanto, Jair foi absolvido pelo júri, tendo os jurados decidido, por maioria, que ele não produziu os disparos mencionados na denúncia. Nessa situação hipotética, é válida a condenação de Gildo em júri posterior, tendo em vista que o CP adotou, quanto ao concurso de agentes, a teoria da acessoriedade limitada. Item 12 – incorreto. REsolução. O concurso de pessoas se manifesta através da co-autoria ou da participação. A co-autoria nada mais é que a realização do tipo penal por vários autores (todos realizam o comando – verbo – do tipo) com vínculo subjetivo. Já a participação se manifesta através da prática de qualquer ato de colaboração para a empreitada criminosa, desde que não seja a realização do verbo. O certo é que a conduta do partícipe só será punível se o autor iniciar os atos de execução. Assim, se empresto a arma de fogo (participação por meio de auxilio material) para que outrem cometa um homicídio, só serei responsabilizado a partir do momento em que o autor realizar o primeiro ato de execução. Caso não o faça, não serei responsabilizado. Notamos, então, que a punibilidade do partícipe é acessória em relação à do autor. Portanto, para a punibilidade do partícipe adota-se a teoria da acessoriedade. Qual, entretanto, seria a extensão da acessoriedade? Para que o partícipe seja responsabilizado basta que o autorrealize uma conduta típica (fato típico) ou, além disso, é necessário que o fato seja ilícito; ou , ainda, além de ser um fato típico, ilícito (antijurídico), é necessário que seja culpável? De acordo com a doutrina, a responsabilização do partícipe se dará desde que o autor realize um fato típico e antijurídico. Com isso, diz-se que a acessoriedade é limitada. No caso em tela, como o autor foi absolvido por não ter sido ele o executor dos disparos, é certo que não praticou um fato típico. Se não houve a prática de fato típico pelo autor, não há como responsabilizar o partícipe por ter colaborado para o crime, já que a sua punibilidade, adotada a teoria da acessoriedade limitada, depende de o autor ter praticado um fato típico e ilícito. A incorreção da alternativa decorre da afirmação de que será válida a condenação de Gildo pelo Júri. Em síntese: se Jair não praticou fato típico não há possibilidade de, por participação, responsabilizar Gildo, pois sua responsabilização depende de o autor (Jair) ter praticado um fato típico e ilícito. (CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008) No que se refere à aplicação da lei penal no espaço e ao concurso de agentes, assinale a opção correta. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 16 13- Segundo a teoria monista ou unitária, adotada pelo CP, todos os co- autores e partícipes respondem por um único crime, na medida de sua culpabilidade. Entre as modalidades de participação, a doutrina reconhece a possibilidade da participação por omissão, desde que o partícipe tenha o dever jurídico de impedir o resultado da conduta. Item 13 – correto. Resolução:. O CP, em seu artigo 29, ao afirmar que “quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade”, adotou a teoria monista ou unitária. A teoria pluralista, segundo a qual cada um dos participantes (co-autores ou partícipes) responderá por um delito, não foi adotada como regra pelo CP. A participação, uma das modalidades do concurso de pessoas, se dá quando o sujeito colabora de qualquer modo (sem realizar a conduta descrita no tipo penal) para a empreitada criminosa. A doutrina, no entanto, tem admitido a participação por omissão. Esta se dará quando o omitente tinha o dever jurídico de agir. No entanto, a conduta descrita no tipo não é praticada por ele, mas sim pelo autor. É o que ocorre quando a empregada doméstica, sabendo que determinado sujeito pretende ingressar na casa de seu empregador, deixa a porta aberta para facilitar-lhe a subtração. Por ter deixado de cumprir um dever, haverá a responsabilização por ter colaborado mediante uma inação. Segundo Capez e Mougenot, “A diferença em relação à conivência é que nesta não há o dever jurídico de agir, afastando-se, destarte, a participação” (Fernando Capez/Edílson M.Bonfim – Direito Penal – Parte Geral – Editora Saraiva – 2004). (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Com base na parte geral do direito penal, julgue os itens abaixo. 14- Em caso de concurso de pessoas para a prática de crime, se algum dos concorrentes participar apenas do crime menos grave, será aplicada a ele a pena relativa a esse crime, mesmo que seja previsível o resultado mais grave. Item 14 – incorreto. Resolução: A questão é muito interessante. A falta de atenção pode promover o equívoco. Já sabemos, pelo que foi explanado anteriormente, que o sujeito será responsabilizado pelo que pretendia praticar quando ocorrer resultado mais grave diverso do pretendido (artigo 29, parágrafo 2º, do CP). Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 17 Na questão, o seu elaborador omite a pretensão do agente, ou seja, não diz se ele queria participar de crime menos grave que o efetivamente ocorrido. No entanto, não se da para concluir que sua vontade era somente o crime menos grave. Assim, não podemos dizer que o resultado mais grave seja diverso do pretendido pelo agente. A única coisa que sabemos é que o partícipe praticou crime menos grave. Com isso, como deverá se dar a aplicação da pena? Se pretendido crime menos grave, será aplicada a pena deste que poderá, se previsível o resultado mais grave, ser acrescida da metade (artigo 29, parágrafo 2º, do CP). Regras comuns às penas privativas de liberdade Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser- lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Caso, entretanto, tinha a intenção de participar de crime mais grave, mas, por qualquer circunstância, ocorreu crime menos grave, não se pode dizer que será aplicada a pena deste, mas sim do crime pretendido na forma tentada. Neste caso, objetivamente o sujeito participou de crime menos grave. No entanto, subjetivamente não se pode dizer que tenha havido desvio, o que motivará a aplicação da pena do crime mais grave, ainda que não se tenha consumado. O certo, todavia, que se houver o desvio subjetivo da conduta (resultado diverso do pretendido) o sujeito responderá pelo crime que pretendia, e não pelo mais grave, sendo certo que, neste caso, se previsível o resultado mais grave a pena deverá ser acrescida da metade. Em síntese: o Se pretendida o mais grave e ocorreu o menor, será aplicada a pena do crime mais grave, ainda que tentado. o Caso a pretensão fosse o crime menos grave e tenha ocorrido o mais grave, responderá pelo crime menos grave que, se previsível o resultado maior, será aumentada da metade. (CESPE/DELEGADO/TO/2008/adaptada) Julgue o item. 15- Quem, de forma consciente e deliberada, se serve de pessoa inimputável para a prática de uma conduta ilícita é responsável pelo resultado na condição de autor mediato. Item 15 – correto. Resolução: Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 18 A autoria mediata haverá quando o sujeito se vale de um instrumento para a realização da conduta típica. O autor se utiliza de pessoa sem condição de discernimento para a realização da figura típica7. No entanto, não só nesse caso haverá a autoria mediata. A doutrina arrola casos precisos em que há a autoria mediata. Assim, há autoria mediata: 1- Na utilização de inimputável para a prática delituosa. É o que ocorre quando o sujeito se vale de menor inimputável para a prática delituosa (exemplo: Os menores que servem de “aviõezinhos” para a prática do tráfico ilícito de entorpecentes). 2- Na conduta decorrente da prática de coação moral irresistível. Exemplo clássico é do gerente de determinada agência bancária que, mediante coação moral irresistível (seqüestro de familiar próximo), se apropria de grande volume de dinheiro depositado no banco em que trabalha. 3- Na conduta decorrente de provocação de erro de tipo. É o que se dá quando o agente simula uma agressão injusta praticada por outrem contra o sujeito e, este, acreditando estar agindo em legítima defesa, mata a vítima por engano, já que agressão injusta inexistira. O erro provocado pelo agente motivou o crime. 4- Na conduta praticada em razão de obediência hierárquica. Exemplo corriqueiro é do policial que, diante de uma ordem não manifestamente ilegal, pratica, em obediência a seu superior, conduta delituosa. No caso, o superior que dera ao policial ordem não manifestamente ilegal, responderá pelo ato como seu autor mediato. (CESPE/PMVITÓRIA/PROCURADOR/2007)Acerca da parte geral do Código Penal, julgue os itens seguintes. 16- Constituem requisitos caracterizadores do concurso de pessoas a pluralidade de condutas, o nexo de causalidade, o vínculo subjetivo e a identidade de infração. Item 16 – correto. Resolução: O concurso de pessoas, também conhecido como concurso de agentes, ocorre quando duas ou mais pessoas colaboram para o mesmo crime. Colaborar ou concorrer para o crime é praticar ato (moral ou material) que tenha relevância para a perpetração do ilícito. Há crimes (a grande maioria) que podem ser praticados por uma ou mais pessoas. Estes são os crimes de concurso eventual de pessoas. É o caso, por exemplo, do furto (artigo 155 7 Capez – Fernando / Mougenot – Edilson – Direito Penal – Parte Geral – Editora Saraiva. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 19 do CP), do homicídio (artigo 121 do CP). Estes crimes são também conhecidos como unissubjetivos. O concurso de pessoas está previsto no artigo 29 do CP, cuja literalidade segue abaixo. Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Notamos que o concurso de pessoas ocorre quando duas ou mais pessoas concorrem para o mesmo ilícito. Há, no caso, colaboração de todos para o mesmo ilícito. Assim, todos, na medida de sua culpabilidade, responderão pelo mesmo crime. Para que ocorra a incidência da norma inserta no artigo 29 do CP, necessário que estejam presentes os seguintes requisitos: Pluralidade de agentes. O concurso de pessoas só será possível se houver a prática de várias condutas por sujeitos distintos. Relevância causal. Relativamente ao ilícito a conduta de todos que colaboram deve ser relevante. Se a colaboração é irrelevante, não há o concurso de agentes. Assim, se para o crime de homicídio cedo a arma de fogo, mas o sujeito de vale de uma faca, minha colaboração foi irrelevante. Portanto, aqui, não se estará diante de um caso de colaboração. Liame subjetivo. Entre os agentes, para que ocorra o concurso de pessoas, necessário o vínculo subjetivo, ou seja, o conhecimento por parte de pelo menos um dos sujeitos de que está aderindo a vontade do outro. No caso, não é necessário o conluio, ou seja, o ajuste prévio entre os agentes. Basta, entretanto, a simples adesão de um à vontade do outro. É o que ocorre, por exemplo, quando A, desafeto de B, se coloca em posição para matá-lo. C, também inimigo mortal de B, sabendo da vontade de A, adere a ela e também se coloca em posição para matar B. Ambos disparam e conseguem o objetivo comum: matar B. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 20 No caso, C cometeu o crime em co-autoria com A, pois aderiu à vontade deste e agiu com o intuito de colaborar para que o crime se perpetrasse. Identidade de infração. De acordo com a teoria unitária ou monista, todos que, de algum modo, colaboram para o ilícito, responderão por ele, mesmo que isoladamente não tenha sua conduta idoneidade de levar à consumação do crime. Observe o caso de A que, com vontade de matar B, combina com C esperá-lo em determinado local. No momento e local entabulados, ambos disparam contra B que é atingido por um único projétil. No caso de co-autoria, ambos responderão pelo mesmo crime, apesar de um deles ter somente tentado. (CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007) À luz do entendimento doutrinário dominante, julgue o item no que concerne ao concurso de pessoas. 17- Não há impedimento jurídico ao reconhecimento da co-autoria em crime culposo, pois os que de qualquer modo colaboram para a ocorrência do resultado praticam, sempre, ato de execução culposo, incidindo nas mesmas penas ao delito cominadas. Item 17 – incorreto. Resolução. autor é aquele que realiza o núcleo do tipo penal, o verbo inserto no tipo penal. Co-autor é aquele que executa, juntamente com o autor, aderindo a seu querer, o verbo do tipo penal (autoria em conjunto). Partícipe, por sua vez, é aquele que colabora para o ilícito, sem, todavia, realizar a conduta descrita no tipo penal. No crime culposo é possível a autoria colateral, isto é, vários autores sem adesão de um à vontade do outro. É o que ocorre quando vários motoristas provocam acidente de trânsito, sendo que todos atuaram de forma incauta, sem cautela. Mas, não é isso que nos interessa. Aqui, nos interessa saber se é possível a participação no crime culposo. Partícipe é aquele que colaborapara o ilícito. Se o crime culposo pressupõe resultado não querido é possível colaborar para sua efetivação? Acredito que sim. Mas, a colaboração não levará à participação e sim à co-autoria. Observe o caso do motorista que instado por seu acompanhante a imprimir velocidade excessiva em seu veículo. É inequívoca a conclusão de que o motorista estará ele agindo com falta de cautela. A ausência de cuidado também caracteriza o comportamento de seu acompanhante, pois está instigando aquele a ultrapassar o limite de velocidade. Ambos aqui incorrerão em crime culposo, se de suas condutas decorra resultado danoso. Mas ambos são autores, pois agiram com imprudência. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 21 Assim, no crime culposo, não se admite a participação, pois quando estivermos diante de conduta que denote participação em crime culposo, fala-se em co-autoria. Segundo o STJ8 “É perfeitamente admissível, segundo o entendimento doutrinário e jurisprudencial, a possibilidade de concurso de pessoas em crime culposo, que ocorre quando há um vínculo psicológico na cooperação consciente de alguém na conduta culposa de outrem. O que não se admite nos tipos culposos, ressalve-se, é a participação”. (CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007/Adaptada) À luz do entendimento doutrinário dominante, julgue o item no que concerne ao concurso de pessoas. 18- Para a existência do concurso de pessoas, é necessário o ajuste prévio ou concomitante com o crime por parte dos agentes. A simples consciência de estar contribuindo para a ação delituosa não cria o vínculo subjetivo que dá ao delito o caráter único. Item 18 – incorreto. Resolução. Entre os agentes, para que ocorra o concurso de pessoas, é necessário o vínculo subjetivo, ou seja, o conhecimento por parte de pelo menos um dos sujeitos de que está aderindo a vontade do outro. No caso, não é necessário o conluio, ou seja, o ajuste prévio entre os agentes. Basta, entretanto, a simples adesão de um à vontade do outro. É o que ocorre, por exemplo, quando A, desafeto de B, se coloca em posição para matá-lo. C, também inimigo mortal de B, sabendo da vontade de A, adere a ela e também se coloca em posição para matar B. Ambos disparam e conseguem o objetivo comum: matar B. No caso, C cometeu o crime em co-autoria com A, pois aderiu à vontade deste e agiu com o intuito de colaborar para que o crime se perpetrasse. Considerando o exemplo exposto, imaginemos que A tenha conseguido alvejar a vítima que veio a falecer e que, em contrapartida, C tenha errado o alvo. A questão é saber se houve co-autoria ou não. Se C aderiu à vontade de A, é certo que houve co-autoria, oportunidade em que ambos responderão pelo crime de homicídio consumado, apesar de C não ter acertado o alvo. O oposto ocorrerá quando C, que aderiu à vontade de A, alveja mortalmente a vítima e A, de cuja adesão é desconhecida, não consegue seu intento, ou seja, acertar a vítima. Aqui, só 8 STJ – HC 40474/PR – 5ª Turma – Relatora: Ministra Laurita Vaz – Data do julgamento:06/12/2005. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 22 responderá pelo resultado morte C, pois A, que não tinha conhecimento da adesão, responderá por crime tentado e não consumado. ATENÇÃO: Assim, o partícipe e o co-autor têm que ao menos aderir à vontade do autor. Caso este não conheça a adesão, ou seja, a reunião de esforços para o mesmo fim, não responderá pelo resultado que de sua conduta não adveio. (CESPE/TC/GOIAS/MP/2007) 16-43- Julgue os itens a seguir, concernentes às espécies de dolo e ao concurso de pessoas. 19- É possível a participação em crime omissivo puro, ocorrendo o concurso de agentes por instigação ou determinação. TÃO 44 Item 19 – correto. Resolução: Os crimes omissivos puros são aqueles em que o legislador prevê a abstenção como conduta típica. O verbo contido no tipo indica uma omissão. É o que se dá com o crime de omissão de socorro (artigo 135 do CP). Omissão de socorro Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. É certo que, apesar de o tipo penal prever a omissão como conduta, será possível a participação. Esta, como conhecemos, é a colaboração diversa da realização do verbo contido no tipo. A participação será possível, por exemplo, na omissão de socorro quando o sujeito, por meio de contato telefônico, induz alguém a deixar de prestar a assistência. É de se observar que se o sujeito se omite juntamente com outros haverá o crime por meio de co-autoria e não participação. No caso, entretanto, do paraplégico que, apesar de não poder entrar no mar sem que incorra em risco pessoal, induz o surfista a não prestar socorro a quem necessite não haverá co-autoria, mas sim participação em crime omissivo puro. A participação no crime omissivo puro só será possível se for moral, isto é, por meio de induzimento ou determinação e instigação. O induzimento ou determinação ocorrerá quando o sujeito faz surgir na mente de outrem a intenção de praticar o crime. A instigação, por sua vez, é o ato de incitar ou reforçar a intenção preexistente. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 23 (CESPE/TRF5/JUIZ/2006) Julgue os itens seguintes, com relação ao direito penal, considerando o entendimento do STJ e do STF. 20- Considere a seguinte situação hipotética. Antônio, querendo a morte de José, instigou Carlos a matá-lo.Carlos, que já havia cogitado do fato, ficou dominado por ódio mortal por tudo que Antônio disse de José. Carlos, então, dirigiu-se à casa de José e lá resolveu levar a cabo sua intenção criminosa, matando-o. Nessa situação, ambos responderão por homicídio em co-autoria. Item 20 – incorreto. Resolução: De acordo com o texto, notamos que Antônio não praticou a conduta descrita no tipo, ou seja, não pode ser considerado seu autor, mas sim seu partícipe. Carlos, por ter matado, é autor do crime de homicídio. Entre Carlos e Antônio não houve co-autoria, mas sim uma relação em que a conduta de Carlos é de autoria (principal) e de Antônio é seu partícipe (acessória). Portanto, apesar de haver concurso de agentes, não se pode dizer que há co-autoria. A co-autoria ocorrerá quando vários sujeitos realizam a conduta descrita no tipo penal (verbo) por meio de vínculo subjetivo (vontade de colaboração). A questão está incorreta pelo fato de não haver co-autoria, mas sim participação praticada por Antônio. (CESPE/MP/MT/2005) Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma situação hipotética acerca de direito penal, seguida de uma assertiva a ser julgada. 21- José e João, previamente ajustados e com unidade de desígnios, subtraíram de uma agência bancária, mediante grave ameaça exercida com armas de fogo, R$ 50 mil em dinheiro. Quando saíam da agência, um segurança do banco reagiu e foi morto com um tiro desfechado por José. Nessa situação, apesar de José ter sido o autor do disparo fatal, ambos os agentes responderão pelo crime de latrocínio, em concurso de pessoas. Item 21 – correto. Resolução: Para que ocorra o concurso de agentes (concurso de pessoas) inserto no artigo 29 do CP, necessário que estejam presentes os seguintes requisitos: Pluralidade de agentes. Relevância causal. Liame subjetivo. Identidade de infração. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 24 No caso em tela, houve o concurso de vários sujeitos, sendo certo que, além de a participação de todos ter se mostrado relevante para o crime, todos agiram com a vontade dirigida à realização da infração penal (liame subjetivo e identidade de infração). Portanto, presentes os requisitos necessários ao concurso de pessoas. Neste caso, se presentes, como de fato estão, os requisitos necessários ao concurso de pessoas, inevitável a conclusão de que, pela teoria monista ou unitária, todos responderão pelo crime, isto é, por latrocínio (artigo 157, parágrafo 3º, in fine, do CP). Roubo Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. (CESPE/AGU/2002) 61- Em cada um dos itens seguintes, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 22- Um advogado induziu e orientou testemunhas a prestarem falso testemunho em juízo, fazendo afirmações falsas a respeito de fatos juridicamente relevantes para a solução de uma lide envolvendo a posse de um imóvel. Nessa situação e de acordo com o STF, o advogado responderá, em tese, pelo crime de falso testemunho, em concurso de pessoas. Item 22 – correto. Resolução: O crime de falso testemunho está previsto no artigo 342 do CP, cuja literalidade segue abaixo. Falso testemunho ou falsa perícia Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: § 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta. § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – REGULAR PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI www.pontodosconcursos.com.br 25 Trata-se de crime classificado como de mão própria, pois, além de exigir uma qualidade especial do sujeito ativo (testemunha, contador, tradutor ou interprete), apesar de não admitir a co-autoria de quem não preencha tais requisitos, admite a participação. É o que se dá quando o advogado induz a testemunha a falsear. Não será responsabilizado como autor, já que não é testemunha, mas sim como partícipe no crime de falso testemunho (342 do CP). Sobre o tema, o STF asseverou que: “Participação. Advogado que instrui testemunha a prestar depoimento inverídico nos autos de reclamação trabalhista. Conduta que contribuiu moralmente para o crime, fazendo nascer no agente a vontade delitiva. Art. 29 do CP. Possibilidade de co-autoria. Relevância do objeto jurídico tutelado pelo art. 342 do CP: a administração da justiça, no tocante à veracidade das provas e ao prestígio e seriedade da sua coleta. Relevância robustecida quando o partícipe é advogado, figura indispensável à administração da justiça (art. 133 da CF). Circunstâncias que afastam o entendimento de que o partícipe só responde pelo crime do artigo 343 do CP (STF - RHC 81327/SP – 1ª Turma - Relatora: Ministra Ellen Gracie – Data do Julgamento:11/12/2001)”. Então, podemos dizer que o advogado responderá como partícipe e, com isso, haverá concurso de agentes no crime de falso testemunho. (CESPE/SEJUS/ES/2007) Julgue os itens a seguir, relativos a direito penal. 23- Considere que uma empregada doméstica perceba que um conhecido ladrão está rondando a casa em que ela trabalha e que, para se vingar do patrão, ela deixe, deliberadamente, a porta da residência aberta, facilitando a entrada do meliante e a prática do furto. Nesse caso, não haverá concurso de pessoas, e a empregada doméstica não responderá pelo furto, pois o ladrão desconhecia a sua colaboração. Item 23 – incorreto. Resolução: Para que haja o concurso de pessoas, necessário é que estejam presentes os seguintes requisitos: Pluralidade de agentes. Relevância causal. Liame subjetivo. Identidade de infração. Entre os agentes, para que ocorra o concurso de pessoas, necessário o vínculo subjetivo, ou seja, o conhecimento por parte de pelo menos um dos sujeitos de que está aderindo
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