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Isabella Pesenato - 2014265 Filo Platyhelminthes É dividido em três classes: Trematoda, Cestoda e Turbelaria; Possuem simetria bilateral, seu corpo é achatado dorsoventralmente, não possuem esqueleto ou cavidade corpórea, pois os espaços são preenchidos com tecido conjuntivo; Tubo digestivo ausente (Cestoda) e quando presente é incompleto terminando em um ceco cego (Trematoda); Sua excreção se dá pelas células flama; Hermafroditas (monoicos); possuem desenvolvimento direto (Turbelaria e Trematoda Monogenea) e desenvolvimento indireto com uma ou várias fases larvais (Trematoda Digenea e Cestoda); Ovos microscópicos, porém muito resistentes; Seu sistema nervoso é muito rudimentar. Classe Trematoda Não é segmentado; Possui formato de folha; Seu sistema digestório termina em cecos cegos; Possui a presença de glândula vitelínica; Apresenta ventosa oral e ventral; Seu revestimento externo é resistente; São heteroxenos. Subclasse Digenea Apresenta duas ventosas; Sua nutrição é composta de sangue; Sua digestão é a partir da boca, passando pela faringe e terminando no ceco cego; Seu metabolismo é anaeróbio; Família Fasciolidae o Possui formato foliáceo; o Apresenta cutícula com espinhos; o Órgãos internos ramificados; o Heteroxeno; o Adultos parasitam canais biliares e intestino dos HD. Fasciola hepatica Morfologia: Corpo de aspecto foliáceo, coloração castanho-acinzentada, região anterior mais larga que a posterior, tegumento revestido por espinhos, a ventosa oral é circular e a ventral triangular, seus ovos são ovoides e possuem um opérculo. Hospedeiros Definitivos: Bovinos e ovinos principalmente, mas também pode ocorrer em suínos, equinos, coelhos e homem. Hospedeiros Intermediários: Moluscos gastrópodes pulmonados como Lymnaea viatrix, Lymnaea columella e Lymnaea cubensis. Localização: normalmente os adultos se instalam nos canais biliares e os imaturos no parênquima hepático. Ciclo Evolutivo: Os ovos operculados são postos nos canais biliares e arrastados pela bile até o intestino e eliminados pelas fezes. Para sua evolução prosseguir eles precisam encontrar um meio líquido. O miracídio irá deixar o ovo e procurar o HI, que produz uma substancia que atrai o miracídio, que irá penetrar no hospedeiro através das partes moles de seu corpo. Depois de penetrar ele se desloca até o hepatopâncreas onde ele se transforma em esporocisto, que dará origem ao terceiro estado larval que são as rédias. As rédias darão origem às cercárias, que possuem uma cauda que permite que elas saiam do corpo do molusco de volta ao meio líquido e nadam até achar uma planta em que se fixam, perdem a cauda, se transformam em metacercária (forma infectante), se aderem à planta a partir de uma substancia que irão secretar e esperam ser ingeridas pelo HD para dar início a um novo ciclo. Patogenia: Fibrose hepática e hiperplasia dos canais biliares, levando a um edema cavitário e submandibular, perda de peso, anemia, respiração acelerada, diarreia e morte. Diagnóstico: Clínico, laboratorial (constatação de ovos no exame coproparasitológico, pelo método de sedimentação) e post mortem. Profilaxia: Vermifugação preventiva, controle do HI e vacinas. Família Dicrocoelidae o Trematoda Digenea de corpo alongado e translúcido; o Possui dois cecos cegos; o Ovários posteriores aos testículos; o Circunvoluções uterinas ocupando toda a região posterior ao ovário. Eurytrema spp Morfologia: Possui ventosas oral e dorsal, cavidade oral, faringe e ceco cego como sistema digestório e um poro excretor responsável pela excreção. Hospedeiros Definitivos: Ruminantes; raramente suínos e homem. Hospedeiros Intermediários: São necessários dois hospedeiros intermediários, o primeiro é o molusco gastrópode Bradybaena e o segundo é um artrópode podendo ser o gafanhoto Conocephalus sp. Localização: Pâncreas e raramente ductos biliares. Ciclo evolutivo: O molusco se infecta ao ingerir os ovos de Eurytrema eliminados nas fezes do HD, o miracídio eclode quando chega ao intestino do caracol e evolui para esporocisto, não há estádio de rédia, passando de esporocisto direto para cercaria, que irá sair do corpo do molusco no meio líquido e irá nadar até uma planta, onde irá se aglutinar em bolas mucilaginosas. O segundo HI irá ser atraído por essas bolas e ingerir as metacercárias infectantes. O HD, ao ingerir o pasto contendo o segundo HI infectado, irá se infectar. Patogenia: o parasita provoca um espessamento e endurecimentos dos canais pancreáticos, levando a uma possível caquexia, pois ele se nutri de sangue do HD e este irá se alimentar para repor células sanguíneas e não músculos. Diagnóstico: Clínico, laboratorial (constatação de ovos no exame coproparasitológico, pelo método de sedimentação) e post mortem. Profilaxia: Vermifugação preventiva, controle do HI e vacinas. Dicrocoelium dendriticum Semi-transparente, menor parasito ducto biliar (1cm) de ruminantes, não possui espinhos na cutícula Habitat: ductos biliares e vesícula biliar Hospedeiros: podem viver anos no HD HD – Ovinos, Bovinos, Cervídeos e Coelhos HI – Molusco terrestre – Zebrina/ Formigas marrons Ciclo evolutivo: As fezes do animal contêm os ovos que são ingeridos por caramujos terrestres, produzindo cercárias que depois são expelidas em uma massa consolidada por substância viscosa das quais são ingeridas por formigas marrons do gênero Formica transformando as cercarias em metacercarias. A larva instala-se no cérebro do inseto e passa a ordenar um comportamento anormal. Em vez de voltar ao formigueiro, toda noite a formiga vai para a ponta de uma folha de grama e fica parada lá a noite inteira. Se ela for comida por uma vaca, recomeça-se o ciclo. Se ela não for comida, volta para o formigueiro e comporta-se normalmente até o dia seguinte. Patogenia: não há migração pelo parênquima hep. Alta carga paras. – cirrose e fibrose dos ductos biliares Sintomatologia: Assintomática - anemia, edema e emaciação. Epidemiologia: • Distribuição Mundial • Hospedeiros intermediários não dependem da água • Ovo sobrevive meses no pasto Diagnóstico: Achado de necropsia Coproparasitológico Controle: • Difícil – longevidade dos ovos • Hospedeiros não dependem de água • Antihelmínticos Platynosomum fastosum Habitat: ducto biliar e vesícula biliar Hospedeiros: HD – Gato e furões HI – Caramujo terrestre, Crustáceo, Lagarto, lagartixa (Anolis), sapo Ciclo evolutivo: O gato parasitado elimina para o meio ambiente ovos juntamente com suas fezes. Estes ovos são ingeridos por moluscos terrestres. O miracídeo sai do ovo e penetra no tecido do molusco, desenvolve-se o esporocisto, que originam vários esporocistos migratórios, contendo cercárias. Os esporocistos saem do molusco para o solo, onde são ingeridos por isópodos terrestres. Nestes isópodos ocorre a maturação da cercária para metacercária. Estes isópodos são ingeridos por vertebrados inferiores (como lagartixas e sapos); as metacercárias ficam encistadas na vesícula biliar e ducto biliar comum destes vertebrados, esperando pelo hospedeiro definitivo par completar o ciclo biológico. O instinto predatório natural dos gatos garante a conclusão do ciclo. Patogenia – acima de 1000 – sinais clínicos Sintomatologia: “envenenamento por lagartixa”, discreta inapetência, icterícia, ascite, diarreia, vômito, morte; Epidemiologia: América do sul, África, EUA… Presença do HI Diagnóstico: Necropsia / Coproparasitológico Controle: Antihelmínticos Família Paramphistomatidae o Trematoda Digenea; o Possui um corpo cônico, convexo dorsalmente e côncavo ventralmente; o Apresenta dois cecos cegos; o Poro excretor dorsalterminal; o Ovários posteriores aos testículos; Paramphistomum cervi Morfologia: Corpo cônico, muito espesso, mais largo posteriormente. Possui coloração vermelha quando recentemente coletado. Ovos ovoides e operculados no poro mais estreito. Hospedeiro Definitivo: Ruminantes. Hospedeiro Intermediário: Moluscos gastrópodes (Biomphalaria tenagophyla). Localização: Formas imaturas residem no duodeno e adultos no rúmen e retículo do HD. Sua fase larval normalmente se instala na cavidade geral dos moluscos gastrópodes. Ciclo Evolutivo: Os ovos são eliminados juntamente com as fezes, para sua evolução prosseguir os ovos devem chegar a um meio liquido de alguma forma, após um tempo de atingir este meio o miracídio eclode. O miracídio então procura e penetra em um molusco gastrópode por meio de suas partes moles e se transforma em esporocisto e logo após em rédia. A rédia dará origem a cercárias que irão deixar o corpo do molusco e procurar plantas aquáticas para se fixar, virar metacercária e esperar ser ingerida pelo HD. Patogenia: A fase imatura localiza-se no duodeno causando diarreia, anemia, abatimento e edema intermaxilar. A fase adulta é comensal. Diagnóstico: Exame laboratorial (identificação de ovos por meio de sedimentação no exame coproparasitológico) e post mortem. Profilaxia: Vermifugação preventiva, controle do HI e vacinas. Família Schistosoma o Possui um corpo alongado; o É a única família da classe Trematoda que possui sexos separados, ou seja, são dioicos; o A fêmea é delgada e passa a vida inteira dentro do canal ginecóforo do macho que é maior e mais robusto que a fêmea; o Sua fase adulta é nos vasos mesentéricos. Schistosoma mansoni Morfologia: Trematódeo causador da esquistossomose, pode chegar de 1 a 1,5 cm de comprimento. Localização: Adultos parasitam o fígado e larvas estão prsentes em caramujos aquáticos. Hospedeiro Definitivo: Mamíferos Hospedeiro Intermediário: Caramujos. Ciclo Evolutivo: O ciclo é do tipo heteroxênico. O ovo do S. mansoni mede 150 micrômetros e é eliminado nas fezes do homem, sendo a forma diagnóstica de esquistossomose encontrada no Exame Parasitológico de Fezes. Eliminados e alcançando a água, os ovos eclodem originando miracídios, que medem 0,15 mm, e vão parasitar o hospedeiro intermediário: um caramujo do gênero Biomphalaria . No caramujo, o miracídio se desenvolve, dando origem a cercárias. Um miracídio pode dar origem a 100.000 cercárias. Na água, as cercárias parasitam o homem, penetrando-lhe a pele. Depois da penetração, as cercárias passam a se chamar esquistossômulos. Esses ganham a circulação venosa, chegam ao pulmão, coração, artérias mesentéricas e sistema porta. A maturação sexual ocorre nesse local após cerca de 30 dias da penetração, originado machos e fêmeas de 1 a 1.5 cm de comprimento. Há reprodução e ovipostura. Os ovos, após passarem da submucosa para a luz intestinal, são eliminados nas fezes. O tempo entre a penetração cutânea e o aparecimento dos ovos nas fezes é de 3 a 4 semanas. Patogenia: Na fase aguda da infecção, ocorre a dermatite cercariana (inflamação aguda da pele no local da penetração da cercária). Na fase crônica, ocorre embolia pulmonar; hepatite granulomatosa (infiltrado mononuclear, gigantócitos, eosinófilos) provocada pela presença dos ovos; fibrose do sistema porta, com conseqüente ascite e hepatoesplenomegalia. Diagnostico: Clínica e laboratorial. Controle: Provou-se que evitar banhos em locais onde possa existir o hospedeiro intermediário, erradicar o caramujo hospedeiro, elaborar campanhas de conscientização, investir em saneamento básico, destinar adequadamente as fezes, além de tratar corretamente os doentes é suficiente para controlar tanto a proliferação como a cronificação da doença. Classe Cestoda Platyhelminthes com aspecto de fita; Corpo segmentado em proglótides, possuindo escólex (cabeça) e estróbilo (corpo); Hermafroditas; Localiza-se no intestino delgado do hospedeiro definitivo; Sistema digestivo ausente (se alimenta por perfusão); Possui tipos diferentes de larvas: Cysticercoid (um escólex), Cysticercus (um escólex), Coenurus (vários escólex invaginados) e Hydatid (Cisto hidático com vários escólex invaginados). Os seus órgãos de adesão estão localizados no escólex e são eles: ventosas e rostro ou rostelo (conjunto de acúleos); Cada proglótide possui um ou dois conjuntos de órgãos reprodutores femininos e masculinos; Ordem Pseudophyllidae Não possuem ventosas, possuindo bótrias (sulcos longitudinais) como órgão de aderência; A casca do ovo é espessa, castanha e operculada; Seu ciclo evolutivo utiliza dois hospedeiros intermediários; Diphyllobotrium latum Morfologia: Cestoide longo, chegando até 20m de comprimento. Possui bótrias e seu poro genital localiza-se centralmente na proglótide, que quando grávida e madura possui a forma de um quadrado. Hospedeiro Definitivo: Homem, caninos, felinos e suínos. Hospedeiro Intermediário: São necessários dois: um crustáceo copépode (Cyclops) e um peixe de água doce. Localização: Intestino delgado do HD. Ciclo Evolutivo: Os ovos, eliminados pelas proglótides grávidas, saem junto com as fezes do HD. Os ovos devem se desenvolver na água, que após um tempo libera um coracídeo ciliado, que ao ser ingerido pelo crustáceo se desenvolve no próximo estádio larval denominado procercóide. Quando o crustáceo é ingerido por um peixe de água doce, como uma truta, o procercóide migra para os músculos ou vísceras deste e se desenvolve no próximo estádio larval denominado plerocercóide, sendo este o estádio larval infectante. O ciclo se completa quando o peixe infectado é ingerido cru ou malcozido pelo hospedeiro definitivo. Patogenia: O Diphyllobotrium causa anemia macrocítica em virtude da sua captação de vitamina B12 do intestino. Diagnostico: Exame coproparasitológico (por meio de sedimentação dos ovos) ou post mortem. Controle: Não alimentar animais com peixes malcozidos ou crus, evitando a infecção. Spirometra mansonoides Morfologia: Possui bótrias para fixação no HD, seu poro genital é localizado centralmente na proglótide, que quando grávida possui a forma de um quadrado. Localização: Intestino delgado do HD. Hospedeiro Definitivo: Carnívoros, felinos e caninos (raro). Hospedeiro Intermediário: Necessita de dois hospedeiros, sendo o primeiro um crustáceo e o segundo um peixe ou anfíbio. Podendo ocorrer no meio do ciclo um rato como hospedeiro paratênico. Ciclo Evolutivo: Os ovos, eliminados pelas proglótides grávidas, saem junto com as fezes do HD. Os ovos devem se desenvolver na água, que após um tempo libera um coracídeo ciliado, que ao ser ingerido pelo crustáceo se desenvolve no próximo estádio larval denominado procercóide. Quando o crustáceo é ingerido por um peixe de água doce, como uma truta, o procercóide migra para os músculos ou vísceras deste e se desenvolve no próximo estádio larval denominado plerocercóide, sendo este o estádio larval infectante. O ciclo se completa quando o peixe infectado é ingerido cru ou malcozido pelo hospedeiro definitivo. Patogenia: Ocasionalmente o homem pode adquirir este parasita, por ingestão de carne do HI infectado, sendo chamada de Esparganose esta zoonose. Provoca anemia e diarreia no HD. Diagnostico: Exame coproparasitológico (por meio de sedimentação dos ovos) ou post mortem. Controle: Não alimentar animais com peixes malcozidos ou crus, evitando a infecção. Ordem Cyclophylidae 4 ventosas; Ovo sem opérculo; Poros genitais laterais; Família Taeniidae o Orifícios genitais simples e alternados; o Rostro formado por acúleos de tamanhos diferentes; o Testículos numerosos; o Útero ramificado quando a proglótide está grávida; o As proglótides grávidas são mais longasdo que largas; Taenia solium Morfologia: Possui ventosas e um rostelo cheio de acúleos. O seu estádio larval ocorre no tecido muscular do HI, sendo denominado de Cysticercus cellulosae. Às vezes o cisticerco também pode se desenvolver no homem, dando origem a uma Cisticercose, que é o aspecto mais sério desta zoonose. Localização: O adulto localiza-se no intestino delgado do HD, já a larva localiza-se no tecido muscular do HI. Hospedeiro Definitivo: Homem. Hospedeiro Intermediário: Suínos e homem. Ciclo Evolutivo: O HD pode eliminar milhões de ovos por dia, que podem sobreviver ao ambiente durante vários meses. Depois da ingestão pelo HI, a oncosfera segue através do sangue para a musculatura estriada, onde irá se desenvolver e poderá ser visto a olho nu cerca de duas semanas mais tarde, quando atinge 1 cm. A longevidade dos cistos varia de semanas a anos. O HD infecta-se ingerindo carne crua ou insuficientemente cozida. Patogenia: A patogenia no HI infectado com cisticercos e do HD infectado com tênias adultas é inaparente. Já humanos infectados com cisticercos apresentam diversos sinais clínicos dependendo de onde o estádio larval se fixou, como por exemplo: distúrbios mentais, epilepsia, perda da visão, entre outros. Diagnostico: O diagnóstico é feito post mortem e por um método de varredura de TAC, que irá procurar cistos no tecido em questão. Controle: Regularidade da inspeção da carne, mantendo-a sempre refrigerada adequadamente. Manter suínos longe de longe de depósitos de excretas humanas e cozimento adequado de carne suína. Taenia saginata Morfologia: Não apresenta acúleos e possui 4 ventosas. Sua forma adulta varia de 5 a 15m de comprimento. No HI o cisticerco é branco-acinzentado e possui 1cm de diâmetro, no qual o escólex é nitidamente visível. Localização: Intestino delgado do HD. Hospedeiro Definitivo: Homem. Hospedeiro Intermediário: Bovinos. Ciclo Evolutivo: O HD pode eliminar milhões de ovos por dia, que podem sobreviver ao ambiente durante vários meses. Depois da ingestão pelo HI, a oncosfera segue através do sangue para a musculatura estriada, onde irá se desenvolver e poderá ser visto a olho nu cerca de duas semanas mais tarde, quando atinge 1 cm. A longevidade dos cistos varia de semanas a anos. O HD infecta-se ingerindo carne crua ou insuficientemente cozida. Normalmente o cisticerco parasita o músculo masseter, a língua e o coração do HI. Patogenia: O HI infectado por cisticercos não apresenta nenhum sinal clínico. Já o HD infectado com a forma adula da tênia pode desenvolver diarreia e cólica, mas normalmente não é fatal ao HD. Diagnostico: Inspeção de carcaças e exames post mortem. Controle: Higiene quanto à produção de carne bovina, cozimento completo da carne, não utilizar esterco humano em áreas de criação de bovinos. Taenia muticeps Morfologia: Possui até 1m de comprimento e comumente encontrado em cães domésticos e caninos silvestres. Hospedeiro Definitivo: Canídeos. Hospedeiro Intermediário: Ruminantes. Ciclo Evolutivo: As oncosferas, quando ingeridas por ovinos ou outros ruminantes, são levadas pelo sangue ao cérebro ou à medula espinhal, onde cada uma delas desenvolve o estádio larval, Coenurus cerebralis. Quando o cisto está maduro é facilmente identificado podendo atingir 5 cm de diâmetro e apresenta vários escólices na sua parede interna. O HD precisa ingerir o sistema nervoso do HI para se infectar. Patogenia: Dependendo da localização do cisto no HI ele pode gerar: defeitos visuais, andar em círculos, alteração na postura, hiperestesia ou paraplegia. Diagnostico: Pode ser detectado por amolecimento local do crânio ou por exame neurológico detalhado, ou post mortem. Controle: Não deixar que animais façam a ingestão de carne crua e dispensar cadáveres de forma adequada. Echinococcus granulosus Morfologia: É um gênero importante na família Taeniidae, que atinge um tamanho pequeno, sendo um dos menores cestóides de animais domésticos. O cestoide inteiro possui cerca de 6 mm de comprimento, possui um escólex e três ou quatro segmentos, sendo que a proglótide grávida ocupa metade do estróbilo. Hospedeiro Definitivo: Canídeos. Hospedeiro Intermediário: Ruminantes. Ciclo Evolutivo: O segmento grávido é eliminado junto com as fezes do HD. Após a ingestão do HI, os cistos se libertam e penetram na parede intestinal e segue pelo sangue para o fígado ou na linfa para os pulmões. O crescimento do cisto hidátide é lento, levando de 6 a 12 meses, podendo atingir até 20 cm de diâmetro. O HD ingere a carne crua e acaba se infectando pelo cisto e desenvolvendo a forma adulta. Patogenia: O cestoide adulto não é patogênico, podendo um animal estar infectado e não apresentar nenhuma sintomatologia. A maioria dos animais infectados com hidátides são identificados com o cisto apenas na hora do abate. Quando localizados no pulmão o animal pode apresentar deficiência respiratória, e quando estão no fígado pode-se notar uma leve distensão abdominal. Diagnostico: Clínico, laboratorial (sorologia e varredura de cistos) e post mortem. Controle: Tratamento regular de cães para eliminar vermes adultos, descarte adequado de carcaças e não ingerir carne malcozida. Família Davaideidae o Escólex com rostro protátil armado com acúleos; o Ventosas com acúleos; o Principal parasita das aves; o O estádio intermediário é um cisticercoide; o Orifícios genitais simples ou duplos; o Útero transformado em cápsula ovígera e não ramificado quando grávido; Davainea proglottina Morfologia: É o cestoide mais patogênico de aves, possui até 4 mm quando adulto, possui apenas de 6 a 9 segmentos, tanto o rostelo quando as ventosas apresentam acúleos. Localização: Intestino delgado do HD, e larvas cisticercóides nos caramujos. Hospedeiro Definitivo: Aves domésticas e pombos. Hospedeiro Intermediário: Lesmas e caramujos terrestres. Ciclo Evolutivo: Os adultos penetram na mucosa intestinal e liberam as proglótides grávidas nas fezes, que irão penetrar na lesma ou no caramujo por alguma parte mole de seu corpo e desenvolver o estádio larval de cisticercóide, que é a fase infectante, portanto a partir do momento que uma nova ave ingerir a lesma estará se infectando. Patogenia: Enterite hemorrágica, crescimento retardado e fraqueza. Diagnóstico: Coproparasitológico e post mortem. Controle: Tratamento das aves com anti-helmíntico adequado e da destruição do HI quando possível. Raillietina tetragona Morfologia: Apresenta cápsula ovígera quando a proglótide está grávida, possui de 2 a 3 séries de acúleos, um adulto chega até 4 mm de comprimento. Localização: Intestino delgado do HD e larvas no HI. Hospedeiro Definitivo: Galináceos. Hospedeiro Intermediário: Musca domestica, formigas e besouros. Ciclo Evolutivo: Os adultos penetram na mucosa intestinal e liberam as proglótides grávidas nas fezes, que serão ingeridas pelo HI e desenvolver o estádio larval de cisticercóide, que é a fase infectante, portanto a partir do momento que uma nova ave ingerir a formiga, mosca ou besouro estará se infectando. Patogenia: Nódulos caseosos na parede do intestino quando a infecção é maciça. Diagnostico: Exame clínico, coproparasitológico e post mortem. Controle: Tratamento das aves com anti-helmíntico adequado e da destruição do HI quando possível. Família Dilepididae o Rostro protátil; o Estádio larval se manifesta em cisticercóide em invertebrados; o Poro genital duplo; o Cestóide de cães, gatos e aves domésticas; o Rostelo possui diversas fileiras de acúleos; o Quando grávida, proglótide apresenta cápsula ovígera. Dipylidium caninum Morfologia: Um adulto pode medir entre 20 a 60 cm de comprimento, é o gênero de cestoide mais comum entre cães e gatos, o proglote é facilmenteidentificado sendo alongado. Localização: Adultos parasitam o intestino delgado dos HD e as larvas parasitam a cavidade geral dos HI. Hospedeiro Definitivo: Caninos e felinos. Hospedeiro Intermediário: Ctenocephalides canis, Ctenocephalides felis, Pulex irritans e Trichodectes canis. Ciclo Evolutivo: Os segmentos recém eliminados são ativos e podem se mover na região da cauda do animal. As oncosferas são ingeridas em aglomerados ou cápsulas, cada uma contendo cerca de 20 ovos. Depois de o HI ingerir os ovos, estes seguem para a cavidade abdominal, onde irão se desenvolver em cisticercóide. O HD infecta-se por ingestão da pulga ou do piolho contendo cisticercóides. Patogenia: O adulto não é patogênico, sendo que o animal pode estar repleto de adultos e não apresentar nenhum sintoma clínico, podendo apenas apresentar o ato de esfregar constantemente o períneo, por certo desconforto enquanto as proglótides estão rastejando envolta de seu ânus. Diagnostico: Clínico e laboratorial. Controle: Administração de anti-helmínticos e controle de ectoparasitas. Família Anocephalidae o Escólex musculoso desprovido de rostro e acúleos; o Ventosas espessas; o Proglótides mais largas do que longas em toda a extensão do estróbilo; o Órgãos sexuais simples ou duplos; o Orifícios genitais uni ou bilaterais de acordo com o número de órgãos sexuais; o Ovos com aparelho piriforme; o Larva cisticercóide em artrópodes. Anocephala perfoliata/magna Morfologia: Cestóide essencialmente de herbívoros, seu estádio larval é o cisticercóide. Apresenta de 20 a 80 cm. Localização: Estômago de equinos (A. magna) e válvula íleo-cecal (A. perfoliata). Larvas parasitam hemocele de ácaros oribatídeos. Hospedeiro Definitivo: Equinos e asininos. Hospedeiros Intermediários: Ácaros oribatídeos. Ciclo Evolutivo: Os segmentos maduros são eliminados nas fezes e se desintegram, liberando os ovos. Esses ovos são ingeridos por ácaros que se infectam e desenvolvem o estádio cisticercóide. Um ou dois meses depois da ingestão dos ácaros infectados na forragem, os cestóides adultos são encontrados no estômago e intestino de equinos. Patogenia: Normalmente considerado não patogênico, mas existe certa evidência de que infecções maciças podem causar grave sintomatologia clínica chegando a ser fatal. Pode geral ulceração da mucosa e enterite catarral ou hemorrágica. Diagnostico: Clínica (dificilmente diagnosticada, por ser parecida com outras doenças), laboratorial (exame coproparasitológico). Controle: Administração de anti-helmínticos e controle de ectoparasitas. Monieza expansa/benedeni Morfologia: Este gênero é comum em ruminantes e lembra muito a Anocephala dos equinos. Seus ovos são retangulares e possui glândulas interproglotidianas. Localização: Adultos no intestino delgado e larvas cisticercóides em ácaros. Hospedeiros Definitivos: Ruminantes. Hospedeiros Intermediários: Ácaros oribatídeos. Ciclo Evolutivo: Semelhante ao de Anocephala. Proglotes maduros ou ovos são eliminados nas fezes e, nos pasto, as oncosferas são ingeridas por ácaros da forragem. Os embriões migram para a cavidade corpórea do ácaro, onde se desenvolvem em cisticercóides. A infecção do HD ocorre pela ingestão dos ácaros. Patogenia: Embora considerado de pouca importância patogênica, porém há relatos de infecções maciças que apresentaram definhamento, diarreia e até mesmo obstrução intestinal. Diagnostico: Exame laboratorial (Coproparasitológico com presença de proglótides) e post mortem. Controle: Tratamento com drogas anti-helmínticas e controle de ectoparasitas. A. perfoliata e A. magna
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