Buscar

UMA CARTA A UM JOVEM TERAPEUTA (2019)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução
Essa pesquisa identificará e explicará o tratamento conceitual do autor Contardo Calligaris escritor do livro cartas a um jovem terapeuta e apresentará os conceitos chaves.
Desenvolvimento
No primeiro capítulo fala sobre a Vocação Profissional e aborda a importância de trabalharmos no sentido de produzir autonomia no paciente, onde menciona que nenhuma psicoterapia deveria almejar a dependência do paciente, caso contrário estaríamos substituindo a doença por um vício. Quanto maior liberdade e independência o paciente experimenta, maior é o indício de que a terapia segue no caminho correto. Isso contribui também para que o terapeuta avalie seu caráter, pois se deseja amor e admiração deve procurar outra profissão que ofereça esse status. 
Com base nisso o autor lista os traços de caráter fundamentais para quem quer se tornar psicoterapeuta. 
1. Um gosto pronunciado pela palavra e um carinho espontâneo pelas pessoas, por diferentes que sejam de você.
2. Uma extrema curiosidade pela variedade da experiência humana com o mínimo possível de preconceito. Isso requer um total abandono de nossas crenças e modelos preestabelecidos, para que possamos estar abertos ao mundo interno de quem está diante de nós. Se for um limite que não consegue superar, encaminhe para outro terapeuta. Se tiver opiniões morais prontas é melhor não seguir a profissão.
3. “ter uma experiência de vida”. Neste caso, não basta a experiência de vida, mas também que o terapeuta perceba que as questões apresentadas pelos pacientes, em algum momento também podem ter permeado a sua vida. É importante que o futuro terapeuta já tenha tratado suas questões na sua terapia pessoal e possa facilitar o processo quando esbarrar com questões parecidas em seu consultório, mas acima de tudo, que se permita ter liberdade de ser quem verdadeiramente é e que saiba lidar com suas escolhas e desejos. O terapeuta não precisa ser um modelo da normalidade. A fantasia e os desejos só encontram seu sentido nas vidas singulares.
4. 
“uma dose de sofrimento psíquico”. É importante que entremos em contato com nossas dores, que possamos elaborá-las em nossa análise, aprender com a experiência e perceber também que o terapeuta não precisa ser um exemplo de “perfeição” ou de “normalidade”. As fantasias e os desejos só encontram o seu sentido nas vidas singulares. O terapeuta também pode sofrer e sentir as dores da alma e isso mostra um indivíduo sensível, que pode entrar em contato com a dor do outro e se aproximar com mais empatia.
Se for importante ter uma gratidão elevada dos pacientes então não seja um terapeuta, por dois motivos:
1 – Dificilmente encontrará a gratidão que um médico encontra;
2 – Depois que o problema passa, o terapeuta é esquecido.
A confiança que o paciente deposita no saber do profissional pode ser excessiva, mas é bom que seja assim, esta confiança auxilia no processo de cura. Mas esta confiança não deve se transformar em uma eterna admiração seria substituir um mal por outro, perpetuando a terapia.
Quem trabalha com as motivações conscientes ou inconscientes de seus pacientes deve fazer sua terapia, não com fins didáticos, mas para se trabalhar também. Além disto, poderão ocorrer casos em que o paciente não melhora e você duvidará de sua prática, mas saberá que a prática funciona, pois já curou pelo menos um: si próprio.

Continue navegando