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1 OPERAÇÕES E LOGÍSTICA Prof. Antonio Carlos Polesel Pizzello I- HISTÓRICO e EVOLUÇÃO A definição de Logística foi uniformizada como: “o conjunto de atividades relativas à previsão e a provisão de todos os meios necessários à realização de uma guerra”. Posteriormente, o termo Logística passou a ser entendido como o “conjunto de atividades relativas à previsão e a provisão dos meios necessários à realização das ações impostas pela estratégia nacional”. À medida que a economia se globaliza, a indústria e o comércio passam a considerar todo o mercado mundial como seus fornecedores e clientes, assim, o conceito de transporte é necessariamente agregado aos fundamentos da Logística. a) “Um conjunto de atividades direcionadas à otimização do fluxo de cargas, desde a fonte produtora até o distribuidor final, garantindo o suprimento na quantidade certa, de maneira adequada, assegurando sua integridade, a um custo razoável, no menor tempo possível, atendendo às necessidades do cliente”. b) “É a globalização interna da empresa, com vistas a satisfazer o cliente, ordenando suas atividades básicas: compras, estocagem, produção, marketing, vendas e distribuição (transporte), gerando a eliminação de desperdício e diminuição dos custos (aumentando a rentabilidade) obtendo preços menores (ampliando o mercado), e estando na prateleira na hora que o cliente desejar comprá-lo (satisfação do consumidor). c) “É o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação, armazenagem, fluxo de informações, fluxo de materiais, peças e produtos acabados, através da organização e seus canais de marketing, de modo a maximizar a lucratividade através do atendimento dos pedidos a baixo custo. O papel da Logística na empresa tem por função, responder por toda a movimentação de materiais, dentro do ambiente interno e externo da empresa, desde a chegada da matéria-prima até a entrega do produto final ao cliente, através das atividades: PRIMÁRIAS: Transportes; Gestão de estoques; Processamento de pedidos. SECUNDÁRIAS: Armazenagem; Manuseio de materiais; Embalagem de proteção; Programação de produtos; Manutenção de informações. 2 II- LOCALIZAÇÃO DAS EMPRESAS O Cluster é tido como um fator competitivo, ou seja, o cluster caracteriza um agrupamento natural de empresas similares em determinada região geográfica, com as mesmas características econômicas e com um objetivo comum de competitividade. Podemos citar diversos exemplos com a região da Barra Funda, em São Paulo, como cluster de oficinas mecânicas, a Rua Santa Ifigênia, também em São Paulo, como um cluster de lojas de produtos eletrônicos. Na região industrial de Montes Claros em Minas Gerais, como um cluster da área bioquímica, a região do triângulo mineiro como um cluster da área da indústria agropecuária. Na área de serviços, podemos citar os clusters de restaurantes do bairro Bexiga em São Paulo. Na cidade de Manaus caracteriza um Cluster a região do bairro da Praça 14 de Janeiro sendo de peças automotivas de quatro e duas rodas, bem como a rua Rui Barbosa e suas adjacências como um Cluster de óticas, também como a Avenida Floriano Peixoto onde caracteriza o comércio de componentes eletrônicos e instrumentos musicais. Outros tipos de localização podem citados como o Condomínio Industrial, sendo muito utilizado no Brasil na implantação das montadoras de automóveis na década de 1990. Caracteriza-se pela localização dos fornecedores dentro da planta da montadora, ou adjacente a ela. Os fornecedores são escolhidos pela montadora, que determina as características da planta do fornecedor e orienta estrategicamente todos os participantes do condomínio. Considerado como uma ampliação do Condomínio Industrial, o Consórcio Modular surgiu na década de 1990 na indústria automotiva, onde o fornecedor se localiza dentro da planta da montadora e é responsável por todas as etapas de montagem de seus itens no veículo. O fornecedor é visto como um parceiro da montadora, ajudando a reduzir custos e investimentos, pois as instalações de montagem são de responsabilidade do fornecedor. A montadora fica responsável pela engenharia, controle da qualidade, comercialização e logística do produto final. A Volkswagen de Resende, que foi o primeiro consórcio modular no mundo, tem um foco administrativo em finanças, projeto, certificação de produtos, vendas e pós-vendas. Além de reduzir investimentos e custos, o consórcio tem outras vantagens para a montadora, como a disponibilidade de assistência técnica, melhor coordenação da produção e garantia de fornecimento. A localização de uma empresa industrial deve apoiar-se em fatores relacionados a custos de forma quantitativa e qualitativa. Para determinar os custos dos fatores quantificáveis ou objetivos, devem-se analisar os principais custos envolvidos: custos de pessoal, terreno e construção, equipamentos, transportes, água, luz, gás, taxas e impostos. Os fatores não quantificáveis ou subjetivos são: atitude do pessoal, dos sindicatos e da comunidade, restrições ambientais e governamentais, qualidade de vida, entre outros. 3 III- O PROCESSO DE COMPRAS É de primordial importância o processo de compras em uma organização quanto o papel do comprador dentro do contexto. Vale ressaltar o conhecimento que deve ter para administrar todas as etapas até sua efetivação, ou seja, a compra propriamente dita, para que não haja transtornos de falta e de sobras de materiais. Assim, o comprador deve avaliar as seguintes questões: Determinar a urgência; Compreender o produto; Esclarecer a especificação; Avaliar se o material é perigoso; Conhecer seus fornecedores, entre outros. As negociações abrangem diversas etapas que devem ser seguidas, dentre elas: Identificar todos os fornecedores possíveis; Explicar claramente a especificação e as condições de entrega; Utilizar um formulário de consulta padrão sempre que possível. Os principais fatores que devem ser levados em consideração quanto às cotações: Determinar a confiança e o relacionamento com o fornecedor em potencial. Avaliar garantias e serviço de apoio. Avaliar claramente as condições de vendas, incluindo os prazos de pagamento. Avaliar disponibilidade e serviço de entrega. Verificar se o preço é à vista ou faturado, e verificar o custo do transporte, principalmente se o produto for importado. A qualificação de fornecedores deve levar em considerações dentre outros: Negociar um preço competitivo. Todos os esforços devem ser feitos para estabelecer qual é o preço justo e razoável. Para isso, e aceitável solicitar redução de preço ao fornecedor potencial, quando for o caso. Considerar as necessidades futuras, podendo negociar um volume relacionado com o desconto respectivo. Agilizar as negociações para não afetar o lead time. Considerar como principais pontos para seleção do fornecedor: preço, serviço e entrega. 4 A Negociação não é uma disputa em que uma das partes ganha e a outra tem prejuízo. Embora elementos de competição estejam obviamente ligados ao processo, ela é bem mais do que isso. Quando numa negociação ambas as partes saem ganhando, podemos então afirmar que houve uma boa negociação. Saber negociar é uma das habilidades mais exigidas de um comprador. Os negociadores podem ser agrupados em quatro estilos comportamentais básicos: catalisador, apoiador, controlador e analítico. Não existe um estilo melhor que o outro; todos são bons, e o importante é que o negociador identifique o seu estilo e tente fazer o mesmo com a pessoa com quem vai negociar. Uma das chaves do êxito do processo de negociação é saber apresentar as nossas ideias de forma que cause mais impacto ao outro negociador. As características principaisde cada um desses estilos são: 1. Catalisador: pessoa criativa, sempre com novas idéias, entusiasta dos grandes empreendimentos. Às vezes é considerada superficial e irreal. Para causar impacto junto a ela é preciso apelar para aspectos de novidade, singularidade, liderança e disponibilidade. 2. Apoiador: pessoa que considera seres humanos muito mais importantes que qualquer trabalho e gosta de trabalhar em equipe, agradar os outros e fazer novos amigos. Às vezes é considerada incapaz de cumprir prazos, desenvolver projetos, enfim esse tipo de pessoa é encarado mais como missionário do que como executivo e, para causar-lhe impressão, deve- se mencionar harmonia, ausência de conflitos, garantia de satisfação e realização a quatro mãos. 3. Controlador: pessoa que toma decisões rápidas, e organizada, concisa, objetiva, com sentido de urgência. Muitas vezes é considerada insensível aos outros. Como argumento de negociação deve-se usar tudo que se relacionar com metas, resultados e ganhos de tempo e dinheiro. 4. Analítico: pessoa que gosta de fazer perguntas, coletar dados; é perfeccionista e muito detalhista. Fornecer-lhes dados disponíveis, alternativas para análise, decisões seguras e pesquisas ajudará bastante na negociação. 5 IV- SUPPLY CHAIN MANAGEMENT O Gerenciamento da Cadeira de Suprimentos ou Supply Chain Management, revolucionou completamente não somete a forma de comprar como também a produção e a distribuição de bens e serviços. Entretanto, em virtude dos sistemas cada vez mais complexos e do crescimento incessante da tecnologia da informação e de gerenciamento, a cadeia de suprimentos continuará revolucionando áreas como a administração de materiais, marketing, vendas e produção, sendo responsável, por exemplo, pela redução do tempo de estocagem e do número de fornecedores e pelo aumento da satisfação de clientes. O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ou Supply Chain Management é administrar o sistema de logística integrada da empresa, ou seja, o uso de tecnologias avançadas, entre elas gerenciamento de informações e pesquisa operacional, para planejar e controlar uma complexa rede de fatores visando produzir e distribuir produtos e serviços para satisfazer o cliente. A expressão Supply Chain Management e sua sigla SCM muitas vezes não são traduzidas para o português, por já estarem incorporadas no jargão empresarial. O objetivo do gerente da Supply Chain (SC) é satisfazer rapidamente o cliente, criando um diferencial com a concorrência e minimizar os custos financeiros, pelo uso de menos capital de giro, os custos operacionais, diminuindo desperdícios e evitando ao máximo as atividades de não agregam valor ao produto, tais como esperas, armazenamentos, transportes e controles. Qualquer que seja a empresa, no entanto, alguns fatores são chaves para o sucesso da cadeia de suprimentos, como o foco intenso no cliente, uso avançado de tecnologia da informação, índices quantitativos de desempenho, times interfuncionais e gerenciamento do fator humano. V- JUST IN TIME – JIT J.I.T. – Just In Time é um sistema de produção que procura agilizar a resposta da produção às demandas do cliente por meio da eliminação do desperdício e, consequentemente, do aumento da produtividade. No sistema JIT (apenas a tempo) o objetivo é produzir exatamente o que é necessário para satisfazer a demanda atual – nem mais, nem menos. O objetivo é também responder prontamente às demandas e necessidades do cliente pela redução contínua do tempo de manufatura graças às melhorias incrementais no sistema. Toda atividade que consome recursos e não agrega valor é um desperdício. 6 VI- KANBAN Vem do japonês que quer dizer: marcador, cartão, sinal ou placa, e é um método de produção e movimentação de materiais dentro do sistema Just In Time (JIT). O Kanban é um dispositivo que serve para controlar a ordem das atividades em um processo sequencial. Seu objetivo é indicar a necessidade de mais material e assegurar que ele seja entregue a tempo de garantir a continuidade da execução da atividade. É um sistema de controle físico e visual que consiste em cartões e contêineres. A linha de produção recebe o programa de trabalho que deve ser o mesmo diariamente. Todos os demais operadores e fornecedores recebem as ordens de fabricação por meio de cartões kanban – dos postos de trabalho subsequentes. Quando a produção para por algum motivo, por certo tempo, o posto parado não envia cartão de Kanban para o posto que o precede, e este também para até que complete o contêiner que estava enchendo, e assim sucessivamente. VII- CLASSIFICAÇÃO ABC É utilizada através do Gráfico de Pareto, sendo um método de diferenciação dos estoques segundo sua maior ou menor abrangência em relação a determinado fator, consistindo em separar os itens por classes de acordo com sua importância relativa. Este método também é empregado para tratar outras questões que envolvam importâncias relativas, por exemplo, dividir e priorizar os problemas para atacá-los dentro do enfoque da qualidade total. Podemos elaborar a classificação ABC por demanda valorizada. A classificação ABC é uma ordenação dos itens consumidos em função de um fator financeiro. Uma vez ordenados os itens, dividimos as listagens em três categorias – A, B e C. Em virtude não existirem critérios universalmente aceitos para a divisão das classes, costuma-se adotar critérios similares ao exposto abaixo: Classe A: Constituída por poucos itens, até 10% ou 20 % dos itens, o valor de consumo acumulado é alto, acima de 50% até 80% em geral; Classe B: Constituída por um número médio de itens, entre 20% e 30% em geral, apresenta um valor de consumo acumulado ao redor de 20% a 30%; Classe C: Constituída por um grande número de itens, acima de 50% e o valor de consumo acumulado é baixo, entre 5% a 10%. 7 VIII- DIMENSIONAMENTO E CONTROLES DE ESTOQUES Manter estoques elevados poderia ser a forma mais adequada de obter grandes lucros, pois a reposição dava-se sempre a preços bem maiores. Numa economia mais estável e de baixa inflação, isso não é verdadeiro, e uma boa gestão dos estoques poderá ser a responsável pelo lucro. Como os estoques representam parcela substancial dos ativos das empresas, devem ser encarados como um fator potencial de geração de negócios e de lucros. Assim, cabe o administrador verificar se estão tendo a utilidade adequada. A gestão de estoques constitui uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados. O inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoque. Caso haja diferenças entre o inventário físico e os registros do controle de estoques, devem ser feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias. O grande controle que pode ser feito em qualquer organização para auxiliar o fluxo de caixa é o referente aos inventários. Estoque em excesso significa gastar dinheiro à toa, arcar com um custo que não traz benefício algum. Qualquer custo, seja ele relacionado à produção, à administração de materiais ou simplesmente ao estoque, pode ser reduzido se for bem gerenciado. O inventário físico é geralmente efetuado de dois modos: periódico ou rotativo. Ele é Periódico quando em determinados períodos – normalmente no encerramento dos exercícios fiscais, ou duas vezes por ano – faz-se a contagem física de todos os itens do estoque. Nessas ocasiões coloca-se um número bem maior de pessoas com a função específica de contar os itens. É uma força-tarefa designada exclusivamente para esse fim, já que tal contagem deve ser feita no menor espaço de tempo possível. Inventário Rotativo é um processode recontagem física e contínua de todo o estoque. Este processo exige que o estoque seja contado em uma frequência pré-determinada (diária, semanal, mensal), sendo assim organizada em períodos cíclicos que acontecerão de acordo com a demanda de cada negócio. 8 IX- ACURÁCIA DOS CONTROLES Uma vez terminado o inventário, pode-se calcular a acurácia dos controles, que mede a porcentagem de itens corretos, tanto em quantidade quanto em valor, ou seja, a ação de contar o estoque físico e comparar com o estoque sistêmico, com o objetivo de eliminar as distorções entre estes estoques e apurar o resultado da empresa. X- GIRO DOS ESTOQUES O Giro de Estoques mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou. XI- COBERTURA DOS ESTOQUES Cobertura indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda da média. XII- NÍVEL DE SERVIÇO OU NÍVEL DE ATENDIMENTO Nível de serviço ou nível de atendimento é o indicador de quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos usuários. Assim, quanto mais requisições forem atendidas, nas quantidades e especificações solicitadas, tanto maior será o nível de serviço. XIII- CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO – CD Os Centros de Distribuição são sistemas de distribuição escalonados, onde o estoque é posicionado em vários elos de uma cadeia de suprimentos. Tem como objetivo um rápido atendimento às necessidades dos clientes de uma determinada área, distante dos centros produtores, permitindo a utilidade do tempo, fazendo com que os estoquem possam ser avançados para um ponto próximo aos clientes e os pedidos atendidos por este Centro de Distribuição (CD). Dentre as vantagens, os CD’s proporcionam um rápido atendimento à economia de transporte, pois, são operados como centros consolidadores de carga. Assim, ao invés de atender um grupo de clientes diretamente dos armazéns centrais, o que poderia implicar na movimentação de cargas fracionadas por grandes distâncias, a utilização dos Centros de Distribuição permite o recebimento de grandes carregamentos consolidados tendo custos de transporte mais baixos. O transporte até o cliente pode ser feito em cargas fracionadas, mas este é realizado em movimentos de pequena distância. 9 XIV- TRANSIT POINT O Transit Point é localizado de forma a atender uma determinada área de mercado distante dos armazéns centrais e opera como uma instalação de passagem, recebendo carregamentos consolidados e separando-os para entregas locais a clientes individuais. Uma das características dos sistemas Transit Point é que os produtos recebidos já têm os destinos definidos, ou seja, estão pré-alocados aos clientes e podem ser imediatamente expedidos para entrega local. Não há espera pela colocação dos pedidos. Esta é uma diferença fundamental em relação às instalações de armazenagem tradicionais, onde os pedidos são atendidos a partir do seu estoque. As instalações do tipo Transit Point são estruturalmente simples, necessitando de baixo investimento na sua instalação, tendo seu custo de manutenção relativamente baixo. XV- CROSS DOCKING Os Cross Docking, ou seja, transferência de mercadorias nas docas do armazém, é utilizado apenas para transferir produtos de um caminhão para outro, não possuem nenhum estoque gerenciado separadamente. É uma instalação especializada destinada à transferência de estoque em trânsito entre caminhões. Normalmente, é uma grande construção formada principalmente por galpões de recebimento de um lado, galpões de embarque do outro e áreas de montagem entre ambos. Embora o nome indique um tipo de instalação de armazenagem, os Cross Docking geralmente não mantêm produtos por mais de 24 horas. No Cross Docking os produtos são enviados diretamente de um galpão de recebimento para um galpão de embarque sem armazenagem intermediária. A técnica de Cross Docking foi originalmente criada pelo Wal-Mart, que utiliza com eficiência exemplar no transporte de produtos para sua cadeia nacional de lojas de desconto. As instalações do tipo Cross Docking operam sob o mesmo formato que o Transit Point, sendo que se caracterizam por envolver múltiplos fornecedores atendendo clientes comuns. Cadeias de varejo são candidatos naturais à utilização deste sistema. Carretas completas chegam de múltiplos fornecedores e então se inicia um processo de separação dos pedidos, com a movimentação das cargas da área de expedição. Em sistemas de Cross Docking automatizados são utilizados leitores de códigos de barras e ainda o RFID (Identificação por radiofreqüência), que identificam a origem e o destino de cada pallet. Desta maneira, os pallets são automaticamente direcionados para as respectivas docas através de correias transportadoras e carregados nos veículos que farão a entrega local, partindo com uma carga completa formada por produtos de vários fornecedores. 1 0 XVI- MILK RUN A denominação Milk Run trata de um sistema de coletas programadas de materiais, que é utilizado em uma modalidade de transporte, geralmente um Operador Logístico, para realizar as coletas em um ou mais fornecedores e entregar os materiais no destino final, sempre em horários pré- determinados. É realizado pelo roteiro de coletas programadas, a fim de melhorar o transporte de dois ou mais fornecedores de uma mesma região até chegar às dependências da fábrica, gerando um fluxo contínuo de abastecimento de peças e retorno de embalagens, garantindo o abastecimento das linhas de montagem. Na indústria automobilística, o recolhimento dos componentes pelos fornecedores pode ser realizada pela própria empresa, visto desta forma poder efetuar uma melhor gestão da sua rota, da quantidade de compenentes necessários de cada fornecedor e da capacidade dos seus veículos de transporte. Portanto, o Milk Run, consiste em um sistema de entregas em que ao mesmo tempo que se deixa a mercadores, se leva a outra para economizar nos custos de tranportes. Vale ressaltar que, para se obter um bom sistema de Milk Run de Fornecedores, Operadores Logísticos e Clientes, deve estar sincronizados, possuindo um bom canal de coumunicação entre esses elos e cumprir com as devidas responsabilidade. Os fornecedores devem ter materiais prontos para embarcar na doca de expedição, na quantidade programada para o dia, observando os seguintes pontos antes da chegada do caminhão – embalagens padronizadas, devidamente paletizadas, etiquetadas e com a documentação emitida. XVII- ECR – RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR A Logística ganha a responsabilidade de agregar valor ao produto, através de um serviço mais eficiente. Entre estas exigências por serviço, pode-se destacar: Redução do prazo de entrega; Maior disponibilidade de produtos; Maior cumprimento dos prazos de entrega; Maior facilidade de colocação do pedido Muitas empresas usam a tecnologia de informação como ferramenta para auxiliar o processo de otimização de transporte, objetivando maximizar as entregas e minimizar os custos, baseando-se em restrições de tipo de transporte, capacidades dos veículos, rotas e restrições de entrega ao cliente, causadas por fatores logísticos e legais, como horário de circulação restrita nas áreas urbanas, recebimento físico precário, ausência de plataformas ou equipamentos de descarga, etc. 1 1 O ECR – Resposta Eficiente ao Consumidor atua nos diferentes agentes do canal de distribuição. Desde os atacadistas, varejistas e às indústrias, é possível observar uma redução de estoques, um melhor conhecimento do consumidor, uma redução no tempo de reabastecimento de mercadorias, uma redução nos custos operacionais e administrativos e nos custos de transação, um aumento nas vendas, dentre outros. Em relação aos varejistas, háuma maior lealdade dos consumidores e um melhor mix de produtos nas gôndolas. E os benefícios para os consumidores envolvem um maior sortimento de produtos e conveniência, serviços mais eficientes, produtos a melhores preços, produtos mais frescos e de melhor qualidade e facilidade na obtenção de todos os produtos de que necessitam. Como o objetivo do ECR é retirar da cadeia de abastecimentos as atividades que não agregam valor. É necessário então a definição de estratégias para se alcançar este objetivo. Desta maneira as estratégias básicas do ECR de acordo com ECR Brasil (1998) são as seguintes: Reposição Eficiente de Produtos: que tem como meta otimizar o tempo e o custo do sistema de reposição, baseando-se na demanda real dos consumidores, reduzindo o nível de estoque e os tempos de ciclo ao longo de toda a cadeia. Sortimento Eficiente de Produtos: otimizar os estoques e espaços da loja na interface com o consumidor, ou seja, estabelecer o mix ideal de mercadorias que satisfaça às necessidades do conjunto de consumidores de determinada loja obtendo, com isso, aumento no volume de vendas, na rentabilidade e no giro dos estoques. Introdução Eficiente de Produtos: maximizar a eficácia do desenvolvimento e lançamento de novos produtos. Através do trabalho conjunto entre fornecedores e varejistas, visando otimizar investimentos em pesquisa, desenvolvimento e lançamento de produtos. Promoção Eficiente de Produtos: maximizar a eficiência de todo o sistema de promoção de venda ao varejo e ao consumidor final.