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Resumo Enxerto Ósseo Autógeno - extensão cirurgia oral

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Resumo Enxerto Ósseo Autógeno
Louriane Cardoso Mestriner 
Atualmente a área de implantodontia vem ganhando posições mais altas dentro da Odontologia, uma vez que a mesma consegue reabilitar plenamente áreas desdentadas devolvendo ao paciente suas funções. Porém, após as extrações ou perda do elemento dental, há ainda o problema de reabsorção óssea, a qual compromete o volume do osso remanescente, impossibilitando a instalação de implantes. 
Para recuperar o volume ósseo perdido, o implantodontista, lança mão de enxertos. Os enxertos ósseos autógenos são os mais utilizados para auxiliar na instalação desses implantes, sendo estes retiradas de sítios do próprio paciente, diminuindo risco de infecções, inflamações, transmissões de enfermidades e reação imunológica. Esse tipo de enxerto possibilita osseointegração de implantes, porém o sítio doador pode sofrer deformidades, devido a retirada do fragmento. 
Há vários tipos de apresentação de enxertos, eles podem ser triturados ou raspados, ou em blocos. Os em blocos são fragmentos de ossos corticais, esponjoso ou cortico esponjoso. Sendo considerado o cortico esponjoso um ótimo osso, pois possui características de osteocondução, osteoindução e osteogênese devido as cls progenitoras. 
Para que haja sucesso na colocação de implantes e no enxerto é necessário conhecimento sobre os princípios biológicos da reparação e revascularização dos enxertos autógenos. Nos ossos esponjosos o enxerto começa pela formação do coagulo conjuntamente com tecido de granulação, em seguida há invasão de capilares sanguíneos entre as trabéculas osseas, podendo acontecer uma anastomose com os vasos do enxerto. Os osteoblastos sobreviventes do enxerto e os oriundos da área receptora secretam matriz óssea, circundando núcleos de osso não vital. A osteoindução, decorrente da liberação de fatores de crescimento exerce ação sobre células precursoras e células osteogênicas, favorecendo mais neoformação óssea. Assim há reabsorção de osso não vital e substituição por um novo osso na fase de remodelação que se completa depois de alguns meses. 
Em osso cortical, o reparo se inicia com a formação de tecido de granulação, porém por sua espessura densa e porosa a impedimento dos capilares sanguíneos de invadirem, retardando a revascularização, a qual é precedida por atividade osteoclástica abrindo passagem para os novos vasos sangüíneos. Os osteoblastos penetram o enxerto e só então tem início a neoformação óssea. 
O osso cortico esponjoso apresenta as características dos dois tipos de ossos, sendo a rápida reparação do osso esponjoso e a resistência mecânica do componente cortical. Encontra-se osso cortico esponjoso na crista do osso ilíaco, esse é um ótimo sitio doador para enxertos prévios à implantes. 
Como qualquer tratamento o planejamento é de suma importância para obtenção de sucesso. Portanto no planejamento de casos de implantes que necessitam de enxertos é necessário atentar-se a manipulação cirúrgica do enxerto, o preparo do leito receptor, a fixação do enxerto e o seu recobrimento. 
Sendo consideradas que os enxertos ósseos são cirurgias pré-protéticas, a realização do planejamento é reversa. Portanto primeiramente considera-se a área doadora, levando em conta o tipo de osso, a quantidade e suas características. Posteriormente prepara-se o leito receptor, o qual favorecerá o influxo de nutrientes e células de osteogênese para o enxerto. 
A manipulação do enxerto deve ser de forma muito cuidadosa. O bloco cortico esponjoso deve ser comprimido devido aos seus amplos espaços medulares impedindo um colapso estrutural. O osso esponjoso por ter rápida revascularização convém aplica-lo contra o leito receptor. As margens dos enxertos devem ser arredondas sem nenhuma aresta aguda, espaços mortos devem ser evitados, caso estejam presentes podem ser preenchidos com osso esponjoso. 
Na fixação do enxerto ao leito receptor oferece resistência as forças de cisalhamento. Se a fixação não é adequada movimentação do bloco permite a interposição de tecido fibroso. Blocos grandes podem ser fixados em dois pontos, garantindo sua imobilidade.
Por fim há o recobrimento do enxerto, o tecido mole assim como o enxerto deve ser manipulado de forma adequada para que possa proteger essa área de aumento de volume. Portanto incisões de alivio podem ser realizadas no periósteo. Para avaliar se o tecido esta bem preparo, é necessário que ele repouse sobre a área exertada sem qualquer tensão.
A fase de reparação, posterior a colocação do enxerto, ou seja, pós operatória, deve variar de 4 a 6 meses, dependendo do volume enxertado. Após essa fase realiza-se a instalação dos implantes.

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