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151 Aula 6: Gerenciamento de estoques Gerenciamento de estoques � Apresentação Numa visão tradicional nas empresas é de se manter estoques de produtos por di- versas razões: para acomodar variação nas demandas, para produzir lotes econômicos ou para não perder vendas. Mas, essa visão, no entanto, acarreta para as empresas custos alto de manutenção, falta de tempo na resposta ao mercado consumidor e risco de estoques tornarem-se obsoletos. Nesta aula abordamos o Gerenciamento dos Estoques. Há necessidade que se domine certos conceitos básicos, algumas técnicas quantitativas elementares e alguns princípios de análise empresarial para tomada de decisões quanto a planejamento, re- dução de custos e projetos de novas tecnologias (WMS). AULA 6 METAS DE COMPREENSÃO � Identificar as atividades relacionadas aos processos de estocagem e armazenagem, relacionando argumentos para aplicar no gerenciamento de estoques. � Reconhecer os critérios da descrição das visões cíclicas e push/pull na cadeia de suprimentos. � Aprender a avaliar projetos de automação para aperfeiçoar a atividade de armazenagem com a tecnologia WMS. NESTA AULA � Conceitos de estoques e armazenagem � Gerenciando os estoques � Custos e a manutenção dos estoques � A qualidade dos produtos versus custos � Estoques razões para sua manutenção � Sistemas de Gerenciamento de Armazéns – WMS 152 Conceitos de estoques e armazenagem O que é estoque? O alcance do termo é muito flexível na visão de vários autores. Viana (2000) considera como representativo de matérias-primas, produtos semiacabados, componentes para montagem, sobressalentes, produtos acaba- dos, materiais administrativos e suprimentos variados. Para Arnold (1999) estoque é composto de materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja para vender ou para fornecer insumos, ou suprimentos para o processo de produção. Francischini (2004, p. 81) define estoque como “quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo”. E o que entendemos por armazenagem? O armazenamento sempre foi um fator importante e estratégico de desen- volvimento econômico. Voltemos à era pré-industrial: o armazenamento de produtos era feito nas próprias residências. Nós, consumidores, aceitávamos o riscos respectivos. Ainda hoje, mas com percentual baixo, encontramos ca- sos de armazenamento, como na época de alta inflação, quando se comprava produtos em excesso para estoque. Isso mudou. Com a evolução tecnológica estenderam-se múltiplos benefí- cios à área de armazenagem como a introdução de novos métodos de racio- nalização, novos fluxos de distribuição de produtos e a adequação das insta- lações e equipamentos para movimentação física de cargas. A armazenagem tornou-se parte integrante das estratégias Just-In-Time (JIT) e de produção sem estoque Uma importante mudança na armazenagem é a flexibilidade máxima. Essa flexibilidade foi possível ser obtida pela Tecnologia da Informação que, com aplicações baseadas na informatização, têm influenciado quase todas as áreas de operações de armazenagem, criando novas e melhores formas de realizar a estocagem e o manuseio. PALAVRA DE AUTOR Um armazém típico está comprometido com a combinação de duas alternativas de estocagem de produtos: a estocagem ativa e a estocagem estendida. Os armazéns que atendem diretamente aos clientes normalmente concentram-se numa estocagem de curto prazo ativa. [...], há os armazéns que usam a estocagem estendida para inventários especulativos, sazonais ou obsoletos. (BOWERSOX, 2007, p.323) 153 Aula 6: Gerenciamento de estoques Mas para controlar e avaliar as operações de um armazém deve-se dife- renciar as exigências e as capacidades de desempenho entre a estocagem ativa e a estocagem estendida. Estocagem ativa É o reabastecimento básico de um estoque que deve fornecer inventario suficiente para que as demandas periódicas possam ser atendidas. Ela está normalmente relacionada à capacidade de se obter economias de escala em transporte ou no manuseio de produtos. Estocagem estendida É o estoque que excede às exigências normais de abastecimento dos es- toques de um cliente como exemplo: são os itens sazonais em estoque que aguardam a demanda ou o fornecimento para serem distribuídos ao longo do tempo. Outro exemplo são as compras antecipadas que, aproveitando descontos podem justificar uma estocagem estendida. Gerenciando os estoques Já estudamos as conceituações do que é estoque e armazenagem e a diferença desses dois elementos na cadeia de suprimentos. Mas como ge- renciar de modo eficiente este sistema? Devemos compreender a natureza genérica dos cargos gerenciais e as diferentes formas como podemos desempenhá-los para compreender a im- portância de integrar e interagir no fluxo de materiais e suas funções de suporte. Vamos lá? Stewart (1982, p. 2-3) uma professora inglesa, desenvolveu um esque- ma que ajuda a compreender a natureza genérica dos cargos gerenciais. Um esquema que pode ser usado para analisar um cargo em particular e a forma como ele pode ser desempenhado. É um esquema útil para gerentes preocupados com sua própria eficácia. Segundo a autora os cargos de gerentes têm três aspectos importantes: exigências; restrições e escolhas. A Figura 6.1 demonstra estas exigências para tomada de decisões. Exigências: são tarefas determinada pelo cargo que o ocupante neces- sariamente deve desempenhar. Compreendem as atividades obrigatórias como: atingir padrões mínimos de desempenho, manter determinados con- tatos, participar de certos tipos de reuniões, cumprir determinadas obriga- ções burocráticas e outras. Restrições: abrangem os fatores internos e externos à organização que limitam o que o ocupante do cargo pode fazer, como: restrições impostas ao desempenho de um cargo que podem ter origem através de uma legisla- ção, limitação de recursos, das instalações e de outras fontes. 154 Escolhas: abrangem atividades que o ocupante do cargo pode fazer (não obrigatoriamente), mas como oportu- nidades e maneiras de fazer tarefas diferenciadas de outros gerentes. As escolhas, por exemplo, podem ser as tarefas que o gerente decide ignorar ou delegar a subordinados, com as ha- bilidades que ele prefere aprimorar-se em sua ênfase em determinados aspec- tos de seu trabalho ou da unidade sob a sua responsabilidade. Stewart (1982) reforça a ideia de que o trabalho dos gerentes depende muito deles mesmos, ainda que este- jam sob exigências e restrições im- postas por outros. Sua eficiência pes- soal depende da forma como tomam as decisões, muitas vezes incorretas. Um exemplo está em como usam o seu tempo e administram a si próprios , nem sempre fazendo o que deveriam. O gerente da área de Materiais/Suprimentos/Logística é o responsável pelo sucesso das operações na sua área. Mas pode delegar responsabilidade para outros, assim como a respectiva autoridade necessária. O que não pode é transferir a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso do desempenho final de seu departamento. Para operar com sucesso o seu departamento deve tomar as seguintes pre- cauções: 1) estar totalmente informado e a qualquer momento sobre o que acontece em todas as divisões e seções que possam influir na lucratividade ou na estabilidade da organização; 2) ser um conhecedor da politica da empresa, saber traduzir esta estratégia em uma politica operacional de materiais, em conjunto com a alta administração da organização; 3) estar ciente de que Ma- teriais/Logística são os responsáveis pela saúde financeira da empresa. TROCANDO IDEIAS Veja a proposta de um exercício de avaliação de comportamentos gerenciais. Não tem um gabarito para indicar erros e acertos, mas tem como objetivo principal promover o debate com os demais colegas de estudo sobre a importância dos comportamentos relacionados.Coloque esses comportamentos em ordem, de acordo com o que você julga importante para um bom desempenho gerencial. Use sua experiência, seu conceito prático sobre gerência e acrescente outros comportamentos. Dê o número (1) para o comportamento que você considera como o mais importante e prossiga até o (14), ou mais, de menor importância. Faça a primeira avaliação individualmente e, posteriormente, com seus colegas de estudo. Gestão e Gerenciamento de Estoque 155 Aula 6: Gerenciamento de estoques COMPORTAMENTOS IMPORTÂNCIA Para ser eficaz, como gerente você precisa... Você Colegas Entender, comunicar e interpretar a politica da organização e, assegu- rar que sua equipe a entendam. Tomar decisões corretas com rapidez. Designar tarefas e responsabilidades de acordo com as habilidades dos membros da equipe. Incentivar seus colaboradores. Apresentar-lhes ideias e sugestões. Estimular clima de competição dentro da equipe. Investir no desenvolvimento de sua própria competência. Designar com clareza as tarefas e responsabilidades dos membros da sua equipe. Saber mandar, saber instruir e saber cobrar. Ser mais competente ou, pelo menos, igual do que a equipe do ponto de vista técnico. Ser organizado, especialmente no uso do próprio tempo. Cuidar da própria aparência. Dar apoio às politicas e planos da empresa. Dar à sua equipe o exemplo de comportamento ético. Participar ativamente da vida comunitária. (Acrescente outros itens de acordo com sua experiência). RESPONSIVIDADE VERSUS EFICIÊNCIA Um dilema geral enfrentado pelos gestores de estoques ao tomarem decisões relacionadas a estoque esta entre a Responsividade e Eficiência. Chopra (2011, p. 31) diz que uma Cadeia de Suprimentos altamente res- ponsiva deve dedicar todas as suas estratégias funcionais à responsividade, ao passo que uma cadeia de suprimentos eficiente deve focar todas as suas estratégias funcionais na eficiência. 156 A tabela 6.2 demonstra uma comparação das cadeias de suprimentos eficientes e responsivas. TABELA 6.2 – Comparação das Cadeias de Suprimentos Eficientes e Responsivas Descrição Cadeias de Suprimentos Eficientes Cadeias de Suprimentos Responsivas Objetivo principal Suprir demanda ao menor custo. Responder rapidamente à demanda. Estratégia de projeto do produto Maximizar o desempenho ao mínimo e custo do produto. Criar modularidade para permitir pos- tergação de diferenciação do produto. Estratégia de preço. Reduzir margens porque o preço é um fator principal para o cliente. Margens maiores, porque preço não é um fator principal para o cliente. Estratégia de manufatura. Reduzir custos por meio de alta utilização. Manter flexibilidade de capacidade como: segurança contra incerteza da demanda/oferta. Estratégia de estoque. Minimizar estoque para reduzir custo. Manter estoque de segurança para lidar com incerteza da demanda/oferta. Estratégia de tempo esperado (pelo cliente) Reduzir, mas não em detrimento de custos. Reduzir agressivamente, mesmo que os custos sejam significativos. Estratégia de fornecedor Selecionar com base em custo e qualidade. Selecionar com base em velocidade, fle- xibilidade, confiabilidade e qualidade. FONTE: Adaptado de FISCHER, Marshall I. “What is the right supply chain for your product” Harvard Business Review, março-abril, 1997, p. 83-93. PALAVRA DE AUTOR […] para alcançar o alinhamento estratégico é combinar a responsividade da cadeia de suprimento com a incerteza implícita da demanda, na zona de alinhamento estratégico. Todas as estratégias funcionais pertencentes à cadeia de valor devem sustentar o grau de responsividade da cadeia de suprimento. (CHOPRA, 2011, p. 32) � Concluímos que: Aumentar os estoques tornará a cadeia de suprimentos mais responsiva ao cliente. Mas essa escolha pode facilitar uma redução na produção e em custo de transporte. Porém tem um preço, uma vez que é adicional, reduz a eficiência e aumenta o custo de manutenção de estoque. Um gerente de cadeia de suprimentos pode utilizar o estoque como um dos fatores-chave e atingir o nível de responsividade e eficiência que depende da estratégia competitiva estabelecida como alvo pela organização. Gestão e Gerenciamento de Estoque 157 Aula 6: Gerenciamento de estoques VISÃO CÍCLICA – VISÃO PUSH E VISÃO PULL A Cadeia de Suprimentos é uma sequência de processos e fluxos que acontecem dentro e em diferentes estágios da cadeia. Combinam uma sé- rie de ciclos para atender a necessidade do cliente. Chopra (2011, p. 9) justifica que a Visão Cíclica é muito útil quando con- sideramos as decisões operacionais. Ela especifica claramente os papéis e as responsabilidades de cada componente da cadeia de suprimentos. Possibilita maior clareza, como, por exemplo, na criação de sistemas de informação que apoiem as operações da cadeia de suprimentos, enquanto as responsabilidades e os objetivos são claramente definidos. A Figura 6.3 – nos dá os diversos ciclos da cadeia de suprimentos. Chopra (2011) destaca como ponto-chave que a visão cíclica da cadeia de suprimentos define claramente os processos envolvidos e os responsá- veis por cada processo. É uma visão muito útil quando consideramos decisões operacionais. Ela especifica os papeis e as responsabilidades de cada membro da cadeia e o resultado esperado em cada processo. 158 As decisões na cadeia de suprimentos exercem um forte impacto sobre o sucesso ou fracasso de uma empresa porque influenciam significativamente tanto a receita gerada quanto o custo embutido. Chopra (2011, p. 11) justifica também a segunda maneira de visualizar- mos outro processo da cadeia de suprimentos através da Visão push/pull (empurrar/puxar). Pull – quando acionados em resposta aos pedidos dos clientes. Push - quando acionados em antecipação aos pedidos dos clientes. É uma visão muito útil se considerarmos decisões estratégicas relaciona- das ao projeto da cadeia de suprimentos, mas que nos leva a uma análise mais global do processo ligado ao pedido do cliente. Uma visão que pode resultar na transferência de responsabilidades de determinados processos para um estágio diferente da cadeia. Essa transferência permitirá que um processo push se transforme em um processo pull. Chopra (2011, p.12) nos dá dois exemplos: (1) para um ambiente do tipo - fabricar para estocar - que denominamos aqui como empresa A. (2) do tipo – montar para atender - que denominamos como empresa B. A Figura 6.4 demonstra o processo push/pull com a visão cíclica da empresa (A). Gestão e Gerenciamento de Estoque 159 Aula 6: Gerenciamento de estoques A empresa (A) executa todos os processos (fig.6.4) no ciclo de pedido do cliente após a sua chegada. Todos estes processos são do tipo de puxar (pull). O atendimento ao pedido é feito com um estoque de produtos or- ganizado, ou seja, montado, em antecipação ao pedido do cliente. Quanto ao ciclo de reposição, o objetivo é garantir a disponibilidade do produto na chegada do pedido, todo o processo deste ciclo é realizado em antecipação a demanda, considerados portanto como processos do tipo de empurrar (push). O mesmo também é valido para os processos nos ciclos de fabrica- ção/suprimentos. Como exemplo, podemos citar o tecido como uma das matérias-primas que por vezes é adquirida de seis a nove meses antes do previsto à deman- da do cliente; a fabricação dos produtos começa em torno de três a seis meses antes de chegar ao ponto de venda. Todo este processo nos ciclo de fabricação e suprimentos é considerado, portanto, de processo de empur- rar (push). A Figura 6.5 demonstra o processo push/pull com a visão cíclica da empresa (B). 160 Neste exemplo vamos supor uma empresa fabricante de computadores, produto sob encomenda. Alguns fabricantes vendem diretamente ao clien- te; neste caso a demanda não é atendida por um estoquede produtos aca- bados, mas pela própria produção. A Dell Computadores é um exemplo. Na Dell existem apenas dois ciclos na cadeia de suprimentos: (1) ciclo do pedido do cliente e de fabricação; (2) o ciclo de suprimentos como demonstrado na Figura 6.5. Os processos no ciclo de pedido do cliente e de fabricação são classificados como processos Pull (puxar) porque são iniciados com a chegada de pedido do cliente. A empresa, porém, não faz seus pedidos de acordo com o pedido do clien- te. Seu estoque é reabastecido antecipado à demanda do cliente. Todos os processos no ciclo de suprimentos da Dell, portanto, são considerados Push (empurrar) porque são respostas a uma previsão. Então concluímos que to- dos os processos da cadeia de suprimentos da empresa estão divididos entre os processos pull e push como demonstrado na figura anterior. Para Chopra (2011), a visão push/pull distingue os processos iniciados em resposta ao pedido do cliente (pull) dos realizados em antecipação ao pedi- do do cliente (push). Uma visão muito útil se considerarmos como decisões estratégicas relacionadas ao projeto da cadeia de suprimentos. Custos e a manutenção dos estoques Existem características que são comuns a todos os problemas de controle de estoque. Não importa se são matérias-primas, material em processo ou produtos acabados. O que é preciso para entender esses traços básicos que são: (a) os objetivos do estoque, (b) a previsão de incertezas e (c) os custos associados aos estoques. OS OBJETIVOS DO ESTOQUE Nesta aula no item Conceituações abordamos sobre o assunto. Comenta- mos que o alcance do termo é bastante flexível na visão de muitos autores. Na minha visão acredito que o objetivo dos estoques é de aperfeiçoar (tor- nar ótimo) o investimento, aumentar o uso eficiente dos meios financeiros e, minimizar as necessidades de capital investido em estoques. PENSE NISSO Você agora já possui muitas informações sobre o assunto, responda: qual é a sua visão a respeito do que é estoque e qual seu objetivo? Gestão e Gerenciamento de Estoque 161 Aula 6: Gerenciamento de estoques PREVISÃO DE INCERTEZAS Decidir por um nível de estoque tem seus riscos associados: 1. Nunca temos a certeza da quantidade que será solicitada pelos clientes e da quantidade ideal a ser enviada para armazenagem. 2. Não podemos prever com exatidão quando iremos receber os supri- mentos para inicio da produção e abastecimento do estoque. Hoje temos diversas técnicas de TI com softwares adequados para uma previsão de vendas que facilitou o relacionamento entre fabricantes e for- necedores facilitando o mapeamento para processar um pedido e progra- mar a produção com exatidão. CUSTOS ASSOCIADOS AOS ESTOQUES Você se lembra deste alerta relacionado na aula 3:Vamos relembrar? O modo de gerenciar uma cadeia de suprimentos pode levantar ou derrubar uma empresa. Por que? Aqui está uma das principais preocupações do gerente/admi- nistrador de materiais na Cadeia de Suprimentos:saber quais são os custos relacionados ao estoque que ele gerencia. Quando a sobrevivência da empresa é ameaçada pelos custos acima dos concorrentes diretos, o gerente/administrador deve manter um controle rigoroso para os itens que compõem os custos de estoque. Com base nas informações apuradas, aplicar ações corretivas para reduzi-lo a níveis acei- táveis pela organização. Francischini (2004, p. 162-170) identifica o custo de estoque desmem- brado em quatro partes, que servem de auxilio na determinação do nível de estoque a ser mantido: 162 � Custo de aquisição – é o valor pago pela empresa compradora pelo material adquirido. É um custo que está relacionado com o poder de negocia- ção com o objetivo de minimizar o preço pago por unidade adquirida. Embora não seja de responsabilidade direta do gerente/administrador de materiais, mas de compras, ele implicara diretamente no valor do material em estoque. Quanto maior o preço unitário pago, maior será o valor do estoque para uma mesma quantidade estocada. FÓRMULA C (aq) = P (u) x Q Custo de aquisição = Preço unitário versus Quantidade adquirida EXEMPLO: Supondo que na compra de um lote de 500 unidades do produto XYZ, o preço por unidade seja de R$12,00. O fornecedor dá um desconto de 10% para quantidades acima de 500 unidades. Calcule quantas unidades do produto posso adquirir sem ultrapassar a minha previsão de gastos antes do desconto. Sem desconto > 500 unidades x R$12,00 = C (aq) R$6.000,00 Com desconto 10% > R$12,00 – 0,1 x 12,00 = P (u) R$10,80 Substituindo na fórmula: R$6.000 = R$10,80 x Q > Concluindo: Posso negociar uma compra de até 556 unidades utilizandos-se da disponibilidade do capital previsto na aquisição anterior de 500 unidades. � Custo de armazenagem – o custo de armazenagem deveria incluir ape- nas os custos de recebimento e estocagem que variam de acordo com o volu- me do produto recebido. O administrador/gerente é o responsável por manter esse custo no nível mais baixo possível, trata-se de um dos itens que mais oneram a empresa em sua lucratividade. A grande dificuldade é a avaliação correta de vários fatores de custos tais como: juros; aluguel; seguros; perdas e danos; impostos e outros que dependem de informação de outros departa- mentos para calcular o custo unitário de armazenagem. Vamos procurar simplificar uma demonstração de custeamento de armaze- nagem de um determinado item. Vamos identificá-lo como item X e utilizar a seguinte fórmula: Gestão e Gerenciamento de Estoque 163 Aula 6: Gerenciamento de estoques Custo de Armazenagem = Estoque Médio x Preço médio unitário x Tempo em estoque x Custo de Armazenagem unitário. Produto X – LOTE COMPRADO NO PERÍODO DE SETEMBRO/DEZEMBRO Lotes 1 2 3 Comprado em 01/09/2012 15/11/2012 20/12/2012 Quantidade 500 300 400 Preço R$ 10,80 11,00 10,50 EXEMPLO: Calcular o custo de armazenagem do item X conforme dados fornecidos pela empresa. Produto X – RELATÓRIO/MÊS DO ESTOQUE ARMAZENADO Mês Set. Out. Nov. Dez. Estoque medio 350 100 250 200 Produto X – CUSTO DA ÁREA DE ESTOQUE NO PERÍODO Juros Aluguel Seguros Perdas Impostos Movim. M. O. Despesas 1200,00 5000,00 1750,00 2500,00 1000,00 3500,00 7000,00 2000,00 VALOR MÉDIO DO ESTOQUE NO PERÍODO = R$ 180.000,00 Vamos ao cálculo: = R$10,75/unidade (peça) = 225 unidades (peças) /mês. = 0,13 T = 4 (Set. a Dez.) = 225 x 10,75 x 4 x 0,13 = R$1.257,75 Concluimos que: o custo de armazenamento do produto X para empresa está em torno de R$1.257,75/mês. 164 � Custo do pedido – os custos de pedidos estão associados à emissão de um pedido. Um valor gasto para aquisição de um determinado lote de compra solicitado ao fornecedor. Seja um lote de 10 ou de 100 unidades, não importa os custos associados à emissão do pedido são essencialmente os mesmos, mas o custo anual com pedidos depende do montante de pedi- dos emitidos no período. Além do custo administrativo da área de Compras, o fornecedor pode cobrar fretes adicionais, assim como, à empresa incorrer em custos de ins- peção para lotes parcelados de um mesmo pedido. Podemos então calcular o custo do pedido pela seguinte formula: EXEMPLO: Conforme dados apresentados calcular o custo do pedido 286/01, re- ferente a aquisição do produto X. A empresa solicitou que a quantidade comprada fosse efetuada em duas entregas. Ciente dos custos de frete e desembaraço alfandegário arcara com todas as despesas. PRODUTO X – CUSTO DE FRETE E OUTROS – POR LOTE EXTERNOS INTERNOS Frete Alfandega Pesagem Inspeção R$120,00 50,00 20,00 15,00 Nº de lotes entregues = 2 (dois) Gestão e Gerenciamento de Estoque 165 Aula 6: Gerenciamento de estoques PRODUTO X – CUSTOS NA ÁREA DE COMPRAS – PERÍODO SET/DEZ. M.O Aluguel Impostos Equipamentos Despesas R$5.000,00 R$4.000,00 R$1.000,00 R$1.500,00 R$2.000,00 n = 400 > quantidade do produto solicitado no período Vamos ao cálculo: Resultado: o custo total dos pedidos para esta aquisição foi deR$443,75, ou seja, cada pedido colocado no fornecedor custou à empresa R$221,88. � Custo de falta de estoque – quando a demanda durante o lead time (tempo de entrega) exceder a previsão, pode-se esperar uma falta de esto- que. Esta falta de estoque pode ser potencialmente caro por causa dos custos de pedidos não atendidos, de vendas perdidas e de clientes, possivelmente, perdidos. O custo de falta do item pode causar diversos e muitas vezes, gran- des prejuízos à empresa compradora. Este tipo de custo é difícil de ser calculado com precisão porque envolve uma serie de estimativas, de rateios e valores intangíveis. Mas, há algumas maneiras demonstradas na literatura que facilitam esse calculo. O quadro a seguir relaciona alguns dos principais: 166 ALGUMAS ESTIMATIVAS DE CUSTO AFETADAS PELA FALTA DE ESTOQUE E AO TEMPO DE PARADA DA LINHA DE PRODUÇÃO Parâmetros Descrição Fator Mão de obra Salários, encargos, benefícios... MO Equipamentos Custo do equipamento... EQUIP Multas Contratuais pagas p/atraso de fornecimento MU Prejuízos Pedidos cancelados; vendas não realizadas. PR Outros Como: Material adquirido em outro fornecedor e os intangíveis – transtornos, viagens, telefonemas etc. EXEMPLO: Supondo que o fornecimento do item Z causou uma parada de cinco dias em um determinado setor de produção da empresa. Um atraso que afetou a entrega do produto final ao cliente no período de seis dias. O contrato prevê uma cláusula de multa no valor de R$500,00/dia. A empresa além de pena- lizada com a multa foi advertida pelo cliente. Determinou ao setor de custo fornecer dados para o cálculo dos custos originados por esta falta do produto que estão relacionados a seguir. Vamos Calcular? CUSTOS OCORRIDOS NA ÁREA DE PRODUÇÃO CUSTOS MO EQUIP MULTA R$/dia 400,00 200,00 500,00 Nº/dias 5 5 6 Portanto a falta do item no período de cinco dias ocasionou um prejuízo à empresa de R$6.000,00. Gestão e Gerenciamento de Estoque 167 Aula 6: Gerenciamento de estoques ALGUMAS ESTIMATIVAS DE CUSTO AFETADAS PELA FALTA DE ESTOQUE E AO TEMPO DE PARADA DA LINHA DE PRODUÇÃO Parâmetros Descrição Fator Mão de obra Salários, encargos, benefícios... MO Equipamentos Custo do equipamento... EQUIP Multas Contratuais pagas p/atraso de fornecimento MU Prejuízos Pedidos cancelados; vendas não realizadas. PR Outros Como: Material adquirido em outro fornecedor e os intangíveis – transtornos, viagens, telefonemas etc. MANUTENÇÃO DOS ESTOQUES Devemos entender o objetivo básico de uma análise de estoque. De um lado, geram custos e algumas vezes empatam considerável quantidade de capital. Sabemos que a meta principal de uma empresa, sem dúvida, é maximizar o lucro sobre o capital investido em fábrica, equipamentos, fi- nanciamento de vendas, reserva de caixa e em estoques. Ela espera que o dinheiro investido no estoque possa trazer resultados satisfatórios à produ- ção e no bom atendimento a vendas. PALAVRA DE AUTOR [...] quando um cliente procura um fornecedor concorrente só porque um item está em falta no estoque, ou quando um grande projeto está parado esperando somente por uma peça, o valor dos estoques parece inquestionável. (SLACK 1997, p.380) Apesar dos custos e outras desvantagens associadas à manutenção de es- toques, de fato eles facilitam a acomodação entre fornecimento e deman- da. E existem somente porque o fornecimento e a demanda nem sempre estão em harmonia. Seja qual for a razão para manter estoques, ela pode ser eliminada, mediante um trabalho inteligente e técnico. O desempenho ideal de uma empresa é manter um estoque zero. Mas o custo para manter um estoque zero pode ser maior do que um custo de manutenção de estoque. Na persistência em busca de um ideal desempenho a empresa deve procurar manter seus estoques no nível mais baixo possível. PALAVRA DE AUTOR Programas de melhoria de produtividade baseados na filosofia just-in-time ensinam que a empresa não deve pensar em estoques como um mal necessário. Manter estoques é um efeito que encobre ineficiência do produtor ou do fornecedor, de modo que, como todo efeito, tem suas causas, elas devem ser identificadas, analisadas e eliminadas. (FRANCISCHINI et.al. 2004, p. 83). 168 Qualidade dos produtos versus custos Os benefícios já foram discutidos em capítulos de aulas anteriores, en- tretanto, há um preço a pagar. Podem não ser pequenos, sejam eles de res- ponsabilidade da gerência ou do departamento de controle de qualidade. Assim, torna-se necessário examinar todos os custos e benefícios associados com a qualidade. Arnold (1999, p. 481-482) identifica que estes custos são divididos em duas grandes categorias: (1) custos do controle de qualidade e (2) custo do fracasso. Os custos do controle de qualidade se subdividem em: � Custos de prevenção – são os custos incorridos para evitarem pro- blemas, de falhas e erros. Incluem a identificação dos problemas através de treinamento, controle estatístico de processo (CEP), manutenção de ma- quinas e a correção do processo antes da ocorrência de má qualidade. � Custos de avaliação – são os custos associados ao controle da quali- dade, com objetivo de checar ocorreram erros durante/após a criação do produto (auditoria). Inclui assuntos como: adoção de programas do CEP e planos de amostragem, pesquisa junto a consumidores, auditoria de quali- dade, testes e calibração do produto (se necessário). Os custos do fracasso são aqueles que não satisfazem às especificações e podem ser divididos em: � Custos de falhas internas – estão associados aos erros que ocorrem enquanto os produtos ainda estão em produção. Inclui: materiais refuga- dos, retrabalhados, tempo de produção perdido na correção de erros. Mas se não existir defeitos nos produtos estes custos desaparecem. � Custos de falhas externas- são os custos de correção de problemas após a entrega do produto ao consumidor e por eles detectados. Este pode ser os custos mais altos de todos. Eles podem incluir: perda de confiança do consumidor, perda de futuros negócios, pagamento de indenização ao consumidor etc. A Figura 6.6 demonstra o impacto de melhoria da qualidade nos custos relacionados. Gestão e Gerenciamento de Estoque 169 Aula 6: Gerenciamento de estoques Observamos na Figura 6.6 que o investimento em prevenção melhora a produtividade, reduz os custos de fracasso e avaliação. Em curto prazo o investimento na prevenção aumenta os custos totais e pode causar um impacto prejudicial à empresa quanto aos custos do fracasso, mas em lon- go prazo, a prevenção tende a eliminar as causas de fracasso e reduzir os custos totais na qualidade. Poucos gerentes duvidam que a administração da qualidade seja uma coisa boa e necessária a ser feita, mas gerenciar uma cadeia de suprimentos é ter muita responsabilidade e só profissionais bem qualifica- dos estarão preparados. PENSE NISSO Você está preparado para opinar sobre o desafio mencionado na aula 3: gerenciar a logística é arriscado? Qual a sua opinião? 170 Estoques, razões para sua manutenção Gaither (2001, p. 269) responde a está questão – estoques são necessários, mas a questão importante é quanto estoque manter. Além da importância estratégica de provermos estoques de bens acabados a fim de que o serviço ao cliente seja melhorado através do rápido embarque dos pedidos, também mantemos estoques porque, ao fazê-lo, certos custos são reduzidos como vis- tos anteriormente. A tabela a seguir resume e justifica os motivos relacionados por Gaither para manter estoques de bens acabados, em processo e de matérias-primas. Por que devemos manter estoques? Bens acabados • Fundamental nas estratégias de posicionamento de produção para estoque, de importância estratégica. • Necessários em planos para nivelar a capacidade agregada. • Produtos podem ser exibidos aos clientes. Em processo • Necessário na produção focalizada no processo; des-vincula as etapas de produção; aumenta a flexibilidade. • A produção e o transporte de lotes maiores de produ- tos criam mais estoques, mas pode reduzir os custos de manuseio de materiais e de produção. Matérias-primas • Os fornecedores produzem e embarcam algumas ma- térias-primas em lotes. • Compras maiores resultam em mais estoques, mas podem resultar em descontos por quantidade e custos reduzidos de frete e manuseio de material. Sistemas de Gerenciamento de Armazéns – WMS O WMS é um sistema de gestão de armazéns ou centros de distribuições CDs que aperfeiçoa todas as atividades operacionais – fluxo de materiais – e admi- nistrativas – fluxo de informações - dentro do processo de armazenagem. In- clui atividades como: recebimento, inspeção, endereçamento, armazenagem, separação, embalagem, carregamento, expedição, emissão de documentos e controle de inventário. Gestão e Gerenciamento de Estoque 171 Aula 6: Gerenciamento de estoques A Figura 6.7 – demonstra um modelo do Sistema de Gerenciamento de Armazéns WMS. O WMS surgiu da necessidade de se melhorar os fluxos de informação e de materiais dentro de um depósito/armazém ou CD, tendo como objeti- vo e resultados principais a redução de custos, a melhoria na operação e o aumento do nível de serviço prestado aos clientes. Na figura há alguns procedimentos de rotação dirigida já de nosso conhecimento, mas dois se- quenciamentos de atividades operacionais diretivas são importantes: (1) picking – que é a atividade responsável pela correta coleta dos produtos e quantidades na área de armazenagem; (2) cross-docking - que é o processo utilizado na distribuição de produtos com alto índice de giro, tem como objetivo maximizar o uso do espaço do armazém. Implementação Para Lacerda, apud Fleury et.al (2000, p.168), “a implantação de siste- mas automáticos, seja de movimentação de materiais, seja de gerencia- mento da operação, é, na verdade, uma reação às demandas de um novo ambiente de negócios, com clientes mais exigentes e competição mais acirrada, levando as empresas, muitas vezes a implementar mudanças ra- dicais nas estruturas de armazenagem e distribuição”. 172 Mas é uma adoção arriscada, tanto pode revolucionar a empresa como pode trazer grandes prejuízos financeiros. Alguns fatores devem ser questionados para uma decisão deste porte como, por exemplo: � Quanto tempo se perde a procura de um inventário? � Qual a precisão do seu inventário? � Como é a sua precisão de transporte? � Quantos clientes anualmente se perdem por causa de remessas atrasa das ou incorretas? � Você já atingiu o limite de seu espaço? � Você tem altos investimentos com manutenção por causa de velhas tecnologias? � Sua tecnologia atual coloca o seu negócio em risco de alguma forma? � Você está no controle? Totalmente no controle? Se esses fatores afetam diretamente perdas de receitas, aumento de custos e afetam diretamente o seu resultado final, então justifica a melhoria em seu armazém para o Sistema WMS. Treinamento Para Lacerda (2000) esta fase inicia-se com a formação da equipe de proje- to, composta de representantes das áreas diretamente afetadas pelo projeto, mas à medida que o projeto for avançando outros membros deverão participar. A especificação e avaliação desses sistemas requerem conhecimentos espe- cíficos. Envolvem novas tecnologias e definição de novos processos que fazem uso de todas as suas potencialidades. Por se tratar de processos totalmente diferenciados das praticas atuais utilizadas, a empresa não possui em seus quadros perfis com tal conhecimento, levando à necessidade de admitir pro- fissionais externos para participar da equipe considerando-se duas vantagens: 1. Trazer uma nova visão, livre de paradigmas utilizados e com uma nova perspectiva para a definição do novo sistema de armazenagem e distribuição. 2. Contratar consultores especialistas em sistemas de gerenciamento e em equipamentos de movimentação de teriais que ja trabalharam com a im- plantação de projetos em outras empresas. Gestão e Gerenciamento de Estoque 173 Aula 6: Gerenciamento de estoques DICA Para conhecer mais sobre os beneficios do WMS (Warehouse Management System) saber criar soluções aos desafios de armazenagem, voce pode consultar o site: < www.ecommercebrasil.com.br > Acesse > Artigos Navegação rapida digite > WMS > pesquisar SÍNTESE Estoques - na visão de vários autores, ocorre em operações produtivas. Utilizados para uniformizar as diferenças entre fornecimento e demanda. Armazenagem – é um armazém típico comprometido com a combinação de duas alternativas de estocagem: ativa e estendida, segundo Bowersox (2007). Estoques versus armazenagem – Estoques é um nome específico interno, das empresas. Enquanto Armazenagem é genérico, específico de um Centro de Distribuição (CD/WMS), tanto à empresa (estocagem ativa) como para distribuição (estocagem estendida) ou para guarda de excesso de produção. Gerenciando os estoques – lidar com muitos itens estocados, vários fornecedores, torna a tarefa de operações complexas e dinâmicas. Para controlar tal complexidade os gerentes devem estar sempre atentos às exigências, restrições e escolhas determinadas pela direção da empresa. Possuir conhecimento de novas tecnologias de sistemas, no caso o – WMS – e saber gerenciá-lo, assim como, qualidade e tomada de decisões para estocagem que são fatores importantes e de risco à organização. ATIVIDADES Considere a Cadeia de Suprimentos envolvida quando um cliente compra um livro em uma livraria. Identifique os ciclos nessa cadeia de suprimentos e o local da fronteira push (empurrar) /pull (puxar). 174 ATIVIDADES Leia as obras estão disponíveis na Biblioteca Virtual: 1. A cadeia de suprimentos tornou a Amazon lucrativa, Taylor (2005, p. 6) Logística na Cadeia de Suprimentos. 2. Amazon.com: um e-business, Chopra (2011, p.17-18); 3. Gestão da Cadeia de Suprimentos Responda: a. De que maneira os fluxos da Cadeia de Suprimentos afetam o sucesso ou o fracasso de uma empresa como no caso, a Amazon? b. Indique duas decisões de Cadeia de Suprimentos que possuem um impacto significativo sobre sua lucratividade. Gestão e Gerenciamento de Estoque
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