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BIOLOGIA (CITOLOGIA) PROFª. MS. LILIAN FRANÇA WALLERSTEIN Respiração Celular ATP e ADP Estrutura das mitocôndrias Metabolismo energético: Respiração anaeróbica e aeróbica Fadiga muscular Músculos estriados tipo I e tipo II 4 Leitura Recomendada Capítulo 9 do livro do De Roberts, Hib & Ponzio: Mitocôndrias, Peroxissomas Biologia Celular e Molecular, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008 14ª edição Relembrando: formação do ATP Relembrando: formação do ATP MITOCÔNDRIA Mitocôndria: conceitos básicos São as organelas denominadas “usinas geradoras de energia” das células eucariontes; Elas se localizam no citoplasma da célula; Possuem DNA próprio*; Possuem em média, 3nm de cumprimento por 0,5nm de diâmetro; Normalmente, se localizam próximo das regiões de consumo de energia (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). Mitocôndria: conceitos básicos Retiram a energia depositada nos alimentos e transferem para o ADP, produzindo ATP. O ATP sai da mitocôndria e se difunde para toda a célula para que esta possa realizar todas as suas funções A remoção da energia do ATP reconstitui o ADP, que volta para a mitocôndria para receber uma nova “carga” de energia (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). Mitocôndria: conceitos básicos Formada por DUAS membranas: Membrana externa é lisa e controla a entrada/saída de substâncias da organela Membrana interna contém inúmeras pregas chamadas cristas mitocondriais, onde ocorre a cadeia transportadora de elétrons A cavidade interna é preenchida por uma matriz viscosa, onde podemos encontrar várias enzimas envolvidas com a respiração celular, DNA, RNA e pequenos ribossomos. É na matriz mitocondrial que ocorre o ciclo de Krebs (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). Mitocôndria: estrutura PARTES DA MITOCÔNDRIA: MATRIZ MITOCONDRIAL CRISTA MITOCONDRIAL MEMBRANA INTERNA MEMBRANA EXTERNA (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). Metabolismo energético: tipos (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). Glicose ácido lático + 2 ATP Fermentação Lática Glicose álcool etílico + CO2 + 2 ATP Fermentação Alcoólica Glicose + O2 CO2 + H2O + 36 ou 38 ATP Respiração Na ausência de oxigênio: ANAERÓBIO Na presença de oxigênio: AERÓBIO Metabolismo energético: FERMENTAÇÃO É o processo de degradação incompleta de substâncias orgânicas com liberação de energia Realizada principalmente por fungos e bactérias Existem diversos tipos de fermentação, que variam quanto ao produto final Fermentação Alcóolica Fermentação Lática (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA Produtos finais: ETANOL, CO2 e 2 ATPs Realizada por leveduras: produção pouco eficaz de energia (apenas 2 ATPs) Em escala industrial o objetivo é produzir o etanol e não ATP Metabolismo ANAERÓBIO, rudimentar, que viabilizou a vida dos primeiros organismos procariontes (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). Glicose álcool etílico + CO2 + 2 ATP Fermentação Alcoólica FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA UTILIZAÇÃO PELO HOMEM: (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA UTILIZAÇÃO PELO HOMEM: FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA FERMENTAÇÃO LÁTICA Produtos finais: ÁCIDO LÁTICO e 2 ATPs Realizada por bactérias (leite) e também pelo músculo esquelético na ausência de O2 em grandes esforços físicos Em escala industrial o objetivo é produzir iogurtes e derivados e não ATP Metabolismo ANAERÓBIO LÁTICO, rudimentar, que viabilizou a vida dos primeiros organismos procariontes (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). Glicose ácido lático + 2 ATP Fermentação Lática FERMENTAÇÃO LÁTICA UTILIZAÇÃO PELO HOMEM: FERMENTAÇÃO LÁTICA Metabolismo energético: RESPIRAÇÃO É o processo pelo qual a GLICOSE é degradada completamente na PRESENÇA de oxigênio Produtos finais: CO2 ,H2O e ATPs A produção de energia é MUITO MAIOR que os outros processos: 36 a 38 ATPs É realizado por todos os organismos AERÓBIOS Composta por DUAS fases (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). Glicose + O2 CO2 + H2O + 36 ou 38 ATP Respiração RESPIRAÇÃO AERÓBIA: fases 1ª FASE: anaeróbia (GLICÓLISE) Igual à FERMENTAÇÃO LÁTICA Realizada no CITOPLASMA da célula Produto final: ÁCIDO PIRÚVICO (3C) Glicose (6C) – Ácido Pirúvico(3C) – 2ATPs (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). CICLO DE KREBS RESPIRAÇÃO AERÓBIA: fases 2ª FASE: aeróbia (CICLO DE KREBS) Realizada na matriz mitocondrial (presença da piruvato desidrogenase) Produto final: CO2, H2O e 38 ATP Glicose (6C) – Ácido Pirúvico(3C) – Acetil CoA(2C) (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). CICLO DE KREBS RESPIRAÇÃO AERÓBIA: fases 2ª FASE: aeróbia (CICLO DE KREBS) Durante a descarboxilação oxidativa, é gerada energia suficiente para formar um NADH para cada grupo acetila produzido. Os NADHs são oxidados gradualmente na cadeia transportadora de elétrons (cadeia respiratória) e a energia dessas moléculas é transferida para os ADPs, gerando muitas moléculas de ATP. (De Robertis, Hib & Ponzio, 2008). Fontes Energéticas Existem três formas de reposição/síntese de ATP: Sistema ATP/CP (fosfocreatina) – anaeróbio e alático Glicólise – anaeróbio lático Sistema oxidativo – aeróbio Fontes Energéticas: ATP/CP Miosina ATPase ATPsintase Os três tipos de metabolismo BIOLOGIA (CITOLOGIA) PROFª. MS. LILIAN FRANÇA WALLERSTEIN Respiração Celular ATP e ADP Estrutura das mitocôndrias Metabolismo energético: Respiração anaeróbica e aeróbica Fadiga muscular Músculos estriados tipo I e tipo II 4 Literatura Recomendada: Capítulo 19 do Livro do McArdle, Katc & Katch: Controle Neural do Movimento Humano. Fisiologia do Exercício, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1998 4ª Edição. UM DOS MELHORES LIVROS DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO. Fadiga Muscular Literatura Recomendada: Capítulo 6 do Livro do Guyton: Nervos, Potenciais de Membrana e Transmissão Nervosa Capítulo 7 do Livro do Guyton: Anatomia Funcional e Contração do Músculo (não precisa ler a parte de músculo liso) Fisiologia Humana Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1988. LEITURA FUNDAMENTAL!!! Fadiga Muscular Fadiga Muscular “Fadiga é definida como o declínio na capacidade de gerar tensão muscular com a estimulação repetida. A fadiga das unidades motoras é resultante de muitos fatores, cada um dos quais está relacionado à demandas específicas do exercício que produz. Esses fatores podem interagir de uma maneira que acaba afetando tanto a contração quanto a excitação, ou ambas”. (McArdle, Katch & Katch, 1998). Fadiga Muscular – Unidade Motora Fadiga Muscular – Unidade Motora A unidade funcional do movimento é a unidade motora (UM); A UM consiste em um motoneurônio (MN) e das fibras musculares inervadas por ele. Em geral, cada fibra muscular recebe inervação de um único MN, porém o MN pode inervar muitas fibras musculares, pois a extremidade terminal de um axônio forma numerosos ramos. Algumas UMs contêm até 3.000 fibras musculares. (McArdle, Katch & Katch, 1998). Fadiga Muscular – Unidade Motora Liberação de ACETILCOLINA na fenda sináptica. Esta, por sua vez, atua na MP da célula muscular, aumentando sua permeabilidade ao Na+, que entrará abundantemente na célula muscular, que aumenta as cargas +, DESPOLARIZANDO a membrana do músculo, PRODUZINDO UM POTENCIAL DE AÇÃO que se propaga por toda a célula muscular, GERANDO A CONTRAÇÃO. Fadiga Muscular - Motoneurônio Fadiga Muscular - Motoneurônio Fadiga Muscular – componentes “As contrações dos músculos voluntários possuem quatro componentes principais. São eles, em ordem de hierarquia do sistema nervoso: 1. Sistema nervoso central. 2. Sistema nervoso periférico. 3. Junção neuromuscular. 4. Função da fibras musculares. A fadiga ocorrerá se a cadeia de eventos for interrompida entre o sistema nervoso central e a fibra muscular, seja qual for a razão”. (McArdle,Katch & Katch, 1998). Fadiga Muscular – causas Carência de nutrientes (glicogênio) – em exercício submáximo prolongado, mesmo com bastante oxigênio; Falta de oxigênio em exercício máximo de curta duração, o que leva ao acúmulo de ácido lático sanguíneo e muscular (excesso de H+: diminuição da produção de ATP pela via glicolítica – as enzimas estão menos ativas, distúrbios iônicos, distúrbios no sistema de túbulos que transmitem o impulso); (McArdle, Katch & Katch, 1998). Fadiga Muscular – causas A interrupção do fluxo sanguíneo para o músculo em contração causa fadiga muscular quase completa em um minuto, mesmo quando o músculo não está muito ativo devido à perda óbvia de nutrientes; Na junção neuromuscular quando o potencial de ação não consegue passar no MN para a fibra muscular. O mecanismo preciso para essa “fadiga neural” ainda é desconhecido. Sabe-se que no exercício máximo, quando todas as UMs estão ativadas ao máximo, a fadiga é acompanhada por uma queda da atividade neural (medida por eletromiografia EMG) (McArdle, Katch & Katch, 1998; Guyton, 1988). Músculo Esquelético Estriado – tipos de fibras musculares Literatura Recomendada: Capítulo 18 do Livro do McArdle, Katc & Katch: Músculo Esquelético – estrutura e função. Fisiologia do Exercício, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1998 4ª Edição. UM DOS MELHORES LIVROS DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO. Músculo Esquelético: níveis de organização CÉLULA MUSCULAR = FIBRA MUSCULAR 75% água 20% proteína 5% sais minerais e outros Músculo Esquelético: níveis de organização EPIMÍSIO: envolve todo o músculo. Se afunila na sua extremidade distal, misturando-se e unindo-se às bainhas do tecido intramuscular para formar os tendões; PERIMÍSIO: envolve cada feixe ou fascículo muscular; Feixe ou fascículo é o conjunto de várias fibras musculares (até 150 fibras). ENDOMÍSIO: envolve cada fibra muscular, separando-a das vizinhas. (McArdle, Katch & Katch, 1998). Músculo Esquelético: níveis de organização Cada fibra muscular é formada por unidades funcionais menores paralelas ao eixo longitudinal da fibra. São as MIOFIBRILAS. As miofibrilas, por sua vez, são formadas por MIOFILAMENTOS também paralelos ao eixo longitudinal da fibra. ACTINA MIOSINA TROPOMIOSINA – ao longo da actina TROPONINA – na actina (McArdle, Katch & Katch, 1998). Músculo Esquelético: níveis de organização 85% dos miofilamentos SARCÔMERO: A unidade funcional do sistema neuromuscular SARCOLEMA: membrana fina e elástica que envolve o conteúdo da fibra muscular. É composta por uma MP (plasmalema) e uma membrana basal. Entre elas estão as células satélites. CÉLULAS SATÉLITES: importante função no crescimento celular regenerativo e na recuperação após uma lesão. SARCOPLASMA: citoplasma da fibra muscular, contém enzimas, partículas de gordura e de glicogênio, os núcleos (250 por mm de comprimento de fibra), as mitocôndrias, o retículo sarcoplasmático, etc. (McArdle, Katch & Katch, 1998). Músculo Esquelético: níveis de organização RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO (RS): rede de cisternas do REliso que envolve os feixes de miofilamentos, altamente especializado, armazenador de Ca2+, que permite a propagação rápida da onda de despolarização da superfície externa da fibra para o meio ambiente interno, a fim de iniciar a contração muscular. TÚBULOS T: túbulos transversos à fibra muscular, que se abrem externamente. Dois túbulos + uma vesícula de RS = TRÍADE. (McArdle, Katch & Katch, 1998). Músculo Esquelético: níveis de organização A TRÍADE funciona como uma rede microtransportadora para a disseminação do potencial de ação (onda de despolarização) da membrana externa da fibra para as regiões mais profundas da célula muscular. Liberando o Ca2+ para “ativar” os filamentos de actina. A contração começa quando os filamentos de miosina são atraídos para os locais ativos da actina. Quando a excitação elétrica cessa (polarização), o Ca2+ é captado, e o músculo relaxa. (McArdle, Katch & Katch, 1998). Músculo Esquelético: níveis de organização Dois tipos de fibras musculares de acordo com suas características contráteis e metabólicas. FIBRAS DO TIPO I: LENTAS FIBRAS DO TIPO II: RÁPIDAS (McArdle, Katch & Katch, 1998). Músculo Esquelético: tipos de fibras Velocidade de contração LENTA, o ATP é ressintetizado predominantemente através do metabolismo aeróbio. Liberação e captação do Cálcio lenta; Muitas mitocôndrias grandes e muita mioglobina: são VERMELHAS; Produzem POUCA força; RESISTENTES À FADIGA: apropriadas ao exercício aeróbio prolongado. (McArdle, Katch & Katch, 1998). Músculo Esquelético: fibras do tipo I (McArdle, Katch & Katch, 1998). Músculo Esquelético: fibras do tipo II Velocidade de contração RÁPIDA, o ATP é ressintetizado predominantemente através dos sistemas ATP/CP e glicolítico. Liberação e captação do Cálcio rápida; Poucas mitocôndrias e pouca mioglobina: são menos vermelhas: BRANCAS; Produzem MUITA força; FADIGAM RÁPIDO: apropriadas ao exercício anaeróbio de curta duração. 4º BLOCO: Respiração Celular ENCERRADO Dúvidas???
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