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Artigo Cientifico- autismo

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HIPERATIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E DÉFICIT DE ATENÇÃO
Pós-graduação em Psicopedagogia Institucional
Universidade Anhanguera – Uniderp/ Dourados- MS
Orientador: 
RESUMO
O referido trabalho faz uma abordagem significativa trazendo a contextualização histórica da criança com TDAH, mostrando opiniões de alguns historiadores e autores especialistas, trazendo informações importantes. Diagnosticar uma criança com TDAH é uma tarefa não muito fácil, o referido trabalho mostrará as técnicas utilizadas, os possíveis tratamentos e como o professor tem que proceder com este aluno para não excluí-lo do ambiente escolar. Abordamos a importância dos educadores em utilizar atividades lúdicas pedagógicas para que a criança com transtorno possa interagir e tenha concepções básicas de regras e deveres com isso uma inclusão social. Concluiu-se que o principal objetivo do artigo é mostrar o potencial do profissional em desenvolver suas habilidades, e mostrar a importância do mesmo neste processo.
Palavra–Chave: TDAH; Diagnóstico; Tratamento; Professor; Lúdico.
INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo de aprimorar os estudos de crianças com TDAH, e entender os reais motivos que levam uma criança a sofrer deste distúrbio mostrando que não existe uma lógica clara, são diversas abordagem e linha de pensamentos. Muitos estudiosos acreditam em uma causa genética, outros em algum trauma no parto e tantos outros tantos motivos.
O objetivo principal é esclarecer a importância do professor no processo ensino aprendizagem destas crianças, o educador é uma peça de extrema importância, e é ele que vai escolher sua metodologia de ensino, sua forma de ensinar.
É muito importante conhecer os sintomas deste transtorno para lidar com a situação de maneira confiante. A demora em diagnosticar o caso pode trazer sérias consequências para o desenvolvimento da criança.
O intuito artigo é poder entender muitos profissionais que lidam com crianças a entenderem e aprenderem sobre como diferenciar um distúrbio de aprendizagem de um comportamento indisciplinado. Além disso, estará abordando a importância da intervenção psicopedagógica no cotidiano escolar.
Após pesquisas de livros de BARKLEY, ANDRADE, GOLDSTEIN, RAZERA e outros atores direcionados ao tema Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), foi comprovado que os profissionais da educação, precisam ser orientados em como lidar com alunos tanto com indisciplina e falta de limites, como saber diferenciar do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). É importante orientar os professores caso venham perceber que um aluno demonstre agitação repetitiva, falta de atenção, dificuldades de relacionamento, entre outros, para saberem diferenciar uma situação da outra. Deixando claro que o sintoma de TDAH não se restringe apenas a uma criança agitada, mas que uma criança quieta ao extremo também pode ser portadora desse distúrbio.
O embasamento metodológico deste trabalho se deu através de referenciais Bibliográficos e de uma pesquisa qualitativa descritiva, analisando os vários fatores que podem influir nas dificuldades de aprendizagem dos alunos com TDAH, objetivando melhor compreensão e proximidade com o assunto e buscando soluções para o mesmo.
2. PENSAMENTO LITERARIO
O conceito de hiperatividade define-se por comportamentos percebidos na idade escolar como distúrbios, déficit de atenção, falta de autocontrole excessivo e crônico e muitas vezes violento. 
No século XX, segundo GOLDSTEIN (1996), conceitualiza hiperatividade nas crianças referindo-se como inquietas, disfunção cerebral, falha de controle moral, reação hipercinético da infância distúrbio poscefálico, distúrbio de falta de atenção e de hiperatividade. Apesar de vários nomes que dão a crianças com hiperatividade, o problema vem gerando muitos estudos a fim de descobrir a real causa acometida a estas crianças. Segundo YAEGASHI (2012), muitos acreditam que pode ser hereditário e atingem mais meninos, é uma doença sem cura, porém pode ser controlada.
Uma criança hiperativa é extremamente agitada e com isso tem certa dificuldade de concentração prejudicando a aprendizagem, a falta de um bom tratamento pode transformar essas crianças em adultos instáveis, depressivas e até com tendências a problemas de conduta.
A criança com problemas de conduta parece assumir o desafio contestador um degrau além da tolerância. Esta manifesta comportamentos que violam os direitos básicos dos outros. Regras importantes são violadas. Isto certamente é um problema muito mais sério que a simples oposição. Crianças com problemas de conduta são normalmente agressivas, cruéis, fisicamente violentas, destruidoras da propriedade e podem enfrentar suas vítimas, muitas têm problemas de vadiagem, drogas, álcool e má conduta sexual. Os pesquisadores têm sugerido pelo menos 30% à 40% das crianças hiperativas fatalmente apresentam problemas de conduta. (GOLDSTEIN, 1996, p.150)
Na escola é onde a criança hiperativa começa a dar sinais desse problema, o que antes o comportamento era aceito como engraçadinho ou imaturo na escola já não é aceito, esta criança tem que seguir regras, limites da organização da escola, percebendo o problema a escola encaminha essas crianças aos consultórios médicos, a fim de identificar o problema.
Em sala de aula o aluno hiperativo não se ajusta aos padrões e expectativas da escola e seu comportamento passa a ter proporções maiores ocupando grande atenção da professora, e com isso prejudicando o restante da sala.
Infelizmente, esta atenção por parte do professor e frequentemente negativa e dirigida à criança por ela não estar fazendo o que dela se espera. Isto desintegra ainda mais a classe, pois existem muitas outras crianças que prefeririam assistir a uma batalha entre professor e a criança hiperativa completar seu próprio trabalho. (GOLDSTEIN, 1996, p.150) 
Segundo GOLDSTEIN (1996), se uma criança está tendo problemas e se os pais desconfiam que ele possa ser hiperativo, eles devem sim procurar a assistência de um profissional e ter várias outras opiniões a respeito do diagnóstico da criança.
BOIASKI (2007) afirma, que no ano de 1846, Henrich Hoffman um médico fez em forma de poema descrições sobre TDAH que foi publicado no livro infantil de Hoffman der Struwwelpeter (o menino desleixado).
Na França, no ano de 1897, houve também relatos de sintomas característicos do TDAH, só que o problema começa a ser identificado a partir do século XX como ressalta RAZERA (2001). E “[...] o crédito científico costuma ficar com George Still e Alfred Tredgold, que foram os primeiros autores a dedicar atenção clínica séria a uma condição comportamental infantil que se aproximaria do que hoje se conhece como TDAH. ” 
Percebe-se que nas pesquisas atuais como características principais do TDAH, a dificuldade da criança em inibir seu comportamento, tanto focar na atenção, controlar impulsos, agitação. Afirma Barkley (1990 apud BOIASKI, 2007, p.24) “Muitos eram frequentemente agressivas, desafiadoras, resistentes à disciplina e excessivamente emocionais ou passionais. ” 
Como foi abordado anteriormente, muitos nomes foram empregados ao transtorno de TDAH, acreditava-se que a criança poderia até ter uma lesão cerebral como comprova “em 1918, o neurologista Americano Strauss levanta a hipótese de que os distúrbios de aprendizagem e de comportamento poderia ter como base uma lesão cerebral mínima” (MOYSÉS e COLLARES, 1992, p.34). Com isso foi denominando Lesão Cerebral, Disfunção Cerebral Mínima e Reação Hipercinética da Infância segundo Goldstein 1996.
Segundo Pinto (2007), na década de 80, a desatenção começa a te rgrande ênfase. Denominando de Distúrbio de Déficit de Atenção acompanhado de Hiperatividade.
Pinto (2007), afirma que o termo como conhecemos nos dias atuais TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), passou a ser denominado em 1994, com alguns autores afirmando que não tem ainda uma definição como exemplifica Razera (2001, p.32) “não há uma definição de consenso ainda. Cada área definecomo lhe convém. ”
No ano de 1980, segundo Caliman (2008), relata que o TDAH, começou a se propagar tendo várias publicações que abordava o assunto, desde então além de publicações várias pesquisas que busca um objetivo sobre os reais problemas acometidas à essas crianças com essa síndrome.
Segundo Barkley (2002), o TDA não é muito estudado, as grandes pesquisas ficam concentrada sempre com o TDAH, acreditando que a desatenção não é um fator tão predominante que afete tanto o ambiente escolar como é o caso da hiperatividade, dificilmente uma criança com desatenção será encaminhada para tratamento somente por este diagnóstico, tem que haver todas as características presente como: Desatenção, Hiperatividade e Impulsividade. 
2.1 DESATENÇÃO
Na fase escolar é onde se percebe grande parte dos sintomas do TDAH, e a desatenção é o que fica mais evidente em sala de aula, porque a criança com a síndrome tem uma capacidade grande para não prestar atenção e com isso os problemas em sala começam a surgir com frequência. E com esta atenção flutuante que o professor começa a lidar com os primeiros sintomas do problema. Sendo assim: Os déficits cognitivos estão na base de todos os problemas das crianças com TDAH, na atenção, na concentração, na impulsividade, [...], na aprendizagem e na solução dos problemas sociais. ” (BONET, Soriano e Solano, 2008, p.58)
A criança desatenta, não consegue prestar atenção por muito tempo no conteúdo apresentado pela professora qualquer objeto ou pessoa é suficiente para tirar sua concentração, com isso ela não consegue aprender por não conseguir controlar sua atenção. 
Percebe-se que um dos principais sintomas do TDAH é sem dúvida a desatenção e com isso agrava ainda mais os outros sintomas de hiperatividade, porque a criança que é hiperativa também não tem controle de sua atenção agravando demais o seu estado clínico.
2.2 HIPERATIVIDADE 
A hiperatividade pode ser identificada quando o indivíduo em uma situação cotidiana se mostra de forma inadequada, que são igualmente caracterizada como falta de controle do comportamento e com uma dificuldade em ficar quieto ou sentada, se movimentando excessivamente sem proposito definido.
A) Frequentemente agita as mãos ou pés e se remexe na cadeira; 
B) Frequentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado; 
C) Frequentemente corre em demasia, em situações nas quais, isto é, inapropriados; (BENCZIK, 2010, p.58).
De acordo com Brioso e Sarrià (1995), eles descrevem a hiperatividade como uma agitação corporal excessiva desorganizada frequente sem objetivo concreto, e este fator é predominante para diferenciar de uma criança sem sintomas.
2.3 IMPULSIVIDADE
Impulsividade se caracteriza pela dificuldade do indivíduo portador do distúrbio em controlar seus impulsos, cometem erros porque agem sem pensar antes de agir. Apesar de agir com espontaneidade e estar sempre se mostrando atirados, são considerados sem educação, fazendo com que elas tenham um péssimo convívio social. 
a). Frequentemente fala em demasia; Impulsividade;
b). Frequentemente dá respostas precipitadas antes das perguntas terem sido completadas; h) com frequentemente tem dificuldade para aguardar sua vez; 
c). Frequentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo: intromete-se em conversas ou brincadeiras). (BENCZIK, 2010, p.59)
	O fator impulsividade é um dos sintomas do TDAH que mais consequências negativas dão as pessoas com este distúrbio, atingindo diretamente no convívio social por não controlar seus impulsos, gerando vários conflitos na escola e que muitas vezes se alastra até a adolescência assumindo consequências muitas vezes gravíssimas.
2.4 DIAGNÓSTICO
	O diagnóstico do TDAH, ainda é muito discutido e fácil ser confundidos, diversos problemas biológicos e psicológicos podem favorecer o aparecimento de sintomas similares ao TDAH. O diagnóstico precisa de uma avaliação minuciosa e ampla, onde envolva todos os lados a família e seu histórico, a escola e o meio onde vive, nada podem passar despercebido, pois vários fatores podem contribuir para que tenha um diagnóstico mais completo sobre o indivíduo. Tiba aponta algumas diferenças entre portadores de TDAH e uma simples criança mal-educada:
Há, porém diferenças notáveis entre um portador de TDAH e um mero mal-educado. O portador de DDAH continua agitado diante de situações novas, isto é, não consegue controlar seus sintomas. Já o mal-educado primeiro avalia bem o terreno e manipula situações, buscando obter vantagens sobre os outros. (TIBA, 2012, p.159)
A importância de um diagnóstico precoce reforça a tese de um resultado com mais eficácia, porque envolve uma investigação detalhada sobre toda sua história de vida. No adulto isso pode ficar mais difícil, porque muitas vezes ele pode não se lembrar dos detalhes de sua infância que pode fazer toda a diferença.
Um fato muito importante de frisar é que o TDAH não é uma doença e sim uma disfunção cerebral e a melhor maneira de diagnosticar é através de seu histórico das fazes de sua vida, seja, familiar, escolar, profissional social e afetivo. 
3. SUGESTÃO PARA INTERVENÇÃO DO PROFESSOR
Sabemos que um professor bem preparado, que tem experiência no assunto que seja capacitado é de grande importância para o aprendizado do aluno, e isso vai fazer toda a diferença na hora de lidar com alunos com TDAH.
Os mestres são insubstituíveis do ensino, devem obrigatoriamente ser capacitados em TDAH, 6 á 8% dos seus alunos apresentam este transtorno. O perfil comportamental e cognitivo destes alunos é especial e a capacitação permitirá o uso de estratégias específicas bastante eficazes. ARRUDA, 2006, p.130.
Na graduação o professor terá apenas uma base da sua prática profissional, sendo de grande importância o professor estar buscando novas capacitações, uma pós-graduação na área ou cursos que ajudem este profissional a lidar com essas situações corriqueiras do dia a dia. O que sabemos é que o professor tem que se atualizar estar sempre buscando conhecimento, com tecnicas novas, pois cada aluno com TDAH, possuem sintomas diferentes, alguns mais evidentes outros com menos frequência, e estar preparado para essas diferenças será essencial para o seu sucesso como professor.
4. A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM TDAH
A formação do professor passou a ser prioridade em todos os aspectos da educação, estar bem preparado intelectualmente com um bom conhecimento teórico é muito importante, porém o profissional da educação tem que acima de tudo gostar do que faz, porque é gostando do que faz, ele poderá demonstrar o carinho para as diversas situações complexas do cotidiano escolar, não somente com o aluno com TDAH, mas as outras situações que apareceram, com paciência e amor, professor tem que ser afetuoso e carinhoso o tempo todo, até mesmo nos momentos que tem que mostrar sua autoridade.
Professor tem luz própria e caminhar com seus pés próprios. Não é possível que pregue autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem experimentar a conquista da independência que é o saber ele queixa que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para que possa transmitir afeto e preciso que sinta afeto ninguém dá o que não tem. (CHALITA, 2004, p. 161)
O educador nos dias atuais vem sofrendo um processo de reformulação na educação especial, com técnicas novas com estruturas físicas adequadas com todo o instrumental para facilitar o acesso do aluno e o trabalho do professor, porém nada substitui o papel deste profissional na educação, ser professor é ser a peça fundamental para a aprendizagem, a estrutura física as técnicas, não terá importância nenhuma, sem o ser humano professor. 
O professor – eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que se invista em equipamentos, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol sem negar a importância de todo esse instrumental, tudo issonão se configura mais do que aspectos naturais se comparados ao papel e a importância do professor. (CHALITA, 2004, p 161)
Na sala de aula o professor que tem um aluno com TDAH tem que procurar a melhor maneira para conseguir prender a atenção do aluno, é uma das técnicas utilizadas são as atividades lúdicas que facilitam a aprendizagem atendendo o interesse e necessidades sociais favorecendo a socialização e a cooperação entre os alunos.
O professor tem que estar sempre inovando, buscando novos caminhos para ampliar sua experiência escolar, e a brincadeira o jogo, faz com que a criança prenda mais a sua atenção ajudando assim no seu desenvolvimento físico inteligência, criatividade e social, com isso a criança aprende brincando e adquirindo valores significativos para sua vida escolar.
A técnica lúdica tem que ser bem explorada, o professor tem que diversificar as atividades, não pode ficar sempre na mesma coisa, cada dia ou momento uma coisa diferente. Essas atividades têm que ser uma alternativa e não uma regra serve como uma válvula de escape para escapar do tradicional. Segundo VYGOTSKY (1989, p.84) “As crianças formam estruturas mentais pelo uso de instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação de situações imaginárias surge da tensão do individuo e a sociedade, o lúdico liberta a criança das amarras da realidade. ”
Os jogos é uma das alternativas lúdicas mais utilizadas por professores, pois estimula a atenção e objetiva a criança a desenvolver habilidades de extrema importância cognitiva emocional e social, ou seja, através dos jogos ela pode adquirir noções básicas de respeito as normas grupais sociais.
Segundo LOPES 2002, psicopedagogo clínica, relata resultados positivos com jogos na aprendizagem de crianças com TDAH, ela pode perceber uma mudança de comportamento, criando novos hábitos com potencial e habilidade. O jogo é uma alternativa interessante criativa que atrai e faz com que a criança interaja com outras crianças e pode ser de grande importância na aprendizagem, e amenizar os problemas de desatenção e todos os outros sintomas.
O educador através de atividades lúdicas pode construir uma agradável, fazendo com que as crianças com TDAH, consiga assimilar melhor as atividades pedagógicas. Muitos teóricos acreditam que os problemas destas crianças são emocionais, devido a conflitos em casa destacando causas internas e externas, outros já propõem uma solução médica com uso de medicamentos. Com o lúdico isso, veio a considerar de forma significativa na aprendizagem da criança, construindo uma nova percepção.
A aprendizagem é um processo social que possibilita través das áreas de desenvolvimento proximal, isto é, da distancia entre a zona de desenvolvimento real, determinar através das soluções independentes de problemas, o nível de desenvolvimento potencial, ou seja aquilo que a criança ainda não sabe, mas que pode aprender. Destacou a importância do lúdico para os processos de aprendizagem e desenvolvimento da criança, pois através deste ato que a criança reproduz experimentações e vivências com o mundo exterior, e ainda relacionar com outras crianças. (VYGOTSKY, 2004, p.32)
	Uma criança hiperativa tem uma dificuldade grande de atenção, além de uma agitação fora do normal, com uma atividade como o jogo, ela terá noção de tempo, regras, saberá que tem que esperar sua vez e saber que tem que ter atenção para contribuir no andamento do jogo, com os fundamentos do jogo, ele vem a trabalhar o que mais é dificultoso na criança com TDAH, melhorando significativo esses sintomas contribuindo assim a sua aprendizagem.
Quando se usa o jogo como prática pedagógica, ele se torna um elemento enriquecedor para promover a aprendizagem e contribuir com o desenvolvimento de muitas habilidades. Servindo-se das atividades lúdicas é possível promover o desenvolvimento social, emocional e cognitivo e também trabalhar as habilidades do pensamento, da criatividade, da imaginação, da interpretação, da atenção, da motivação interna e da socialização. O lúdico é indicador de competências, é uma atividade rica e que trará contribuições significativas para o alto conhecimento, e para enfrentar desafios, ter interação com o outro, organizar suas relações sociais e emocionais, construindo, aos poucos, sua personalidade e favorecendo uma melhor adaptação social no futuro. (LOPES, 2000, p.35)
	A importância da atividade lúdica para crianças com TDAH, esta mais do que comprovada, e o professor tem que proporcionar isso de uma forma natural. É evidente que o aluno hiperativo, terá problemas e o educador tem que estar preparado para isso, e dever deles proporcionar o convívio social de seu aluno e não afastá-lo do resto da turma, só assim ele conseguirá ser inserido no meio, como já abordamos anteriormente, esse papel só o professor poderá realizar é intransferível.
4.1 CRIANÇA COM TDAH NA ESCOLA
A grande maioria de crianças com TDAH, geralmente são muito inteligentes, só que é na vida escolar que eles enfrentam seus maiores problemas por conta dos sintomas principalmente a desatenção. Na escola a criança precisa de regras, limites, a organização que a criança não consegue acompanhar, trazendo problemas no ambiente escolar. Com os problemas vêm também a frustração de pais e professores, sendo importantes que eles entendam e compreendam os motivos que leva este aluno a não suprir as expectativas.
	A maior preocupação dos pais na hora de escolher uma escola par seu filho é procurar uma que proporciona valores parecidos a educação oferecida por eles ara que possa haver uma complementação de ambos. Geralmente eles procuram escolas onde direção e professores tinha conhecimento a respeito do assunto. Quando os educadores conseguem entender os sintomas do TDAH, saberá lidar melhor com os problemas que surgirão, e entenderá a situação dos pais e até procurará formas adequadas e pedagógicas de ensino que possa fazer o aluno interagir e assimilando a aprendizagem.
O professor são os que primeiro percebem quando o aluno tem algum problema de atenção e aprendizagem, e é extremamente importante que haja uma investigação de todo histórico da criança para que possa esclarecer as causas dos problemas. É preciso que seja feito uma avaliação interna, comunicar aos pais e orientar sobre as medidas a serem tomadas para ter um diagnóstico correto, feitos por médicos especialistas da área. Com o diagnostico é possível professores e terapeutas montar estratégias e métodos de ensino para que a criança com TDAH consiga acompanhar os demais alunos.
	Segundo BORGES 1997, uma sala de aula estruturada, com mesa, carteira, quando não precisa propriamente desta mecanização, pode até ter tudo isso, porém com cores, desenhos, artefatos que possa fazer o aluno viajar na área imaginação e aprendendo ao mesmo tempo. A estrutura estabelece com regras claras e precisa bem definida, porém de uma forma menos mecânica que a estrutura tradicional.
Um grande desafio para o aluno com TDAH e a realização tarefa de casa, porque geralmente é neste momento que é mais estressante para os pais porque a criança demora muito para a realização da tarefa em geral demora três vezes mais o tempo que uma criança normal demoraria, é importante o professor estar atento a essas limitações pra que o aluno não transforme o dever de casa como se fosse um castigo. Essa tarefa tem que ter uma revisão da matéria trabalhada na sala, servindo para complementar.
	O professor que tem um aluno com TDAH, tem que buscar a melhor alternativa de ensino é comum eles se frustrarem por não conseguir atingir seus objetivos, é preciso trabalhar com várias intervenções, e muitas vezes até o professor tem que se ajustar em algum modelo e esperar o resultado. Um bom resultado depende da combinação de vários fatores, um professor comprometido e intervenções terapêuticas, cognitivas e acompanhamento. Com um suporte bem elaborado muitas crianças conseguem perfeitamente acompanhar o ensino regular. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se o principal assunto foi esclarecer a importância do professorno processo ensino aprendizagem destas crianças, o educador é uma peça de extrema importância, e é ele que vai escolher sua metodologia de ensino, sua forma de ensinar.
Reconhecer a hiperatividade, a desatenção e a impulsividade como sintomas de um transtorno, sendo que o professor obtenha conhecimentos básicos através dos profissionais acerca do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade para melhor orientar quanto ao ensino aprendizagem.
A escolha se deu em função de observar crianças com problemas de aprendizagem, muitos deles causados por falta de atenção e ou concentração. Entende-se, no decorrer da pesquisa, que o TDAH é realmente um transtorno e como tal, merece e deve ser tratado, visto que, na maioria dos casos, a criança hiperativa pode obter mais sucesso se for acompanhada de uma ação multidisciplinar, que poderá envolver professores, pais, terapeutas, médicos e medicamentos.
 A equipe multifuncional tais como, professor, psicopedagogo, especialistas entre outros poderá ser o elo principal entre a família e os especialistas envolvidos, durante o tratamento do TDAH, pois seu papel não é o de dar diagnóstico e sim de esclarecer aos pais que o transtorno não tratado gera inúmeras complicações para seu portador, no convívio social, muitas vezes levando à insatisfação, depressão, rejeição, busca das drogas, enfim, à infelicidade.
Após a finalização, concluir-se que uma criança com TDAH, precisa sim de uma atenção especial e inseri a mesma no âmbito escolar sem que haja preconceito, e deixa os paradigmas de lado e ter um olhar de especialistas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANDRADE, Ênio R. Quadro clínico do transtorno de déficit de atenção / hiperatividade.
BARKLEY, Russell A. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH): guia completo para pais, professores e profissionais da saúde. Tradução: Luís Sergio Roizman. Porto Alegre: Artmed, 2002.
BENCZIK, Edyleine B. P. BROMBERG, Maria Cristina. Intervenções na Escola. In: ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução a Metodologia do trabalho cientifico. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
BOIASKI, Morgana T. Estudo do processo de desenvolvimento de escolares com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade na interação em ambientes digitais/virtuais. Porto Alegre: UFRGS, 2007.
BORGES, S.M.C. Há um Fogo Queimando em mim: as representações sociais da criança hiperativa. UFC. Fortaleza, 1997.
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CIRIO, Rosângela Rosa. Transtorno de déficit de atenção / hiperatividade: propostas para pais e professores. São Paulo: Vetor, 2008.
LOPES, M da G. Jogos na Educação Infantil: Criar, fazer, jogar. E ed. São Paulo. Editora Cortes 2002.
MARTINS, Silvia; TRAMONTINA, Silzá; ROHDE Luis A. Integrando o processo diagnóstico. In: ROHDE, Luis Augusto; MATTOS, Paulo (Org.). Princípios e práticas em transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade. Porto Alegre: Artmed, 2003.
MOYSÉS, M. A. A.; COLLARES, C. A. L. A história não contada dos distúrbios de aprendizagem. Cadernos CEDES. Campinas, n. 28, p.31-47, 1992.
PINTO, Elaine da F. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) no ambiente escolar. São Paulo, 2007. Originalmente apresentada como trabalho de conclusão de curso de especialização lato-sensu em distúrbios de aprendizagem, Faculdade de Medicina do ABC, 2007.	
RAZERA, Graça. Hiperatividade eficaz: uma escolha consciente. Um estudo Conscienciológico sobre o TDAH – Transtorno da Desordem da Atenção e Hiperatividade Infantil. Rio de Janeiro: Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, 2001
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