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PRIMEIROS SOCORROS

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PRIMEIRO SOCORROS
ENFº LUCIANO DIAS DE MELO
Esp. Urgência e Emergência / UTI
Enfermeiro Aeromedico
Instrutor APH 
Socorrista 
COREN/PR 559.639
Corpo de Bombeiros – 193 
 Polícia Militar – 190
 Ambulância – SAMU 192
Defesa Civil – 199 
TELEFONES ÚTEIS
DEFINIÇÃO
PRIMEIROS 
SOCORROS?
A expressão “Primeiros Socorros” significa o atendimento imediato prestado a uma pessoa vítima de um acidente ou de um mal súbito. Quando aplicados com eficiência, os primeiros socorros significam a diferença entre “vida e morte”, “recuperação rápida e hospitalização longa” ou, “ invalidez temporária e invalidez permanente”.
DIFERENÇAS
URGÊNCIA 
X
EMERGÊNCIA
DIFERENÇAS
SUPORTE BASICO DE VIDA
X
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
O QUE É O SUPORTE BÁSICO DE VIDA
	O SBV consiste num conjunto de procedimentos realizados sem recurso a equipamento específico, e que tem como objetivo a manutenção da vida e o ganho de tempo, até à chegada de ajuda especializada. 
O SBV inclui:
• Avaliação inicial (verificar condições de segurança e se a vítima responde). 
• Permeabilização das vias respiratórias. 
• Ventilação com ar expirado (respiração boca a boca). 
• Compressão do tórax (compressão cardíaca externa).
AVALIAÇÃO INICIAL
RECONHECER: Responsividade
AJUDA: 192 /193
PCR: Inicie o Mas rapidp
DEA: Precocemente
AVALIAÇÃO INICIAL
O local da ocorrência ? 
A vítima - Está consciente? 
As testemunhas. Elas estão tentando dar alguma informação?
ATUALIZAÇÃO
ALIANÇA INTERNACIONAL DE COMITE DE RCP
CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
PARADA CARDÍACA
	PCR é a interrupção temporária das funções do coração e do pulmão que resulta na cessação total da distribuição de oxigênio e sangue no organismo.
	Esta situação apresenta-se clinicamente como a ausência de pulso em artéria de grande calibre em paciente inconsciente que não respira.
SINAIS DE PARADA CARDÍACA
Ausência de movimentos respiratórios (não há expansão pulmonar) 
Ausência de pulso (pulsação carotídea, femural, e outras artérias) 
Palidez, pele fria e úmida, presença de cianose de extremidades (pele arroxeada) 
Dilatação de pupilas (pela falta de oxigenação cerebral) 
CAUSAS MAS COMUNS
NEONATO- ASFIXIA
JOVEM- TRAUMA
ADULTO- MAL SÚBITOS
O QUE FAZER EM CASO DE PCR
Vitima não responde, grite por ajuda de pessoa próxima.
Acione serviço de emergência. (192)
Verifique se á ventilação ou somente gasping, verifique o pulso, simultaneamente (10 segundos).
Se respiração normal com pulso, acione o serviço de emergência (se não houver feito) e monitore o paciente até chegada da emergência.
Sem respiração normal e com pulso, administre ventilações (1 ventilação a cada 3 a 5 segundos ou cerca de 12 a 20 ventilações/min).
MÉTODOS DE RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL
BOLSA- VALVULA E MASCARA
MASCARILHA
OU POKTI
BOCA A 
BOCA
Execute compressões se FC < 60 bpm/min com sinais de perfusão inadequada.
Ative o serviço médico de emergência, após 2 minutos.
Na ausência de pulso inicie RCP. (1 socorrista) 30 compressões 2 ventilações; inicie 15 compressões e 2 ventilações se chegar mais um socorrista. Usar o DEA assim que estiver disponível.
O DEA analisa o ritmo (se ritmo chocável) aplique um choque, reinicie a RCP por cerca de 2 minutos ou até o DEA avisar o ritmo. Continue até o pessoal de SAV assuma ou até que a vítima se movimente.
O DEA analisa o ritmo (se não chocável) reinicie a RCP por 2 minutos ou até que o DEA avise o ritmo. Continue até que o pessoal de SAV assuma ou até que a vitima se movimente.
ALGORISMO DE SBV ADULTO
Profundidade das Compressões Torácicas
		Confirmado, de acordo com atualização da AHA, é aconselhável manter a sequencia C-A-B em RCP, como era anteriormente em 2010, iniciando RCP com CAB ao invés de ABC. É aconselhável que os socorristas responsáveis pelas compressões torácicas, comprimam cerca de (4 cm) em bebês e até (5cm) em crianças, as mesmas utilizados para adolescentes, e que no adulto não seja superior a (6cm). Recomenda-se utilizar em bebês e crianças uma velocidade de 100 a 120 compressões torácicas/min(DESTAQUES AHA, 2015)
CAB EM VEZ DE ABC
SUPORTE BÁSICO NA PEDIATRIA
		A Reanimação Cardiopulmonar (RCP) rápida e eficaz, em ambiente extra-hospitalar, pode estar associada ao retorno da circulação espontânea e sobrevivência sem seqüelas neurológicas em crianças.
		 Define-se como crianças: lactentes (< 1 ano) e crianças até a puberdade. Estão habilitados à prover SBV os profissionais de saúde e pessoas leigas com treinamento (exemplos: seguranças, bombeiros, policiais, cuidadores domiciliares e professores).
Importância do Suporte Básico de Vida
		Somente 1/3 a ½ das crianças que sofrem PCR recebem SBV. 
		As manobras de RCP deveriam ser ensinadas para toda a sociedade. 
		Estudos demonstram que o atendimento à parada respiratória extra-hospitalar, por socorristas leigos, pode ter o maior impacto na sobrevivência sem seqüelas neurológicas, alcançando taxas de 70%. A sobrevida em crianças atendidas dentro de hospitais é de 27%.
Cadeia de sobrevivência do SBV em pediatria 
	Baseia-se nas causas de PCR em crianças - Possibilita atendimento preciso e oportuno - Prioriza a prevenção, RCP precoce com ênfase nas compressões torácicas, rápido acesso ao serviço médico, suporte avançado de vida efetivo e cuidado integrado pós PCR.
Princípios do atendimento Suporte Básico de vida(SBV) em pediatria
MANTER A CALMA
Avaliar a cena Existe perigo ao socorrista?
Sinais de parada cardiorrespiratória - Criança não responsiva - Sem respiração ou com respiração ofegante (gasping) 
Técnica para compressão cardíaca 
Posicionar a criança em superfície rígida.
Em lactentes, comprimir abaixo da linha intermamilar e em crianças maiores na metade inferior do esterno Ritmo das compressões: 100/min
Profundidade: 4 cm em lactentes e 5 cm em crianças maiores 
Permitir retorno torácico a cada compressão
Minimizar interrupções
SEQUÊNCIA
RCP EM GESTANTES
	A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em Gestantes é muito importante para reduzir a morbimortalidade materno fetal e para obter maior chance de êxito é importante que a equipe de reanimação esteja sincronizada e tenha o conhecimento de qual a melhor conduta seguir.
CAB PARA GESTANTES
A prioridade para as gestantes em PCR é a oferta de RCP de alta qualidade e o alívio da compressão da veia cava e artéria aorta.
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS 
POR CORPOS ESTRANHOS (O.V.A.C.E.) 
	É a obstrução súbita das vias aéreas das superiores causadas por corpo estranho. 
MANOBRA DE HEIMLICH
SÉRIE DE COMPRESSÕES ABDOMINAIS QUE SIMULAM O EFEITO DA TOSSE ESTIMULANDO A VÍTIMA A EXPELIR O CORPO ESTRANHO
MANOBRA DE HEIMLICH
Inicie abraçando a pessoa pela cintura firmando os punhos entre as costelas e o abdome. Puxe a pessoa para cima e em sua direção, rápida e vigorosamente quantas vezes forem necessárias
MANOBRA DE HEIMLICH
EFETUE COMPRESSÕES ABDOMINAIS ATE A SAIDA DO OBJETIVO
NA HORIZONTAL (DECÚBITO DORSAL)
MANOBRA DE HEIMLICH
Usando uma cadeira a vítima pode se
auto-aplicar a manobra colocando as mãos entre o abdome e o tórax e pressioná-la na borda do encosto da cadeira.
AUTOMANOBRA
Com o punho fechado, posicionar
a mão abaixo do tórax.
Realizar cinco compressões, até
a criança expelir o corpo estranho
CRIANÇAS (OVACE)
Retirar o objeto com um
dos dedos, apenas se ele
estiver visível
BEBÊS (OVACE)
Colocar os dedos na metade do osso
esterno e realizar cinco compressões
Posicionar o bebê de bruços
apoiando-o no antebraço e
aplicar cinco “pancadinhas” entre as escápulas.
BEBÊS
QUEIMADURAS
	Queimaduras são lesões nos tecidos que envolvem as diversas camadas do corpo –  pele, cabelos, pelos,  tecido celular subcutâneo, músculos, olhos etc . Geralmente são causadas pelo contato direto com objetos quentes superaquecidos ou incandescentes.
CHOQUE ELÉTRICO
	O choque elétrico é a passagem de uma corrente elétrica através do corpo, utilizando-o como um condutor. Esta passagem de corrente pode causar um susto, porémtambém pode causar queimaduras, fibrilação cardíaca ou até mesmo a morte.
PRIMEIROS SOCORROS
1. Corte ou desligue a fonte de energia, mas não toque na vítima;
2. Afaste a pessoa da fonte elétrica que estava provocando o choque, usando materiais não condutores e secos como a madeira, o plástico, panos grossos ou borracha;
3. Chame uma ambulância, ligando para o 192;
4. Observe se a pessoa está consciente e respirando;
CHOQUE
Se estiver consciente: acalme a vítima até a chegada da equipe médica;
Se estiver inconsciente, mas respirando: deite-a de lado, colocando-a em posição lateral de segurança. Saiba como pode fazer isso de forma correta;
Se estiver inconsciente e não respirando: inicie a massagem cardíaca e a respiração boca-a-boca. Veja como deve ser feita a massagem;
EPILEPSIA
CRISE CONVULSIVA
	A crise convulsiva é uma alteração involuntária e repentina nos sentidos, no comportamento, na atividade muscular ou no nível de consciência que resulta na irritação ou superatividade das células cerebrais.
CONVULSÃO
MAL SÚBITOS
VERTIGEM CENTRAL: disfunção dos músculos oculares, tamanho desigual das pupilas e flacidez facial.
VERTIGEM LABIRÍNTICA: mais frequente, distúrbio do ouvido interno; náuseas, vômitos, movimentos rápidos e involuntários do globo ocular, sensação de rotação, palidez e umidade da pele, batimento cardíacos acelerados.
MAL SÚBITOS (DESMAIO)
Acalme a vítima; ajude-a a encontrar uma posição confortável e a se mover o mínimo possível.
Faça uma avaliação para descartar qualquer condição que ofereça risco à vida.
Incentive a vítima a procurar um médico.
HEMORRAGIA
	Hemorragia é caracterizada por uma intensa perda de sangue por algum orifício, ou corte, para dentro ou para fora do corpo.
CONTROLE DE HEMORRAGIA
Colocar pano sobre pano;
Pressão Direta no local;
Pressão de pontos arteriais;
Elevação de membro;
Torniquete (Ultimo Caso)
IMOBILIZAÇÃO
REFERÊNCIAS
ALCANTARA P. A Pediatria. Pediatria. São Paulo, 2000, 183 (1):183-189.
DESTAQUES DA AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA) 2015. Atualização das Diretrizes de RCP e ACE. Guidelines 2015. CPR & ECC. pg 20-25.
GUILHERME MIS, OLIVEIRA CEF, SILVA ARM, COSTA MFR, VASCONCELOS RB.
O atendimento de enfermagem em casos de Parada Cardiorrespiratória (PCR). 2013.
KIMIE MA. Reconhecimento das situações de emergência: avaliação pediátrica. Medicina. Ribeirão Preto, 2012, 45(2): 158-67.
SILVA JCA. Suporte Avançado de vida em Pediatria: Insuficiência Respiratória e Choque. Medicina Perioperatória. TSA/SC . cap 155.
TEIXEIRA CV (2005). Suporte Básico de Vida em Pediatria. Responsável pelo CET do Hospital Felício Rocho. Diretora Científica da SAMG. Especialista em Clínica Médica e Terapia Intensiva. pg 154.
CONCLUSÃO
	Conclui-se o quanto é importante o conhecimento do manejo de SBV para os profissionais da saúde, principalmente do enfermeiro que presta o atendimento ou o primeiro atendimento dentro da Instituição seja da saúde ou de qualquer outra, e percebe-se como seria vantajoso se todas as pessoas compactuassem com o ato de poder salvar uma vida ou pelo menos atender de uma maneira eficiente alguém que precisasse deste atendimento. Os trabalhos científicos de enfermagem na área da PCR são escassos no Brasil, sendo imprescindível o incentivo à produção científica.

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