Buscar

CANTO GREGORIANO 2009

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

6
CANTO GREGORIANO
 Algumas características da música da Grécia e das sociedades mistas orientais helenísticas do Mediterrâneo oriental foram seguramente absolvidas pela igreja cristã nos seus dois ou três primeiros séculos de existência. Mas certos aspectos da vida musical antiga foram liminarmente rejeitados. Um desses aspectos foi a idéia de cultivar a música apenas pelo prazer que tal arte proporciona. A música que era associada a espetáculos públicos, como os festivais, concursos e representações teatrais seria impróprio para a igreja que tentava afastar os convertidos de seu passado pagão. Nos primeiros séculos, os cristãos foram incitados a reunirem-se para darem graças (eucharistein, em grego) e louvarem a Deus. As orações de graça, a dádiva de oferendas e a partilha do pão acabaram por se combinar na liturgia da eucaristia, em que eram lembrados o sacrifício de Cristo e a última ceia, recebendo os fiéis, em comunhão, o pão e o vinho que os Padres da Igreja consideravam como sendo o corpo e o sangue de Cristo. Essas reuniões desencadearam contínuas e ferozes perseguições, de forma que foram obrigados a realizar seus ritos à noite e em lugares subterrâneos denominados de catacumbas. O cristianismo mostrou ao homem um mundo interior que ele desconhecia, e essa revelação transformou a sua visão de si mesmo, bem como a sua posição face às coisas. Movidos por esse novo modo de ser, os primeiros cristãos desenvolveram sua própria arte com o objetivo de exteriorizar não somente sensações, mas sentimentos de integração religiosa. Essa ideologia que se generalizou nos séculos iniciais da Idade Média foi a causa de origem da monodia cristã. Assim, a princípio, floresceram agrupamentos, quase que isolados, unidos apenas pela ardente fé comum. Cada grupo, provavelmente, associou à suas preces o canto da própria região ou das pessoas que dele participavam. Assim, o canto dos primeiros cristãos veio de muitas fontes: melopéias hebraicas, recebidas através da Igreja da Síria, cantos gregos e romanos tradicionais, canções populares com novas palavras e criações originais de caráter místico, às quais nem sempre foram estranhos os ritmos da dança.
Os cânticos da nova concepção musical inspiravam-se nos Salmos da Bíblia. O salmo é de origem hebraica e era cantado nas sinagogas, sendo em sua maioria atribuídos ao Rei Davi, que os cantava se acompanhando pela harpa. Solo e Coro, ou Coros alternados, dialogavam nas orações musicadas, sendo que a participação de um dos grupos vocais às vezes não ia além das “aleluias" e "améns" que marcavam o fim de cada passagem. Aos poucos, formaram-se artistas profissionais que aperfeiçoaram o canto das melodias. A princípio, dividiram o texto em sílabas, atribuindo apenas um som a cada uma delas (canto silábico). Mais tarde, por influência da música oriental, as sílabas já reuniam vários sons, enriquecendo-se com um ornamento vocal (melisma). 
 
Com a rápida difusão da fé e progressiva organização do Cristianismo, sobretudo depois que o imperador Constantino, no ano 313, concedeu liberdade de culto aos cristãos, os papas, bispos e outras autoridades da eclesiástica cuidaram de ordenar, unificar tudo o que se referia ao rito. A música se transforma em instrumento para a conquista das almas, cativadas pela beleza da melodia. Os sacerdotes tinham conhecimento musical obrigatório.
Os grandes centros da Igreja - Bizâncio, Roma, Antioquia, Jerusalém e Milão - eram também os grandes centros da música, cada qual com sua liturgia musical particular. Santo Ambrósio, bispo de Milão de 334 a 397, introduziu na sua diocese um estilo que tomou seu nome - ambrosiano. Atribui-lhe a tradição de ter determinado os 4 modos autênticos. Santo Ambrósio, além de combater a heresia ariana, empreendeu a reforma da liturgia. É-lhe atribuída a introdução de admiráveis hinos latinos nos ofícios. Com a beleza do canto, queria ele popularizar o dogma recém-promulgado da Santíssima Trindade, e, de fato, tão belas eram essas melodias que produziam um efeito quase mágico sobre a multidão. Santo Ambrosio é apontado como autor de quatorze hinos, três dos quais foram introduzidos no breviário romano. O canto ambrosiano preservou-se e mantém-se ainda, em toda a sua magnificência, em Milão, em certos vales italianos dos Alpes e na diocese de Lugano. Na mesma época, Santo Hilário, compunha na França uma música de características diferentes - o estilo galicano que incluía elementos célticos e bizantinos. O Canto Galicano foi igualmente sensível a influências dos cantos das judiarias de Marselha e das regiões renanas. Os centros mais importantes foram Lyon, Toulouse, Roma, Paris, Colônia e, sobretudo Metz, onde foi considerável o seu desenvolvimento. Em Paris, São Germano, no Sec. VI escreveu em hexâmetros a liturgia de uma missa que era cantada pelo clero, pelo povo e por três crianças (em que figurava o cântico das Três crianças na fornalha) e em três línguas: latim, grego, hebraico. A ordem era muito diferente da ordem romana. Entre 754 e 814 esses estilos foram suprimidos por Pepino e pelo seu filho Carlos Magno, que impuseram o canto gregoriano nos seus domínios. Por volta do século VI, na Espanha, Santo Isidoro seguiria outra tendência - o estilo moçárabe, que os historiadores atuais preferem chamar de hispânico, que se desenvolveu entre os cristãos que viviam sob a lei islâmica. Na Espanha e em Portugal, continuaram em uso até o fim do século XI, mas, depois que os mouros foram expulsos do solo espanhol, o rito romano acabou por se impor volta de 1071. Na época o mais importante centro musical era Córdoba, onde se desenvolvia a brilhante civilização moçárabe; mas Toledo, então capital, Sevilha e Saragoça eram também centros muito ativos.
 Foi em Roma que se estabeleceram os padrões que deram ao canto litúrgico da Igreja Romana uma forma fixa. S. Gregório Magno, que foi papa de 590 a 604, adicionou, aos 4 modos determinados por Sto. Ambrósio, quatro outros que foram chamados de plagais. Estendeu a toda a Igreja o que Santo Ambrósio realizara somente na diocese de Milão. Deu uma ordenação definitiva ao rito e, em conseqüência, ao canto litúrgico, que a essa altura se caracterizava por uma melodia linear e plana - o "canto planus" - com o mínimo de tensões e o máximo de intimidade mística, expressada através de uma sóbria liberdade de declamação. Por isso chamaram-no também, mais tarde, de cantochão. Recolheu, escolheu e codificou os cantos mais dignos do culto cristão, segundo a ordem das festas e cerimônias, em um livro chamado Antifonário (que teria prendido com uma corrente de ouro no altar de São Pedro), para que servisse de norma a todo o mundo católico. Para maior fidelidade na execução dos cânticos do Antifonário, fundou a "Schola Cantorum" que durante muitos séculos, exerceu grande influência na compilação e na composição do canto sacro. A partir de então, o canto da Igreja passou a chamar-se de Canto Gregoriano.
 ASPECTOS TÉCNICOS E FORMAIS 
 
Aplicado funcionalmente à riquíssima liturgia romana, conforme as necessidades desta, surgiram os seus gêneros. Podemos classificar como verdadeiras formas do canto gregoriano:
 
 HINO:
 
 
Cântico de louvor às divindades, cântico de petições, cântico de adoração, etc. É um canto coral monôdico, tendo como textos salmos bíblicos ou novas poesias em língua latina, de prosódia rítmica moderna.
 ALELUIA:
 Palavra hebréia que significa “Louvai ao Senhor” Expressão de alegria, ação de graça, regozijo, que das Sinagogas passou aos lábios martirizados dos primeiros cristãos. Na Missa foi, originalmente, um canto reservado para o dia de Páscoa. Depois se estendeu a todo domingo do ano, pois nele era celebrada a ressurreição. 
 ANTIFONA:
Inicialmente, deu-se este nome à maneira como se cantavam os salmos e os hinos, isto é, uma parte dos fiéis cantava um versículo para logo em seguida os demais cantarem o seguinte e assim sucessivamente.(antífona - cantar alternadamente). Antífona, entretanto, passou a ser chamada a parte que prepara a execução do salmo correspondente que lhe seguem, isto é, todo salmo é precedido de sua antífona, baseada no mesmo modo daquele.
INVITATORIUM ou INTRÓITO
Pequena antífona que serve para convidar e preparar os fiéis para a celebração. O intróito acompanha a procissão com entrada do celebrante e seus ministros e faz entrar os fiéis no mistério a ser celebrado: ele "dá o tom" do dia ou da festa.
GRADUAL:
É uma canção entre as leituras. São os 15 salmos (119 a 133) do Brevário que em determinadas circunstâncias se entoavam junto aos degraus do altar. Uma espécie de canto com coro. Originalmente, a assembléia respondia com uma fórmula simples a canção do solista que cantava sucessivamente os versos do salmo.
IMPROPÉRIO:
Trecho litúrgico, versiculado na forma responsorial, que na sexta-feira santa se canta na Igreja no solene ato de adoração da cruz. O texto dos impropérios é repleto de palavras de queixume, porém de muito amor que o Redentor deve ter pronunciado em sua agonia.
RESPONSÓRIO:
 Recitação ou canto em que o celebrante ou os versiculários de um lado, e de outro, o coro, alternam certos textos litúrgicos da missa ou do ofício divino. Difere do Responso, o qual é um canto efetuado destacadamente do ofício divino.
SALMOS:
São os poemas, em número de 150, compostos ainda antes de Cristo, que receberam a música do tipo gregoriano, e que foram cantados pelos primeiros cristãos. Os santos mártires, para aplacarem seus sofrimentos e enfrentarem a morte, entoavam salmos, pois, os textos salmódicos são geralmente confortadores.
SALMODIA:
Entoação dos salmos nos oito tons ou modos gregorianos. Havia, desde os tempos muito antigos, 03 maneiras de executar os salmos: 
 
Canto Direto - um solista executava os versículos sozinho.
Salmodia Responsorial - o povo ou o coro canta, entremeado com os versículos executados pelos solistas, certos aditamentos à guisa de estribilho.
Salmodia Antifônica - dois coros cantam alternadamente os versículos do Salmo.
SEQUÊNCIA:
Inicialmente, os primeiros vocalizes sem texto. Posteriormente, a palavra vocalizada, isto é, melismatizada.
A MISSA
. A Missa Romana, como evoluiu no ocidente, gerou um tesouro rico de arte. Criou arquitetura, pintura vitrais, escultura, poesia e música, coisas que cresceram em torno do ato central da Missa. É, sem dúvida, o serviço religioso mais importante da igreja católica. A liturgia da missa ordena-se em torno da Eucaristia cotidiana, isto é, da reatualização da Ceia e do sacrifício do Cristo. Em torno desse núcleo fixo que constitui o “ordinário da missa”, organiza-se o “próprio da missa”, que segue ao longo de um ano a história da vida de Cristo, em torno das duas grandes festas, a de seu nascimento, o Natal, fixada em 25 de dezembro no calendário romano, e a da sua morte e de sua ressurreição, a Páscoa – que é uma festa móvel. A primeira liturgia cristã nasceu de certa forma, de uma extensão do culto judaico. De fato, os primeiros cristãos seguiam o culto na sinagoga, a que acrecentavam cerimônias privadas eucarísticas. A palavra missa vem da frase que termina o serviço: Ite, missa est (< Ide-vos, a congregação pode dispersar >). No entanto, para os músicos, a palavra Missa pode ter um sentido mais exato: música composta para acompanhar as partes fixas da Missa: - Kyrie - Glória - Credo - Sanctus - Benedictus e Agnus Dei.
 
- Kyrie – (Senhor tem piedade) é uma fórmula grega pela qual os partidários alegram o Deus e imploram sua clemência. É cantado logo no início da Missa como um ritual penitencial, preparando os fieis à celebração. É um vestígio das antigas ladainhas, no qual se canta três vezes "Kyrie eleison" três vezes "Christe eleison" e três vezes "Kyrie eleison". A palavra Kyrie é uma transliteração de uma palavra grega, usada na versão grega do Antigo Testamento, para traduzir Iahweh, o nome de Deus. Entre todos os títulos atribuídos ao Cristo, o título Kyrie, ou Senhor, foi o favorito de S. Paulo. Portanto, os três pedidos dirigiram-se a Cristo. A tripla repetição é uma homenagem à Santíssima Trindade. 
- O Glória - Era um hino de origem oriental que remonta ao século II. Na liturgia romana, o Glória foi, inicialmente, introduzido na missa de véspera do Natal. Com o tempo foi estendido às outras festas do ano e posteriormente aos domingos. Começa com as palavras dos anjos, citadas no Evangelho de Lucas, II, 14: Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade, anunciando a boa nova aos pastores de Belém e louvando a Deus pelo nascimento de Cristo. O anúncio dos anjos no grego original é notavelmente ritmado, com uma boa justaposição das frases. Os versículos que seguem tentam imitar o seu caráter poético. Em conseqüência disto, o Glória foi sempre o poema preferido para expressar alegria e otimismo. Quando introduzido, em Roma, era reservado ao bispo, sendo recitado pelo sacerdote somente no sábado da Semana Santa. Provavelmente no sec. IX os sacerdotes começaram a rezá-lo. Mais tarde a oração foi assumida pelo coro, que jamais deixaria de cantá-lo.
O Credo - Durante os primeiros séculos da Igreja, foram escritos Símbolos ou profissões de fé, atos que resumiam e proclamavam os principais pontos de fé cristã. No ato do batismo, o candidato proclamava a sua fé piedosamente, recitando o Símbolo. O credo é a única parte que sabemos a data precisa da introdução na missa romana: 14 de fevereiro de 1014. Já rezado na missa em França, o rei Henrique II pediu ao Papa que fosse introduzido na Missa da Coroação, em Roma. 
 Sanctus – No início da prece eucarística o Sanctus é precedido de um grande recitativo do prefácio: é o “hino dos Serafins” ouvido no templo de Jerusalém pelo profeta Isaias. Ele convida a igreja da terra a unir-se a liturgia do Céu. É um louvor a Deus, no qual se canta três vezes "Sanctus", terminando com o "Hosanna in excelsis". Em continuação é cantado o Benedictus, voltando ao "Hosanna" para terminar. O Sanctus é uma parte muito antiga da missa. S. Clemente de Roma (+96) diz-nos que era cantado no primeiro século. A Palavra Sabaoth é uma transliteração, do Hebraico, de uma palavra que provavelmente significa: estrelas, como um exército das estrelas. É uma maneira de afirmar a onipotência de Deus, chamando-o de Senhor dos Exércitos. A palavra Hosanna também é uma transliteração do Hebraico, e é simplesmente um grito de alegria. As palavras "in excelsis" são uma maneira de afirmar gramaticalmente um superlativo.
Agnus Dei - é um canto de paz e de louvor ao Cordeiro Imaculado que purifica o mundo do pecado. A interpretação deve ter em conta os três aspectos desta oração: o sofrimento do Cristo simbolizado pela fração do pão; a disposição de um cristão preparando-se para comungar; o aspecto social dos fiéis que comungam o mesmo Cristo. Portanto, deve mostrar um espírito e um sentimento de reverência pelo sofrimento de Cristo; um pedido de misericórdia para receber dignamente o seu corpo; e uma oração pedindo o dom da paz e união entre os que o estão comungando. 
Partes Móveis da Missa:
- Antífona de Entrada - Antífona do Ofertório - Antífona de Comunhão - Gradual - Aleluia o Tracto - Seqüência.
A Antífona de Entrada, Intróito, o Ofertório e o Comunio eram, originalmente, cantos processionais, executados, respectivamente, na entrada da Igreja, na ocasião das ofertas e quando se dirigiam ao altar para a comunhão. O gradual, o Aleluia, o Tracto e a Seqüência são cantados entre as diversas leituras da Bíblia.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO CANTO GREGORIANO
· Música escrita numa pauta de 4 linhas (tetragrama).
· Utilização de 02 claves: Dó e Fá colocadas em quaisquer linha.
· Notação inicialmente abecedálica, logo em seguida substituída pela notação quadrada, a qual chegou aos nossos dias como a mais corrente na época.
· Ritmo subordinado apenas ao texto. Prosódica e melismática.· Todas as notas naturais, com exceção do SI que podia receber um bemol para evitar intervalos difíceis de entoar, o que os antigos denominavam "diabolus in musica" (4ª .Aumentada). Este sistema de fazer música baseado apenas nas notas naturais, denomina-se sistema modal.
· Entoada, essencialmente, em Uníssono. 
· Para determinar o ritmo das palavras do texto são utilizados os neumas: sinais que representam o agrupamento de 2, 3, 4, 5 ou mais notas (punctum).
· Cada nota quadrada portanto, denomina-se punctum.
· Executada por vozes masculinas sem acompanhamento de instrumentos, isto é, à capela.
· Havia sinais de respiração que indicavam pausa de Inciso, pausa de semi-frase, pausa de frase, e pausa final.
PRINCIPAIS TEÓRICOS - CODIFICADORES E AUTORES
· Santo Ambrósio (374 - 397). Bispo de Milão. Adaptou para a Igreja Ocidental os Salmos da Igreja Bizantina. Uniformizou a liturgia.
· S. Gregório Magno (540-605). Papa (590-604). Originário do patriciado romano, de início prefeito de Roma, depois monge beneditino, fundador de sete mosteiros, moralista, administrador, foi também liturgista. Fez ampla reforma na liturgia. Organizou o Antifonário. Atribui-se-lhe a adoção dos 4 modos plagais, nome que os distinguia dos ambrosianos, chamados de autênticos.
· Severino Boécio (475 - 525). Estadista e filósofo, Anício Mânlio Torquato Severino Boécio nasceu em Roma. Ocupou altos cargos e em 510, no reinado de Teodorico o Grande, tornou-se cônsul e senador. Transmitindo os conhecimentos da Grécia antiga, Boécio deu valiosa contribuição ao desenvolvimento da cultura medieval latina. Tradutor de Platão e, sobretudo Aristóteles, exerceu grande influência sobre Tomás de Aquino, que se fundamenta em sua obra teológica De Trinitate (Sobre a Trindade) para distinguir o gênero da espécie e firmar o conceito de "pessoa". Membro de uma família ligada ao então nascente cristianismo, é considerado pela Igreja Católica Romana, pelo seu contributo para a teologia cristã e pelos serviços que prestou aos cristãos, um mártir e um dos Padres da Igreja. Várias obras: "Instituitione musica libri V".
· Notker Balbulus (830 - 912). Monge da abadia de São Galo, na Suíça. É atribuído a ele o aperfeiçoamento da Seqüência, adaptando textos poéticos aos melismas. Compôs a famosa sequência para o Domingo de Páscoa - "Vitimae Paschali". 
· Hucbaldo (840-930). Monge de St. Amand. Idealizou o uso de linhas horizontais, indicando com letras o movimento melódico. Praticou o organum.
· Odon de Cluny (?- 942) Clérigo em Tours. Autor do "Diálogo da Música". Usou “os sinais de bemol e bequadro”
· Guy d'Arezzo (990-1030). Monge beneditino de Arezzo. Adicionou mais duas linhas à pauta. Criou a solmização, baseada nas sílabas iniciais do Hino de S. João. Autor de vários livros: "Micrólogos de disciplinas artis musicae".
UT queant laxis
RE sonare fibris
Mi ra gestorum
FA muli tuorum
SOL vê polluti
LA bii reatu
Sancte Iohannes
· Scotus Erigena - Frei Alcuino - Aureliano di Reome - Regino von Prun - Remigio de Auxerre - Hermanus Contractus - Jean Cottton. 
CRONOLOGIA
	313: Constantino I promulga o édito de Milão
330: Constantinopla é designada como nova capital do 
 Império Romano.
386: Introduzida em Milão, no bispado de Ambrósio, a 
 salmodia em estilo de responsório.
395: Separação dos Impérios Romanos do Oriente e 
 Ocidente.
413: Santo Agostinho (354-430), A Cidade de Deus.
500: (aproximadamente): Regra de S. Bento (de Núrcia)
529: Fundação da ordem beneditina.
590: Eleição do papa Gregorio Magno (c.540-604)
633: O Concílio de Toledo reconhece a liturgia hispânica
735: Morte do venerável Beda (monge anglo-saxão do mosteiro de Jarrow, na Nortúmbria. Tornou-se famoso pela sua História Eclesiástica do Povo Inglês (Historia Ecclesiastica Gentis Anglorum), donde derivou o título de «Pai da História Inglesa», embora tenha escrito sobre muitos outros temas).
	754: Pepino (f. 768) coroado rei dos Francos.
768: Carlos Magno (742-814) rei dos Francos.
789: Carlos Magno impõe o uso do rito romano em todo
 o território do império.
800: Carlos Magno coroado imperador pelo papa.
800-821: regra de S. Bento introduzida em território 
 Franco.
840-850: Aureliano de Réome: primeiro tratado sobre o 
 canto gregoriano.
Século IX: antifonário de Carlos, o Calvo – primeiro 
 antifonário gregoriano para o ofício (sem notação).
1071: Cantochão hispânico substituído pelo gregoriano
 na Espanha.
 Copyrigh by Antônio Francisco de Sales Padilha. Pode ser utilizado desde que informado a fonte.
1
6

Continue navegando