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PAPER ESTÁGIO I

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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL, BRINCANDO EU APRENDO.
Autor: Andressa Pozzebon Dessian
Tutor externo: Marcus Hubner 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Formação pedagógica para formados em pedagogia (FLX105) – Estágio curricular supervisionado I
11/12/2019
RESUMO 
O presente paper tem por objetivo apontar como a ludicidade é importante em sala de aula. E a atual realidade dos professores em utilizar este método em sala de aula. O processo de aprendizagem faz parte do ser humano, e a criatividade faz com que aquele processo se desenvolva a partir de novos experimentos. Tem-se, então, no lúdico, uma forma de estimular e transformar a assimilação do conhecimento em um processo prazeroso. Através da brincadeira a criança é capaz de modificar a realidade e dar-lhe um novo sentido passando a adquirir um novo significado. As coisas podem representar outras diferentes do que elas realmente são. Garantir esse espaço à criança é necessário a fim de que a mesma possa ampliar seus caminhos e o campo das descobertas.
Muito além de aplicar atividades lúdicas é necessário também o preparo dos professores para aplicarem os jogos em sala de aula.
Palavras-chave: jogos lúdicos, aprendizagem, preparo profissional.
 1 INTRODUÇÃO 
Durante muito tempo, a brincadeira esteve associada à necessidade da criança de extravasar energias. A utilização da brincadeira em sala de aula não era considerada como opção de ensino, pois para brincar não exige um planejamento de ações. Compreendemos hoje que a brincadeira é um componente socialmente construído, que ajuda a criança a entender a si mesma e ao universo cultural em que está inserido, este novo olhar sobre o brincar mostra a importância de planejarmos ambientes lúdicos adequados às necessidades e interesses da criança.
O objetivo geral do paper baseado no estágio I é verificar a real importância que os professores dão ao lúdico, e ainda, saber se estão trabalhando a ludicidade como uma forma de promover a aprendizagem das crianças na educação infantil e no cotidiano escolar. E também analisar se os professores/educadores estão preparados para trabalhar o lúdico na educação infantil.
Portanto, é importante o papel dos professores para aplicar o conhecimento do valor do brincar, agindo na prática, com as crianças. Brincando, a criança representa a relação do corpo e movimento, traduzido e o expressa através de gestos, e este por sua vez, relaciona-se com a apresentação, a compreensão e a percepção do mundo que a criança possui. A sociabilidade das brincadeiras e jogos permite que se criem laços emocionais, integração produtiva e unidade do grupo. (SERRÃO, 1999, p. 99).
A ludicidade é um assunto que tem sido discutido cada vez mais entre escolas e professores, tema de diversas discussões entende-se que o lúdico é importante na educação infantil, pois o brinquedo é a essência da infância. Trazer para a sala de aula um jogo que permite o trabalho pedagógico e a produção do conhecimento possibilita uma aprendizagem mais efetiva e interessante.
O brincar desenvolve também a criatividade, motricidade, afetividade e socialização da criança. A brincadeira é fundamental para a criança interagir e construir conhecimentos sobre si mesmos e sobre a realidade. (VYGOTSKY, 1993).
Vygotsky (1998) afirma que o desenvolver e o aprender estão ligados desde o nascimento do ser humano e que o brinquedo tem grande influência neste processo. 
O brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança. No brinquedo a criança sempre se comporta além do comportamento 11 habitual de sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento. Sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande fonte se desenvolvimento (VYGOTSKY,1998, p.34)
2 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Na educação de modo geral, e principalmente da educação infantil o brincar é um potente veículo de aprendizagem e experiência, visto que permite através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. 
Piaget (1998) considera o brincar a forma de se expressar da criança, inclusive diz ser mais expressiva que a linguagem oral. Foi por meio desta observação que ele definiu o jogo como método essencial na educação da criança. 
..A aprendizagem para as crianças pequenas é inevitável, pois o brincar deve ser valorizado por aqueles envolvidos na educação e na criação das crianças pequenas, fazendo a escolha dos materiais lúdicos que são reservados no brincar, cujo objetivo deve ter seu efeito sobre o desenvolvimento da criança. Porque muitas crianças chegam à escola maternal incapazes de envolver-se no brincar, em virtude de uma educação passiva que via o brincar como uma atividade barulhenta, desorganizada e desnecessária. (Holtz, 1998)
O fato do brincar deixou de ser apenas lazer para as crianças e vem sendo usado como método de ensino e aprendizagem nas escolas. Criar uma brincadeira na escola exige um esforço maior do professor, pois precisa garantir a atenção e participação de todos os alunos da sala de aula. Entende-se que o lúdico está fortemente ligado ao ser humano desde o inicio da história. Para Lima (1998, p. 69), o desenvolvimento da criança depende estritamente da atividade, pois a criança, sempre que não está dormindo, brinca exaustivamente, é neste momento que os jogos, o faz de conta, brincadeiras e os brinquedos começam a apresentar-se, e será através deles que a criança desenvolverá boa parte de suas habilidades motoras e cognitivas.
	Diversas vezes adultos e adolescentes relembram brincadeiras que faziam na infância e hoje conseguem associar o objetivo real desta brincadeira. Trazer o lúdico em forma de brincadeira/jogos para a sala de aula estimula ainda mais o aprendizado e interesse das crianças.
Para Piers e Landau (1990, p. 43), “o brincar desenvolve a criatividade, a competência intelectual, a força e a estabilidade emocionais, sentimentos de alegria e prazer: o hábito de ser feliz!”.
O mais importante é que o professor proporcione a interação da aprendizagem e do brincar. O brincar é algo simples, fácil e espontâneo, logo não é necessário investimento financeiro para que se utilize o lúdico. O professor precisa apenas dedicar tempo e atenção para que os alunos possam entender o objetivo da brincadeira e associa-la com o aprendizado.
O professor é o maior responsável na transmissão de conhecimentos em relação ao conhecimento empírico, quando se faz de forma objetiva e construtiva de histórias do ser humano, a educação é principalmente um poder para que se definam os seus anseios de liberdade de escolha para chegar a um ideal com regras e respeito na sociedade vigente. A escola é um ambiente propício para a formação das ações do caráter intelectual, físico, social, emocional do indivíduo (OLIVEIRA, 2011).
Segundo Fortuna (2003), muito mais do que importante é essencial que o educador insira o brincar no ambiente escolar, com objetivos e procedimentos definidos, e reconhece ter consciência da importância de suas ações em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem das crianças. 
O educador quando se encontra com dificuldades em relação a materiais pedagógicos, pode então segundo Andrade (2003), executar a aula no pátio da escola, proporcionando um ambiente diferenciado para os alunos. O professor deve usar a sua imaginação assim como a criança usa a sua para construir o real. Contudo, aos planejar atividades lúdicas é importante que o educador tenha em mente que quando brinca a criança experimenta, descobre, inventa, aprende, desenvolve inúmeras habilidades na criança. 
Nem sempre isso será garantia de uma aula tranquila ou conforme o planejado no cronograma, a criança tem uma criatividade surpreendente, é impossível prever o que acontecerá no decorrer da aula, por este motivo é necessário o preparo do professor ao praticar a aula lúdica.
Atualmente, o ideal seria que as escolas tenham por algumas de suas ocupações, construir competências,buscar novos conhecimentos e novas tecnologias, procurar métodos mais dinâmicos, tornando as disciplinas menos rígidas e mecânicas, e as didáticas mais flexíveis, buscando, assim, a geração de sujeitos mais críticos, respeitados e reflexivos.
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
O primeiro estágio foi realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Mário Quintana. As observações foram feitas em turmas de quarto ano e primeiro ano. Observando a turma de primeiro ano, veio à vontade de estudar mais a fundo o lúdico na educação infantil. Como prender a atenção das crianças que nunca tiveram contato com a escola e agora estão dando os primeiros passos para o seu futuro.
Brincar é uma necessidade da criança, uma forma de interagir com o meio social. Por meio da brincadeira a criança vai se constituindo como sujeito.
O método de ensino utilizado pela professora regente no período de observação foi o tradicional. Pequenas frases escritas no quadro, cada aluno copia a frase no seu caderno e depois alguns alunos fazem a leitura do que está escrito, após essa atividade pintavam alguns desenhos, porém sem relação alguma com o que aprenderam no dia ou com a letra do alfabeto que estavam trabalhando.
Logo a atenção fica dispersa, a turma fica agitada e não é possível desenvolver qualquer trabalho ou atividade com os mesmos. O fato da aula não ter um conteúdo atrativo, que prenda a atenção dos alunos, acaba minimizando o conhecimento que está sendo passado para eles.
Quando brinca, a criança assimila o mundo a sua maneira, em compromisso com a realidade, pois sua maneira de interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que criança lhe atribui (PIAGET, 1978, p. 123)
Na entrevista realizada com a professora regente da turma, foi possível observar o pouco conhecimento que a mesma tem com o lúdico. A escola não fornece nenhum treinamento ou acompanhamento das aulas. 
Os alunos do primeiro ano não têm atividades programadas, não existe um acompanhamento da evolução dos alunos, ou qualquer comparativo para verificar a evolução na aprendizagem. 
Apenas estão aprendendo o alfabeto, dia após dia aprendem mais uma letra do alfabeto e algumas palavras relacionadas àquelas letras. Todos esperam ansiosamente pelo momento do recreio, pois podem brincar e extravasar. 
A falta do lúdico na sala de aula faz com que os alunos percam interesse pela escola e também pelo aprendizado, o índice de ausências na sala de aula também é grande, inclusive foi possível presenciar um aluno que faltou três dias consecutivos e no dia que foi à escola, acabou dormindo. Ou seja, não existe o interesse das crianças em participar efetivamente da aula.
No dia vinte de Setembro, aconteceu uma atividade externa com os alunos, neste dia a interação aconteceu de outra forma. Os alunos estavam interessados em aprender o que estava sendo falado sobre a tradição gaúcha. 
É necessário o interesse do professor em mudar o cenário da sua turma. Hoje a internet proporciona inúmeras ferramentas de apoio. O professor que não procura recursos alternativos acaba não conseguindo executar um bom trabalho em sala de aula.
As mudanças que estão ocorrendo na escola tendem, no futuro, a mudar a educação por completo, e um dos caminhos viáveis pode ser a utilização das atividades lúdicas, uma vez que estas têm possibilidade de ajudar na busca de mudanças – tendem a ser mais abertas, criativas e dinâmicas (SANTOS, 2010).
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO 
Na vivência do estágio foi possível observar as dificuldades encontradas em sala de aula. Esbarrando na falta de preparo do professor para criar atividades lúdicas com as crianças. Uma limitação inaceitável nos dias atuais.
As crianças estão em processo de adaptação, ainda possuem resistência para se adaptar com as regras de convivência e ainda não tem a noção da empatia pelo colega.
Existindo o acompanhamento da equipe diretiva, inúmeros problemas citados acima poderiam ser sanados, apenas fornecendo um acompanhamento ou treinamento dos professores que estão hoje enfrentando a realidade da sala de aula.
Existe ainda o preconceito com o brincar, é visto como uma recreação impossível de acontecer durante o aprendizado, algo que deveria acontecer após o momento da aula. Existe também a ideia de que o lúdico requer gastos com materiais ou tempo excessivos para preparação das aulas. 
Se para a criança, em alguns casos, o recreio é o momento mais esperado, devido ao divertimento com seus amigos e ao ambiente mais leve, por que a escola tem que recusar a presença do brincar e do lúdico em muitos momentos? O ambiente escolar tem que ser obrigatoriamente maçante? (SANTOS, 2010).
Diante do contexto da aprendizagem, a ludicidade torna-se uma ferramenta de grande importância na construção do conhecimento, pois se sabe que o ato de brincar é algo espontâneo da criança e por esse motivo a prática educativa lúdica surge como uma peça fundamental de mediação ao processo de ensino, no qual o seu desenvolvimento torna-se importante para a construção e interação social do aluno com o meio e fortalece as relações interpessoais. A escola é um espaço pedagógico que, entre a variedade de atividades propostas, deve possibilitar também o brincar. O professor tem o dever de mostrar o mundo para as crianças, diversificando o lugar das brincadeiras, oportunizando atividades dentro e fora da sala, proporcionando interações desafiadoras, significativas e prazerosas. 
Piaget (1967, p. 22), “o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”.
A formação dos educadores pode propiciar a prática de diferentes métodos pedagógicos que permitam estabelecer a comunicação educativa, aperfeiçoando tal comunicação.
A esperança de uma criança, ao caminhar para a escola é encontrar um amigo, um guia, um animador, um líder - alguém muito consciente e que se preocupe com ela e que a faça pensar, tomar consciência de si de do mundo e que seja capaz de dar-lhe as mãos para construir com ela uma nova história e uma sociedade melhor (ALMEIDA, 1987, p. 195).
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica - técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Edições Loyola, 1987.
FORTUNA, Tânia Ramos. O brincar na educação infantil. Revista Pátio – Educação Infantil. Ano I - Nº 03, Dez. 2003 – Mar. 2003.
HOLTZ, M. L. M. Lições de Pedagogia empresarial. Sorocaba/São Paulo: DHL, 1998.
LIMA, A.F.S. de O. Pré-escola e alfabetização: uma proposta baseada em P. Freire e J. Piaget. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
OLIVEIRA, Zilma de M. R. de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 7 ed. São Paulo; Cortez, 2011.
PIERS, M. W.; LANDAU, G. M. O dom de jogar e por que as crianças não podem prosperar sem ele. São Paulo: Cortez, 1990.
PIAGET, J. A psicologia da criança. Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
______formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed. Vozes, Petrópolis, 2010.
SERRÃO, M. Aprendendo a ser e a conviver. São Paulo: FTD, 1999.
VYGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1993
______O problema do ensino e do desenvolvimento mental na idade escolar. In: Psicologia pedagógica. Tradução do russo e introdução de Paulo Bezerra. 3ª ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010. p. 465-487.
______Pensamento e linguagem. Tradução Jéferson Luiz Camargo; revisão técnica José Cipolla Neto. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
TERMO DE ESTÁGIO

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