Espaços tempos e materiais

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Educação Infantil e Séries Iniciais
Espaço, tempos e materiais
 
		
	A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu 29º artigo, estabelece a Educação Infantil como primeira etapa da educação básica na realidade brasileira. Esse documento indica como se divide o atendimento a crianças pequenas. A respeito disso, afirma-se:
	
	
	A Educação Infantil poderá ser ofertada em creches. Estas atenderão crianças de 4 a 6 anos de idade.
	
	
	A Educação Infantil poderá ser ofertada em pré – escolas. Estas atenderão crianças na faixa etária compreendida entre zero e 36 meses.
	
	
	A Educação Infantil poderá ser ofertada em creches, ou entidades equivalentes e pré-escolas.
	
	
	A Educação Infantil será ofertada em creche, sendo que a pré-escola é competência do Ensino Fundamental.
		
	Você já deve ter ouvido ou lido que na Educação Infantil cuidar e educar são indissociáveis. E o que exatamente isso quer dizer? Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, educar significa:
	
	
	[...] propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens não orientadas de forma integrada e que não possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal.
	
	
	[...] propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal.
	
	
	[...] não propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal.
	
	
	[...] não propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens, e nem orientar de forma integrada e que não possam contribuir par o desenvolvimento das capacidades infanis de relação interpessoal.
		
	Os campos de experiência trazidos pela BNCC foram baseados nos saberes e conhecimentos fundamentais já indicados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. É fundamental conhecer os campos de experiência. São considerados campos de experiências, segundo a BNCC:
	
	
	Espaços, tempos, quantidades, relações, transformações, escuta, fala, pensamento, imaginação, traços, sons cores, formas, corpo, gestos, movimentos, o eu, o outro e o nós.
	
	
	Espaços, ambiente virtual, corpo, gestos, movimentos, traços, sons, cores, formas, escuta, fala, pensamentos, imaginação, tempos, quantidades, relações, transformações, o outro, o nós.
	
	
	O eu, tu, eles, nós, vós, eles, corpo, gestos, nem sempre os movimentos, traços, sons, cores, formas, pensamento, imaginação, tão pouco espaços, tempos, quantidades, relações, transformações.
	
	
	Espaços, tempos, quantidades, relações, transformações, escuta, fala, pensamento, imaginação, traços, sons, cores, formações continuadas, corpo, gestos, movimentações.
		
	O dia a dia nas creches é repleto de atividades organizadas por professores e professoras que, de uma maneira ou outra, lidam com o espaço e o tempo a todo o momento. A respeito disso e da organização do tempo na educação infantil, entende-se que:
	
	
	O tempo didático de crianças bem pequenas associa-se apenas à proposição de atividades pedagógicas.
	
	
	O tempo didático deve ser utilizado da melhor maneira possível, por isso a maior parte da rotina deve considerar atividades de pré-alfabetização.
	
	
	Deve-se propor modos de organizar o tempo didático a partir do conceito de rotina estruturante.
	
	
	Como desenvolvimento e aprendizagem são categorias que não se relacionam, então as rotinas devem priorizar aspectos muito específicos da aprendizagem.
		
	O berçário é um espaço afetivo na Educação Infantil e trabalhar nesse nível de desenvolvimento requer toda atenção do educador, visando a integração do nível de desenvolvimento e de aprendizagem dos bebês. Entendendo que o berçário deve se constituir em um espaço afetivo e acolhedor, como a rotina pode propiciar isso?
	
	
	Bebês têm suas individualidades, porém, a rotina é um elemento que ajuda a regular isso, fazendo com que todo o grupo aprenda a fazer tudo junto, na mesma hora. Basta que essa regulação de necessidades seja feita com amor e carinho.
	
	
	A estruturação e organização das rotinas não tem nenhuma relação com a construção de ambientes mais afetivos e acolhedores.
	
	
	Bebês têm ritmos próprios e suas necessidades precisam, de modo geral, ser atendidas de forma rápida e individual. Esta flexibilidade deve estar presente na organização e execução da rotina infantil.
	
	
	As rotinas, por serem categorias pedagógicas, não podem ser associadas à construção de ambientes educativos afetivos e acolhedores.
		
	O planejamento é fundamental, pois ele prevê situações, antecipa conflitos, inseguranças, dúvidas e até mesmo falta de conhecimento sobre um aspecto ou outro de seu trabalho. Quanto mais clareza o profissional tiver de suas intenções educativas mais ele irá:
	
	
	Reprovar as experiências construídas e, possivelmente, apresentará mais insegurança para fazer novas escolhas.
	
	
	Aproveitar as experiências construídas e, possivelmente, apresentará menos segurança para fazer novas escolhas.
	
	
	Aproveitar menos as experiências construídas e, possivelmente, apresentará insegurança para novas escolhas.
	
	
	Aproveitar as experiências construídas e, possivelmente, apresentará mais segurança para fazer novas escolhas.
		
	Ao entrar em espaços educativos voltados para a infância, nem se imagina a complexidade que envolve a escolha de cada um dos elementos ali presentes, porque uma Educação Infantil de qualidade deve ter como destaque:  
	
	
	A promoção do não brincar e as não interações de alta qualidade; o não cuidado e educação intrinsecamente relacionados e indissoviáveis; a falta de atenção sensível e responsiva às necessidades individuais e coletivas; o não envolvimento das famílias no cotidiano do atendimento.
	
	
	Como não promover respeito à diversidade humana; à promoção do brincar e de interações de alta qualidade; cuidado e educação intrinsecamente relacionados e indissociáveis; atenção sensível e responsiva às necessidades individuais e coletivas; não envolvendo as famílias no cotidiano do atendimento; assim como promover respeito a diversidade humana.
	
	
	Aprovação do brincar e de interações de alta qualidade; cuidado e educação intrinsecamente relacionados e indissociáveis; a falta de atenção sensível e responsiva às necessidades individuais e coletivas; concepção de criança; concepção de educação e concepção de família.
	
	
	A promoção do brincar e de interações de alta qualidade; cuidado e educação intrinsecamente relacionados e indissociáveis; atenção sensível e responsiva às necessidades individuais e coletivas; envolvimento das famílias no cotidiano do atendimento; assim como, promover respeito à diversidade humana.
		
	Oliveira e seu colaboradores (2016) afirmam que a constituição dos espaços na educação infantil possui algumas dimensões que devem ser analisadas e consideradas com cuidado e atenção. São elas:
	
	
	Dimensão, interacional, física, temporal e funcional.
	
	
	Dimensão, individual, física, temporal e fundamental.
	
	
	Funcionalidade, tamanho das crianças, estrutural e móvel.
	
	
	Dimensão, interacional, física, tempestiva e fundamental.
		
	Barbosa e Horn (2001) apontam para os espaços externos como grandes auxiliares na promoção de diferentes instâncias do desenvolvimento infantil. Na atualidade é comum que as famílias residam em espaços menores, sem quintal. Para Moyles (2010), as brincadeiras em espaços externos propiciam às crianças alguns aspectos, quais?
	
	
	Ampliação de habilidades físicas e motoras, promoção da saúde, aumento do cansaço desenvolvendo o respeito pelas características humanas, desfavorecendo o caráter desafiador e o desenvolvimento da coragem.
	
	
	Ampliação de habilidades físicas e motoras,promoção da saúde, aumento da autoestima, desenvolve o respeito pelas características humanas, favorece o caráter desafiador e o desenvolvimento da coragem.
	
	
	Ampliação de habilidades mentais, aumento dos diferentes sentidos do corpo humano, não desenvolve o respeito pelas características humanas, desfavorecendo o caráter desafiador e a coragem.
	
	
	Experiências de aprendizagem de espaços externos não desenvolvem o respeito pelas características humanas, favorecendo o caráter desafiador e o desenvolvimento da coragem.
		
	Na perspectiva de qualidade de atendimento, podemos considerar que profissionais com boa formação que valorizam a primeira infância e trabalham com bebês e crianças com pouca idade devem:
	
	
	Desvalorizar as habilidades e competências infantis, não promover múltiplas formas de expressão infantil.
	
	
	Fortalecer o papel das famílias diante do desenvolvimento e da aprendizagem infantil.
	
	
	Fortalecer o papel das famílias diante do desenvolvimento e da aprendizagem do profissional.
	
	
	Fortalecer o papel das famílias diante do envolvimento e da aprendizagem do professor ou professora.