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Prof. Heiner Borges Neuroanatomia Aula 07 Cerebelo 1. Localização • Ocupa as faces inferior e posterior da cavidade do crânio. • O cerebelo está posterior ao bulbo (medula oblonga) e à ponte, e inferior à parte posterior do cérebro. • Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter denominada tenda do cerebelo. • Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e superior, respectivamente. 2. Generalidades • O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do metencéfalo. • Contribui para a formação do tecto do IV ventrículo. • Como o cérebro, o cerebelo possui uma superfície muito pregueada, o que aumenta muito a área de superfície de seu córtex de substância cinzenta, disponibilizando maior quantidade de neurônios. • Assim, tanto o cerebelo como o cérebro apresentam um córtex que envolve um centro de substância branca (o centro medular do cérebro e o corpo medular do cerebelo), onde são observadas massas de substância cinzenta (os núcleos centrais do cerebelo e os núcleos da base do cérebro). Entretanto, a estrutura fina do cérebro é muito mais complexa do que a do cerebelo. • Do ponto de vista fisiológico, o cerebelo difere fundamentalmente do cérebro porque funciona sempre em nível involuntário e inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora (equilíbrio e coordenação). Vista Lateral 3. Aspectos Anatômicos • Anatomicamente, distingue-se no cerebelo uma porção ímpar e mediana, o vérmis, ligado a duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. O vérmis é pouco separado dos hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na face inferior, onde dois sulcos bem evidentes o separam das partes laterais. • A superfície apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que delimitam lâminas finas denominadas folhas do cerebelo. Existem também sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter várias folhas. • Vê-se assim que o cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradiam as lâminas brancas do cerebelo, revestidas externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar. • O corpo medular do cerebelo com suas lâminas brancas, quando vistas em cortes sagitais, receberam o nome de árvore da vida. • No interior do campo medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, que são os núcleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial. Vista Superior Vista Inferior 3.1 Lóbulos do Cerebelo • A divisão do cerebelo em lóbulos não tem nenhum significado funcional e sua importância é apenas topográfica. Os lóbulos recebem denominações diferentes no vérmis e nos hemisférios. A cada lóbulo do vérmis correspondem a dois hemisférios. • A língula está quase sempre aderida ao véu medular superior. O folium consiste em apenas uma folha do vérmis. Um lóbulo importante é o flóculo, situado logo abaixo do ponto em que o pedúnculo cerebelar médio penetra no cerebelo, próximo ao nervo vestíbulo-coclear. Liga-se ao nódulo, lóbulo do vérmis, pelo pedúnculo do flóculo. As tonsilas são bem evidentes na parte inferior do cerebelo, projetando-se medialmente sobre a face dorsal do bulbo. Vista Superior Vista Inferior 3.2 Fissuras do Cerebelo • Depois da língula temos a fissura pré-central. • Depois do lóbulo central temos a fissura pré-culminar. • Depois do cúlmen temos a fissura prima. • Depois do declive temos a fissura pós-clival. • Depois do folium temos a fissura horizontal. • Depois do túber temos a fissura pré-piramidal. • Depois da pirâmide temos a fissura pós-piramidal. • Depois da úvula temos a fissura póstero-lateral. 4. Aspectos Funcionais • Manutenção do equilíbrio e da postura • Controle do tônus Muscular • Controle dos movimentos voluntários o Lesões no cerebelo têm como sintomatologia uma grave ataxia, ou seja, falta de coordenação dos movimentos voluntários decorrentes de erros na força, extensão e direção do movimento (incoordenação do movimento). • Aprendizagem motora Referências Bibliográficas • TORTORA, Gerard J. Princípios de anatomia e fisiologia. 12ª ed - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. • MACHADO, Angelo B.M. Neuroanatomia Funcional. 2ª ed - São Paulo: Editora Atheneu, 2005.
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