CONSTESTAÇÃO - PRATICA TRABALHISTA

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE ARACAJU – SE
Processo nº: 1234/2019
A empresa SILVA TEXTIL S.A, pessoa jurídica, devidamente inscrita no CNPJ, ___, estabelecida na rua ___, nº___, bairro___, ARACAJU / SE, por seu advogado que esta subscreve com endereço profissional na rua nº___, bairro___, cidade___, Estado___, CEP___, onde poderá receber intimações como consta em procuração em anexo, vem respeitosamente apresentar:
CONTESTAÇÃO
Com base nos artigos 847, da CLT c/c o art., 300 do CPC, nos autos da Reclamação trabalhista proposta por SANDRA OLIVEIRA, nascionalidade___, estado civil___, profissão___, RG___, CPF___, CTPS___, residente e domiciliada na rua___, bairro___, nº___, cidade___, Estado___, CEP___, consubstanciado nos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
I – BREVE SINTESE DOS FATOS
A reclamante, requer da reclamada a indenização por danos morais, com a afirmação por ela declarada ser vitima de doença profissional, pelo fato de que sua ex empregadora não possuía controle de riscos no trabalho. Referiu-se também sobre o plano odontológico que era fornecido pela empresa, de forma gratuita, porem não estava integrado ao seu salário como utilidade.
Afirmou também que recebia mensalmente uma cesta básica por parte da empresa, já há mais de dois anos, mas esta foi negada na data de agosto de 2019, perfazendo uma afronta ao direito adquirido da reclamante.
Também que ficava a disposição da reclamada, pelo menos duas vezes por semana com a orientação de culto ecumênico, tempo de uma hora casa vez, e que este período deve ser considerado como hora extra.
Refere-se também a sua dispensa que consta como pedido de demissão, foi coagida a fazê-lo pela reclamada, e requer que se converta em demissão sem justa causa pela coação exercida.
Relata que houve em seu período de trabalho acumulo de função,pois a mesma teria sido contratada como cozinheira mas fazia atividades alem desta a de garçom, servindo empregados do setor. E pleiteia o ajuste de 30% do salário.
Junto com os laudos que buscava comprovar a doença da coluna vertebral degenerativa, também juntou a copia do plano odontológico, e pediu alem de mais periculosidade.
Junto com todos documentos acima citado, também constava a convenção coletiva do período de 2016 a julho de 2019, referente a obrigação do fornecimento de cestas básicas para os colaboradores.
E por ultimo a declaração que a empresa apresentava aos colaboradores em a possibilidade de participar do culto acima referido, mas que aconteceriam todos os dias ao fim da labuta.
II – da inépcia do pedido de periculosidade
Preliminarmente requer o reconhecimento da inépcia de tal pedido de adicional de periculosidade, pois não consta causa a este pedido e requer que seja então julgada extinto o processo sem resolução de mérito a este pedido,previsto no artigo 330 §1º, e 485 I, do CPC.
III – da prescrição qüinqüenal
Na presente ação consta na relação de trabalho que a reclamante trabalhou na empresa pelo período de 10/05/2008 até 29/09/2019, mas para efeito judicial consta a data de propositura da ação de 10/09/2019, amparado pela sumula 308 I, do TST requer que seja declarada a prescrição de todo período excedente e anterior a cinco anos a propositura desta presente ação. Se caso exista direito a ser reivindicado pela reclamante e devido pela reclamada não saia deste parâmetro, assim previsto também pela CF no seu Art. 7º XXIX, mesmo apontamento.
IV – dos danos morais
Para efeitos de reconhecimento, a doença que a reclamante apresenta até mesmo por laudos técnicos não pode ser reconhecida como doença profissional tendo em vista que o artigo 20, § 1º alínea a) presente na lei nº 8213/91, declara claramente que não se considera esta como doença degenerativa como doença de trabalho, isentando então a reclamada da obrigação de indenização por danos morais.
V – do plano odontológico
Destarte atentar-se para o artigo 458 §2º, IV e §5, também é nítido que o pedido da reclamante não encontra guarida na previsão legal, que determina claramente que não se compõe a salário o plano odontológico, então deve ser negado tal pedido.
VI – da cesta básica
Em caráter de ultratividade, a norma coletiva que garantia a cesta básica não possui caráter de renovação automática, por bem que se pode prever no artigo 614, §3º da CLT.
VII – do período adicional ao culto ecumênico dentro da empresa
Com a devida vênia, e em caráter de esclarecimentos, a empresa ao oferecer a oportunidade dos empregados em participar da pratica religiosa, não o – fazia de forma obrigatória muito pelo contrario, era um mero convite de voluntariedade aquele que sentisse vontade de participar, caso não houvesse vontade não era exigido que ali permanecesse após o horário. Caráter deste feito, convite a voluntariedade, não incide a hora extra, como prevê o artigo 4º §2º I, da CLT.
VIII – do pedido de demissão
Não consta nenhum tipo de coação versando sobre o pedido de demissão da reclamante, e perante o artigo 818, I da CLT o ônus de provar este vicio é da autora, não obstante também consta tal ônus no artigo 373 I, do CPC. Em alternatividade aceita a tese de negar a pratica de qualquer ato ilícito capaz de provar o dano, presente entendimento no art. 186 e 927 do CPC.
IX – da dupla função
Não se entende como acumulo de função, pois o que a reclamante desempenhava era totalmente compatível com sua atividade profissional e condição pessoal, sem haver acumulo como pede a autora, deve-se negar tal pedido amparado pelo art. 456 parágrafo único da CLT. 
X – dos encargos fiscais e previdenciários
Por via remota de condenação, caso seja este o entendimento deste juízo, requer que sejam devidamente abatidos os títulos fiscais e previdenciários.
XI – dos pedidos finais
Diante ao exposto, requer o acolhimento das preliminares, e que seja julgada totalmente improcedente a presente reclamação trabalhista em face da reclamada, e condenar a autora o pagamento de honorários de sucumbências e custas processuais.
XII – das provas
Requer provar o alegado por todos os meios e provas em direito disponíveis admitidos, especialmente em depoimento pessoal das partes, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas e demais provas que se fizerem necessários, no andamento do processo.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local/data
Adv.
OAB/UF