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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO LUIZ AUGUSTO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR DA CÂMARA CÍVIL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO.
Autos nºXXXXXXXXXXXXXX
LUIZ AUGUSTO, já qualificado nos autos, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por meio de sua advogada abaixo assinada, opor, com fulcro nos arts. 1.022 e seguintes do Código de Processo Civil, os seguintes:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
em face da sentença de fls. XXX, pelos motivos de fato e de direito abaixo aduzidos.
I – DOS FATOS
Trata-se de ação de EMBARGOS DE DECLARÇÃO interposta pelo (a) embargante, em face do Exmo. Sr. Prefeito da Cidade de São Caetano – PE, Jacinto Jacaré, da Associação dos Comerciantes de São Caetano – PE; e do Sr. Sombra.
Tendo o processo tramitado regularmente e ao final, este juízo proferiu a sentença de fls., a qual apresentou omissão em seus fundamentos, de forma que Luiz Augusto, comerciante, cidadão de São Caetano, no estado de Pernambuco, com o título de eleitor nº 123456, engajado na política local ficou inconformado com a decisão do prefeito de sua cidade que por meio do Decreto nº 01/2019, transferiu a cobrança do serviço de estacionamento em locais públicos, a “Zona Azul”, para a Associação de Comerciantes de São Caetano, cujo presidente apresenta-se o Sr. Sombra, amigo pessoal e colaborador na campanha do prefeito.
	Sendo que para a transferência do serviço somente poderia ser feita mediante licitação, pois é a maneira imposta aos entes públicos para a concessão de serviços públicos. Dessa maneira, a sentença fora prolatada suscitando desconforto ao autor quanto à decisão judicial.
	Diante da Ação Popular, a decisão do juizo de primeiro grau foi improcedente, interposto o Recurso de Apelação ao Tribunal de Justiça de Pernambuco, este foi reconhecido e provido, porém parte deste recurso não saiu como esperava o autor. O Tribunal anulou o Decreto nº 01/2019 mas não proferiu decisão nenhuma sobre a devolução do dinheiro recebido durante o período em que esteve vigente, não esclarecendo a questão no Acordão.
Conforme previsto no CPC, sobre os Embargos de Declaração: 
Art. 1.022.  Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
II – DA TEMPESTIVIDADE
Em conformidade com o CPC, a oposição de embargos de declaração deve ocorrer em até 5 dias:
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
Haja vista a intimação da parte autora da sentença à data de …, a presente peça encontra-se tempestiva.
III – DOS FUNDAMENTOS
	No presente caso, é a omissão total da decisão do pedido de devolução dos valores recebidos de forma indevida em razão da concessão ilegal do serviço de “Zona Azul” à Associação de Comerciantes desta cidade. Como é de conhecimento de todos, é necessário que a tutela jurisdicional seja prestada por complete, de forma clara e completa, conforme a nossa Constituição preconiza e faz menção:
Art. 93. (...)
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
Reforçada tal obrigatoriedade no âmbito cível através do artigo 489 do Código de Processo Civil:
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
(...)
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
(...)
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Os dispositivos mencionados gozam de tamanho apreço no nosso sistema jurídico que configura-se como princípio, sendo necessário ao juízo motivar suas decisões. Ainda, o próprio CPC reforça a importância do presente princípio ao dispor expressamente que o juiz deve se prender à expressão da fundamentação judicial de forma clara e precisa.
Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.
§ 1º Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e no art. 489, § 1º, quando decidirem com fundamento neste artigo.
	Demonstrado então o direito em questão, tendo uma sentença favorável para a parte autora, devido à falta de um dos elementos na prolação, o direito da parte se encontra em risco. A lei demonstra que para sanar o referido vício, se faz necessário embargos declaratórios em caso de sentença omissa.
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: (…)
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.
Restando clara a omissão, com base no art. 1.022, II, do Código de Processo Civil, os embargos declaratórios configuram-se como meio eficaz e necessário para a garantia do direito líquido e certo da parte autora.
No caso há omissão por completo do julgamento do pedido de devolução dos valores recebidos indevidamente em razão da ilegal concessão do serviço de “Zona Azul” à Associação de Comerciantes de São Caetano, por meio do Decreto nº 01/2019, sem a realização de licitação prévia, por esta razão requer se garantir o direito líquido e certo da parte autora, pois bem, a devolução de dinheiro público e a imprescritibilidade.
No Recurso Extraordinário nº 852475, o Supremo Tribunal Federal declarou que ações de ressarcimento ao erário por improbidade administrativa são imprescritíveis, adotando esse entendimento para todos os demais casos envolvendo esse tema. As penalidades com relação a improbidade prescrevem mas a obrigatoriedade de devolução do dinheiro público dolosamente subtraído não decai.
IV – DOS PEDIDOS
Assim, requer :
a) que sejam conhecidos os presentes embargos recebidos;
b) que, no prazo de 05 (cinco dias) disposto no art. 1.024 do Código de Processo Civil, os mesmos sejam providos, de forma que seja reformada a respeitável sentença, a fim de sanar a omissão apontada para garantir os direitos da parte autora;
c) que seja devolvido o dinheiro público para as suas respectivas finalidades;
d) a imprescritibilidade.
Nesses termos, pede deferimento.
Pernambuco, dia ___ de mês ________ do ano _____
ADVOGADO (A)
OAB/xxxxxx

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