Projeto Integrador - Empatia

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
Projeto Integrador I: COMPETÊNCIA
INTERPESSOAL NO MERCADO DE TRABALHO
Ariane Cristina Pereira – RA: 419101151
Erika Garcia Siviero – RA: 419102068
Luana Marisa Werner – RA: 419101921
Marlei Wolfart – RA: 419101918
Melissa Ferreira – RA: 419118292
Rafael de Souza Paula – RA: 419119989
Sthefany Cantóia Nunes – RA: 2518200267
Yasmin da Silva Siqueira – RA: 3119102828
Turma: 2ª A
DINÂMICA SOBRE EMPATIA
Orientador: Prof. Fernando Olga
São Paulo, 2019
1. RESUMO
Na sociedade em que vivemos, observa-se que o sucesso é um ideal a ser alcançado por muitas pessoas. Considerando que este fato aumenta a competitividade entre os membros das comunidades, colocar-se no lugar do próximo torna-se essencial para que seja mantida a civilidade e o altruísmo das relações humanas.
Pensando nisso, o presente trabalho relata a aplicação de uma dinâmica em grupo, cujo foco foi desenvolver tal habilidade social, conhecida como empatia, nos participantes.
A tarefa proposta foi a de desenhar um barco em uma cartolina, em grupo de 7 á 8 participantes, onde cada pessoa possuía uma deficiência física, onde os organizadores observaram a execução da tarefa e, principalmente a forma que cada grupo encontrou para compensar cada deficiência que era apresentada. 
Como resultado, foi possível observar que a comunicação não verbal que precisou ser desenvolvida, a cooperação entre os membros do grupo e a habilidade de liderança que era evidenciada em alguns participantes, fatos que cooperaram para o resultado positivo da dinâmica.
Palavras-chave: empatia; cooperação; trabalho em grupo.
2. ABSTRACT:
In the society we live in nowadays, success is an ideal to be achieved to many people. Considering that this fact increases competitivity among the community members, to put ourselves in someone else’s place is something essential in order to maintain the civility and altruism of the human relations.
Thinking about it, this paper is about a group dynamic which the objective was to develop this social ability known as empathy among the participants.
The proposed task was to draw a boat in a cardboard, in groups of 7 or 8 people where each person had a different disability. The staff group observed the execution of the task and, most important, which way each group found out to compensate and help the participant with each disability that was presented.
As a result, it was possible to observe that the non verbal communication needed to be developed, the cooperation among the group members and the leadership ability that was showed by some participants, facts that lead to a positive result of the activity.
Key words: empathy, cooperation, group activity.
3. INTRODUÇÃO:
A empatia pode ser entendida como uma conexão emocional que faz com que o indivíduo se coloque no lugar do outro para tentar compreender seus sentimentos. Del Prette (2014, p 86) define empatia como a “capacidade de compreender e sentir o que alguém pensa e sente em uma situação de demanda afetiva, comunicando-lhe adequada mente tal compreensão e sentimento.” É um interesse genuíno pelo outro e com o intuito de ajudar para que o mesmo se sinta melhor. 
Numa sociedade cada vez mais apressada, ocupada e conectada, ter essa habilidade é fundamental. Ela faz com que as relações interpessoais sejam mais estreitadas, pois a empatia promove um sentimento de atenção e cuidado uns com os outros. Para FALCONE, E. M. O. et al (2013, p. 203) “A empatia consiste em uma habilidade de comunicação primordial para a qualidade das relações sociais e para a saúde mental.”
O objetivo desse trabalho foi descrever uma dinâmica aplicada na qual foi exigida dos participantes essa habilidade. Cada participante teve que colocar-se no lugar do outro para assim entender suas limitações e tentar ajudar de alguma forma para que assim o objetivo proposto fosse alcançado. 
4. MÉTODO: 
4.1. Participantes:
Participaram da dinâmica “Seguindo o chefe”, 57 estudantes do 2º semestre do curso de Psicologia, com idades entre 17 a 60 anos, as quais foram divididos em oito grupos aleatórios, através de uma dinâmica específica. Importante destacar que apenas 27 estudantes responderam o questionário enviado.
4.2. Equipamentos/Materiais: 
Para a aplicação da dinâmica “Seguindo o chefe”, foram utilizadas vendas para os olhos, fitas para marcar as mãos que não poderiam ser utilizadas, algodão para tampar os ouvidos, cartolinas, canetas e fita autoadesiva para os lábios. 
Já para a dinâmica utilizada para dividir os grupos, foram utilizados papéis onde estavam escritos qual time o participante pertencia e qual a sua deficiência.
4.3. Procedimentos:
A dinâmica de divisão de grupos foi realizada com apenas uma etapa, com duração de aproximadamente 10 minutos, conforme segue:
Etapa única: Com o intuito de promover uma integração entre todos os alunos da sala, foi feito um sorteio onde cada participante pegou um papel onde estava escrito a “cor” do seu time. Cada bancada corresponde a um time, onde os alunos se acomodaram conforme a cor sorteada. As cores (“times”) serão: azul, vermelho, amarelo, branco, preto, verde, roxo e laranja.
Para a dinâmica principal, “Seguindo o Chefe”, o objetivo foifazer um desenho em grupo, dentro do tempo de 10 minutos, onde cada participante estava em uma situação especial e obrigatoriamente todos deveriam contribuir na execução do desenho.Essa atividade visou trabalhar a cooperação, comunicação, planejamento, raciocínio lógico, confiança e, o principal, a empatia.
As etapas foram executadas da seguinte forma:
1ª Etapa: Com a turma já dividida em grupos, foi lhes designado a tarefa de desenhar um barco utilizando a cartolina e caneta disponível. 
2ª Etapa: Foi colocada em prática a “restrição” de cada participante, conforme segue:
Participante 01: sem visão e só usa o braço direito;
Participante 02: sem visão e só usa o braço esquerdo;
Participante 03: sem visão e sem audição;
Participante 04: sem visão e sem fala;
Participante 05: sem visão e sem o braço direito;
Participante 06: sem fala e sem o braço esquerdo;
Participante 07: sem audição e sem o braço direito;
Participante 08: sem fala e sem o braço direito.
Nessa etapa, os integrantes do grupo auxiliaram os participantes á colocarem as vendas, fitas e tampões de ouvido.
3ª Etapa: Deu-se início á execução da tarefa e á contagem de tempo. Cada participante teve que executar uma ação de cada vez, passando, em seguida, o desenho para o outro participante, e assim por diante, passando por todos do grupo, fazendo um traço de cada vez, até que o desenho foi concluído e o tempo encerrado.
Nessa etapa, o grupo só poderia se comunicar entre si, sendo que os facilitadores ficaram em silêncio, sem interferir no trabalho que estava sendo executado.
4ª Etapa: Após findar-se o tempo os integrantes do grupo recolheram os desenhos confeccionados, retiraram as “deficiências” dos participantes e foi exposto para que os mesmos tivessem noção do que foi feito, explanassem sobre as dificuldades encontradas, bem como as superações que tiveram no decorrer da tarefa.
5ª Etapa: Foi realizado o fechamento da dinâmica, abordando os assuntos trazidos à tona pelos próprios participantes, as formas de cooperação colocadas em prática e também sobre a definição de empatia e em como ela está presente no dia a dia de cada um.
6ª Etapa: Divulgação do link contendo a pesquisa a ser respondida pelos participantes.
4. RESULTADOS:
	Após análise dos gráficos obtidos com as respostas dos participantes no questionário realizado ao término da dinâmica, podemos concluir que a maioria dos participantes possuía idade entre 18 e 30 anos e considerou a dinâmica excelente ou boa.
	
Quanto ao objetivo da dinâmica, de promover a integração e aplicação prática da empatia, 92,6% dos participantes considerou que o objetivo foi cumprido adequadamente, sendo esse resultado extremamente positivo ao que foi proposto pelo grupo.
	
Apenas 3,7% dos participantes consideraram a dinâmicainibitória, sendo que os demais se sentiram motivados a cumprir a tarefa proposta.
	Relativo à autoavaliação de cada participante, 55,6% considerou que teve um excelente desempenho, contrapondo apenas 3,7% que afirma que teve um desempenho regular. Os demais se consideraram com um desempenho bom.
	
Segundo os participantes, os aspectos mais desenvolvidos foram o respeito em relação ao outro e a capacidade de colocar-se perante o outro. 
Após a dinâmica, 55,6% do público submetido à tarefa considera que se comportaria de maneira totalmente diferente.
	Após essas informações, é possível considerar que a dinâmica alcançou os objetivos propostos, evidenciando, de forma prática, a empatia de cada participante.
	
6. DISCUSSÕES:
O presente trabalho teve como foco apresentar o que é empatia e como ela é usada tanto no dia a dia da sociedade, quanto conosco.
A proposta da dinâmica foi se colocar no lugar do próximo, pensando e agindo como tal para desenvolver um desenho em grupo, seguindo as coordenadas de seu líder, que também tinha as suas limitações.
Ao decorrer da dinâmica foi possível observar o quanto as pessoas se esforçam para compreender e poder ajudar aqueles que mais precisam de sua ajuda.
Além disso, vimos também a importância de pensar e se colocar no lugar do outro, respeitando as suas opiniões e suas limitações, sejam elas físicas ou mentais.
O exercício da empatia faz com que tenhamos uma boa convivência, enxergando as coisas ao nosso redor do ponto de vista do nosso próximo.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Esse projeto nos mostrou a importância da empatia para um bom convívio entre os indivíduos. Colocar-se no lugar do outro faz com a sociedade se torne um lugar melhor para se viver e com mais cuidado e atenção uns com os outros. Durante a dinâmica foi possível observar esse cuidado. Cada integrante contribuiu da forma que podia, com o que possuía de melhor, e tentava ao máximo ajudar o próximo a superar suas limitações. 
Fazer parte da dinâmica sobre empatia demonstrou que o trabalho em grupo pode potencializar as qualidades do próximo para chegar ao objetivo desejado. Foi proposto que os participantes fizessem um barco qualquer. Porém, tinha apenas uma caneta e uma cartolina e, todos os integrantes do grupo, possuíam alguma deficiência que os impossibilitavam de fazer o desenho sozinho. 
Dessa forma, a empatia entrou na realização desse desafio do barco, pois eles precisavam pensar em como iriam fazer o barco com todas essas dificuldades. Houve alguns momentos que foi possível observá-los desesperados pensando em alguma estratégia para a realização da tarefa. Então, em certo momento, nota-se que começaram a ajudar uns aos outros. O participante que não enxergava era o único que podia usar o braço direito, então começou a orientar os amigos na construção do barco, cada um com suas limitações, mas empenhados em concluir a tarefa.
Foi um grande aprendizado participar da construção dessa dinâmica e compartilhar com nossos colegas que um mundo é um lugar melhor para se viver quando há empatia envolvida.
8. REFERÊNCIAS: 
DEL PRETTE, Almir; DEL PRETTE Zilda A.P. Psicologia das relações Interpessoais: Vivências para o trabalho em grupo. 11.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
CAMINO, C. P. S. et al. Revisão de aspectos conceituais, teóricos e metodológicos da empatia. Psicologia: ciência e profissão. Petrolina, fevereiro, 2009. Vol. 29 n. 2,p. 212-227. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pcp/v29n2/v29n2a02.pdf>. Acesso em 15 de set. de 2019.
FALCONE, E. M. O. et al. Validade convergente do Inventário de Empatia. Psico-USF. Bragança Paulista, agosto, 2013. V. 18, n. 2, p. 203-210. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pusf/v18n2/v18n2a04.pdf>. Acesso em 15 de set. de 2019.
SAMPAIO, L. R.et al. Sentimentos empáticos em crianças, adolescentes e adultos. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, outubro, 2013. Vol. 29 n. 4, p. 393-401. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ptp/v29n4/v29n4a05.pdf.>. Acesso em 10 de set. de 2019