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1
									
1. 	O VÍRUS ZIKA
1.1 	Histórico
O denominado Zika é um vírus originado do continente africano, cujo vetor central é o mosquito do gênero Aedes em diversas espécies.
O isolamento original do vírus zika (ZIKV), membro do gênero Flavivirus da família Flaviviridae, foi obtido em 1947 do sangue de um macaco rhesus febril exposto na floresta Zika próximo do Lago Vitória nas cercanias de Entebbe, a capital de Uganda.
No Brasil a preocupação concentra-se sobre a espécie Aedes aegypti, comum na região e também vetor do vírus da dengue, febre amarela e Chikungunya.
1.2 	Modo de transmissão
1.2.1 	Vetorial 
O vírus Zika é usualmente transmitido ao homem pela picada de mosquitos do gênero Aedes, dentre eles, o Ae. africanus, Ae. apicoargenteus, Ae. vitattus, Ae. furcifer, Ae. luteocephalus, Ae. hensilli, e Ae. aegypti. A espécie Ae. hensilii foi a predominante na Ilha de Yap durante a epidemia de 2007. Nas Américas, o principal vetor é o Ae. aegypti (DIALLO et al., 2014; GRARD et al., 2014; LEDDERMANN et al, 2014; MARCONDES; XIMENES, 2015). 
1.2.2 	Transmissão perinatal
Há evidências de que a mãe infectada com o Zika Vírus nos últimos dias de gravidez pode transmitir o vírus ao recém-nascido durante o parto (BESNARD et al., 2014) detectaram o vírus no soro de dois recém-nascidos, utilizando a técnica de reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR), encontraram evidências de infecção pelo vírus Zika nos recém-nascidos. Adicionalmente, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em dezembro de 2015, emitiu um alerta epidemiológico após evidenciar um aumento no número de casos de microcefalia no Brasil. O vírus Zika foi detectado no líquido amniótico de duas mulheres grávidas cujos fetos apresentaram danos neurológicos sérios (BROWN, 2015).
1.2.3 	Transmissão sexual
Apesar de o mosquito ser o principal meio de contaminação, o sexo desprotegido também é capaz de transmitir a febre Zika. Por isso, é importante usar preservativo em relações sexuais, sobretudo em regiões de risco ou em surtos da doença, já que isso pode impedir você de contrair a doença.
1.2.4	Transmissão por transfusão de sangue
A avaliação dos doadores de sangue através de um questionário, sem a realização de um teste de laboratório, não é suficiente para identificar os doadores infectados com o Zika em áreas onde há transmissão ativa do vírus pelo mosquito devido ao alto índice de infecção assintomática. Embora não exista um teste de triagem para o vírus Zika aprovado pela FDA, existe a triagem como um novo medicamento experimental (IND) para sangue doado em Porto Rico e nos Estados Unidos continentais. Os testes estavam disponíveis em 3 de abril de 2016 (Roche Molecular Systems, Inc.) e 20 de junho de 2016 (Hologic, Inc./Grifols). As doações de sangue cujos testes são positivos para o vírus zika são excluídas do banco de sangue.
1.3 	Grupos de risco
Grávidas, idosos, crianças, dependentes químicos, portadores de doenças autoimunes e doentes crônicos, como os renais, hipertensos e diabéticos, correm mais riscos de complicações do que outras pessoas por estarem com a saúde mais debilitada. Os especialistas afirmam que os vírus se manifestam de forma diferente nesses grupos e a doença pode trazer complicações mais sérias.
As causas desta condição de risco não estão completamente esclarecidas, mas podem estar relacionadas com a maior prevalência, nesta faixa etária, de doenças crônicas, como cardíacas, diabetes, entre outras”, observa o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
Ainda, há que se considerar a implicação da infecção pelo ZIKV em gestantes na ocorrência de microcefalia em recém-nascidos. Esta hipótese foi levantada após a detecção do aumento inesperado no número de casos de microcefalia, inicialmente em Pernambuco e posteriormente em outros da região Nordeste do Brasil, a partir de outubro de 2015.
Em novembro de 2015, o Ministério da Saúde confirmou a relação entre a infecção pelo vírus Zika e a ocorrência de microcefalia. A presença do vírus foi identificada por pesquisadores do Instituto Evandro Chagas (IEC) em amostras de sangue e tecidos de um recém-nascido no Ceará que apresentava microcefalia e outras malformações congênitas.
SINTOMAS E TRATAMENTOS
2.1 	Sintomas
Os sintomas mais comuns associados ao vírus Zika são:
a) Febre baixa (em torno dos 37,8 e 38,5 graus)
b) Dores nas articulações (artralgia), principalmente nas das mãos e pés, com possível ocorrência de inchaço
c) Dor muscular (mialgia)
d) Dores de cabeça e atrás dos olhos
e) Erupções cutâneas (exantemas) com coceiras. Elas podem afetar o tronco e o rosto, além de poderem alcançar alguns membros como pés e mãos
f) Conjuntivite, onde os olhos ficam vermelhos e inchados, porém sem ocorrência de secreção
g) Algumas pessoas também apresentam sintomas mais raros da infecção, como:
h) Dor abdominal
i) Constipação
j) Diarreia
k) Fotofobia
Todos os sintomas são de intensidade de leve a moderada. Quanto ao diagnóstico é através de Sorologia mediante a exame de sangue.
2.2 	Meios de Proteção domiciliar, individual e coletiva
2.2.1 	Prevenção domiciliar:
A quantidade de mosquitos deve ser reduzida pela eliminação dos focos de procriação dos vetores. Deve-se extinguir todo e qualquer tipo de reservatórios de água parada que possam servir como criadouro do mosquito. Os reservatórios de água para consumo devem ser cobertos (utilizar telas ou capas), impedindo o acesso do vetor. É aconselhável a utilização de mosquiteiros e telas em portas e janelas, como medida adicional de proteção.
2.2.2 	Prevenção individual
A proteção individual por meio do uso de repelentes na pele exposta e nas roupas, e ainda utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos ou locais com presença de focos e grande população de alados. Recomendado utilizar repelentes na dose descrita pelo fabricante, existem produtos que têm duração curta, sendo necessário reutilizar o produto várias vezes durante o dia. 
2.2.3 	Prevenção na comunidade
Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores, vetores acionando inclusive outros órgãos municipais como limpeza urbana, para manter o território livre de criadouros. Um programa de controle do vetor em pleno funcionamento irá reduzir a probabilidade de um ser humano virêmico servir como fonte de alimentação sanguínea, e de infecção para A. aegypti e A. Albopictus. As medidas de proteção enfim, são as mesmas adotadas para dengue. 
2.2.4 	Diagnóstico 
O diagnóstico do Zika Vírus é clínico e feito por um médico. O resultado é confirmado por meio de exames laboratoriais de sorologia e de biologia molecular ou com o teste rápido, usado para triagem. A sorologia é feita pela técnica MAC ELISA, por PCR e teste rápido. Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os recém-nascidos com suspeita de comprometimento neurológico necessitam de exames de imagem, como ultrassom, tomografias ou ressonância magnética. Em caso de confirmação do Zika Vírus a notificação deve ser feita ao Ministério da Saúde em até 24 horas.
O Ministério da Saúde publica quinzenalmente boletim com dados nacionais sobre a situação epidemiológica do Zika Vírus
2.3 	Tratamento de Zika Vírus
O tratamento para o Zika vírus é sintomático. Isso que dizer quer não há tratamento específico para a doença, só para alívio dos sintomas. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser mantidos protegidos das picadas dos mosquitos transmissores, evitando assim que os insetos se contaminem e possam transmitir a doença para outras pessoas. 
Para isso, recomenda-se o uso de mosquiteiros, repelentes e demais medidas preventivas durante a fase de viremia - período em que há circulação do vírus na corrente sanguínea - que costumadurar cerca de 6 dias a partir do início dos sintomas. Pacientes afetados com Zika Vírus podem usar medicamentos e analgésicos. Entretanto, assim como na dengue e febre chikungunya, os medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham a substância associada devem ser evitados. Eles podem aumentar o risco de sangramentos. Anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados.O paracetamol e a dipirona são os medicamentos de escolha para o alívio dos sintomas de dor e febre devido ao seu perfil de segurança, sendo recomendado tanto pelo Ministério da Saúde, como pela Organização Mundial da Saúde.
É importante ainda ingerir muito líquido para evitar a desidratação.Os sintomas regridem espontaneamente após 4-7 dias. Na persistência dos sintomas por períodos mais longos, volte ao médico para investigar outras doenças ou complicações.
2. 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE NOTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
A vigilância epidemiológica é “um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde” (BRASIL, 2015 p. 01).
Os profissionais nos serviços de saúde devem estar preparados para desencadear ações que possam prevenir, proteger, controlar e dar uma resposta rápida para a saúde pública. Dessa forma é fundamental conhecer os marcos legais, o fluxo de informação e as atividades desenvolvidas na vigilância epidemiológica.
As doenças e os agravos de notificação compulsória no Brasil foram regulamentados a partir de 1975 e frequentes atualizações são realizadas para incluir outras doenças conhecidas, mas sem circulação, ou com circulação esporádica no território nacional. São exemplos de inclusão de novas doenças a vigilância da Febre de Chikungunya e a vigilância de óbitos relacionados a Dengue.
No Brasil, a Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública define quais as doenças e agravos devem ser notificadas imediatamente, quais são as doenças que devem ser notificadas compulsoriamente e qual a responsabilidade dos profissionais de saúde.
3. 
REFERÊNCIA
OLIVEIRA Consuelo Silva; VASCONCELOS Pedro Fernando da Costa. Microcefalia e vírus Zika. Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria. Elsevier Editora, 2016. Acessado através do site <https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S2237-962220150 00400785&script=sci_arttext&tlng=en> pesquisado em 10 de novembro de 2019.
CUNHA, Rivaldo Venâncio et.al. Zika abordagem clínica na atenção básica. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. 2016. Acessado através do site <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/fe029a0047457f438b08df3fbc4c6735/Regulamento+Sanitario+Internacional+versao+para+impressao+090810. pdf?MOD=AJPERES> pesquisado em 10 de novembro de 2019.

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