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CENÁRIOS TECNOLÓGICOS APLICADOS À LOGÍSTICA

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CENÁRIOS 
TECNOLÓGICOS 
APLICADOS À LOGÍSTICA
Ana Flavia Pigozzo
Marcos Antonio Lopes da Silva
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados aos autores, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade dos autores a emissão de conceitos. Nenhuma parte 
desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos 
direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
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Reitor
Pró-Reitor Acadêmico
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Autoria
Supervisão Editorial
 
Análise de Conteúdo
Validação Técnica
Layout de Capa
Imagem de Capa
Prof. Paulo Arns da Cunha
Prof. José Pio Martins
Prof. Carlos Longo
Prof. Renato Dutra
Profa. Manoela Pierina Tagliaferro
Profa. Ana Flávia Pigozzo
Prof. Marcos Antonio Lopes da Silva 
Bianca de Brito Nogueira e 
Fabieli Fernandes Campos Higashiyama
Ilan Chamovitz 
Caroline Chaves de França e Regiane Rosa
Valdir de Oliveira
Juliano Henrique
FabriCO
KOL Soluções em Gestão do 
Conhecimento Ltda EPP 
Análise de Qualidade, Edição de Texto, 
Design Instrucional, Edição de Arte, 
Diagramação, Design Gráfico e Revisão
Ícones
Afirmação
Contexto
Biografia
Conceito
Esclarecimento
Dica
Assista
Curiosidade
Exemplo
Sumário
Apresentação ..................................................................................................................13
Os Autores .......................................................................................................................14
Capítulo 1 
O sistema de informação e a logística .............................................................................17
1.1 Contexto da logística ................................................................................................18
1.1.1 A logística e a informação .....................................................................................................................................18
1.1.2 A logística no mundo moderno e a importância da comunicação .......................................................................19
1.1.3 Importância da logística no desenvolvimento e competitividade de um país ..................................................... 20
1.1.4 O novo papel do gestor de logística ...................................................................................................................... 22
1.2 Sistemas de informação ...........................................................................................23
1.2.1 Os fundamentos dos sistemas de informação .......................................................................................................24
1.2.2 O momento atual dos sistemas de informação ................................................................................................... 25
1.2.3 A escolha de um sistema de informação eficaz ................................................................................................... 26
1.2.4 Perspectivas do sistema de informação no processo de controle de dados ...................................................... 26
1.3 Controle de dados .....................................................................................................27
1.3.1 Pressupostos e fundamentos do controle de dados ............................................................................................. 28
1.3.2 Vantagens e desvantagens do controle ............................................................................................................... 29
1.3.3 Tipos de controle conforme perfil de gestão ....................................................................................................... 29
1.3.4 Níveis de segurança .............................................................................................................................................. 30
1.4 Tomada de decisão ...................................................................................................31
1.4.1 Conhecer para decidir: os princípios do processo decisório ..................................................................................31
1.4.2 Fatores que influenciam a tomada de decisão ..................................................................................................... 32
1.4.3 Métodos para auxiliar a tomada de decisão ......................................................................................................... 33
1.4.4 Como minimizar erros e buscar eficiência ............................................................................................................ 35
Referências .....................................................................................................................36
Capítulo 2 
Cenários e análise de ambiente .......................................................................................39
2.1 Análise ambiental ......................................................................................................39
2.1.1 Fatores-chave para análise do ambiente ............................................................................................................... 39
2.1.2 Ambiente da TI no mundo moderno ..................................................................................................................... 40
2.1.3 O ambiente da logística no mundo moderno ........................................................................................................41
2.1.4 Níveis de uso das informações: estratégico, tático e operacional .......................................................................... 42
2.2 Entendendo e construindo cenários .........................................................................43
2.2.1 Elementos de identificação de cenários ................................................................................................................ 43
2.2.2 Fatores para a construção de cenários .................................................................................................................. 44
2.2.3 Passo a passo para construir cenários ................................................................................................................... 45
2.2.4 Avaliação e reconstrução de cenários ................................................................................................................... 46
2.3 Tecnologia da informação sustentável .....................................................................47
2.3.1 Fundamentos da sustentabilidade ........................................................................................................................ 48
2.3.2 Tecnologias verdes existentes ............................................................................................................................... 49
2.3.3 Metais pesados e seus efeitos ................................................................................................................................51
2.3.4 Cases de empresa de TI verde ............................................................................................................................... 52
2.4 Legislação aplicada à logística reversa (LR) ..............................................................52
2.4.1 A Legislação ambiental .......................................................................................................................................... 53
2.4.2 A legislação Internacional sobre a logística reversa .............................................................................................. 54
2.4.3 A legislação brasileira sobre LR ............................................................................................................................. 542.4.4 Direito do consumidor na questão ambiental ....................................................................................................... 55
Referências ......................................................................................................................57
Capítulo 3 
Tecnologia da Informação: componentes e aplicabilidade .............................................59
3.1 Hardware e software..................................................................................................59
3.1.1 Tipos de hardware .................................................................................................................................................. 60
3.1.2 Software com foco em logística .............................................................................................................................61
3.1.3 Sistemas operacionais abertos e fechados ............................................................................................................ 64
3.1.4 Sistemas governamentais (Siscomex, Mantra, Mercante) .................................................................................... 65
3.2 Banco de dados .........................................................................................................66
3.2.1 Tendências da estrutura do banco de dados ......................................................................................................... 67
3.2.2 Gerenciamento do banco de dados ...................................................................................................................... 68
3.2.3 Sistemas de gerenciamento de dados .................................................................................................................. 69
3.3 Rede de telecomunicações .......................................................................................70
3.3.1 Rede remota (WAN) e Rede local (LAN) ............................................................................................................... 70
3.3.2 Intranet .................................................................................................................................................................. 71
3.3.3 Extranet ................................................................................................................................................................. 72
3.3.4 Internet .................................................................................................................................................................. 73
3.4 Pessoas envolvidas na TI ...........................................................................................73
3.4.1 Aproximando a TI do usuário ..................................................................................................................................74
3.4.2 O programador e a missão de concretizar as necessidades do usuário ................................................................ 75
3.4.3 O papel do analista de sistema ............................................................................................................................. 75
3.4.4 Mercado de trabalho para o gestor de TI ...............................................................................................................76
Referências ......................................................................................................................78
Capítulo 4 
Tecnologias de comunicação ..........................................................................................79
4.1 Tecnologias de comunicação e a automação das informações .................................79
4.1.1 Pressupostos da tecnologia de comunicação ........................................................................................................ 80
4.1.2 Automação das informações ................................................................................................................................. 81
4.1.3 Riscos tecnológicos ................................................................................................................................................ 82
4.1.4 Perspectivas ........................................................................................................................................................... 83
4.2 Comunicação entre empresa e governo ....................................................................85
4.2.1 Mediação entre tecnologia e o ambiente de negócios ......................................................................................... 86
4.2.2 Troca de informações obrigatórias ........................................................................................................................ 87
4.2.3 Perspectivas da compliance ................................................................................................................................... 88
4.2.4 Governo eletrônico ................................................................................................................................................ 88
4.3 Desempenho logístico ..............................................................................................90
4.3.1 Importância do desempenho logístico diferenciado ............................................................................................. 91
4.3.2 Como medir desempenho? ................................................................................................................................... 91
4.3.3 Métricas e a gestão de demanda .......................................................................................................................... 92
4.3.4 Contratos e responsabilidades ............................................................................................................................... 93
4.4 Inovação e empreendedorismo .................................................................................94
4.4.1 Conceitos de inovação e empreendedorismo ........................................................................................................ 95
4.4.2 O estado da arte na tecnologia da comunicação e informação ............................................................................ 96
4.4.3 O processo criativo e a inovação ........................................................................................................................... 96
4.4.4 O empreendedorismo e as tecnologias de comunicação ...................................................................................... 97
Referências .....................................................................................................................99
Capítulo 5 
Aplicativos informatizados ............................................................................................101
5.1 Aplicativos informatizados de gestão ......................................................................101
5.1.1 ERP – Enterprise Resource Planning e a gestão empresarial integrada .................................................................102
5.1.2 EIS – Executive Information Systems .................................................................................................................... 104
5.1.3 SAD – Sistema de apoio à decisão ...................................................................................................................... 106
5.1.4 BI – Business Intelligence...................................................................................................................................... 107
5.2 Aplicativos informatizados de comunicação ...........................................................108
5.2.1 EDI – Electronic Data Interchange ........................................................................................................................ 109
5.2.2 CRM – Customer Relationship Management .......................................................................................................109
5.2.3 PRM – Partner Relationship Management ...........................................................................................................110
5.2.4 WMS – Warehouse Management System ............................................................................................................111
5.3 Outras tecnologias aplicadas ...................................................................................112
5.3.1 SCM – Supply Chain Management .......................................................................................................................112
5.3.2 GPS – Global Positioning System ..........................................................................................................................113
5.3.3 RFID – Radio Frequency Identification ..................................................................................................................113
5.3.4 SMS – Short Message Service, bluetooth e Wi-Fi – Wireless Fidelity ...................................................................113
5.4 Tecnologia aplicada à automação de escritórios .....................................................114
5.4.1 MRP II – Manufacturing Resource Planning ..........................................................................................................114
5.4.2 OLAP – On-line Analytical Processing ..................................................................................................................114
5.4.3 OLTP – On-line Transaction Processing .................................................................................................................115
5.4.4 Databases ..............................................................................................................................................................115
Referências ...................................................................................................................118
Capítulo 6 
Gestão da cadeia global de suprimentos ......................................................................119
6.1 Supply Chain Management .....................................................................................120
6.1.1 Fundamentos de SCM ...........................................................................................................................................121
6.1.2 Data warehouse e Data Mining .......................................................................................................................... 122
6.1.3 Periodicidade e acompanhamento .......................................................................................................................124
6.1.4 Desafios e metas do gestor ................................................................................................................................. 125
6.2 Processos de Distribuição ........................................................................................126
6.2.1 Fundamentos dos processos de distribuição........................................................................................................127
6.2.2 Relacionamento entre empresas ........................................................................................................................ 129
6.3 Estrutura da cadeia .................................................................................................129
6.3.1 Relação cliente X fornecedor ................................................................................................................................132
6.3.2 Execução própria x terceirização ..........................................................................................................................133
6.3.3 Membros-chave na estrutura da cadeia ............................................................................................................. 134
6.3.4 Diferentes tipos de fornecedores e seus clientes ..................................................................................................135
6.4 Componentes ..........................................................................................................136
6.4.1 Nível de integração .............................................................................................................................................. 136
6.4.2 Importância da gestão .........................................................................................................................................137
6.4.3 Cadeia de suprimentos tradicional ...................................................................................................................... 138
6.4.4 Cadeia de suprimentos enxuta e ágil ...................................................................................................................139
Referências ....................................................................................................................140
Capítulo 7 
E-commerce ..................................................................................................................141
7.1 E-business .................................................................................................................141
7.1.1 Importância do e-business: seus conceitos e fundamentos e-business ................................................................143
7.1.2 De business para e-business ................................................................................................................................ 144
7.1.3 Incoterms e sua aplicação no e-business ..............................................................................................................145
7.1.4 FOB / CIF no Brasil .................................................................................................................................................147
7.2 E-commerce ............................................................................................................147
7.2.1 Fundamentos e origem do e-commerce .............................................................................................................. 148
7.2.2 B2B, B2C, C2C ...................................................................................................................................................... 150
7.2.3 Segurança e tipos de pagamentos .......................................................................................................................151
7.2.4 Acesso global x concorrência global .....................................................................................................................152
7.3 E-commerce e a logística ........................................................................................154
7.3.1 Relação do e-commerce e a logística ................................................................................................................... 154
7.3.2 Remessa expressa (nacional) ...............................................................................................................................155
7.3.3 Remessa expressa (internacional) ........................................................................................................................155
7.3.4 Prazos X riscos ...................................................................................................................................................... 156
7.4 Aspectos legais do e-commerce ...............................................................................157
7.4.1 Base legal do e-commerce (Brasil e mundo) ........................................................................................................ 157
7.4.2 Diferenças e semelhanças legais entre o commerce e o e-commerce ..................................................................159
7.4.3 Direito do consumidor (Brasil e mundo) .............................................................................................................160
7.4.4 Riscos X segurança jurídica nas operações .......................................................................................................... 162
Referências ...................................................................................................................163
Capítulo 8 
Cadeia Global de Valor (CGV) ........................................................................................165
8.1 Cadeia global de valor .............................................................................................165
8.1.1 Tendências e novos horizontes ............................................................................................................................ 166
8.1.2 Cadeia global de valor e a cadeia logística .......................................................................................................... 167
8.1.3 Terceirização da produção ................................................................................................................................... 168
8.1.4 Valor agregado .................................................................................................................................................... 169
8.2 Logística internacional ............................................................................................170
8.2.1 Modalidades de transporte e seus custos ........................................................................................................... 173
8.2.2 Tipos de carga e seu planejamento......................................................................................................................174
8.2.3 Vantagens e desvantagens da produção segmentada ........................................................................................174
8.2.4 Diminuindo distâncias, aproximando empresas ..................................................................................................175
8.3 Competitividade internacional ................................................................................176
8.3.1 Conceitos de competitividade ............................................................................................................................. 177
8.3.2 Ranking dos países e a situação do Brasil no ranking ......................................................................................... 177
8.4 Made in the world ....................................................................................................179
8.4.1 Quebrando paradigmas ....................................................................................................................................... 180
8.4.2 Oportunidades de inserção na cadeia de valor ................................................................................................... 180
8.4.3 Impactos positivos e negativos nos países e suas consequências .......................................................................181
8.4.4 Perspectivas para o Brasil .....................................................................................................................................182
Referências ....................................................................................................................185
Os avanços tecnológicos estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia, e na 
logística não é diferente. Novas formas, tipos e níveis de controle surgem a todo mo-
mento. Em um mundo cada vez mais interligado, a logística precisa exercer o seu pa-
pel, fazendo com que os produtos cheguem ao seu destino final no tempo certo e com o 
menor custo e risco possível. Nesse aspecto, quando se trata de e-commerce, a exigên-
cia é ainda maior, pois se espera que as entregas sejam rápidas e precisas, e é justamen-
te nesse ponto, devido aos seus problemas logísticos, que o Brasil enfrenta dificuldades. 
Diante disso, esta obra tem por objetivo apresentar ferramentas que possam auxiliar o 
gestor na tomada de decisão, de forma a minimizar possíveis problemas e dificuldades.
Apresentação
Agradeço a todos que participaram e 
contribuíram para que este projeto fosse 
concluído, em especial ao Daniel, aos 
meus amigos Prof. Dr. Airton Neubauer, 
Dr. Helio Tadeu Brogna Coelho, da 
Associação Brasileira de Comércio 
Eletrônico (ABComm), Cleonir Cruz, da 
Saascomex, e à professora Cristiane 
Becker pela oportunidade.
A Autora
A Professora Ana Flávia Pigozzo é Mestre em Engenharia da Produção pela UFSC e 
Graduada em Administração com Habilitação em Comércio Exterior pela UFPR. É consul-
tora credenciada do Sebrae/PR e despachante aduaneira.
Currículo Lattes: 
<lattes.cnpq.br/4069834356503011>
À Josilys, esposa amada, e aos nossos filhos, 
Leonardo e Letícia, fontes inesgotáveis de 
inspiração, motivação e carinho.
Agradeço ao grande amigo Prof. Dr. Airton 
Neubauer e à equipe da Universidade Positivo 
pela confiança e oportunidade.
O Autor
O Professor Marcos Antonio Lopes da Silva é Especialista em Logística e Distribuição 
pela Faculdade Opet e Graduado em Administração com ênfase em Comércio Exterior pela 
Faculdade Tibiriçá. É despachante aduaneiro, palestrante e docente nos cursos de Adminis-
tração, de Negócios Internacionais e de Logística.
Currículo Lattes: 
<lattes.cnpq.br/4252036387273637>
1 O sistema de informação e a logística
Inicialmente, o termo logística foi utilizado para descrever a ciência da movimen-
tação de suprimentos e manutenção de forças militares. Mais tarde, ele passou a ser 
empregado para designar a gestão de fluxos de materiais em uma organização, consi-
derando desde o início do processo da matéria-prima até o produto final, pois colocar 
um produto no lugar e momento certos depende de uma série de processos, que in-
cluem a extração da matéria-prima, a manufatura que a transforma em produto aca-
bado, o modo como isso é feito e também o tempo que leva para que esse produto 
chegue até o ponto de venda.
Em grego, logos significa discurso, razão. O termo logistiki, também do grego, se refere à contabi-
lidade e à organização financeira. Em francês, o termo logistique é entendido como alojar, acolher.
Nos últimos anos, muitos fatores impactaram e outros continuam impactando a 
logística no Brasil, seja direta ou indiretamente. Entre eles, podemos destacar: 
• intensificação da globalização, possibilitando que grandes grupos, como redes 
de supermercados internacionais, cheguem ao Brasil em associação com gru-
pos nacionais;
• consolidação de um pequeno número de empresas que assumem uma crescen-
te participação no volume de negócios; 
• aumento do poder do varejo, ensejando o surgimento de grupos econômicos e 
acentuando seu poder de barganha com fornecedores/fabricantes; 
• parcerias e alianças com fornecedores, com o objetivo de criar vantagens com-
petitivas, pois se torna cada vez mais difícil oferecer valor aos consumidores, 
pois o canal de distribuição precisa ter baixo custo e alta eficiência.
Segundo Bezerra e Monteiro (2003), a integralidade entre o sistema de informa-
ção e a logística serve para que a empresa consiga desenvolver, controlar e gerenciar 
toda a cadeia de suprimentos, objetivando a satisfação do cliente. Mas para que possa-
mos ter pleno conhecimento dos sistemas de informação aplicados à logística, é preci-
so primeiramente entender o que é logística e o que é sistema de informação para, só 
então, analisarmos como eles se integram. 
Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 18
1.1 Contexto da logística
No mundo dos negócios, a logística se desenvolveu com a intenção de colocar os 
recursos corretos no local e no momento certos, visando atingir o objetivo principal de 
atender ao cliente. Para Alt e Martins (2003, p. 252), “[...] a logística é responsável pelo 
planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias e informação, des-
de a fonte fornecedora até o consumidor”. Essa definição se torna clara ao entender-
mos que as necessidades do clientee o pronto atendimento delas por meio de um 
produto ou serviço representam uma oportunidade para as organizações, é por isso 
que identificá-las e definir o que deverá ser produzido para atendê-las, apesar de se-
rem tarefas complexas, são consideradas fundamentais.
Outro fator importante no contexto logísti-
co é a otimização dos componentes da cadeia de 
suprimentos e de distribuição com o uso das tec-
nologias disponíveis, que podem facilitar o acesso 
dos clientes aos produtos e serviços e gerar fluxos 
contínuos de informações, constituindo, assim, um 
diferencial competitivo.
Sabe-se que a busca pela eficiência no atendimento aos clientes traz, entre ou-
tros fatores, economia de tempo para a empresa e conveniência para os consumidores, 
e é exatamente nesse sentido que a tecnologia da informação e seus sistemas integra-
dos devem ser utilizados, pois podem contribuir para a diminuição de custos, priori-
zando a rentabilidade do negócio.
1.1.1 A logística e a informação 
Quando interligadas, logística e informação 
formam um conceito mais amplo, tornando-se uma 
ferramenta que permite a abertura de um horizonte 
de fluxos, níveis, princípios e planejamentos.
Para se ter uma ideia da importância des-
sa integração, o desacordo entre a logística e a in-
formação pode acarretar a falta de produtos nas 
gôndolas ou o excesso de itens em estoque, ocorrências que podem inviabilizar a renta-
bilidade da empresa (CHOPRA; MEINDL, 2011). Nesse cenário, o aperfeiçoamento dos 
canais de informação é fundamental para a distribuição, pois permite um acesso siste-
mático ao controle de estoque. 
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Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 19
Não há dúvidas de que a informação é um elemento preponderante para o desen-
volvimento da logística (CORRÊA; CORRÊA, 2012). É interessante notarmos que até 
mesmo pequenas empresas têm utilizado a informação como aliada, automatizando e 
informatizando suas lojas e obtendo, assim, dados precisos sobre faturamento, quan-
tidade de produtos vendidos e rentabilidade por item, por exemplo. Vimos que a co-
municação impacta diretamente a logística, e é sobre esse tema que estudaremos na 
próxima seção.
1.1.2 A logística no mundo moderno e a importância da comunicação 
Presente em quase todos os setores e das mais variadas formas, a logística pre-
cisa acompanhar as constantes atualizações de uma organização e, além disso, é im-
prescindível que busque sempre a inovação, justamente por fazer parte dos processos 
de uma empresa do início ao fim. Optar por formas de comunicação obsoletas pode 
gerar gargalos em diversas etapas do processo logístico, pois ferramentas de comuni-
cação desatualizadas são incompatíveis com as aplicadas no atual cenário do mercado. 
A necessidade das empresas em competir e “sobreviver” estimula a modernização 
da logística. No entanto, a busca por melhoria tem seus obstáculos, que muitas vezes 
independem da vontade e saem do controle da empresa. Uma transportadora de car-
gas, por exemplo, está submetida a estradas ruins, condições climáticas (seja no âmbito 
terrestre, marítimo ou aéreo), pedágios, burocracia, greves etc. Com isso, pode-se dizer 
que diversas empresas estão sujeitas às mesmas dificuldades impostas pelo próprio se-
tor ou mesmo por fatores que fogem ao seu controle, mas geralmente aquelas que con-
seguem minimizar ou driblar esses problemas são as que se destacam das demais. E 
como podemos fazer isso? Em linhas gerais, poderíamos responder: inovando.
Vivemos em uma sociedade competi-
tiva, na qual o mercado exige que a logística 
e seus processos sejam extremamente velo-
zes e eficientes. A eficiência de uma empresa, 
portanto, deve estar à altura dos sistemas e 
ferramentas dos colaboradores externos e do 
mercado. Nesse sentido, o mundo moderno, 
que a cada minuto se modifica, força a logísti-
ca a acompanhar essa evolução.
As transformações e o avanço da tecnologia exigem uma alta comunicabili-
dade, que englobe todas as ferramentas, sistemas e partes da estrutura de comuni-
cação da logística, pois o sistema de informação de uma empresa é vital para que a 
gerência e seus colaboradores possam fazer o acompanhamento dos processos. 
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Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 20
O monitoramento contínuo e a participação da equipe devem ser on-line, propiciando 
um cenário claro do que está ocorrendo no momento, mais ainda: as ferramentas de 
comunicação devem estar operantes durante as 24 horas do dia e atualizadas com um 
sistema de segurança preparado para qualquer eventualidade.
Na logística, como em quase todos os setores, a troca de informações deve 
ser ágil, e elas devem estar interligadas em todos os momentos do processo, anun-
ciando o evento no momento real e, caso ocorra algum problema, tais informações 
devem dar apoio à logística para que ele seja rapidamente sanado. Para tanto, o mer-
cado disponibiliza ferramentas como o Enterprise Resource Planning – Planejamento 
de Recursos Empresariais (ERP) ou o Warehouse Management System – Sistema de 
Gerenciamento de Armazém (WMS). 
Os impactos das novas tecnologias comunicacionais são bem nítidos se compara-
mos a celeridade e a clareza de hoje à lentidão e à burocracia de décadas atrás, quando 
ainda eram utilizados formulários enviados por carta, telex ou, na melhor das hipó-
teses, a comunicação por telefone. As tecnologias comunicacionais, portanto, foram 
fundamentais para o desenvolvimento da logística e esta, por sua vez, tem importân-
cia fundamental para o desenvolvimento de um país. 
1.1.3 Importância da logística no desenvolvimento 
e competitividade de um país
O crescimento da indústria e do comércio em um país não depende exclusiva-
mente da produção, do mercado ou do câmbio, por exemplo, mas de uma eficiência 
global de todas as atividades que compõem essa cadeia. Portanto, é possível afirmar 
que a expansão econômica está diretamente ligada à eficiência da operação logística.
O Índice de Perfomance Logística (Logistics Performance Index) é elaborado pelo 
Banco Mundial (2014) para medir a performance da cadeia de suprimentos de determi-
nados países e ajuda a demonstrar a importância competitiva da logística. Na edição 
de 2014, a Alemanha mostrou melhor desempenho logístico global, enquanto o Brasil 
ficou na 65ª posição entre os 163 países analisados. 
A posição do Brasil nesse ranking acaba refletindo sua pouca competitividade no 
desempenho global. São diversos os fatores que interferem nessa performance, tais 
como: concentração excessiva no modal rodoviário; malha viária mal conservada; al-
tos índices de acidentes; furtos e roubos de cargas – o que impacta nos preços dos 
prêmios de seguro e, por conseguinte, nos fretes –; dependência excessiva de navios 
mercantes estrangeiros nos transportes internacionais; navegação de cabotagem pou-
co utilizada e concentrada no sentido sul-norte; pouca capacidade instalada de arma-
zenagem; alto percentual de perdas durante o transporte e a movimentação (no caso 
Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 21
dos granéis); tempo demasiadamente longo nos trâmites alfandegários, pouca produ-
tividade nos portos, aeroportos e pontos de fronteiras; e excessivo número de órgãos 
governamentais intervenientes nas etapas do processo logístico. 
Todos esses fatores compõem o “custo-brasil’ do qual constantemente ouvimos 
falar. Diante dessas dificuldades, os entes privados, que são os principais responsáveis 
pelos investimentos produtivos no Brasil, se veem forçados a analisar suas alternati-
vas de expansão ou implementação de novos negócios. Sem ter condições adequadas 
para o perfeito funciomento das suas atividades produtivas, esses investidores pode-
rão levar em consideração a instalação de suas plantas produtivas em países que ofe-
reçam uma infraestrutura logística mais adequada. Pois, sem condições favoráveis,haverá impacto direto na produtividade das organizações, acarretando maiores preços 
para o consumidor final e também baixa rentabilidade sobre o capital investido, além 
de maior tempo para retorno do investimento. 
Além disso, a falta de planejamento e execução de uma infraestrutura logística 
adequada também acarreta altos custos e gargalos operacionais, que são empecilhos 
que tolhem o crescimento da economia brasileira, outro fator responsável por nossa 
baixa competitividade no mercado internacional.
Para evitar que o Brasil deixe de crescer por problemas logísticos, é necessário 
que a infraestrutura de suas operações seja atualizada, indo ao encontro de suas ne-
cessidades. Por isso, nota-se uma preocupação com infraestrutura tanto por parte da 
iniciativa privada quanto do Estado. 
No Brasil, com o aquecimento econômico 
dos últimos anos, houve maiores investimentos e 
mais monitoramento e controle nos portos e nas 
atividades do setor rodoviário, porém tais mu-
danças ficaram aquém das necessidades reais do 
país, não sendo suficientes para resolver os prin-
cipais problemas enfrentados para o escoamen-
to da produção. Obviamente, um cenário perfeito 
ainda é distante, já que a propulsão da economia também trouxe alguns obstáculos, 
como a necessidade de atender, eficientemente à crescente demanda.
O governo brasileiro não possui condições, sozinho, de resolver os problemas 
da infraestrutura de transportes no Brasil, por isso foi a iniciativa privada que trouxe 
mais luz para alguns gargalos, forçando o governo a criar programas como o Pro-
grama de Investimentos em Logística (PIL) para aumentar os recursos para toda essa 
atividade de logística.
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Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 22
O Programa de Investimentos em Logística (PIL) do Ministério dos Transportes publicou por-
tarias que autorizam empresas privadas a elaborarem a complementação dos Estudos de 
Viabilidade Técnica para subsidiar a implantação da infraestrutura em trechos ferroviários.
Um exemplo da aplicação desse programa ocorreu com o modal ferroviário bra-
sileiro. Com o PIL, o governo poderá optar entre realizar os leilões por maior valor de 
outorga e menor tarifa ou compartilhamento de investimento. Os investimentos proje-
tados para esse modal são de R$ 86,4 bilhões (BRASIL, 2015). 
Embora o modal ferroviário seja muito mais eficiente e tenha custo de frete 
mais barato do que o rodoviário, o Brasil, nas últimas décadas, não investiu nesse se-
tor. Hoje, temos um malha ferroviária de 28.190 km, segundo o relatório Evolução do 
Transporte Ferroviário da ANTT (2013), ou seja, ela é menor do que a que tínhamos na 
década de 1950, que era de 35.000 km.
Segundo Lima (2005), o uso da ferrovia no Brasil oscila entre 10% e 40 % para 
distâncias até 500 km, mas, no caso de distâncias onde a ferrovia tem sua aptidão na-
tural (de 800 km a 1500 km), o seu uso cai para zero por inexistência de malha ferroviá-
ria adequada, o que resulta em transporte por caminhão de cargas, ou seja, rodoviário. 
Assim perde o caminhão, que passa a ter fretes aviltados, e perdemos todos com o au-
mento de custos de distribuição para o mercado interno.
Os investimentos do setor público e privado nos últimos anos foram limitados à 
manutenção da malha existente e estão longe da eficiência, tanto no que se refere à 
quantidade quanto à qualidade, embora a sua expansão seja vista como uma solução 
ou desentrave para o crescimento da economia. 
Sabe-se que o investimento atual destinado à logística ainda não acompanha a 
celeridade que o mercado exige, mas ainda assim é visto como promissor para impul-
sionar o desenvolvimento e a competitividade do Brasil.
1.1.4 O novo papel do gestor de logística
A logística atual vem exigindo dos gestores uma visão mais abrangente e uma 
nova postura. A função desses profissionais não se limita mais a acompanhar o fluxo 
da logística, como armazenamento, distribuição, atendimento do cliente etc. A agilida-
de e a forte competitividade do mercado exigem que eles detenham ou aprimorem ou-
tras qualidades. Eles devem estar atentos aos processos que antecedem e procedem a 
logística, ou seja, precisam estar cientes das atividades desde o processo dos fornece-
dores até a satisfação do cliente.
Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 23
Para saber mais sobre a nova logística e o que ela exige dos gestores, leia a reportagem de 
Mendes (2003) na revista Exame.
Ademais, é fundamental que os gestores tenham um bom relacionamento inter-
pessoal, visto que precisam interagir constantemente com fornecedores, por exemplo. 
Nesse sentido, a comunicabilidade permanente minimiza erros e antecede a solução 
de algum evento negativo que possa ocorrer. 
Os gestores também precisam dominar as 
ferramentas que monitoram e controlam a cadeia 
logística, logo, um bom conhecimento em infor-
mática é vital. Esses profissionais também preci-
sam fazer o monitoramento integral e eficiente 
da cadeia, o que facilita a prospecção das próxi-
mas etapas.
Além disso, podemos afimar que, atualmen-
te, uma das maiores exigências das empresas é 
que o gestor tenha destreza no planejamento e na 
análise do tempo, custos e qualidade do serviço executado. A redução de custos, por 
exemplo, é frequentemente cobrada pela direção da empresa, e ela só será possível se 
o gestor tiver de posse de todos os registros para, por meio da análise e de sua habili-
dade, executar medidas certeiras e eficientes em curto prazo. 
Nesse sentido, o papel da tecnologia de informação é justamente liberar o gestor 
das atividades rotineiras para que, dessa forma, ele possa se concentrar em processos 
de gestão estratégica, visto que, assim, ele conseguirá aprimorar os métodos de ges-
tão, reduzir os custos e melhorar o atendimento às necessidades dos consumidores.
1.2 Sistemas de informação
De acordo com Oliveira (2001), o propósito das informações é o de fazer com que 
a empresa alcance os seus objetivos pelo uso eficiente e eficaz dos seus recursos hu-
manos, materiais, tecnológicos e financeiros, algo fundamental para a logística. 
Inicialmente, para a efetivação eficiente de um desses sistemas, é preciso abordar 
todas as informações contidas em determinado processo, de forma a catalogar, classi-
ficar e amarmazenar os dados. Para compreendermos como tudo isso ocorre, é neces-
sário nos aprofundarmos um pouco mais no tema. É o que faremos a seguir. 
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CENÁRIOS TECNOLÓGICOS APLICADOS À LOGÍSTICA 24
1.2.1 Os fundamentos dos sistemas de informação
Na área de logística, um sistema de informação, segundo Loh (2014), é um sis-
tema cujo objetivo é gerenciar informações, ou seja, coletar, armazenar, organizar, 
tratar, cruzar, disseminar, gerar e fornecer informações de modo a apoiar decisões e 
processos de uma organização. Um sistema de informação, portanto, faz um estudo 
do fluxo de informações geradas em uma empresa, ou seja, ele promove coleta e análi-
se de dados, organização, distribuição, verificação do ambiente (cliente/produto) e das 
ferramentas para o desenvolvimento de um software. Considera-se também um siste-
ma de informação um conjunto de etapas que devem estar relacionadas entre si e inte-
ragindo com a informação, com a organização e, principalmente, com o controle. 
Fluxo de um sistema de informações
 
 
 
 
 
 
 
 Implementação
de ações
Tomada de
decisões
Informações
gerenciais
Análise dos
 dados
Processamento
dos dados
Empresa
Coleta de
 dados
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Para Oliveira (2003), a queda dos custos da tecnologia e a consequente dissemi-
nação da informática e das redes de comunicação são os elementos básicos para per-
mitir o acesso de diversos setores da comunidade à informação, o que, obviamente, 
inclui as organizações. 
Mas, para que possamos analisar a aplicabilidade de um sistema de informação, 
precisamos estudar o cenário a ser trabalhado, pois, para Slack (2002), processose 
métodos ruins não são resolvidos com investimento em tecnologia; a tecnologia por si 
Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 25
só não é a solução para os problemas operacionais. Com isso, devemos avaliar a inte-
gração dos setores, pois quanto mais conhecemos o processo, mais fácil será escolher 
a ferramenta a ser utilizada. A coleta de dados é o pressuposto inicial para que a toma-
da de decisão relativa à escolha do sistema de informação seja feita com eficiência. 
A eficiência dos fluxos, da troca de informações e a celeridade do processo são fa-
tores que devem estar em sintonia com a organização e com o sistema de informação. 
Além disso, também é importante que as empresas invistam na automatização de seus 
produtos, como códigos de barras, etiquetas eletrônicas e leitores óticos, que são ele-
mentos que contribuem para a conectividade do sistema de informação.
1.2.2 O momento atual dos sistemas de informação
O crescimento do comércio proporcionou o surgimento de sistemas de infor-
mação mais eficientes para as empresas. Assim, segundo Lastres e Albagli (1999) a 
globalização estimula a troca de informações entre atores – individuais e coletivos – 
espalhados pelo mundo e, dessa forma, promove o surgimento de novas técnicas ou 
ferramentas de melhoria, que rapidamente podem ser adotadas, até por uma questão 
de sobrevivência ou de adequação ao mercado.
A contínua evolução do mercado contribui para integrar, controlar e gerenciar a 
cadeia de suprimentos na busca por eficiência, minimização dos custos, lucratividade 
e satisfação do cliente. Assim, o processo e as ferramentas do sistema de informação 
devem suprir essas demandas, considerando os novos avanços tecnológicos, a quanti-
dade de informações e a velocidade característica da sociedade globalizada. 
Diante desse cenário, podemos afirmar que um sistema de informação eficiente 
e de vanguarda pode ser a diferença da vantagem competitiva de uma empresa, uma 
vez que a velocidade de troca, adaptação ou aplicação de um novo sistema está asso-
ciada ao rápido e eficiente atendimento de requisitos, como explicam Abreu e Rezende 
(2001, p. 260): 
[...] a efetividade da informação pode ser avaliada em termos do produto da informa-
ção, do uso da informação para trabalhos organizacionais, da utilização dos Sistemas de 
Informação pelos usuários e o impacto dos mesmos na empresa, especialmente no de-
sempenho organizacional.
Se o sistema de informação é tão importante para uma empresa, sua escolha 
deve ser feita com muito cuidado e critério. É o que veremos a seguir.
Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 26
1.2.3 A escolha de um sistema de informação eficaz
A eficiência do sistema de informação de uma empresa não está diretamente liga-
da à aquisição ou à aplicabilidade do melhor e mais avançado sistema disponível no mer-
cado, mas sim à utilização daquele que mais se adequa às necessidades da organização.
A identificação dos fatores relevantes para a 
empresa é a peça-chave que ilustra o cenário no 
qual se fará a implantação do sistema. Após essa 
análise, deverá ser realizada uma simulação para 
identificar alguma vulnerabilidade e, principal-
mente, averiguar se a escolha do sistema de in-
formação foi acertada.
Nesse sentido, a relevância de um sistema 
de informação é verificada principalmente quando o mercado avança muito rapidamen-
te, forçando um constante aprimoramento para que a empresa continue competitiva. 
Vale destacar, como exemplo dessas modificações, a expansão de vendas sem lojas, ou 
seja, o aumento de vendas pela televisão, por catálogos, por máquinas automáticas e 
pela internet, sendo a última a que tem apresentado maior crescimento. Prova disso é 
que, segundo a consultoria A.T. Kearney, em seu índice de e-commerce de varejo global 
(The Global Retail E-commerce Index), em 2014, o varejo on-line brasileiro movimentou 
US$ 13 bilhões, sendo que, no Brasil, existem aproximadamente 106 milhões de usuá-
rios de internet e 60 milhões de consumidores on-line (BEN-SHABAT et al., 2015).
Uma vez escolhido o sistema de informação, podemos traçar a perspectiva de 
como ele poderá realizar o controle dos dados, é o que veremos no tópico a seguir.
1.2.4 Perspectivas do sistema de informação 
 no processo de controle de dados
Segundo Abreu e Rezende (2001), dados são entendidos como um elemento da 
informação, um conjunto de letras, números ou dígitos que, tomados isoladamen-
te, não transmitem nenhum conhecimento, ou seja, não contêm um significado claro. 
Informação, por sua vez, é todo o dado trabalhado, útil, tratado, com valor significativo 
atribuído ou agregado e com um sentido natural e lógico para quem usa a informação.
Mas como ter uma perspectiva para o uso dos sistemas de informação no pro-
cesso de controle de dados? Para tanto, é necessário fazer uma elaboração do atual 
ponto de vista, levando-se em consideração os dados e os fatos passados. Deve-se 
também estudar o panorama geral das necessidades da empresa, coletando dados que 
possibilitem uma avalição precisa do momento.
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Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 27
No filme “Amor por Contrato” (2009), funcionários de uma agência de marketing se passam por 
uma família para exibir bens aos vizinhos, que começam a desejar os produtos. Assista e veja 
como um sistema de informação é usado no processo de controle de dados e como ferramenta 
de vendas.
A perspectiva consiste basicamente na coleta de dados, para que se possa ana-
lisar, tabular e investigar uma forma para elaborar, por exemplo, um mapeamento de 
processo de decisão. É necessário também fazer estatísticas do passado para que se 
compare a evolução dos dados e seus resultados. Após a elaboração desse roteiro (de 
como era no passado e como é atualmente), faz-se uma projeção para o futuro, ou 
seja, determina-se quais são as metas, elaborando uma tabela comparativa, que dará a 
tendência prevista.
Esses dados são de extrema importância, pois a sondagem indicará tendências e 
resultados. No entanto, é importante prever mudanças que possam ocorrer motivadas 
por causas internas ou externas à organização, traçando antecipadamente um plano 
alternativo para qualquer enventualidade. Um exemplo disso são as decisões relacio-
nadas às previsões de venda. Para que não sobrem ou faltem mercadorias nas pratelei-
ras, é preciso que seja feito um acompanhamento das vendas (estatísticas do passado), 
bem como a projeção para o futuro, de forma a estabelecer metas reais para os vende-
dores e ao mesmo tempo projetar a demanda de produção dessas mercadorias.
Para se criar uma grande cadeia que ligue produção, distribuição e cliente, bons 
exemplos de sistemas de informação e controle de dados são o Just-in-Time, Eletronic 
Data Interchange (EDI), o Efficient Consumer Response (ECR) e o Data Base Marketing. 
Segundo a consultoria A. T. Kearney, países como Estados Unidos e Japão lideram mo-
vimentos para responder, com base nesses sistemas de informação, às necessidades dos 
clientes no comércio de varejo de forma cada vez mais rápida (BEN-SHABAT et al, 2015). 
1.3 Controle de dados
O controle de dados é peça fundamental em diversas áreas organizacionais, e po-
demos afirmar que ele dá origem ao monitoramento. O controle permite a tomada de 
decisão, que pode ser baseada, por exemplo, em um mapa ilustrado. A seguir, veremos 
com mais detalhes como funciona e para querserve esse controle.
Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 28
1.3.1 Pressupostos e fundamentos do controle de dados
Segundo Tanenbaum (2003), um sistema de banco de dados é uma forma de ar-
mazenar dados e gerir informações para posterior recuperação ou atualização dessas 
informações por um usuário.
Já os sistemas de controle de dados são programas que permitem averiguar as 
informações disponíveis. Isso pode ser feito, por exemplo, por um aplicativo que apre-
senta informações essenciais que ocorreram e estão ocorrendo em uma organização,proporcionando uma avaliação para uma tomada de decisão. 
O controle de dados deve ser um mecanismo de fácil manuseio para o acompa-
nhamento de todos os dados armazenados e atualizados, além disso, deve permitir 
também a alimentação e a atualização de infor-
mações. É uma ferramenta que deve estar ao al-
cance da linha de produção ou de pessoas ligadas 
ao processo executivo para que assim seja abaste-
cida com dados interligados com a gerência para 
que esta possa fazer seu devido acompanhamen-
to. Em um sentido figurado, pode-se dizer que o 
controle de dados funciona como um painel de au-
tomóvel, ou seja, como um painel de controle.
Outro aspecto relevante do controle de dados é a segurança, que, segundo 
Rhodes-Ousley (2013), tem como preocupação a proteção da informação em todas as 
suas formas: escrita, falada, eletrônica, gráfica etc. Por isso, os dados devem estar regis-
trados em um aplicativo e guardados por um sistema de segurança. Também há a neces-
sidade de um abastecimento diário ou, no mínimo, semanal dos registros. Além disso, é 
importante averiguar e controlar a capacidade ou os limites dessa ferramenta.
Um sistema de controle de dados deve apresentar cálculos, estatísticas de acom-
panhamento da produção ou fluxo para base comparativa. Outro fator importante 
pode ser a elaboração de um sistema de alerta que anuncie determinada situação fora 
dos limites, seja atípica, seja sazonal. Um exemplo de sistema de controle de dados 
com monitoramento contínuo que pode ser utilizado como ferramenta de acompanha-
mento é o Eletronic Data Interchage (EDI), que é uma ferramenta utilizada para facilitar 
a negociação e a troca de informações com clientes e fornecedores. 
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1.3.2 Vantagens e desvantagens do controle
As vantagens do controle de dados incluem a possibilidade de acompannhar a 
produção, obter base para comparação e identificar situações não esperadas. A exis-
tência de um controle em uma grande corporação é questão de vida ou morte da or-
ganização. Raros são os casos em que, em uma organização de médio porte para cima, 
não exista um controle de dados ou ao menos algo semelhante. O mercado, parceiros, 
fornecedores, clientes, contabilidade, entre outros, exigem uma ferramenta de contro-
le, e o acompanhamento determina seu êxito.
As desvantagens são mínimas, mas existem. Geralmente, o início da implemen-
tação de um controle de dados é um processo lento e exaustivo, que sobrecarrega 
funcionários e, muitas vezes, muda termporariamente o foco de uma área. Um fator 
determinante para que um controle de dados não apresente desvantagens é a escolha 
correta do sistema. Para que seja implementado e utilizado com sucesso, o sistema de 
controle de dados escolhido deve condizer com o porte e as necessidades da empresa.
Além da atenção dada à escolha de um bom controle de dados, é pertinente que 
os gestores verifiquem o processo de abastecimento e manuseio das informações, evi-
tando que ele seja burocrático e muito lento, devido a formalidades desnecessárias 
que geralmente ocorrem na inserção dos dados. Mas há tipos de controles para cada 
perfil de gestão, e é isso que veremos a seguir. 
1.3.3 Tipos de controle conforme perfil de gestão
Cada empresa exige que seja aplicado um controle específico para a sua ativida-
de, assim como o perfil do gestor deve estar em sintonia com as propostas do setor 
para o qual foi designado. 
Quando falamos de perfil, no caso de um gestor de logística, sabe-se que ele 
deve ter conhecimentos específicos da área, como saber aplicar o ERP ou Warehouse 
Management System – Sistema de Gerenciamento de Armazéns (WMS). Já um gestor 
de tecnologia da informação, também conhecido como Chief Information Officer (CIO), 
precisa tomar decisões em relação às necessidades de infraestrutura, de investimen-
tos e prioridades na área de TI dentro da organização, sendo que essas decisões mui-
tas vezes eram tomadas somente pelos CEOs ou gestores financeiros. Segundo Weill e 
Ross (2006), o CIO é um personagem cada vez mais importante no cenário empresarial 
e na governança de TI. 
Em função disso, o perfil profissional desejado para um CIO é de uma pessoa que 
ajude os líderes da organização a alinhar as suas expectativas e a concepção de TI às 
funções da TI para geração de valor e sustentação do negócio (GUILLEMETTE; PARÉ; 
SMITH, 2008).
Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 30
Já quanto à escolha do tipo de controle, a 
empresa, por sua vez, precisa promover um le-
vantamento para autoavaliar seu porte e suas ne-
cessidades, fazendo uma comparação com outras 
organizações de seu segmento. A base compara-
tiva de posicionamento de uma empresa é funda-
mental para que ela se situe corretamente. Após 
essa análise, ela está apta a escolher as ferramen-
tas adequadas aos seus objetivos, evitando a escolha de um sistema obsoleto ou avan-
çado demais, menor ou maior do que suas necessidades, evitando que a capacidade do 
tipo de controle escolhido não acarrete desperdícios nem seja enxuto demais.
Além disso, deve-se levar em consideração, na escolha do tipo de controle, o pos-
sível crescimento da empresa, assim como a possibilidade de compartilhar esse siste-
ma com parceiros. Nas grandes corporações, por exemplo, os fornecedores e clientes 
utilizam o mesmo sistema, que é interligado, tornando-se um instrumento fundamen-
tal para a logística e seu acompanhamento.
Nesse sentido, são importantes as considerações de Nazário (1999), que entende 
que o avanço da TI vem permitindo às corporações executarem operações rápidas e de 
baixo custo, auxiliando o controle gerencial e apoiando a decisão com softwares espe-
cíficos voltados à cadeia de suprimentos. 
1.3.4 Níveis de segurança
Como a cadeia logística de uma média ou grande empresa é ampla, envolvendo 
muitos colaboradores e parceiros externos, é importante que todo o sistema seja efi-
ciente e seguro. Uma pane acarretará inúmeros transtornos, principalmente para tercei-
ros, afetando fornecedores ou clientes, além de ferir a imagem da empresa, pois a falta 
de segurança dos dados, seja em que estágio for, é considerada um erro grosseiro. Os 
parceiros que fazem parte do sistema de logística de uma organização sempre esperam 
confiabilidade e continuidade no fluxo de bons produtos e serviços prestados. 
Mesmo com todas as precauções, as empresas podem estar sujeitas a pequenos 
problemas que, se não forem solucionados em um curto espaço de tempo, atrapalha-
rão o fluxo de entrega das mercadorias para o cliente, por exemplo. Pode-se dizer que 
o erro faz parte do cotidiano da empresa, mas o que faz a diferença é como ele será 
tratado, principalmente no que se refere à velocidade em que será corrigido.
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Os profissionais, principalmente da área de informática, precisam ter bons ins-
trumentos para lidar com as adversidades, como incompatibilidades no sistema, além 
de outros fatores que fazem parte do dia a dia de uma empresa. Por isso, ela deve es-
tar bem estruturada quanto à segurança em todos os níveis do processo: informática, 
RH, cargas etc.
Além do típico backup, um sistema deve con-
tar com um monitoramento contínuo e sempre dis-
por de novas tecnologias que afastem problemas. 
A atualização de uma nova versão de um sistema 
de controle, por exemplo, já minimiza problemas 
de segurança.
A segurança nunca dever ser subestimada e 
precisa estar presente em todos os fluxos da ca-
deia, desde o monitoramento de um caminhão 
até do próprio sistema de segurança. Após determinar os cenários vulneráveis, deve-se 
mapeá-los por níveis que a própria empresa estabelecerá, focando os pontos mais sen-
síveis e blindando ao máximo a empresa.
1.4 Tomada de decisão
Antes de tomar uma decisão em um processo logístico, todos os elementos pre-
sentes devem serlevados em consideração, como ambiente interno e externo, custos, 
pessoas, consequências positivas e negativas e custo-benefício, sempre com foco no 
resultado, ou seja, inúmeros fatores devem ser analisados cuidadosamente.
A tomada de decisão, que estudaremos a partir de agora, tem por objetivo melho-
rar um processo logístico ou sanar alguma dificuldade apresentada por ele. Essa tomada 
de decisão deve partir de um gestor ou profissional preparado e capacitado para tanto, 
pois gerará um novo cenário que influenciará diretamente outros setores e pessoas. 
1.4.1 Conhecer para decidir: os princípios do processo decisório
A tomada de decisão é uma iniciativa que deve estar bem fundamentada em vá-
rios estudos e simulações, por isso é essencial conhecer plenamente toda a cadeia lo-
gística. A decisão requer do gestor a habilidade de prever causas e efeitos em curto e 
longo prazos, além de um posicionamento rápido e eficaz. O cenário decisório deve ser 
estudado a fundo. Além disso, é fundamental que o profissional seja qualificado para 
executar com sucesso a tomada de decisão. Não basta o conhecimento isolado, todas 
as vertentes possíveis devem ser consideradas. O gestor também deve consultar se a 
fonte das informações utilizadas para orientá-lo em suas decisões é segura.
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O planejamento e a simulação são itens 
necessários para que se evitem erros, e mes-
mo que eles existam, deve-se tentar minimi-
zá-los rapidamente. Um exemplo que ilustra 
esse cenário é a decisão de efetuar a expor-
tação ou importação, cuja base é o câm-
bio. Autores como Motta (2002) e Bennis e 
Nanus (1988) explicam que há momentos em 
que o gestor depende exclusivamente da oscilação do dólar, e os riscos dessa especu-
lação, como atrasos, multas ou mesmo mercadoria parada em um porto, por exemplo, 
devem ser levados em consideração.
1.4.2 Fatores que influenciam a tomada de decisão
Existem várias propostas para a tomada de decisão, portanto, deve-se estudar 
cada caso em seus mínimos detalhes, criando uma variável metodológica própria para 
ele. Há várias linhas de tomada de decisão que envolvem métodos em cenários com-
plexos, tais como Electra, Decisão Multicritério e o Método de Análise Hierárquica, co-
nhecido como AHP. 
Segundo Daft (2010), pode-se afirmar que os fatores básicos que influenciam 
uma tomada de decisão são: exímio conhecimento e competência do gestor, previsi-
bilidade, avaliação de riscos, cenário atual, conjuntura econômica interna e externa, 
tempo e custos. 
Vale lembrar que outros fatores também exercem sua influência e devem ser le-
vados em consideração, são os chamados fatores influenciadores. Esses fatores que 
influenciam a tomada de decisão não são estáticos, ou seja, a cada ano que passa, no-
vas variáveis podem ser incluídas, tais como o cenário político, modalidades recentes 
de comunicação e a preocupação com o meio ambiente. Em suma, pode-se dizer que 
quando uma empresa procura entrar em um mercado ou busca fazer uma análise do 
seu atual posicionamento, ela deve realizar a chamada análise PESTAL (política, eco-
nômica, social, tecnologica, ambiental e legal) que se baseia em fatores externos à 
empresa, mas que influenciam direta ou indiretamente seu negócio. 
Como vimos, são muitos os fatores que devem ser levados em conta ao tomar 
uma decisão, mas há alguns métodos que auxiliam essa atitude. É o que veremos na 
próxima seção.
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Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 33
1.4.3 Métodos para auxiliar a tomada de decisão
Embora existam algumas ferramentas que auxiliam a tomada de decisão, a habi-
lidade e o conhecimento do gestor têm um grande peso, pois esse profissional deve fa-
zer um estudo inicial estatístico e probabilístico da conjuntura econômica do país e do 
cenário atual e futuro da empresa. 
Nesse sentido, Chamovitz (2007) afirma que a tomada de decisão deve ser estru-
turada com vários critérios, o chamado MCDM (Multiple Criteria Decision Making) con-
siderando ainda que o gestor deve ter conhecimento de conceitos para que adote uma 
estratégia eficaz que auxilie na tomada de decisão. 
Existem inúmeros métodos de tomada de decisão por multicritérios. Alguns de-
les apresentam complicados modelos matemáticos, outros dependem da determina-
ção de parâmetros subjetivos ou até mesmo de complicadas rotinas matemáticas. Por 
isso, muitos gestores deixam de lado essas metodologias e continuam utilizando mé-
todos tradicionais de decisão, os quais dependem, em grande parte, da sua intuição 
como tomador de decisão.
Para Maximiano (2009), a diferença entre racionalidade e intuição está na propor-
ção de informação, ou seja, de um lado está a opinião e os sentimentos e do outro a 
base de informações. Quanto maior for essa base, mais racional é o processo decisório, 
e quanto maior for a proporção de opiniões e sentimentos, mais intuitiva será a decisão.
A figura a seguir apresenta um quadro comparativo considerando várias caraterísticas 
dos três métodos clássicos de MCDM (Multiple Criteria Decision Making): o AHP, Analytic 
Hierarchy Process, proposto por Saaty, em 1977; o Electre (Élimination Et Choix Traduisant 
la Réalité), desenvolvido a partir de Roy, em 1968, e o MAHP (Multiplicative AHP), proposto 
por Lootsma, em 1993.
Comparativo de Métodos MCDM
AHP MAHP ELECTRE I
Entrada de dados (input)
Utilização em decisões com vários níveis Sim Sim Não
Restrições quanto à quantidade de elementos em um nível Sim Não Não
Quantidade de julgamentos em problemas com muitos critérios e 
alternativas
Alta 
De 
média 
a alta
Baixa
Necessidade de processar os dados antes que estes possam ser usados Não Sim Sim
Possibilidade de tratar dados quantitativos e qualitativos Sim Sim Sim
Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 34
AHP MAHP ELECTRE I
Entrada de dados (input)
Possibilidade de lidar com problemas do tipo técnico Sim Sim Sim
Possibilidade de tratar critérios/alternativas dependentes Não Não Não
Possibilidade de criar as escalas de julgamento de acordo com o contexto Não Sim Não
Saída de dados (output)
Problemas com alocação em conjuntos Não Não Não
Problemas com avaliação de desempenho Sim Sim Não
Problemas com avaliação de desempenho em classes Não Não Não
Proporciona ranking completo de alternativas Sim Sim Não
Proporciona soluções muito refinadas Sim Sim Não
Proporciona somente eliminação de algumas alternativas Não Não Sim
Permite a avaliação de coerência dos julgamentos Sim Não Não
Interface tomador de decisão versus método
Disponibilidade de software para download gratuito Sim Não Não
Necessidade de um especialista no método utilizado Média Alta Média
Utilização de decisões em grupo Sim Sim Não
Permissão para a participação de mais de uma pessoa na decisão Sim Sim Sim
Facilidade para estruturar o problema Alta Média N/A
Possibilita o aprendizado sobre a estrutura do problema Sim Sim N/A
Nível de compreensão conceitual detalhada do modelo e do algoritmo Alto Médio Baixo
Nível de compreensão para o decisor referente à forma de trabalho Alto Alto Baixo
Transparência no processo e nos resultados Alta Baixa Média
Quantidade de aplicações práticas Alta Baixa Baixa
Número de publicações científicas Alta Baixa Média
Fonte: GUGLIELMETTI; MARINS; SALOMIN, 2003.
Seja qual for o método de tomada de decisão utilizado, a percepção do executi-
vo sempre terá um grande peso. Mas essa variável deve ser construída com o estudo 
do cenário em tela, para que seja possível determinar claramente os parâmetros que 
podem afetar a empresa, fazer uma comparação entre esses parâmetros, elaborar di-
versas simulações e estudar os critérios e a viabilidade das alternativas, identificando 
pontos positivos e negativos.
Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 35
1.4.4 Como minimizar erros e buscar eficiência
Erros ocorrem diariamente nas empresas, mas é preciso que hajainiciativa para eli-
miná-los ou minimizá-los. Um estudo prévio pode antecipar pontos vulneráveis, tornan-
do necessários uma simulação e o estudo estatístico do passado. Para tanto, deve ser 
feita uma avaliação dos parâmetros, ponderando-os caso a caso, buscando a eficiência. 
Na tentativa de minimizar erros e chegar a um melhor resultado, deve-se efe-
tuar um processo organizado e sistemático que inclui: identificar o problema existente; 
enumerar as alternativas possíveis; selecionar quais as mais benéficas; implementar a 
alternativa escolhida; e, por fim, reunir os dados para descobrir se a alternativa imple-
mentada realmente solucionou o problema identificado.
Todos os riscos devem ser analisados e nunca subestimados, priorizando um tra-
balho com todos os profissionais ligados diretamente ao foco em questão. Uma fer-
ramenta que pode auxiliar esse processo é o PDCA (planejar, desempenhar, conferir/
checar, alavancar/ajustar/atuar), que viabiliza acertos e destaca erros. 
Segundo Marshall (2008), uma das aplicações mais comuns para o ciclo PDCA é 
justamente a solução de problemas, entendidos como o efeito indesejado de um pro-
cesso. Assim, se a meta é o resultado desejado de um processo, um problema é uma 
meta que não foi alcançada.
Minimizar erros e buscar eficiência é um caminho que deve ser trilhado constante-
mente pela empresa com projetos em equipe, um bom roteiro de trabalho e boa comu-
nicabilidade interna e externa. Nesse sentido, a tecnologia deve ser sempre uma aliada. 
Cenários TeCnológiCos ApliCAdos à logísTiCA 36
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2 Cenários e análise de ambiente
Neste capítulo, abordaremos a importância da análise dos ambientes interno e 
externo, destacando a velocidade com que ela deve ser realizada e como se dá o au-
xílio da TI nesse processo, pois o mundo moderno exige que o mercado esteja sempre 
atualizado e bem estruturado em relação à comunicação e à logística.
Além disso, apresentaremos como classificar os níveis das informações estraté-
gicas, táticas e gerenciais, dando atenção aos passos para a construção de um cená-
rio que ilustre claramente as necessidades a serem trabalhadas. Outro tema atual, e 
de grande relevância, abordado neste capítulo é a TI sustentável e seus fundamentos e 
variáveis, como tecnologia verde e legislação, destacando, por fim, a logística reversa.
2.1 Análise ambiental
Você já se perguntou qual é o primeiro passo a ser dado antes de qualquer tomada 
de decisão ou planejamento? Primeiramente, é necessário fazer uma avaliação do am-
biente, que consiste no levantamento de todos os fatores, características presentes e 
ferramentas disponíveis. Conhecer bem o cenário a ser trabalhado e as ferramentas dispo-
níveis ou necessárias são itens fundamentais para essa etapa preliminar de investigação.
2.1.1 Fatores-chave para análise do ambiente
Fatores-chave são forças que influenciam a empresa e devem ser subdivididos em 
duas análises: interna (dentro da empresa) e externa (parceiros e colaboradores, como ter-
ceirizados, clientes e fornecedores). Essas análises são relevantes, mas haveria uma mais 
importante do que a outra? Sim, e é justamente por ela que iniciaremos nossos estudos.
A análise externa é considerada mais relevante 
em relação à interna porque os fatores externos não de-
pendem diretamente da empresa, isto é, são elementos 
cujo controle não está ao alcance da empresa, por mais 
que ela queira.
O ambiente externo traz elementos instáveis, como 
mercado, clima, sazonalidade, atrasos etc. Assim, quan-
do temos que contar com eles, é importante

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