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Química Geral Aula: Ligações Químicas 2020/1 ➢ Orbitais atômicos: hibridização ➢ Orbitais moleculares Docente: Caroline Gaglieri 2 ➢ Iônica ➢ Metálica ➢ Covalente Ligações Químicas: Determina a maioria das propriedades das substâncias Força atrativa resultante da reorganização dos elétrons de valência de cada átomo. Transferência de elétrons ( ↑ ≠ de eletronegatividade); Formação de cátions e ânions (atração eletrostática). Compartilhamento de elétrons ( ↓ ≠ de eletronegatividade); Gera moléculas polares ou apolares Os e− não pertencem a nenhum metal; Os e− são atraídos por forças eletrostáticas; Os e− distribuídos homogeneamente; 3 Caráter iônico Valores baixos Valores intermediários Aumento da eletronegatividade Valores altos Adaptado de: KOTZ, J.C.; et. al. Chemistry and Chemical Reactivity. 9ºed. Stanford: Cengage LEarning, 2015. 4 Como resultado das ligações químicas… ➢ Arranjos e Geometrias moleculares; ➢ Ângulos e distâncias de ligação Contribuição para a reatividade/ estabilidade Fonte: BROWN, T.L., LeMAY Jr, H.E.; BURTEN, B.E., BURDGE, J.R. Química a Ciência Central. 9ºed. São Paulo: Pearson, 2005. A B C D 5 ➢ Modelo de repulsão do par de elétrons no nível de valência (RPNV); ➢ Teoria da ligação de valência (TLV): sobreposição dos orbitais atômicos: 6 A simples sobreposição dos orbitais utilizando a TLV explica o arranjo e a geometria molecular para moléculas relativamente simples, tais como H2, F2, HF; H F F F Para moléculas com mais átomos, como CH4, que se adequam a RPNV, é necessário considerar outros tipos de orbitais atômicos para que a TLV seja válida: C: C 12 6 4e− valência 2e− desemparelhados 2p21s2, 2s2, 2p1s 2s Não completa o octeto; Não explica como forma-se o CH4 Entendendo o processo de hibridização 7 C: 1s2, 2s2, 2p2 1s 2s 2p Ocorre a promoção de elétrons- EXCITAÇÃO 2s 2p Ocorre a HIBRIDIZAÇÃO 4 orbitais sp³ Seria viável energeticamente sabendo- se que Es<E𝑝? Energia: s <sp³< p ➢ Lê-se “orbital sp três” ➢ Orbitais degenerados; ➢ 25 % caráter s e 75 % p HIBRIDIZAÇÃO 8➢ Energia liberada se ocorresse apenas duas ligações (sem hibridizar): 210 kcal mol-¹ (< 4 ligações covalentes: 420 kcal mol-¹ ); ➢ Agora se completa o octeto; ➢ E explica a molécula CH4 Mas o que são orbitais híbridos? São orbitais mistos resultantes da combinação de orbitais atômicos; Esse conceitos de orbitais combinantes é chamado de HIBRIDIZAÇÃO e foi proposto em 1931 por Linus Pauling. Linus Carl Pauling (1901-1994) Orbitais híbridos 9 Orbitais híbridos Formas ≠ dos orbitais atômicos envolvidos n˚ de orbitais híbridos deve ser igual a quantidade de orbitais atômicos envolvidos Hibridização 𝑠𝑝2 10 Hibridização sp 11 Teoria do orbital molecular (TOM) 12 ➢ Teoria do orbital molecular; ➢ É uma outra forma de se visualizar os orbitais nas moléculas ➢ Combina a teoria do octeto com as propriedades de onda que o elétron apresenta; ➢ Ligações covalentes resultam da combinação de orbitais atômicos para formar orbitais moleculares. A sobreposição de dois orbitais atômicos dá origem a um orbital molecular que pertence a toda molécula e não mais à um átomo ➢ A quantidade de orbitais moleculares também é igual à quantidade de orbitais atômicos envolvidos Qual a diferença entre um orbital atômico (OA) e orbital molecular (OM) 13 ➢Ambos definem uma região em que a probabilidade de se encontrar o elétron é maior OA esta região é ao redor do núcleo atômico; OM esta região é o redor da molécula. ➢O formato dos orbitais moleculares são diferentes dos atômicos. OA 1 s OA 1 s Sobreposição dos orbitais 1s Orbital Molecular 14 A B C D Distância interatômica E n e rg ia P o te n c ia l Comprimento de ligação Energia de dissociação Então… TLV TOM Adaptado de: BRUICE, P. Y. (2004). Organic chemistry. 4 th ed. Upper Saddle River, NJ, Pearson/Prentice Hall. Como as propriedades ondulatórias do elétron influenciam na ligação covalente? 15 Sobreposição construtiva Sobreposição destrutiva Núcleo do átomo de hidrogênio Fase do orbital Fase do orbital 16 Núcleo do átomo de hidrogêni o Ondas reforçam uma a outra, resultando na ligação Ondas se cancelam e não ocorre a formação da ligação Nodo/ Nó Núcleo do átomo de hidrogêni o Fase do orbital Fase do orbital Orbital ligante Orbital anti ligante 17 Orbital ligante Orbital antiligante Como ocorre formação do OM 18Nodo/ Nó Orbital Molecular ligante Orbital Molecular antiligante Orbital Atômico 1 s Orbital Atômico 1 s E n e rg ia 19 Orbital Molecular ligante E n e rg ia Adaptado de: BRUICE, P. Y. (2004). Organic chemistry. 4 th ed. Upper Saddle River, NJ, Pearson/Prentice Hall. Nodo/ Nó ➢ Energia dos orbitais atômicos estão entre as energias dos orbitais moleculares; ➢ Energia do orbital antiligante maior do que do orbital ligante ➢ Linhas horizontais representam as energias dos orbitais Orbitais moleculares ligantes e antiligantes 20 Orbital Molecular ligante (σ ) Orbital Molecular antiligante (σ*) Probabilidade de encontrar o elétron Maior entre os núcleos atômicos Em qualquer lugar exceto entre os núcleos atômicos (devido ao nodo) Consequência ➢ Alta densidade eletrônica entre os núcleos (responsável por manter os núcleos unidos) ➢ Favorece a ligação covalente ➢ Menor densidade eletrônica entre os núcleos; ➢ Repulsão entre os núcleos (ausência carga negativa entre); ➢ Desfavorece a ligação covalente Como fazer a distribuição eletrônica em um orbital molecular? 21 Os princípios utilizados para o preenchimento de orbitais atômicos valem para a o orbital molecular: ➢ Sempre irão ocupar primeiramente os orbitais com menor energia; ➢ Apenas dois elétrons podem ocupar o mesmo orbital; ➢ Estes elétrons devem apresentar spins opostos. ➢Os elétrons que não são de valência não influenciam, visto que eles são tão atraídos pelos seus respectivos núcleos que ele são considerados orbitais atômicos. 22 Como fazer a distribuição eletrônica em um orbital molecular? Exemplo 1 H2 H (Z=1) = 1s1 Orbital molecular antiligante s * E n e rg ia Orbital molecular ligante s HH ↑ ↑ ↑ ↑ 1s1s ➢ 1 e− cada H; ➢ 2 e− para serem distribuídos ➢ 2 orbitais atômicos ➢ 2 orbitais moleculares; ➢ 2 e− no orbital ligante; ➢ 0 e− no orbital antiligante. OM H2 23 Como fazer a distribuição eletrônica em um orbital molecular? Exemplo 2 (Resposta Final) Li2 Li (Z=3) = 1s2 2s1 24 Como fazer a distribuição eletrônica em um orbital molecular? Exemplo 2 (Resposta Final) Li2 Li (Z=3) = 1s2 2s1 s * E n e rg ia LiLi ↑ ↑ ↑ ↑ 2s s Li2 2s 25 Como fazer a distribuição eletrônica em um orbital molecular? Exemplo 3 Exemplo: Li2 - Li (Z=3) = 1s2 2s1 Li - = 1 s2 2s2 26 Como fazer a distribuição eletrônica em um orbital molecular? Exemplo 3 (resposta final) Exemplo: Li2 - Li (Z=3) = 1s2 2s1 Li - = 1 s2 2s2 s * Li−Li ↑ ↑ ↑ 2s s ↑ ↑ ↑ 2s Como prever se uma molécula pode ou não existir? 27Ordem de ligação (OL) está relacionada à estabilidade de uma ligação covalente. A ordem de ligação irá: ➢ Quantificar a o número de ligações entre os átomos de acordo com os orbitais moleculares. ➢ Quanto ↑ for a ordem de ligação entre um par de átomos, ↑ é a força de ligação ➢ Quanto ↑ for a ordem ↓ será o comprimento da ligação. 𝑂𝐿 = 1 2 𝑒𝑙𝑖𝑔 − −𝑒𝑎𝑛𝑡𝑖𝑙𝑖𝑔 − 2s s * ↑ ↑ 2s s ↑ ↑ ↑ ↑ Como prever se uma molécula pode ou não existir? Exemplo1 28 𝑂𝐿 = 1 2 𝑒𝑙𝑖𝑔 − −𝑒𝑎𝑛𝑡𝑖𝑙𝑖𝑔 − Exemplo: Be2 Be (Z=4) = 1s2 2s2 s * Be Be ↑ ↑ 2s s ↑ ↑ ↑ Be2 OL Be2= 2−2 2 = 0 A desestabilização efetuada pelo σ*s preenchido, cancela o efeito de estabilização do orbital σs, a ordem da ligação é zero e, portanto, a molécula de Be2 não deve ser estável. 2s ↑ ↑ ↑ 29 Orbitais s sobrepõe-se linearmente( alinhadas ao eixo internuclear) e são chamadas de ligações σ (ligações sigma). Todas as ligações que ocorrem alinhadas ao eixo internuclear são chamadas de ligações σ Orbitais sp³ Orbitais s Ligação σ E as ligações múltiplas? A densidade eletrônica está concentrada simetricamente ao redor da linha que une os núcleos (eixo intermolecular); Linha que une os átomos passa pelo meio dessa região se superposição: Estas ligações são as ligações sigma (s). Ligações múltiplas?? 30 Para descrever ligações múltiplas, devemos considerar um segundo tipo de ligação, este é resultante da sobreposição entre dois orbitais p perpendiculares ao eixo internuclear. Esta ligação é conhecida como ligação pi (p). Relembrando o formato do AO p 31 p Fonte: ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5ª ed. São Paulo: Bookman, 2012 Logo OM que envolvem orbitais p… 32 Pode ser de três formas: Orbital Molecular σ * (antiligante) Orbital Molecular σ (ligante) Orbital Molecular p * (antiligante) Orbital Molecular p (ligante) Orbital Molecular p * (antiligante) Orbital Molecular p (ligante) Adaptado de: BROWN, T.L., LeMAY Jr, H.E.; BURTEN, B.E., BURDGE, J.R. Química a Ciência Central. 9ºed. São Paulo: Pearson, 2005. Resultado: como estão dispostas as ligações 33 Exemplo: Considerando-se apenas as ligações s Ligações p p s Adaptado de: BRUICE, P. Y. (2004). Organic chemistry. 4 th ed. Upper Saddle River, NJ, Pearson/Prentice Hall. Ligações σ e p 34 Ligação σ Sobreposição de orbitais Mais Efetiva (sobreposição frontal) Menos efetiva (sobreposição lateral) Consequência Ligação mais forte Ligação menos forte que a σLigação p p s C-C 82,6 kJmol−1 C≡C 199,6 kJmol −1C=C 145,8 kJmol−1 Mapa potencial eletrostático: Energias: Distâncias e Ângulos de ligação: Diagrama de níveis de energia envolvendo orbitais p 35 1s 2s s* s s s* p* E n e rg ia ➢ Configuração eletrônica: 1s 2s 2p ➢ Configuração de quadrícula: 1s Para um átomo que tem n=2 Se este átomo fizesse uma ligação com outro átomo do mesmo elemento o OM resultante 2s 2p 2p p s* s px py pz Sobreposição frontal Sobreposição lateral Elétrons internos Diagrama de níveis de energia envolvendo orbitais p: Exemplo 𝐹2 36 F (Z=9) = 1s2 2s2 2p5 1s 2s 2p Elétrons de valência: 7 Subnível incompleto: 2p (5 e-) Não precisamos representar os subníveis no diagrama OM: ➢ 1s (elétrons internos) ➢ 2s (já está completo: 2 e- emparelhados) p* E n e rg ia 2p p s* s 𝑂𝐿 = 1 2 𝑒𝑙𝑖𝑔 − −𝑒𝑎𝑛𝑡𝑖𝑙𝑖𝑔 − F2 FF 𝑂𝐿 = 1 2 6 − 4 𝑂𝐿 = 1 Diagrama de níveis de energia envolvendo orbitais p: Exemplo 𝑂2 37 Monte o diagrama para a molécula 𝑂2, ache a OL e responda: ela é estável? Diagrama de níveis de energia envolvendo orbitais p: Exemplo 𝑂2 (Resposta) 38 p* E n e rg ia 2p p s* s O2 O𝑂 Monte o diagrama para a molécula 𝑂2, ache a OL e responda: ela é estável? O (Z=8) = 1s2 2s2 2p4 𝑂𝐿 = 1 2 𝑒𝑙𝑖𝑔 − −𝑒𝑎𝑛𝑡𝑖𝑙𝑖𝑔 − 𝑂𝐿 = 1 2 6 − 2 = 2 (maior que a do F2, logo mais estável) Elétrons desemparelhados! Paramagnetismo da molécula de 𝑂2 Não explicados pela TLV Paramagnetismo vs diamagnetismo 39 Paramagnetismo: ➢ Quando uma molécula é atraída por um campo magnético; ➢ Quanto maior a quantidade de elétrons desemparelhados, maior esta atração (propriedade paramagnética) Diamagnetismo: ➢ Quando uma molécula é fracamente repelida por um campo magnético; p* 2p p s* s p* 2p p s* s ➢ Uma molécula sem elétrons desemparelhados apresenta esta propriedade. Paramagnetismo vs diamagnetismo 40 Fonte: BROWN, T.L., LeMAY Jr, H.E.; BURTEN, B.E., BURDGE, J.R. Química a Ciência Central. 9ºed. São Paulo: Pearson, 2005. 41 p* 2p p s* s p* 2p p s* s p* 2p p s*
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