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Rejeição a Enxertos de Órgãos Grupo: Angélica Costa Cinara Roberta Flávia Knupp Luiza Garcia Maria Rogéria Magalhães Introdução Os transplantes de órgãos entre dois indivíduos da mesma espécie, não aparentados, são chamados de alotransplantes ou aloenxertos. Os aloenxertos são rejeitados pelo receptor devido ao estabelecimento de respostas imunológicas direcionadas aos antígenos de grupo sanguíneo e de histocompatibilidade do doador. A resposta aos antígenos de histocompatibilidade do doador causa a rejeição aguda e é mediada, principalmente, por linfócitos T citotóxicos que atacam o endotélio vascular do enxerto. A rejeição crônica e a rejeição direcionada contra os grupos sanguíneos do doador são mediadas, principalmente, por anticorpos. Os aloenxertos de células-tronco da medula óssea, administrados a receptores imunossuprimidos, podem atacar o receptor, causando a doença do enxerto versus hospedeiro. Alguns aloenxertos, como os de córnea, não são rejeitados. O feto pode ser considerado um aloenxertos, mas não é rejeitado devido à atuação de diversos mecanismos imunossupressores na interface materno-placentária. Transplante de Órgãos Graças a medicina hoje conseguimos fazer transplantes de tecidos e órgãos, entre diferentes partes do organismos ou mesmo em indivíduos Transplante de dentro do mesmo organismo se chama autoenxerto. Isoenxertos são enxertos transplantados entre dois indivíduos completamente idênticos. Os aloenxertos são transplantados entre membros geneticamente diferentes da mesma espécie Os xenoenxertos são enxertos transplantados entre animais de espécies diferentes Rejeição dos Aloenxertos A identificação e a destruição das moléculas estranhas são eventos fundamentais para a defesa do organismo. Os órgãos aloenxertados são uma grande fonte dessas moléculas estranhas Antígeno de Histocompatibilidade Quando um órgão é transplantado em um animal geneticamente diferente do doador, o receptor monta uma resposta imunológica contra muitos antígenos diferentes presentes no interior ou na superfície das células do aloenxertos Aloenxertos de Rim Rejeição Clínica a Aloenxertos A rejeição a aloenxertos renais é de grande importância em humanos e tem sido amplamente estudada em animais Quando rins são transplantados, o fluxo sanguíneo ao rim transplantado é estabelecido no momento do transplante. O enxerto e as células do receptor entram em contato quase que imediatamente Em animais sensibilizados, nos quais o sistema imunológico encontra-se pronto para responder, há rejeição hiperaguda, e o enxerto é destruído dentro de dias e até mesmo horas depois, sem ter ao menos se tornado funcional Aloenxertos de Rim Patologia da Rejeição a Aloenxertos O processo de rejeição dos aloenxertos é direcionado contra os antígenos dominantes nas células do enxerto. As moléculas do MHC tendem a desencadear uma resposta de rejeição mediada por linfócitos T, enquanto os antígenos dos grupos sanguíneos tendem a estimular a formação de anticorpos Dentro da patologia temos os mecanismos Inatos e Adaptativos e Rejeição ao Enxerto Inato: Danos ao enxerto resultantes de traumas cirúrgicos e isquemia seguida de reperfusão aumentam a expressão de moléculas de MHC e promovem a produção de citocinas e mediadores inflamatórios que recrutam neutrófilos e macrófagos para o enxerto. Adaptativos: Antígenos dos doadores são apresentados aos linfócitos T do receptor por APCs. Os receptores de aloenxertos podem ser sensibilizados por uma via direta, quando seus linfócitos T circulantes dentro do enxerto encontram antígenos apresentados pelas APCs do doador Rejeição ao Enxerto: ocorrem hemorragia, agregação plaquetária, trombose e interrupção do fluxo sanguíneo. O tecido enxertado morre, devido à falha no suprimento de sangue. Prevenção da Rejeição a Aloenxertos Para prevenir a rejeição do aloenxerto, o cirurgião procura causar uma imunossupressão suficiente sem, no entanto, tornar o receptor mais suscetível do que o necessário a agentes infecciosos Cães que recebem aloenxertos renais apresentam sobrevida de 50% após 1 ano quando tratados com azatioprina, prednisolona e ciclosporina Nos cães, a mortalidade pré-operatória é alta, e 2/3 dos animais apresentam infecções agudas recorrentes, principalmente no trato respiratório, causadas por Bordetella bronchiseptica, e no trato urinário. Os gatos que recebem aloenxertos renais sem imunossupressão morrem em 8 a 34 dias A terapia imunossupressora envolve o uso de prednisolona e ciclosporina, possivelmente suplementadas com cetoconazol Aloenxertos de Pele Sinal de rejeição: Acumulo transitório de neutrófilos ao redor de vasos sanguíneos da base do transplante Infiltração mononuclear e neutrófila Aloenxertos de Fígado Indoleamina 2,3- dioxigenase (IDO) Aloenxertos de Coração A rejeição aguda a aloenxertos de coração em cães está associada a uma grande inflamação linfocitária, que levam à rápida destruição do enxerto. Os linfócitos T e os macrófagos liberam uma cascata de quimiocinas que ativam a musculatura lisa vascular e as células endoteliais. A arteriosclerose do enxerto é decorrente dos efeitos estimuladores do crescimento mediados pelas citocinas derivadas dos linfócitos T e pelos anticorpos. Aloenxertos de Córnea A câmara anterior do olho, a córnea, o timo, os testículos e o cérebro, são sítios de privilégio imunológico. Os enxertos transplantados nesses locais podem não ser rejeitados. Esses sítios possuem barreiras hematoteciduais impermeáveis, não contêm células dendríticas, expressam baixos níveis de MHC de classes I e II e podem apresentar altas concentrações de moléculas imunossupressoras. Aloenxertos Ósseos Os elementos dos ossos são usados para: reparar graves fraturas diafisarias não possíveis de reconstrução Defeitos de reconstrução criados pela ressecção de tumores Rejeição dos aloenxertos ósseos raramente é um problema, provavelmente devido à ausência de tecidos moles no enxerto Infelizmente os aloenxertos ósseos a longo prazo apresentam alta incidência de defeitos mecânicos, já que o tecido transplantado é reabsorvido antes de ser substituído. As articulações podem ser transplantadas com sucesso em cavalos, desde que tenham sido primeiramente congelados Elementos da Medula Óssea A irradiação corporal total em altas doses, pode ser administrada aos cães para destruir completamente neoplasias, como a leucemia Infelizmente tal tratamento também destrói as células-tronco da medula óssea. As novas células-tronco hematopoiéticas restauram a função da medula óssea O cão receptor deve ser primeiramente preparado pela irradiação corpórea total ou quimioterapia com ciclofosfamida Esses tratamentos criaram espaços para o crescimento das células transplantadas, reduzem a intensidade da rejeição e em animais leucêmicos, destroem todas as células neoplásicas A medula óssea é aspirada dos ossos longos do doador e é administrado ao receptor por via venosa As células-tronco hematopoiéticas migram do sangue para a medula óssea A dose ótima a ser transplantada é de 2x108 ,e em animais submetidos a aloenxertos compatíveis associados à terapia , a taxa de sucesso é de 90%. Doença do Enxerto Versus Hospedeiro Inflamação aguda Sistema imunológico funcional, não será grave Não puder rejeitar os linfócitos, destruição incontrolável dos tecidos e a morte. GVH pode ser aguda Pode causar a morte nas primeiras 4 semanas Alvos: pele, fígado, trato gastrointestinal e o sistema linfoide. Sinais Clínicos Lesões óticas exsudativas Congestão da esclera Hiperceratose Alopecia Atrofia cutânea Eritema Podem ocorrer também ictérica e diarreia Tratamento Pode ser utilizado: Anticorpos anti-IL-4 Metotrexato associado a anticorpos monoclonais antilinfócitos. Xenoenxertos Órgãos de outros humanos mortos. Costumam ser rejeitados em poucas horas. Xenotransplantes concordantes é realizado em mamíferos próximos Xenotransplantes discordantes é realizado em mamíferos não aparentados. Os animais doadores pode carrear muitos vírus capazes decausar doenças em receptores. Aloenxertos e Sistema Reprodutivo Esperma: O esperma alogênico pode penetrar o trato reprodutivo da fêmea sem provocar uma rejeição do enxerto Observados casos de infertilidade. Gravidez: Uma mãe pode produzir anticorpos contra antígenos de grupos sanguíneos do feto, ainda sim, o aloenxerto não é rejeitado Os linfócitos T reguladores tem papel na prevenção da rejeição ao feto. 40% das mulheres secretam anticorpos contra essas moléculas MHC. Algumas glicoproteínas associadas à gestação, apresentam propriedades imunossupressoras. Obrigada !!
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