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Direitos autorais na arquitetura

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PLÁGIO
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/BR) aprovou em dezembro de 2013 a resolução 67/2013, que assegura aos profissionais arquitetos e urbanistas o direito autoral sobra suas obras, protegendo-as contra plágio e publicações com fins lucrativos, ausentes das devidas autorizações do autor. O artigo 3 da resolução do CAU categoriza os direitos autorais em morais e patrimoniais. Os direitos morais são referentes à paternidade da obra intelectual, são perpétuos e inalienáveis, e determina que qualquer reprodução da obra ou propagação com fins lucrativos deve ser acompanhada dos créditos ao autor da obra. Já os patrimoniais, que são os direitos de uso da obra, são prescritíveis e transmissíveis se autorizado pelo autor. Isso é assegurado ao autor pelo registro dos diretos de imagem e de suas obras no CAU, assim, o uso das imagens do projeto objetivando lucro deve ser acompanhado do nome do autor, registro dele no CAU, após a autorização do órgão para a utilização de tais imagens, além de aconselhar indenizações mínimas a serem solicitadas junto aos órgãos judiciais nas situações de abuso de direitos autorais. Ainda conforme o artigo 21 da resolução 67 do CAU, o plágio se caracteriza pela reprodução de pelo menos duas das características de um projeto do partido tipológico e estrutural, da distribuição funcional ou da forma volumétrica e espacial, interna ou externa.
Os direitos autorais e a proteção deles são importantes na arquitetura por assegurarem a propriedade intelectual do profissional, beneficiando a capacidade criativa dos arquitetos e urbanistas. A contravenção de direitos autorais, além de ir contra os princípios éticos da profissão, também é crime, sendo necessário que o profissional esteja ciente dos seus direitos para que possa tomar as providências cabíveis junto aos órgãos responsáveis. 
Um exemplo de conflitos de direitos autorais ocorreu nos Estados Unidos, em 2017, quando o arquiteto Jeehoon Park moveu um processo contra o escritório SOM (Skidmore Owings & Merrill), assegurando que o projeto do One World Trade Center, em Nova York, foi copiado de um projeto desenvolvido por ele enquanto estudante de pós-graduação no Illinois Institute of Technology, em 1999. Ele afirma que alguém do SOM pode ter visto seu projeto durante a exibição na faculdade e exige indenização por danos não especificados, danos à sua empresa e créditos pelo projeto da edificação do One World Trade Center. 
REFERÊNCIAS:
Regulamentados os direitos autorais em arquitetura e urbanismo. Disponível em https://www.causp.gov.br/regulamentados-os-direitos-autorais-em-arquitetura-e-urbanismo/. Acesso em abril de 2020.
Arquiteto processa o escritório SOM por plagiar o projeto do One World Trade Center, 16 Jun 2017. ArchDaily Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/873755/arquiteto-processa-o-escritorio-som-por-plagiar-o-projeto-do-one-world-trade-center. Acesso em abril de 2020.