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DOS RECURSOS TRABALHISTAS EM ESPÉCIE

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13/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/11
1 - RECURSO DE REVISTA
 
1.1 - DEFINIÇÃO
 
 O recurso de revista é um recurso de natureza extraordinária, cabível de
acórdãos proferidos pelos Tribunais Regionais do Trabalho no julgamento de
Recurso ordinário, quando atendidas as exigências contidas no art. 896, da CLT.
 
 Com efeito, os recursos de natureza ordinária, como o Recurso Ordinário,
visam a tutela do direito subjetivo, permitindo a rediscussão ampla da matéria de
fato e/ou de direito e, nesse sentido, o mero inconformismo da parte com a
justiça da decisão seria suficiente para a interposição do recurso.
 Já os recursos de natureza extraordinária fundam-se na tutela do direito
objetivo, buscando sua exata aplicação e, por isso, para sua análise não importa a
justiça da decisão quanto aos fatos, mas sim se a lei foi corretamente aplicada ao
caso.
 
 Nesse sentido, no Recurso de Revista, assim como em todos os demais
recursos de natureza extraordinária, é proibido o reexame de matéria fático-
probatória, a teor do entendimento pacificado pela Súmula 126, do TST.
 
 Além disso, o Recurso de Revista é um recurso de fundamentação
vinculada, já que a lei exige do recorrente a indicação de vício específico na
decisão impugnada, como a seguir será abordado.
 
 Recentemente, a Lei 13.015/14 promoveu uma série de modificações nos
dispositivos da CLT que tratam do Recurso de Revista.
 
1.2 – PRAZO E CABIMENTO
 
 De maneira genérica, o Recurso de Revista é o recurso cabível dos
acórdãos de Recursos Ordinários, proferidos pelos Tribunais Regionais do
Trabalho, nos dissídios individuais, no prazo de OITO dias.
 
 As hipóteses de cabimento do Recurso de Revista em Procedimento
Ordinário estão descritas no artigo 896, alíneas “a”, “b” e “c”, da CLT, abaixo
13/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/11
transcrito:
 
Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal
Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de
recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais
Regionais do Trabalho, quando
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação
diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do
Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios
Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem
súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula
vinculante do Supremo Tribunal Federal;
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção
Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou
regulamento empresarial de observância obrigatória em área
territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator
da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da
alínea a;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou
afronta direta e literal à Constituição Federal
 
 Analisando o dispositivo acima transcrito, pode-se verificar que o Recurso
de Revista é cabível nas seguintes hipóteses:
 
 I – DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL: a divergência jurisprudencial é a
existência de teses conflitantes quando da análise de um mesmo dispositivo legal
em um contexto fático semelhante.
 
 Assim, o correrá a divergência jurisprudencial quando for dada a um
mesmo dispositivo de lei federal, lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho,
Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância
obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional
prolator da decisão recorrida, interpretação diversa por outro Tribunal. A
interpretação divergente não pode ser do mesmo Tribunal, e sim de outro Tribunal
Regional tanto quanto ao Pleno ou Turmas.
 
 Para a caracterização da divergência, são necessários dois requisitos,
indicados no artigo 896, §8º, da CLT: identidade do dispositivo legal interpretado
e identidade ou semelhança do contexto fático
 
 Assim, o dissenso jurisprudencial pode se caracterizar:
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DECISÃO RECORRIDA ACÓRDÃO PARADIGMA
 
ACÓRDÃO RO
(TRT)
- Acórdão de TRT diverso do TRT
que proferiu o acórdão recorrido;
Acórdão do TST, proferido por
uma de suas Turmas, pelo Pleno
ou pelas SDI’s
 
 
 Não se presta à formação do dissenso a existência de decisões
conflitantes oriundas do mesmo TRT (OJ 111, SDI-I, TST), pois estas devem ser
objeto de Incidente de Uniformização de Jurisprudência, como previsto no artigo
896, §§3º a 6º, da CLT.
 
 A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista deve ser atual,
esclarecendo o artigo 896, §7º, da CLT, que assim não será considerada aquela
ultrapassada por súmula do TST ou STF ou superada por iterativa (repetida) e
notória jurisprudência do TST que, via de regra, se consolidam nas Orientações
Jurisprudenciais.
 
 Importante destacar que se o acórdão recorrido apresentar diversos
dispositivos de lei, o acórdão paradigma deve discutir sobre todos eles, sob pena
de não conhecimento do recurso (Súmula 23, do TST)
 
 É ônus da parte comprovar a divergência e, para isso, deve observar o
disposto no artigo 896, §8º, da CLT e na Súmula 337, do TST.
 No caso de processos físicos, cabe à parte juntar ao recurso certidão ou
cópia autenticada do acórdão paradigma ou citar a fonte oficial em que foi
publicada a decisão, bem como transcrever no recurso a ementa ou os trechos
que comprovem o conflito de teses.
 
 No caso de processos eletrônicos, deve-se acrescentar aos requisitos
descritos no parágrafo anterior a indicação do sítio de onde foi extraído o acórdão
paradigma e a indicação do número do processo, órgão prolator e data de
publicação no Diário Oficial Eletrônico.
 
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 II – CONTRARIEDADE À SÚMULA: também é cabível Recurso de Revista
por contrariedade à Súmula do TST, à Súmula Vinculante do STF e às Orientações
Jurisprudenciais (OJ’s), do TST, nos termos do artigo 896, alínea “a”, última parte,
da CLT e OJ 219, da SDI-I, do TST.
 
 Nestas situações, basta que a parte faça constar do seu recurso o número
do entendimento violado OU o seu conteúdo, transcrevendo, ainda, o trecho da
decisão recorrida que caracteriza a contrariedade (OJ 219, SDI-I, TST)
 
 III – VIOLAÇÃO LEGAL: nos termos do artigo 896, alínea “c”, da CLT, é
cabível Recurso de Revista por violação literal de dispositivo de lei federal e por
violação direta e literal de dispositivo da Constituição Federal.
 
 A violação literal é a violação frontal, categórica, é aquele que aplica
incorretamente a lei.
 
 Para ensejar o Recurso de Revista, a parte deve apontar expressamente o
dispositivo violado, sendo desnecessária a indicação de parágrafo ou inciso, a não
ser que se trate de dispositivo muito amplo, como, por exemplo, o artigo 7º, da
Constituição Federal, que possui inúmeros incisos (Súmula 221, TST).
 
 No que diz respeito à Constituição Federal, a afronta deve ser literal e
DIRETA, vedando-se a ofensa reflexa.
 
 A ofensa indireta ou reflexa ocorre quando o recorrente tiver que invocar
uma norma infraconstitucional para chegar à norma constitucional, como, por
exemplo, a inadequação da notificação de certa parte, o que violaria, em princípio,
o artigo 841, da CLT, para, de forma reflexa, violar o artigo 5º, inciso LV, da CF.
 
 O cabimento do Recurso de Revista no Procedimento Sumaríssimo está
previstono artigo 896, §9º, da CLT, sendo, neste caso, cabível o apelo apenas em
caso de contrariedade à Súmula do TST, contrariedade à Súmula do STF e por
violação direta à Constituição Federal, não ensejando Recurso de Revista acórdão
que viole Orientação Jurisprudencial (Súmula 442, TST)
 
 Por fim, também é possível se falar em cabimento de Recurso de Revista
dos acórdãos que tem natureza interlocutória, mas que contrariem Súmula ou OJ
do TST, nos termos da Súmula 214, “a”, do TST.
 
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1.3 – PRESSUPOSTOS.
 
 O TST objetivando claramente restringir o conhecimento de Recursos de
Revista que chegam a mais alta corte trabalhista, editou inúmeras Súmulas e
Orientações Jurisprudenciais estabelecendo verdadeiros pressupostos específicos
de admissibilidade recursal:
 
Súmulas: 23, 25, 126, 184, 218, 221, 266, 285, 296, 297, 333,
337; 459
Orientações Jurisprudenciais: 62, 111, 118, 119, 147, 151,
219, 257, 334;
 
 Os PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS do Recurso de Revista são os já
elencados no Módulo 1 desta Disciplina: legitimação, capacidade e interesse,
entendendo o TST, porém, que também faz parte deste rol a inexistência de fatos
impeditivos ou modificativos do direito de recorrer.
 
 Os PRESUPOSTOS OBJETIVOS merecem um pouco mais de atenção, pois,
apesar de serem os mesmos já elencados no Módulo anterior, apresentam
algumas particularidades quando se trata do Recurso de Revista
 
a) CABIMENTO: como dito acima, o cabimento do Recurso de
Revista está disciplinado nas alíneas “a”, “b” e “c” e no §9º, do
artigo 896, da CLT.
 
b) TEMPESTIVIDADE: o recurso de revista deve ser interposto
em OITO dias, contados da ciência da decisão que vai ser
recorrida.
Os entes públicos tem prazo dobrado para recorrer, o que é
previsto pelo artigo 188, do CPC/15 e ratificado pelo artigo
188, do CPC/15.
Como já dito, inaplicável ao Processo do Trabalho o prazo
dobrado para litisconsortes com advogados diversos, por
incompatibilidade com o Princípio da Celeridade.
Neste ponto, importante destacar que o TST, em sua Súmula
434, I, entende que o recurso apresentado antes de publicada
a decisão a ser impugnada é um recurso INTEMPESTIVO.
 
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d) REGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO: é incabível em sede
de Recurso de Revista, o exercício do jus postulandi, nos
termos do disposto na Súmula 425, do TST, devendo a parte
estar representada por advogado devidamente munido de
procuração, a fim de que a representação processual esteja
regular e, ainda, deve-se atentar para a necessidade de
assinatura do recurso
 
e) PREPARO: o preparo consiste no recolhimento, pela parte
recorrente, de determinados valores a título de depósito
recursa e/ou custas processuais, exigidos em lei, que
possibilitam a análise do mérito do recurso.
O preparo do Recurso de Revista é dependente de eventual
preparo feito em sede de Recurso Ordinário.
Assim, se houve a interposição de Recurso Ordinário, com o
devido recolhimento das custas e não houve acréscimo ao valor
da condenação, nada mais deve ser recolhido a este título.
Quanto ao depósito recursal, se já feito em sede de Recurso
Ordinário e se suficiente à garantia integral do valor da
condenação, nenhum depósito deve ser feito em Revista.
No entanto, se não houve depósito em sede de Recurso
Ordinário, ou se este foi insuficiente para garantir
integralmente o valor da condenação, há necessidade de
complementação em sede de Recurso de Revista, sempre se
atentando ao teto máximo imposto pelo TST, sob pena de
deserção.
 
 O Recurso de Revista conta, ainda, com alguns pressupostos
ESPECÍFICOS, quais sejam:
 
a) o prequestionamento da matéria;
b) a transcendência das matérias suscitadas, (art. 896-A, da
CLT), que devem ter alcance maior que as partes do processo,
extrapolando a decisão dada no Recurso de Revista o efeito
inter partes, a semelhança do requisito de repercussão geral
existente para o Recurso Extraordinário. Este pressuposto,
inserido na CLT por força da MP nº 2.226/01, deveria ser
regulamentado pelo próprio TST, nos termos do artigo 2º da
citada Medida Provisória, o que não aconteceu até o presente
momento.
 
1.4 – DA FORMA DO RECURSO DE REVISTA
 
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 O artigo 896, da CLT teve acrescentado ao seu corpo o §1º-A, que dispõe
sobre a forma obrigatória do Recurso de Revista. Assim, na elaboração do
recurso, é exigido da parte:
 
 I) INDICAÇÃO DO TRECHO DA DECISÃO RECORRIDA QUE INDIQUE O
PREQUESTIONAMENTO DA CONTROVÉRSIA: cabe ao recorrente transcrever o
trecho do acórdão recorrido que pretende impugnar, demonstrando que a questão
foi expressamente enfrentada pelas instâncias ordinárias, ou foi, ao menos,
prequestionada pela parte.
 
 II) INDICAÇÃO EXPLÍCITA E FUNDAMENTADA DA CONTRARIEDADE À LEI,
SÚMULA OU OJ: a previsão já estava contida na Súmula 221, do TST e na OJ 219,
da SDI-I, do TST.
 
 Assim, a parte deve indicar de maneira categórica o dispositivo violado,
sendo que o erro na indicação pode levar ao não conhecimento do recurso.
 
 III) IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DA
DECISÃO RECORRIDA, ATRAVÉS DA DEMONSTRAÇÃO ANALÍTICA DE CADA
DISPOSITIVO VIOLADO: a parte deverá, nas razões recursais, confrontar o trecho
da decisão recorrida com o dispositivo violado, explicitando as razões pelas quais
acredita que houve violação e os motivos da reforma do julgado.
 
1.5 – PROCEDIMENTO
 
 O Recurso de Revista é interposto no juízo prolator da decisão
impugnada, sendo dirigidas suas razões recursais para o TST.
 
 Interposto o Recurso de Revista, o 1º Juízo de Admissibilidade será
realizado pelo Presidente do TRT, podendo ele proferir juízo de admissibilidade
negativo, caso não estejam presentes os pressupostos recursais ou juízo de
admissibilidade positivo, determinando o seguimento do apelo e a remessa dos
autos ao TST para julgamento do Recurso.
 
 Na segunda hipótese, a parte contrária será intimada para apresentação
de contrarrazões e apresentadas ou não as contrarrazões, o processo é remetido
à Instância imediatamente superior e lá é distribuído a uma das Turma e, após os
trâmites administrativos, o processo será remetido ao Ministério Público do
Trabalho, SE FOR O CASO.
 
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 Se ausente a necessidade de parecer do MPT ou se apresentado o
parecer, o processo retorna à Turma, sendo sorteado o relator, bem como os
outros dois desembargadores ou ministros que farão parte da Câmara Julgadora.
 
 No dia da sessão de julgamento, anunciado o processo, o presidente da
Turma dará a palavra ao relator para que exponha os fatos e circunstâncias da
causa, apresentando o relatório.
 
 Após, é aberta a oportunidade das partes ou seus procuradores para falar
sobre a causa, fazendo uma SUSTENTAÇÃO ORAL. Para tanto, as partes ou os
procuradores deverão ter se inscrito previamente na Secretaria da Turma.
 
 Em seguida, a palavra retorna ao relator para que ele profira seu voto,
sendo seguido pelos outros dois juízes, para que, ao final, conjugando-se os três
votos, obtenha-se o ACÓRDÃO.
 
 
2 - AGRAVO DE INSTRUMENTO
 
 Agravo de Instrumento é o recurso destinado à impugnação das decisões
denegatórias de seguimento de recurso (art. 897, “b” da CLT; item II da IN TST
nº 16/99).
 
 O agravo de instrumento, nos termos do artigo 897, b da CLT,é cabível
SOMENTE contra os despachos proferidos pelo juiz que denegarem seguimento a
um recurso. Referido despacho é proferido em sede de 1º juízo de
admissibilidade.
 
 Necessário lembrar que o agravo de instrumento, tendo em vista o
princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias, em nossa justiça
especializada, não tem a mesma serventia que o agravo previsto no CPC.
 
 O prazo de sua interposição segue aquele previsto na Lei 5584/70, ou
seja, também é de 08 (oito) dias.
 
 Não é cabível o recurso adesivo no caso do agravo de instrumento, uma
vez que a Súmula 283, do TST limita a utilização deste recurso para os casos de
recurso ordinário, recurso de revista, embargos ao TST e agravo de petição, não
incluindo o agravo de instrumento neste rol.
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 Como se trata de recurso que tem por finalidade “destrancar” outro
recurso que teve seu seguimento denegado, os autos principais permanecem
“trancados” com o juízo prolator do despacho denegatório, correndo o Agravo de
Instrumento em autos apartados.
 
 É por esse motivo que há necessidade da formação do Instrumento no
Agravo, que nada mais é do que a juntada ao recurso, de cópias autenticadas de
peças obrigatórias e facultativas que possibilitem o conhecimento e a análise do
Agravo.
 
 É o parágrafo 5º, inciso I, do artigo 897 da CLT que elenca quais são as
peças que obrigatoriamente devem ser trasladadas, deixando o inciso II do
mesmo dispositivo à critério da parte trasladar outras peças que entenda
essenciais para a análise do Agravo.
 
 Todas as peças trasladadas devem ser autenticadas por cartório ou pelo
próprio advogado, com autorização do artigo 830, da CLT
 
 Nos Agravos de Instrumento a serem julgados pelos TST É
DESNECESSÁRIA A FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO, a teor do disposto na
Resolução Administrativa do TST, já que todos os processos que se encontram no
Tribunal Superior do Trabalho são eletrônicos, estando as peças digitalizadas no
sistema.
 
 Por fim, devemos lembrar que o juízo agravado NÃO PODE OBSTAR O
SEGUIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO, sob pena de ferimento de direito
líquido e certo a ser corrido por MANDADO DE SEGURANÇA.
 Sendo denegado seguimento a um recurso interposto na 1ª instância, o
agravo de instrumento será julgado pelo TRT; sendo denegado seguimento a um
recurso interposto na 2ª instância ou recurso de competência originária, o agravo
de instrumento será julgado pelo TST.
 Importante destacar que se um recurso de revista é interposto por
diversos fundamentos e, em primeiro juízo, o TRT determina seu seguimento
apenas por alguns deles, cabe à parte interpor agravo de instrumento dos
fundamentos que não foram recebidos pelo TRT, caso queira que o TST analise a
revista por todos (Instrução Normativa 40, do TST)
 Quanto aos pressupostos recursais, possui o Agravo de Instrumento todos
os requisitos subjetivos e objetivos de praxe, estudados no Módulo 1, desta
Disciplina.
 
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 NO que diz respeito aos PRESUPOSTOS OBJETIVOS, o Agravo de
Instrumento apresenta as seguintes particularidades:
 
a) CABIMENTO: como dito acima, o cabimento do Agravo de
Instrumento está disciplinado no artigo 897, “b”, da CLT.
 
b) A INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO
DIREITO DE RECORRER;
 
c) TEMPESTIVIDADE: o Agravo de Instrumento deve ser
interposto em OITO dias, contados da ciência da decisão que
vai ser recorrida.
Os entes públicos tem prazo dobrado para recorrer, o que é
previsto pelo artigo 188, do CPC/15 e ratificado pelo artigo
188, do CPC/15.
Como já dito, inaplicável ao Processo do Trabalho o prazo
dobrado para litisconsortes com advogados diversos, por
incompatibilidade com o Princípio da Celeridade.
 
d) REGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO: quando o Agravo for
julgado pelo TRT ainda é cabível o exercício do jus postulandi.
No entanto, uma vez a ser julgado pelo TST, a parte que
interpõe o Agravo deve estar representada por advogado,
devidamente munido de procuração, a fim de que a
representação processual esteja regular e, ainda, deve-se
atentar para a necessidade de assinatura do recurso
 
e) PREPARO: em 2010 foi publicada a Lei 12.275 que modificou
o artigo 899, da CLT, inserindo o §7º ao referido dispositivo.
Este parágrafo impôs a necessidade de efetivação de preparo
para o Agravo de Instrumento.
Assim, a parte que desejar interpor Agravo de Instrumento
deve efetuar depósito recursal em valor equivalente à 50% do
valor do depósito recursal feito no recurso trancado
 
 Como já dito, o Agravo de Instrumento será interposto no juízo que
proferiu o despacho denegatório e será julgado pela autoridade que seria
competente para julgar o recurso que foi trancado.
 
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 Apresentado o agravo de instrumento, o juízo prolator do despacho
denegatório pode retratar-se. Caso não o faça, a parte contrária será intimada
para oferecer a contraminuta de agravo, no prazo de 08 dias, bem como as
contrarrazões do recurso trancado, já que se for dado provimento ao Agravo, o
recurso trancado, que foi trasladado para o Agravo, será imediatamente julgado.
 
 Apresentadas ou não a contraminuta e as contrarrazões, o processo é
remetido à Instância imediatamente superior e lá é distribuído a uma das Turma
e, após os trâmites administrativos, o processo será remetido ao Ministério Público
do Trabalho, SE FOR O CASO.
 
 Se ausente a necessidade de parecer do MPT ou se apresentado o
parecer, o processo retorna à Turma, sendo sorteado o relator, bem como os
outros dois desembargadores ou ministros que farão parte da Câmara Julgadora.
 
 No dia da sessão de julgamento, anunciado o processo, o presidente da
Turma dará a palavra ao relator para que exponha os fatos e circunstâncias da
causa, apresentando o relatório.
 
 Em seguida, o relator profere seu voto, sendo seguido pelos outros dois
juízes, para que, ao final, conjugando-se os três votos, obtenha-se o ACÓRDÃO.
 
 Não caberá nenhum recurso da decisão que der ou negar provimento ao
Agravo de Instrumento, cabendo apenas Embargos Declaratórios, nas hipóteses já
estudadas.

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