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APS - Direito Internacional e Relações Econômicas - PDF

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Atividade Pratica Supervisionada (APS) – Direito Internacional e Relações 
Econômicas 
 
PERGUNTA 1 
Os discentes deverão assistir ao vídeo e ler o texto indicado no material de apoio e 
elaborar resenha, identificando: o período histórico envolvido, os crimes que foram 
cometidos, como o tribunal foi criado, o papel dos tribunais internacionais, os tipos 
de penas aplicadas, bem como as críticas e sua pertinência ou não ao referido 
tribunal. 
 
Logo após a segunda guerra mundial, por volta dos anos de 1945 a 1949, com o intuito 
de julgar os crimes de guerra e contra a humanidade que foram cometidos pelos 
Nazistas, muitos julgamentos ocorreram na cidade de Nuremberg (Alemanha). 
Dentre os acusados estavam oficiais do Partido Nazista e militares, empresários, 
advogados e médicos que tiveram vínculos com os planos dos nazista. Acho 
importante destacar que Adolf Hitler não foi a julgamento porque cometeu suicídio em 
30 de abril de 1945, portanto antes do início do julgamento de Nuremberg. 
Os procedimentos que a cidade a serem adotados em Nuremberg foram 
estabelecidos pelos Aliados na chamada Carta de Londres, lançada em 8 de agosto 
de 1945. Neste documento ficaram descritos três categorias de crimes pelas quais os 
acusados seriam julgados: 
i. Crimes contra a paz, como planejamento e engajamento em atividades de 
guerra que descumprissem acordos internacionais; 
ii. Crimes de guerra, como tratamento impróprio a civis e prisioneiros de guerra; 
e 
iii. Crimes contra a humanidade, como assassinato, escravização, deportação e 
perseguição a civis com base em motivos políticos, religiosos ou raciais. 
Ficou ainda decidido que todos, tanto militares quanto civis poderiam ser acusados de 
tais crimes. 
O tribunal tinha objetivo dar fim a era “nazismo” e as consequências das políticas 
adotadas pelo Partido Nacional socialista e seus adeptos. Outro fato foi que o Palácio 
da Justiça da cidade havia sido um pouco destruído por conta da guerra e oferecia 
uma boa estrutura para receber tanto os prisioneiros quanto aqueles que 
acompanhariam os eventos, como jornalistas de diversas partes do mundo. Além do 
público de diferentes lugares, acusados e juízes falavam quatro idiomas diferentes, 
inglês, francês, alemão e russo. Outro fato importante a ressaltar é que foi a primeira 
vez na história foi feito uso de tradução simultânea com fones de ouvido. 
Foram 24 indiciados, dos quais um não foi a julgamento por motivos de saúde e outro 
por ter cometido suicídio antes do início do julgamento. Os procedimentos jurídicos 
foram montados para trazer justiça aos acusados de forma imparcial, diferentemente 
do que acontecia com rivais capturados pelos nazis. 
A acusação era formada por quatro equipes, cada uma representando um país aliado. 
O chefe dos promotores era um norte-americano. Cada equipe de promotoria cuidava 
de réus diferentes e tinha um promotor chefe liderando outros colegas 
O dia a dia do tribunal era dividido nas seguintes fases: 
i. Requerimentos de promotores e advogados para atualizar ou corrigir os casos; 
ii. Deliberações dos juízes, passando instruções necessárias, autorizando ou 
negando; 
iii. Apresentações da acusação e da defesa sobre os casos e interrogatório de 
testemunhas, especialistas e réus. 
O Palácio de Justiça tinha uma área de detenção para os acusados e a segurança era 
feita por militares e liderados pelos Estados Unidos. 
Quanto aos advogados de defesa, muitos deles obviamente nazistas, contaram com 
a ajuda dos réus para elaborar estratégias e argumentos. Um dos acusados, se 
mostrou super difícil para a promotoria por discursar muito bem e não se intimidar, um 
dos principais argumento utilizado pelos advogados de defesa foi o de que os crimes 
de que os réus estavam sendo acusados não eram ainda considerados crimes quando 
aconteceram, o que é chamado de juízo ex post facto. 
Haviam quatro juízes e cada um representava um país aliado, presidiam as sessões. 
O julgamento adotou um híbrido dos dois tipos de tribunal vigentes na época, 
mesclando um sistema de promotoria e defesa com procedimentos julgados 
exclusivamente por juízes. Em ambos os casos, não havia jurados. 
Logo dos 22 réus, 3 foram absolvidos; 12 condenados à morte; 3 condenados à prisão 
perpétua; e 4 condenados a cumprir entre 10 e 20 anos de prisão. As execuções 
ocorreram em 16 de outubro de 1946.

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